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    Doença de Crohn e suas variantes genéticas

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    A doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória recorrente que afeta principalmente o trato gastrointestinal. Ela possui diferentes expressões clínicas que provavelmente podem refletir uma interação entre os fatores ambientais e a genética. A taxa de desenvolvimento da doença parece imprevisível, apesar de muitas tentativas serem feitas para definir “fenótipo agressivo”. O objetivo da predição do fenótipo é reconhecer pacientes com alto risco de progredir a doença grave que poderiam se favorecer da terapia agressiva precoce. A idade do diagnóstico, a extensão, a localização e o comportamento são as principais condições que afetam o curso e o prognóstico da doença. Identificar o aumento da incidência da doença de Crohn relacionando com os fatores genéticos e ambientais envolvidos. MÉTODO: O presente trabalho se caracteriza como uma revisão integrativa, que consiste em sintetizar resultados de cinco artigos dos anos de 2016 a 2018. A busca pelos estudos foi realizada utilizando os bancos de dados online: LILACS, Medline/PubMed e SciELO, utilizando os seguintes descritores: “Crohn's disease” e “Genetics”. O aumento da ocorrência de doença inflamatória intestinal (DII) pode estar associado a fatores ambientais. Os resultados apontam para variações geográficas e étnicas, além da presença do gene NOD2 variante que pode impactar na frequência de desenvolvimento da DC. A presença das mutações pode causar progressão mais agressiva da doença. Até o momento, não existem marcadores genéticos disponíveis que possam ser usados para prever com precisão o risco de desenvolvimento da DC. As únicas associações significativas em todo o genoma observadas foram entre idade de início e localização da doença com variantes no NOD2. Uma observação clínica importante do estudo é que uma história familiar positiva foi associada a DC restritiva ou penetrante e a uma idade mais precoce do diagnóstico e, por essas influências, maior necessidade de cirurgia relacionada à DII. Em outro estudo, considerando as três principais variantes de NOD2, a associação mais forte foi alcançada em portadores de pelo menos uma mutação. Observou-se também que a concordância fenotípica relatada em familiares de DII, serve como argumento de que fatores ambientais e genéticos compartilhados moldam o fenótipo da doença. Além disso, a ligação alterada dos reguladores principais das células T pode predispor os indivíduos a condições autoimunes e inflamatórias específicas. Conclui-se, portanto, que os fatores genéticos estão associados a fatores ambientais afetando o aumento da incidência da DC. Além disso, a história familiar é importante para o diagnóstico precoce da doença, visto que a DC está associada a genes hereditários. Por fim, ainda são necessários estudos frente a essa temática para descobrir marcadores genéticos necessários para previsão de risco para DC

    AVALIAÇÃO DA MUDANÇA DOS HÁBITOS ALIMENTARES EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

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    Hábitos alimentares de universitários apresentam-se frequentemente inadequados, fato caracterizado pelo baixo consumo de frutas e hortaliças e alta ingestão de alimentos ricos em gorduras e açúcares, representando assim maior risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O objetivo deste estudo será avaliar os hábitos alimentares de estudantes universitários. Métodos: Serão entrevistados 1000 universitários, dos cursos das áreas de exatas e biológicas, em horários e turnos variados. A participação dos mesmos dar-se-á de forma voluntária. Os hábitos alimentares serão avaliados a partir de um questionário com 32 perguntas relacionadas aos hábitos alimentares, ao estilo de vida, e a aspectos socioeconômicos dos entrevistados. Resultados: Serão estabelecidos, em análise gráfica e estatística, após a aplicação do questionário junto aos acadêmicos. Conclusão: É importante a adoção de estratégias educativas, voltadas especialmente aos estudantes que mudaram negativamente seus hábitos alimentares, que enfatizem a importância da alimentação saudável para prevenção de agravos à saúde futura, segundo estudos previamente realizados

    Trombose e SARS-CoV-2: uma associação possível?

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    A compreensão da relação entre a Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pelo Coronavírus 2 – SARS-CoV-2 e a trombose é de fundamental importância. Eventos de trombose podem ocorrer tanto na fase aguda, quanto em pacientes convalescentes, e também naqueles pacientes já considerados curados da COVID-19. A capacitação dos farmacêuticos clínicos na identificação e prevenção pode garantir intervenções eficazes e melhorar os desfechos clínicos. Este estudo visa investigar a conexão entre trombose e SARS-CoV-2, avaliando os elementos associados a eventos trombóticos em pacientes infectados. A coleta de dados foi realizada nas bases PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando descritores específicos relacionados ao tema e operadores booleanos para melhorar a precisão dos resultados. Durante a infecção por SARS-CoV-2, ocorrem modificações no sistema vascular e na resposta imunológica. Fatores como desordens na coagulação, danos endoteliais, inflamação persistente, tempestade de citocinas, presença da proteína Spike do vírus e a influência do fator de von Willebrand (FvW) são recorrentes na trombose pós-COVID-19. A trombose venosa profunda foi mais frequente em pacientes que tiveram SARS-CoV-2. A infecção por SARS-CoV-2 está associada a um aumento no risco de eventos trombóticos devido a múltiplos fatores interligados, como disfunção endotelial, resposta inflamatória exacerbada e desregulação da coagulação. A identificação desses fatores torna-se, então, muito relevante para desenvolver estratégias profiláticas e terapêuticas eficazes, visando reduzir ou prevenir o impacto do SARS-CoV-2 na saúde cardiovascular, e reduzir a mortalidade associada a complicações trombóticas

    Fenotipagem eritrocitária de doadores de sangue do estado de Goiás: um estudo observacional transversal

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    Os antígenos do sistema ABO e do Rh são imunologicamente os de maior relevância em hemoterapia sendo, portanto, avaliados frequentemente na condução de tratamentos que necessitem de transfusões de hemocomponentes. Atualmente, são reconhecidos 39 sistemas de grupos sanguíneos, sendo que cada um desses desempenha uma função no eritrócito e o presente trabalho avaliará a fenotipagem eritrocitária dos sistemas ABO, Rh, Kell, MNS, Duffy, Lewis e Lutheran. A análise dos antígenos eritrocitários existentes na população de doadores de sangue do Estado de Goiás, permite conhecer a frequência dos principais antígenos eritrocitários, fato importante nos tratamentos que utilizam hemocomponentes, a fim de evitar a ocorrência de alosensibilização em pacientes politransfundidos atendidos em unidades de saúde. Desse modo, tem-se como objetivo apresentar a fenotipagem eritrocitária de alguns grupos sanguíneos, descrevendo a frequência fenotípica dos grupos sanguíneos avaliados e correlacionando os grupos sanguíneos avaliados com a funcionalidade para a célula. Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, transversal e quantitativo a ser realizado com os dados disponíveis no Hemocentro de Goiás - HEMOGO. A população estudada incluirá doadores de sangue cadastrados no HEMOGO, compreendidos entre os anos de 2019 e 2023 e que tiveram o sangue fenotipado. Diante do reconhecimento da importância da fenotipagem eritrocitária, este trabalho busca colaborar com a comunidade científica, com dados e estudos que demonstram quão significativa é a abordagem eritrocitária, podendo, desta forma, evitar a ocorrência de alosensibilização

    Diabetes mellitus gestacional: riscos materno-fetais e fatores associados

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    A diabetes mellitus gestacional (DMG) é qualquer grau de intolerância a glicose que resulte em uma hiperglicemia de magnitude variável, com início ou primeiro diagnóstico reconhecido durante a gravidez e tem relevância científica por estar presente em 4,7% a 12% das gestações no Brasil. Devido a isso, esta revisão integrativa de literatura tem por objetivo descrever os riscos materno-fetais para DMG e as consequências associadas a essa doença, além de analisar a incidência de DMG em gestantes, elucidar a importância do pré-natal como fator preventivo e revisar as formas de tratamento descritas na literatura dos últimos anos. Para isso, foram buscados artigos nas bases de dados BVS, Google Acadêmico, MEDLINE, LILACS e SciELO, pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “diabetes mellitus”, “diabetes induzida pela gravidez”, “diabetes gestacional”, “gravidez de alto risco” e “cuidado pré-natal” a partir da pergunta norteadora para esse estudo, que foi: “Quais fatores corroboram para o desenvolvimento de diabetes mellitus gestacional (DMG) e quais as suas consequências?”. Para serem incluídos nessa pesquisa, os artigos deveriam ser originais e ter sido indexados entre 2016 e 2021, além de estarem disponíveis nas línguas inglesa, espanhola ou portuguesa. Foram excluídos os artigos que não tinham disponibilidade gratuita em ambiente virtual e cujos resumos não respondessem à pergunta norteadora. A partir desses critérios, foram selecionados 19 (dezenove) artigos originais. Os resultados foram sintetizados no Quadro I, que, para cada artigo descrito, caracteriza os autores, o título, a metodologia utilizada, o objetivo do trabalho e os resultados encontrados. A partir disso, concluiu-se que a DMG deve ser corretamente rastreada e identificada no pré-natal, para que as consequências para o binômio mãe-bebê sejam reduzidas. Também, faz-se necessária a elaboração de mais estudos acerca da importância do pré-natal nesta doença, haja vista a quantidade pequena de artigos recentes sobre este tema

    Gravidez Tardia: Riscos E Consequências

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    RESUMO: Esta revisão de literatura proporciona síntese de conhecimentos a respeito da gravidez tardia e de suas consequências. O objetivo desta revisão integrativa é responder a seguinte questão: “Quais as complicações relacionadas à gravidez tardia?” com base em estudos científicos aplicados a realidade, fazendo uso de confrontações e análise de artigos é notável que a gravidez tardia pode sim propiciar complicações. O método utilizado para confecção desta revisão de literatura foi o uso de uma pergunta norteadora, para realizar um levantamento de dados em plataformas confiáveis a respeito deste assunto, para se obter um embasamento científico para responder tal questão. Os critérios de inclusão contemplaram artigos originais, nos idiomas inglês ou português, e no período de 2018 a 2020. Os resultados obtidos a partir da pergunta norteadora, apontam que complicações gestacionais tardias são recorrentes. Quanto à natureza dessas complicações, os artigos destacam os partos prematuros e iatrogênicos como mais prevalente nas gestantes mais velhas, intercorrências como a hemorragia pós-parto e o índice de Apgar < 7 como as mais significantes dentre as complicações pesquisadas, de forma que as porcentagens são mais altas para gestações tardias e a relação da pré-eclâmpsia com a prematuridade nos partos de gestantes mais velhas. Concluindo assim, diante dos estudos realizados em torno da temática proposta por essa revisão integrada, é ressaltada a importância, baseada em dados científicos, do acompanhamento médico, do pré-natal e de cuidados continuados durante toda a gestação pincipalmente para mulheres acima de 35 anos

    Porfiria aguda intermitente - afecções e tratamentos em pacientes transplantados e não transplantados: uma mini revisão

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    As porfirias são doenças raras que possuem causas patológicas e hereditárias e são divididas em alguns grupos, dentre eles a hepática aguda que possui como subtipo de maior relevância clínica a porfiria aguda intermitente. A PAI apresenta como sintomas falhas nas funções hepáticas, neurotoxicidade, problemas de pele, entre outros, e as opções de tratamento ainda são limitadas. O objetivo desta mini revisão é analisar os sintomas e os protocolos clínicos utilizados em pacientes com porfiria aguda intermitente que levam ao transplante de fígado e/ou rim. A metodologia utilizada é uma mini revisão de caráter descritivo, que tem como critérios de inclusão estudos sobre porfiria e suas afecções renais e hepáticas, entre 2020 e 2023, na base de dados PUBMED. O presente estudo concluiu que houve resultados positivos no pós-transplante, como melhora dos ataques anuais de sintomas, aumento da taxa de sobrevida, além da diminuição de proteínas e ácidos que corroboram para os efeitos da porfiria (porfobilinogenio-PBG e ácido delta-aminolevulínico-ALA). Além do transplante de órgãos, mudanças na dieta e uso do medicamento Givosiran são os principais achados no quesito tratamento. A mini revisão concluiu que a porfiria aguda pode ser tratada, com sucesso, com o transplante de fígado e/ou rim, que produz uma eficácia maior quando associada ao transplante de medula óssea e ao uso do medicamento Givosiran, com melhora na qualidade e expectativa de vida

    Diagnósticos etiológicos e anemias em idosos por análise laboral

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    A anemia se constitui, segundo a OMS, uma condição de saúde em que a hemoglobina está abaixo do índice esperado de acordo com idade e sexo do indivíduo, tendo como causa diversas fisiopartologias. Em idosos, considerando-se pessoas acima de 65 anos, segundo a OMS, a anemia se torna mais prevalente e por isso deve-se atentar a um laborioso diagnóstico, uma vez que a maioria dos idosos possuem ao menos uma doença crônica e é corrente a falta de ferro e vitaminas nesses indivíduos. Objetivo: pretende-se avaliar a frequência, em idosos, de anemias por carência de ferro e anemias por doenças crônicas e como diferenciá-las quanto aos critérios clínicos e laboratoriais. Metodologia: o trabalho será uma pesquisa quantitativa e qualitativa, prospectiva, do tipo descritiva e analítica, com levantamento de dados no Ambulatório Universitário Central e no Hospital Dia do Idoso, com posterior análise clínica e laboratorial dos materiais coletados, no Laboratório Genoma. Resultados esperados: espera-se encontrar cerca de 15% de idosos anêmicos. Entre aqueles que são anêmicos, espera-se que 35% deles tenha anemias carenciais e 35% tenha anemia por doenças crônicas, já que cada uma dessas doenças corresponde a um terço das causas de anemia na população idosa. Dentre as anemias carenciais, espera-se que metade delas seja causada por deficiência de ferro

    Vacina contra HPV como prevenção de câncer de colo de útero

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    O câncer de colo de útero é uma realidade entre mulheres de todo o mundo. Objetivou-se neste estudo avaliar a importância da imunização ativa, por meio da vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), na diminuição da incidência de casos de neoplasias de colo uterinas. Este estudo trata-se de uma mini revisão de literatura de artigos recentes (produzidos nos últimos 5 anos), na qual a coleta de dados deu-se a partir do Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores da área da saúde do Portal DeCS/MeSH, “Vacina Quadrivalente Recombinante contra HPV tipos 6, 11, 16, 18” e “Neoplasias do Colo do Útero”, além do operador booleano “AND”. O estudo apresenta que os imunizantes contra o Papiloma Vírus Humano são eficazes em suas propostas e quanto mais cedo são aplicados nos pacientes mais surtem um efeito consistente, alguns em maiores e outros em menor grau, levando em conta seu custo e sua eficácia. Os principais imunizantes citados no estudo são HPV Quadrivalente e a vacina HPV Nonavalente que possuem uma eficácia parecida, com diferença de 10,46% entre as duas. Dessa forma, o estudo desenhou-se mostrando que a HPV Quadrivalente, apesar de possuir menor eficácia, torna-se a mais viável em função de seu maior custo- benefício. Assim, conclui-se que a vacinação é uma grande ferramenta na diminuição da incidência de câncer de colo de útero, devendo ser expandida entre todas as camadas sociais, sobretudo nas de menor poder aquisitivo, as quais concentram grande parte dos números de casos de neoplasias

    Análise da microbiota bacteriana presente em banheiros públicos e privados

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    As bactérias estão presentes em várias superfícies e seres vivos e, como seres humanos que convivemos, inevitavelmente, com ecossistemas preenchidos por diversas espécies bacterianas, deve-se compreender que essa interação, em determinadas condições e sob certos fatores, é capaz de assumir um padrão patogênico que ameaçam a integridade humana. Diante disso, ao compreender a dinâmica de uso dos banheiros, especialmente em Anápolis, deve-se atentar quanto as seguintes problemáticas: os usuários de banheiros coletivos se expõem ao entrar em contato com fluidos e/ ou objetos contaminados, como maçanetas, torneiras, secadores, válvulas de descarga e o próprio assento sanitário, ou seja, esses mecanismos caracterizam um ambiente que deveria ser higiênico e reservado como um potente local de risco para contaminação cruzada. Diante disso, o presente trabalho objetiva isolar e identificar bactérias aeróbicas presentes em banheiros públicos e privados, tal como comparar a presença desses microrganismos em diferentes ambientes. As coletas serão realizadas em diferentes superfícies de contato nos banheiros feminino e masculino de múltiplas instituições, por meio da fricção de swabs estéreis embebidos em solução salina, que serão, posteriormente, cultivados e identificados em laboratório. Assim, é esperado fazer um levantamento da microbiota bacteriana em banheiros e encontrar evidências da presença de seres potencialmente patológicos, para o público geral e científico especializado. A partir desses resultados, é possível planejar medidas sanitárias mais adequadas para manter a integridade das pessoas que utilizam sanitários coletivos diariamente e racionalizar quais os melhores esquemas terapêuticos correspondentes às infecções mais prevalentes
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