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    Estudo comparativo das estimulações ventricular direita e biventricular no pós-operatório de revascularização miocárdica

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    OBJETIVO: Nos anos recentes, a ressincronização ventricular tem sido proposta como adjuvante no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. O objetivo deste estudo é comparar as alterações eletrocardiográficas e o efeito hemodinâmico imediato das estimulações ventricular direita (EVD) e biventricular (EBV), no pós-operatório de operação de revascularização miocárdica (CRM) com circulação extracorpórea (CEC). CASUÍSTICA E MÉTODOS: Em um ensaio clínico cruzado, 13 pacientes com doença coronária multiarterial, e fração de ejeção inferior a 50%, foram submetidos a estimulação epicárdica temporária univentricular direita e biventricular, no 5° dia de pós-operatório. As variáveis analisadas foram duração do complexo QRS, dimensões do átrio esquerdo (AE) e ventrículo esquerdo (VE), fração de encurtamento do VE (delta D) e fração de ejeção do VE. Os grupos foram comparados através do teste de t de Student para amostras pareadas, considerando-se nível de significância de 0,05. RESULTADOS: A duração média do complexo QRS foi de 185±26 ms durante a EVD, e de 126±37 ms com a EBV (p<0,001). O diâmetro médio do AE com a EVD foi de 40±4 mm, e de 35±4 mm na EBV (p<0,001). As médias dos diâmetros diastólico e sistólico finais do VE foram, respectivamente, de 49±13 mm e 59±11 mm com a EVD, e de 42±12 mm e 52±10 mm durante a EBV (p<0,001). A delta D média do VE determinada pela EVD foi de 18±7%, e de 22±8% com a EBV (p=0,017). A fração de ejeção média do VE com a EVD foi de 33±14%, e de 46±17% durante a EBV (p<0,001). CONCLUSÃO: No modelo estudado, a estimulação biventricular temporária determinou melhora significativa do desempenho hemodinâmico, em comparação à estimulação ventricular direita, e um complexo QRS com duração próxima à fisiológica

    Tratamento cirúrgico das dissecções de aorta tipo A utilizando parada cardiocirculatória total com hipotermia profunda Surgical treatment of type A aortic dissections utilizing total cardiocirculatory arrest with deep hypothermia

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    No período de julho de 1986 a julho de 1993, 22 pacientes portadores de dissecção de aorta tipo A foram tratados cirurgicamente utilizando-se parada cardiocirculatória (PCC) total sob hipotermia profunda (18ºC), dos quais 15 apresentavam dissecção aguda e 7 dissecção crônica. Em 14 casos (64%) a aorta ascendente foi reconstruída utilizando-se enxerto reto de Dacron, com troca valvar aórtica em 5 pacientes e ressuspensão valvar aórtica em 2; a reconstrução do arco aórtico foi empregada em 8 casos (36%), nos quais a dissecção se extendia ou se originava no mesmo, havendo necessidade de reimplante dos ramos supra-aórticos em 3 pacientes. O tempo médio do PCC foi de 43 minutos, a mortalidade hospitalar foi de 18%, e a complicação pós-operatória mais freqüente foi a infecção respiratória. Cinco pacientes (22,7%) apresentaram dano neurológico pós-operatório, sendo, em 4 casos, reversível e atribuível a edema cerebral; 1 caso (4,5%) apresentou acidente vascular hemisférico estabelecido. Concluímos que a técnica de PCC sob hipotermia profunda deve ser utilizada sempre no reparo das dissecções de aorta tipo A, independentemente de sua extensão ao arco aórtico, pois oferece uma proteção cerebral segura, permite a inspeção ampla da zona dissecada e do local de rotura da íntima, e evita o trauma produzido pelo clampeamento da aorta acometida.From July 1986 to July 1993, 22 consecutive patients with Type A Aortic Dissecation were surgically treated using total cardiovascular arrest with deep hypothermia (18ºC). Fifteen cases had acute dissecations and 7 were chronic cases. In 14 cases (64%), the ascending aorta was reconstructed using a straight Dacron graft. In 5 of these, the aortic valve was repaired. The aortic arch was reconstructed in 8 cases (36%) and in 3 of these, the arch branches were reimplanted. The average time of the cardiovascular arrest was 43 minutes and the hospital mortality was 18%. The most frequent complication was respiratory infection, 5 patients (22.7%) showed neurologic damage, 4 of them transient and reversible. In summary, the cardiovascular arrest with deep hypothermia technique for the treatment of Type A Aortic Dissection can be used with reasonable mortality and morbility allowing a safe cerebral protection, good exposure of the dissected aorta and prevents damage to the aortic wall by the cross clamping

    Comparative study of right ventricular and biventricular stimulations in post-operative of myocardial revascularization

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    Objetivo: Nos anos recentes, a ressincronização ventricular tem sido proposta como adjuvante no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. O objetivo deste estudo é comparar as alterações eletrocardiográficas e o efeito hemodinâmico imediato das estimulações ventricular direita (EVD) e biventricular (EBV), no pós-operatório de operação de revascularização miocárdica (CRM) com circulação extracorpórea (CEC). Casuística e Métodos: Em um ensaio clínico cruzado, 13 pacientes com doença coronária multiarterial, e fração de ejeção inferior a 50%, foram submetidos a estimulação epicárdica temporária univentricular direita e biventricular, no 5° dia de pós-operatório. As variáveis analisadas foram duração do complexo QRS, dimensões do átrio esquerdo (AE) e ventrículo esquerdo (VE), fração de encurtamento do VE (delta D) e fração de ejeção do VE. Os grupos foram comparados através do teste de t de Student para amostras pareadas, considerando-se nível de significância de 0,05. Resultados: A duração média do complexo QRS foi de 185±26 ms durante a EVD, e de 126±37 ms com a EBV (p<0,001). O diâmetro médio do AE com a EVD foi de 40±4 mm, e de 35±4 mm na EBV (p<0,001). As médias dos diâmetros diastólico e sistólico finais do VE foram, respectivamente, de 49±13 mm e 59±11 mm com a EVD, e de 42±12 mm e 52±10 mm durante a EBV (p<0,001). A delta D média do VE determinada pela EVD foi de 18±7%, e de 22±8% com a EBV (p=0,017). A fração de ejeção média do VE com a EVD foi de 33±14%, e de 46±17% durante a EBV (p<0,001). Conclusão: No modelo estudado, a estimulação biventricular temporária determinou melhora significativa do desempenho hemodinâmico, em comparação à estimulação ventricular direita, e um complexo QRS com duração próxima à fisiológica.Objective: In recent years, the ventricular resynchronization has been proposed as an assisting therapy in congestive heart failure. This study objective is to compare the electrocardiographic changing and the acute hemodynamics effects of right ventricular (RVS) and biventricular stimulation (BVS), in post-operative of myocardial revascularization with cardiopulmonary bypass. Material and Methods: In a cross-over trial, thirteen patients with multiarterial coronary disease and ejection fraction lower than 50%, were submitted to right ventricular and biventricular epicardial temporary stimulation, in 5th post-operative day. The variables researched were lenght of time of the QRS complex, diameter of left atrium (LA) and left ventricle (LV), the LV shortening fraction and LV ejection fraction. The results from two groups were compared through the Student’s t test for paired observations and the value p<0.05 was considered significant. Results: The duration of QRS complex was 185±26 ms during RVS, and 126±37 ms with BVS (p<0.001). The left atrium diameter with RVS was 40±4 mm, and 35±4 mm during BVS (p<0.001). The end systolic and dyastolic LV diameters were respectivelly 49±13 mm and 59±11 mm during RVS, and 42±12 mm and 52±10 mm with BVS (p<0.001). The LV shortening fraction established by RVS was 18±7 %, and with BVS was 22±8 % (p=0.017). The LV ejection fraction during RVS was 33±14 %, and with BVS was 46±17 % (p<0.001). Conclusion: In the studied pattern, biventricular artificial stimulation determined a significant improvement of the hemodynamic performance in comparison to the right ventricular stimulation, and a QRS complex with duration close to the physiological

    Comparative study of right ventricular and biventricular stimulations in post-operative of myocardial revascularization

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    Objetivo: Nos anos recentes, a ressincronização ventricular tem sido proposta como adjuvante no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. O objetivo deste estudo é comparar as alterações eletrocardiográficas e o efeito hemodinâmico imediato das estimulações ventricular direita (EVD) e biventricular (EBV), no pós-operatório de operação de revascularização miocárdica (CRM) com circulação extracorpórea (CEC). Casuística e Métodos: Em um ensaio clínico cruzado, 13 pacientes com doença coronária multiarterial, e fração de ejeção inferior a 50%, foram submetidos a estimulação epicárdica temporária univentricular direita e biventricular, no 5° dia de pós-operatório. As variáveis analisadas foram duração do complexo QRS, dimensões do átrio esquerdo (AE) e ventrículo esquerdo (VE), fração de encurtamento do VE (delta D) e fração de ejeção do VE. Os grupos foram comparados através do teste de t de Student para amostras pareadas, considerando-se nível de significância de 0,05. Resultados: A duração média do complexo QRS foi de 185±26 ms durante a EVD, e de 126±37 ms com a EBV (p<0,001). O diâmetro médio do AE com a EVD foi de 40±4 mm, e de 35±4 mm na EBV (p<0,001). As médias dos diâmetros diastólico e sistólico finais do VE foram, respectivamente, de 49±13 mm e 59±11 mm com a EVD, e de 42±12 mm e 52±10 mm durante a EBV (p<0,001). A delta D média do VE determinada pela EVD foi de 18±7%, e de 22±8% com a EBV (p=0,017). A fração de ejeção média do VE com a EVD foi de 33±14%, e de 46±17% durante a EBV (p<0,001). Conclusão: No modelo estudado, a estimulação biventricular temporária determinou melhora significativa do desempenho hemodinâmico, em comparação à estimulação ventricular direita, e um complexo QRS com duração próxima à fisiológica.Objective: In recent years, the ventricular resynchronization has been proposed as an assisting therapy in congestive heart failure. This study objective is to compare the electrocardiographic changing and the acute hemodynamics effects of right ventricular (RVS) and biventricular stimulation (BVS), in post-operative of myocardial revascularization with cardiopulmonary bypass. Material and Methods: In a cross-over trial, thirteen patients with multiarterial coronary disease and ejection fraction lower than 50%, were submitted to right ventricular and biventricular epicardial temporary stimulation, in 5th post-operative day. The variables researched were lenght of time of the QRS complex, diameter of left atrium (LA) and left ventricle (LV), the LV shortening fraction and LV ejection fraction. The results from two groups were compared through the Student’s t test for paired observations and the value p<0.05 was considered significant. Results: The duration of QRS complex was 185±26 ms during RVS, and 126±37 ms with BVS (p<0.001). The left atrium diameter with RVS was 40±4 mm, and 35±4 mm during BVS (p<0.001). The end systolic and dyastolic LV diameters were respectivelly 49±13 mm and 59±11 mm during RVS, and 42±12 mm and 52±10 mm with BVS (p<0.001). The LV shortening fraction established by RVS was 18±7 %, and with BVS was 22±8 % (p=0.017). The LV ejection fraction during RVS was 33±14 %, and with BVS was 46±17 % (p<0.001). Conclusion: In the studied pattern, biventricular artificial stimulation determined a significant improvement of the hemodynamic performance in comparison to the right ventricular stimulation, and a QRS complex with duration close to the physiological

    Fibrinogênio sérico pré-operatório como preditor de infarto do miocárdio na cirurgia de revascularização miocárdica Preoperative serum fibrinogen as a predictor of myocardial infarction in the surgical myocardial revascularization

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    OBJETIVO: Determinar o valor preditivo do nível sérico de fibrinogênio pré-operatório para a ocorrência de infarto do miocárdio (IM) no período perioperatório de cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), bem como para outros desfechos de impacto, como acidente vascular encefálico isquêmico (AVEI), tromboembolismo pulmonar (TEP) e morte, isoladamente e de maneira composta. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo com análise do banco de dados de cirurgia cardíaca do Hospital São Lucas da PUC-RS, com 1.471 pacientes consecutivos que realizaram CRM com circulação extracorpórea entre janeiro de 1998 e dezembro de 2002. RESULTADOS: IM perioperatório ocorreu em 14% dos pacientes da amostra. Não foi observada associação entre o fibrinogênio pré-operatório e IM perioperatório (410,60 ± 148,83 mg/dl para o grupo em estudo x 401,57 ±135,23 mg/dl para o grupo controle - p = 0,381 - RC = 1,000 - IC95%: 0,998-1,002 - p = 0,652), o desfecho combinado de IM, AVEI, TEP e morte (411,40 ± 153,52 mg/dl para o grupo com o desfecho x 400,31 ± 131,98 mg/dl para o grupo sem o desfecho - p = 0,232) e nem com cada um destes isoladamente. CONCLUSÃO: Nesta amostra, o nível sérico de fibrinogênio pré-operatório não apresentou associação com a ocorrência de IM perioperatório nas CRM, nem mesmo com outros desfechos de impacto, incluindo AVEI, TEP e morte, isoladamente ou em conjunto.<br>OBJECTIVE: Determine the predictive level of preoperative serum fibrinogen level for the occurrence of MI in perioperative surgical myocardial revascularization (SMR), as well as for other impacting outcomes, such as stroke, pulmonary thromboembolism (PTE), and death, separately or in combination. METHODS: A retrospective cohort study based on the heart surgery database analysis from São Lucas Hospital, at Rio Grande do Sul Catholic University with 1,471 consecutive patients submitted to extracorporeal SMR between January, 1998 and December, 2002. RESULTS: Perioperative MI occurred in 14% of sample patients. No association was shown between preoperative fibrinogen and perioperative MI (410.60 ± 148.83 mg/dl for the study group x 401.57 ± 135.23 mg/dl for control group - p = 0.381 - RC = 1.000 - CI95%: 0.998-1.002 - p = 0.652), combined outcome for MI, stroke, PTE, and death (411.40 ± 153.52 mg/dL for the group reporting outcome x 400.31 ± 131.98 mg/dL for the group with no outcome - p = 0.232) and neither separately. CONCLUSION: In that sample, preoperative serum fibrinogen level did not show any association with the occurrence of perioperative MI in SMR, neither with other impacting outcomes, stroke, PTE, and mortality, whether separately or as composite endpoints

    Angina instável não aumenta mortalidade em cirurgia de revascularização miocárdica

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    INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização do miocárdio muitas vezes é o tratamento de escolha de pacientes que sofrem angina instável. Não sabemos se essa condição acresce morbimortalidade nesse cenário. OBJETIVO: Comparar os desfechos dos pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio com quadro de angina instável com os pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio que não apresentaram angina instável. MÉTODOS: Coorte retrospectiva. A angina instável foi definida como síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento de ST e sem alteração enzimática e/ou angina classe IV. RESULTADOS: No período entre fevereiro de 1996 a julho de 2010, de 2.818 a cirurgia de revascularização do miocárdio isoladas realizadas, 1.016 (36,1%) pacientes apresentaram angina instável. A análise multivariada demonstrou que os pacientes com angina instável no pré-operatório utilizaram mais medicações como ácido acetilsalicílico, betabloqueador, heparina (anticoagulação plena), nitrato e menor necessidade de diureticoterapia, do que pacientes sem angina instável. Pacientes com angina instável utilizaram maior monitorização com Swan-Ganz e suporte com balão intra-aórtico do que os pacientes estáveis. Sobre os desfechos, necessitaram de maior tempo de internação (P=0,030) e apresentaram menor taxa de óbito (P=0,018) no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio isolada. CONCLUSÃO: Submeter pacientes a cirurgia de revascularização do miocárdio isolada na vigência de síndrome coronariana aguda como angina instável não elevou a taxa de mortalidade
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