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    Instituto de Medicina Social trinta anos de Saúde Coletiva em 2001

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    A socio-historical approach to the evolution of childbirth assistance in a medium-sized city in Minas Gerais (1960-2001)

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    The historical sequence of the evolution of the choice of birth delivery (normal, cesarean section, and forceps) between 1960 and 2001 was evaluated using data from the three oldest maternity hospitals affiliated to the Brazilian Unified Health System (SUS) in the city of Juiz de Fora, Brazil. The so-called serial history method enables comparisons of historical events over a given time period. Greater incorporation of technology and an increase in cesarean sections were detected prior to 1998, when administrative ruling No. 2816 was proposed by the Ministry of Health, which reversed the trend back to normal birth deliveries. The form of delivery was also associated with the admission category, which points to a decidedly political discussion about social inequalities that are interrelated with diverse variables including gender and social class. Understanding inequalities and discussing their more difficult ramifications, with respect to morbidity, mortality, and unequal standards of care, are preconditions to finding solutions to these ubiquitous problems.Trata-se de caracterizar a evolução da série histórica quanto ao tipo de parto, normal, cesárea e fórceps, no período de 1960 a 2001, nas três maternidades mais antigas e conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) de Juiz de Fora. O método utilizado denomina-se história serial e permite a comparabilidade entre eventos históricos em determinado período de tempo. Foi identificado o aumento de incorporação tecnológica nesta trajetória e o crescente uso da cesariana até 1998, quando se identifica o impacto da portaria nº 2816, proposta pelo Ministério da Saúde, através de inversão dessa tendência com elevação do número de partos normais. A diferenciação constatada do tipo de parto de acordo com a categoria de internação aponta para uma discussão marcadamente política, que diz respeito às relações sociais em que se entrelaçam desigualdades de diversas ordens, entre elas as de gênero e de classe social. Conhecer as desigualdades e problematizar sua existência, traduzida em perfis de morbimortalidade e padrões desiguais de assistência, é precondição para obter o encaminhamento da solução

    Monitoring the prenatal care process among users of the Unified Health Care System in a city of the Brazilian Southeast

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    OBJETIVOS: avaliar a evolução da adequação do processo de atendimento às gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e consolidar metodologia para monitoramento da assistência pré-natal. MÉTODOS: estudo de séries temporais múltiplas, com auditoria em cartões de gestantes que realizaram pré-natal em município do Sudeste brasileiro (Juiz de Fora, Minas Gerais) nos semestres iniciais de 2002 e 2004 (370 e 1.200 cartões, respectivamente) e utilizaram o SUS no atendimento ao parto a termo (p < 0,05). Obedeceu-se a uma sequência em três níveis complementares: utilização do pré-natal (início e número de atendimentos) no nível 1; utilização do pré-natal e procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios em uma consulta pré-natal [aferições de pressão arterial (PA), peso, altura uterina (AU), idade gestacional (IG), batimentos cardiofetais (BCFs) e apresentação fetal] no nível 2; e utilização, procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios e exames laboratoriais básicos, segundo o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento/PHPN [tipagem ABO/Rh, hemoglobina/hematócrito (Hb/Htc), VDRL, glicemia e exame comum de urina] no nível 3. RESULTADOS: confirmou-se a alta cobertura pré-natal (99%), aumento da média de consultas/gestante (6,4 versus 7,2%) e decréscimo da idade gestacional na primeira consulta (17,4 versus 15,7 semanas). Aumentaram significativamente os registros adequados dos procedimentos e exames (exceções: apresentação fetal e tipagem sanguínea): PA (77,8 versus 83,9%); peso (75,4 versus 83,5%); AU (72,7 versus 81,3%); IG (58,1 versus 71,5%); BCFs (79,5 versus 86,7%); Hb/Htc (14,9 versus 29%), VDRL (11,1 versus 20,7%), glicemia (16,5 versus 29,0%) e urinálise (13,8 versus 29,8%). Consequentemente, ocorreu melhoria significativa (p < 0,001) da adequação entre 2002 e 2004: 27,6 versus 44,8% (nível 1); 7,8 versus 15,4% (nível 2); 1,1 versus 4,5% (nível 3). O atendimento na maioria dos serviços/equipes municipais apresentou evolução semelhante. CONCLUSÕES: a persistência da baixa adequação, apesar da boa cobertura e da implantação do PHPN, confirmou a necessidade de incrementar a adesão dos gestores, profissionais de saúde e usuárias às normas/rotinas do atendimento, incluindo a institucionalização de um programa de monitoramento da assistência pré-natal.PURPOSE: to evaluate the evolution of adequacy of the care process among pregnant users of the Brazilian Single Health System (SUS, acronym in Portuguese) and to consolidate a methodology for monitoring the prenatal care. METHODS: this is a multiple time series study with auditing of prenatal cards of pregnant women who were attended for prenatal care in a city of the Brazilian Southeast (Juiz de Fora, Minas Gerais) in the initial semesters of 2002 and 2004 (370 and 1,200 cards, respectively) and gave birth using SUS services in term pregnancies (p < 0.05). A three complementary level sequence was respected: utilization of prenatal care (beginning and number of visits) at level 1; utilization of prenatal care and obligatory clinical-obstetric procedures during prenatal visits (assessment of blood pressure (BP), weight, uterine fundal height (FH), gestational age (GA), fetal heart rate (FHR) and fetal presentation) at level 2; and utilization of prenatal care, obligatory clinical-obstetric procedures and basic laboratory tests, according to the Humanization Program of Prenatal Care and Birth (PHPN, acronym in Portuguese) (ABO/Rh, hemoglobin/hematocrit (Hb/Htc), VDRL, glycemia and urinalisys) at level 3. RESULTS: it was confirmed the high prenatal care coverage (99%), the increased mean number of visits per pregnant woman (6.4 versus 7.2%) and the decreased gestational age at the time of the first visit (17.4 versus 15.7 weeks). The proper registration of procedures and exams (exceptions: fetal presentation and blood typing) has significantly increased: BP (77.8 versus 83.9%); weight (75.4 versus 83.5%); FH (72.7 versus 81.3%); GA (58.1 versus 71.5%); FHR (79.5 versus 86.7%); Hb/Htc (14.9 versus 29%), VDRL (11.1 versus 20.7%), glycemia (16.5 versus 29%) and urinalisys (13.8 versus 29.8%). As a result, there was significant (p < 0.001) improvement of the adequacy between 2002 and 2004: 27.6 versus 44.8% (level 1); 7.8 versus 15.4% (level 2); 1.1 versus 4.5% (level 3). This trend was also noted in care provided by the majority of the municipal services/teams. CONCLUSIONS: the persistence of low adequacy, despite good coverage and PHPN implementation, confirmed the need to increase health managers, professionals and users' compliance with the rules and routines of care, including the institutionalization of a monitoring program of prenatal care

    Adequacy of the prenatal care process among users of the Unified Health Care System in Juiz de Fora-MG

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    PURPOSE: to evaluate the adequacy of the prenatal care process offered to users of the Unified Health Care System (SUS) in Juiz de Fora-MG and to compare the municipal services. METHODS: a transversal study with auditing was carried out on the records of 370 pregnant women, selected by systematic sampling among women who carried their pregnancies to term and gave birth using SUS services in the first semester of 2002, with prenatal care given in Juiz de Fora. For statistical analysis the c2 test was used to compare the municipal services (level of significance: 5%). The evaluation followed a three-tiered complementary sequence, using: the utilization of prenatal care (Kessner index: beginning and frequency of care) at level 1; the utilization of prenatal care and basic laboratory tests, according to the Humanization Program of Prenatal Care and Birth (ABO-Rh, hemoglobin/hematocrit, VDRL, glycemia and urinalysis), at level 2; and the utilization of prenatal care, the basic laboratory tests and the obligatory clinical-obstetric procedures during a prenatal visit (assessment of blood pressure, weight, edema, uterine fundal height, gestational age, fetal heart rate and fetal presentation), at level 3. RESULTS: the observed adequacy of the process was only 26.7% (level 1), 1.9% (level 2) and 1.1% (level 3). We also observed a prenatal coverage of 99.04%, an average of 6.4 visits per pregnant woman, and an average gestational age of 17.4 weeks at the time of the first prenatal visit. There were no significant differences between the municipal services. CONCLUSIONS: prenatal care offered to SUS users in Juiz de Fora should be reviewed from a qualitative standpoint, and periodic evaluations as necessary instruments of improvement are recommendable. Managers and professionals should undertake actions aimed at increasing compliance with norms/routines of the program – principally the request/recording of basic complementary tests – and which guarantee increased utilization of prenatal care.OBJETIVOS: avaliar a adequação do processo da assistência pré-natal oferecida às usuárias do SUS em Juiz de Fora/MG e comparar o atendimento nos principais serviços municipais. MÉTODOS: estudo transversal desenvolvido com auditoria em 370 Cartões da Gestante selecionados por amostragem sistemática entre as pacientes a termo que utilizaram o SUS no atendimento ao parto, no primeiro semestre de 2002 e com pré-natal freqüentado em Juiz de Fora. Foi utilizado o teste do c2 para comparar os serviços de procedência das pacientes (nível de significância: 5%). A avaliação obedeceu a uma seqüência em três níveis complementares, sendo examinados: a utilização da assistência pré-natal (índice de Kessner: início e freqüência dos atendimentos) no nível 1; a utilização do pré-natal e dos exames laboratoriais básicos, segundo o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (tipagem ABO/Rh, hemoglobina/hematócrito, VDRL, glicemia e exame de urina tipo 1), no nível 2; e a utilização de exames laboratoriais básicos e de procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios numa consulta pré-natal (aferições de pressão arterial, peso, edema, altura uterina, idade gestacional, batimentos cardiofetais e apresentação fetal), no nível 3. RESULTADOS: a adequação do processo foi de apenas 26,7% (nível 1), 1,9% (nível 2) e 1,1% (nível 3). Foram também observados cobertura pré-natal de 99,04%, média de 6,4 consultas/gestante, além da média de 17,4 semanas de idade gestacional na primeira consulta. Não houve diferenças significativas entre os diversos serviços municipais analisados. CONCLUSÕES: o pré-natal das usuárias do SUS na cidade deve ser revisto qualitativamente, recomendando-se avaliações periódicas como instrumentos imprescindíveis de aperfeiçoamento. Aos gestores e profissionais de saúde cabem ações que aumentem a adesão às normas/rotinas do programa – principalmente a solicitação/registro dos exames complementares básicos – e propiciem melhor utilização do pré-natal pelas pacientes

    Abordagem sócio-histórica sobre a evolução da assistência ao parto num município de médio porte de Minas Gerais (1960-2001)

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    Trata-se de caracterizar a evolução da série histórica quanto ao tipo de parto, normal, cesárea e fórceps, no período de 1960 a 2001, nas três maternidades mais antigas e conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) de Juiz de Fora. O método utilizado denomina-se história serial e permite a comparabilidade entre eventos históricos em determinado período de tempo. Foi identificado o aumento de incorporação tecnológica nesta trajetória e o crescente uso da cesariana até 1998, quando se identifica o impacto da portaria nº 2816, proposta pelo Ministério da Saúde, através de inversão dessa tendência com elevação do número de partos normais. A diferenciação constatada do tipo de parto de acordo com a categoria de internação aponta para uma discussão marcadamente política, que diz respeito às relações sociais em que se entrelaçam desigualdades de diversas ordens, entre elas as de gênero e de classe social. Conhecer as desigualdades e problematizar sua existência, traduzida em perfis de morbimortalidade e padrões desiguais de assistência, é precondição para obter o encaminhamento da solução
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