Abrindo as fronteiras da universidade através da educação sexual nas escolas: Relato de Experiência

O objetivo do relato é descrever a vivência de discentes pertencentes a uma Liga Acadêmica da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em uma atividade de extensão intitulada "Educação Sexual nas Escolas - Mitos e Verdades". Trata-se de uma atividade extensionista desenvolvida em escolas da rede pública e privada do município de Santo Antônio de Jesus - Ba, nos anos de 2018 e 2019, com público de jovens entre 13 e 15 anos. Foi desenvolvido um formulário com assertivas verdadeiras e falsas acerca da temática, para que os adolescentes  pudessem assinalar o que consideravam como sendo mito ou verdade. O formulário foi a ferramenta base que estruturou toda a discussão, sendo utilizado no início da oficina. A partir das respostas obtidas iniciou-se as discussões acerca de cada assertiva, com explicações sobre os mitos e verdades, podendo abordar a temática de forma ampla, acessível e participativa. Os resultados revelam como os serviços universitários extensionistas se apresentam como uma atividade exitosa na educação em saúde, especificamente no conhecimento e garantia dos direitos sexuais e reprodutivos

Teleorientação em saúde em tempos de COVID-19: um relato sensível sobre uma experiência inovadora

A teleorientação no Brasil é uma modalidade relativamente nova para a medicina, uma vez que o Conselho Federal de Medicina (CFM), regulamentou em março de 2020 a sua atividade, frente a pandemia da COVID-19. Entende-se por teleorientação a possibilidade de orientar e encaminhar os pacientes que se encontram em isolamento social (CFM, 2020). Na Bahia, a fundação Fiocruz em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Governo do Estado da Bahia – bem como, outros apoiadores acadêmicos e técnicos – lançaram a proposta do Telecoronavírus: uma central telefônica a fim de promover a orientação e triagem da população baiana, com possibilidade de encaminhar para uma avaliação médica presencial ou manter a orientação de isolamento social. Este trabalho é um relato sensível que parte da experiência acumulada de discentes de medicina no atendimento de pacientes pelo Telecoronavírus, no período de abril e maio de 2020

Fake news e as dificuldades no enfrentamento do novo coronavírus no Brasil

A internet proporcionou o acesso às notícias de forma instantânea, favorecendo a disseminação de conhecimento e fatos que acontecem em todo o mundo. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo - Reuters Institute for the Study of Journalism (2019) – revela que boa parte dos brasileiros utiliza as redes sociais como a maior fonte de notícias. Em 2013, o percentual de pessoas que usavam as redes sociais como fonte de notícias era de 47%, passando para 72% em 2016. Desta forma, diante do elevado consumo de informações pelas redes sociais, estas se tornam poderosas ferramentas de manipulação e disseminação de informações falsas, dada a falta de comprovação das informações divulgadas. O Relatório de Segurança Digital no Brasil (2018) apresentou um cenário, onde ocorreram 120 milhões de ciberataques nos primeiros seis meses de 2018, sendo esse, 95,9% maior do que o registrado no mesmo período em 2017. Este relatório aponta que as notícias falsas ocupam o terceiro lugar no ranking de disseminação de links maliciosos. Quando comparado o primeiro e o segundo trimestre de 2018, foi observado um aumento de 50,6%. Além disso, o tema saúde figura entre os 3 temas mais abordados nas notícias falsas, ao lado de política e forma de ganhar dinheiro fácil (DFNDR-Lab, 2018)