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    Avaliação das práticas diferenciais de amamentação: a questão da etnia

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    Breastfeeding practices in two Brazilian metropolitan areas (S. Paulo and Recife) are described, as part of a study carried out in 1987. In a random sample of healthy 0-8 month old infants, selected from all health care units, higher breastfeeding rates were found in S. Paulo (initiation, prevalence, median and average) than in Recife. The mean duration of breastfeeding, mixed and full, was of 127.5 and 66.6 days, respectively, for S. Paulo, and of 104.4 and 31.7 days for Recife. When data are analysed according to ethnic group, white S. Paulo women breastfeed more than white Recife women. Full breastfeeding rate is more prevalent among white and "mulato" S. Paulo women. However, when the data were analyzed for each city separately, it was found, remarkably, that the non-whites breastfeed more than the whites. In Recife, full breastfeeding is particularly low in whites (of 15.3 days median) and "mulatos" (of 16.7 days), but of 34.5 days in blacks. The study points out the need for greater in-depth investigation of the issue of ethnicity and infant feeding practices, still inadequately understood in world literature.Descreve-se a situação da prática de amamentar em duas áreas metropolitanas brasileiras: São Paulo e Recife, Brasil, em estudos conduzidos em 1987. Em amostras representativas da população de crianças saudáveis de 0-8 meses atendidas pelo sistema de saúde, nota-se que é maior em São Paulo a proporção das mães que iniciam a amamentação e a prevalência de amamentados. A duração média do aleitamento materno total (AM) e quase exclusivo (AE) é respectivamente de 127,5 e 66,6 dias em São Paulo. Em Recife, 104,4 e 31,7 dias, respectivamente, para AM e AE. Estudaram-se também os dados de amamentação conforme a cor da pele da mãe, concluindo que se amamenta mais em São Paulo do que em Recife, significativamente entre brancas. O aleitamento materno quase exclusivo é praticado mais em São Paulo do que em Recife, por brancas e pardas. Observando-se os grupos étnicos em cada uma das cidades, notou-se que são as mulheres não-brancas (pretas e pardas) aquelas que amamentam mais, sendo particularmente baixo o aleitamento quase exclusivo em Recife, maior entre as pretas (34,5 dias de mediana de AE) comparado a 15,3 dias entre brancas e 16,7 entre pardas. O estudo aponta para a necessidade de se elaborar desenhos de pesquisa que levem em conta a questão da etnia e a amamentação, questão não respondida pela literatura em nível mundial

    Avaliação do impacto da suplementação alimentar a gestantes no cotrole do baixo peso ao nascer no município de São Paulo, SP (Brasil)

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    A partir de estudo realizado em oito grandes maternidades do Município de São Paulo, SP (Brasil) que atendem clientela predominantemente de baixo nível sócio-econômico, objetivou-se analisar o impacto da suplementação alimentar durante a assistência pré-natal sobre a incidência de recém-nascidos de baixo peso ao nascer (peso < 2.500 g). Foram envolvidos no estudo 1.060 recém-nascidos de mães que receberam suplementação e 664 recém-nascidos de mães que não a receberam. Ã incidência de baixo peso ao nascer foi de cerca de 11%, considerada elevada e semelhante em ambos os grupos de recém-nascidos. A análise multivariada, realizada para controlar eventuais diferenças entre os grupos, que não a condição de suplementação, descartou qualquer associação significativa entre suplementação e peso ao nascer e revelou, por outro lado, que tabagismo e morbidade na gestação e determinadas características antropométricas e reprodutivas da mãe, prévias à gestação, são importantes fatores de risco para o baixo peso ao nascer. A aparente explicação para a ausência de impacto da suplementação alimentar na população estudada parece residir não na quantidade insuficiente da suplementação alimentar oferecida (370 Kcal/dia), mas no predomínio de fatores não alimentares na determinação do baixo peso ao nascer. São formuladas recomendações quanto ao controle do baixo peso ao nascer no contexto estudado
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