13 research outputs found

    Fatores de risco para mortes fetais anteparto no Município de São Paulo, Brasil

    Get PDF
    OBJETIVO: Analisar os fatores de risco para óbitos fetais anteparto. METODOS: Estudo de caso-controle de base populacional realizado no Município de São Paulo, SP, de agosto de 2000 a janeiro de 2001. Os indivíduos foram selecionados a partir de uma coorte de nascimentos, obtida por meio de vinculação de declarações de nascimento e óbito. Os casos foram 164 óbitos fetais anteparto e os controles, uma amostra aleatória de 313 de sobreviventes até 28 dias. Foram realizadas entrevistas domiciliares com as mães e aplicado protocolo hospitalar. Foi empregada regressão logística para análise dos dados, baseado em modelo conceitual hierárquico. RESULTADOS: Os fatores estatisticamente significantes associados aos óbitos fetais anteparto foram: mães com união recente ou sem união; escolaridade da mãe inferior a quatro anos; nascimentos anteriores de baixo peso; mães com hipertensão, diabetes, e sangramento durante a gestação; ausência ou pré-natal inadequado presença de malformação congênita e presença de pequeno para idade gestacional. As maiores frações de risco atribuível na população foram inadequação do pré-natal (40%), hipertensão (27%), presença de pequeno para idade gestacional (30%), e ausência de união com mais de um ano (26%). CONCLUSÕES: Os fatores de risco proximais são os mais importantes para a mortalidade fetal anteparto. Entretanto, fatores distais como mães de baixa escolaridade e união recente ou ausente também desempenham importante papel. Melhorar acesso e qualidade do pré-natal pode promover impacto positivo na mortalidade fetal.OBJECTIVE: To assess risk factors for antepartum fetal deaths. METHODS: A population-based case-control study was carried out in the city of São Paulo from August 2000 to January 2001. Subjects were selected from a birth cohort from a linked birth and death certificate database. Cases were 164 antepartum fetal deaths and controls were drawn from a random sample of 313 births surviving at least 28 days. Information was collected from birth and death certificates, hospital records and home interviews. A hierarchical conceptual framework guided the logistic regression analysis. RESULTS: Statistically significant factors associated with antepartum fetal death were: mother without or recent marital union; mother's education under four years; mothers with previous low birth weight infant; mothers with hypertension, diabetes, bleeding during pregnancy; no or inadequate prenatal care; congenital malformation and intrauterine growth restriction. The highest population attributable fractions were for inadequacy of prenatal care (40%), hypertension (27%), intrauterine growth restriction (30%) and absence of a long-standing union (26%). CONCLUSIONS: Proximal biological risk factors are most important in antepartum fetal deaths. However, distal factors - mother's low education and marital status - are also significant. Improving access to and quality of prenatal care could have a large impact on fetal mortality

    Validade do instrumento WHO VAW STUDY para estimar violência de gênero contra a mulher

    Get PDF
    OBJECTIVE: To validate the instrument of the World Health Organization Violence Against Women (WHO VAW) study on psychological, physical and sexual violence against women perpetrated by intimate partners. METHODS: This was a cross-sectional study conducted in several countries between 2000 and 2003, including Brazil. Representative random samples of women aged 15-49 years with intimate partners were selected, living in the city of São Paulo (n = 940) and in the Zona da Mata, Pernambuco (n = 1,188), southeastern and northeastern regions, respectively. Exploratory factor analysis on questions relating to violence was performed (four psychological, six physical and three sexual questions), with varimax rotation and creation of three factors. Cronbach's alpha was calculated to analyze the internal consistency. To validate through extreme groups, mean scores (0 to 13 points) for violence were tested in relation to the following outcomes: self-rated health, daily activities, presence of discomfort or pain, suicidal ideation or attempts, heavy alcohol consumption and presence of common mental disorders. RESULTS: Three factors were defined, with similar accumulated variance (0.6092 in São Paulo and 0.6350 in the Zona da Mata). For São Paulo, the first factor was determined by physical violence, the second by sexual violence and the third by psychological violence. For the Zona da Mata, the first factor was formed by psychological violence, the second by physical violence and the third by sexual violence. Cronbach's alpha coefficients were 0.88 in São Paulo and 0.89 in the Zona da Mata. The mean scores for violence were significantly higher for less favorable outcomes, with the exception of suicide attempts in São Paulo. CONCLUSIONS: The instrument was shown to be adequate for estimating gender-based violence against women perpetrated by intimate partners and can be used in studies on this subject. It has high internal consistency and a capacity to discriminate between different forms of violence (psychological, physical and sexual) perpetrated in different social contexts. The instrument also characterizes the female victim and her relationship with the aggressor, thereby facilitating gender analysis.OBJETIVO: Validar preguntas sobre violencia psicológica, física y sexual por parejas íntimas contra mujeres. MÉTODOS: Estudio transversal, coordinado por la Organización Mundial de la Salud, realizado en varios países (2000-2003), inclusive Brasil. Se seleccionaron muestras aleatorias y representativas de mujeres de 15-49 años con parejas íntimas, residentes, en la ciudad de Sao Paulo (en Sureste de Brasil, n=940) y en la Zona de Mata de Pernambuco (en Noreste de Brasil, n=1188). Se realizó análisis factorial exploratorio de las preguntas sobre violencias (cuatro psicológicas, seis físicas y tres sexuales), con rotación varimax y elaboración de tres factores. Se calculó alfa de Cronbach para análisis de la consistencia interna. Para la validación por grupos extremos, promedios de escores (cero a 13 puntos) de violencia fueron evaluadas con relación a los resultados: auto-evaluación de salud, actividades diarias, presencia de dolor o incomodidad, concepción de idea e intento de suicidio, grande consumo de alcohol y presencia de trastorno mental común. RESULTADOS: Fueron definidos tres factores con varianza acumulada semejante (0,6092 en Sao Paulo y 0,6350 en la Zona de Mata). Para Sao Paulo, el primer factor fue determinado por la violencia física, el segundo por la sexual y el tercero por la psicológica. Para la Zona de Mata, el primer factor estuvo compuesto por la violencia psicológica, el segundo por la física y el tercero por la sexual. Coeficientes de alfa de Cronbach fueron 0,88 en Sao Paulo y 0,89 en la Zona de Mata. Los promedios de los escores de violencia fueron significativamente mayores para resultados menos favorables, excepto intento de suicidio en Sao Paulo. CONCLUSIONES: El instrumento se mostró adecuado para estimar la violencia de género contra la mujer perpetrada por su pareja íntima y puede ser utilizado en estudios sobre el tema. El mismo tiene alta consistencia interna y capacidad de discriminar las formas de violencia psicológica, física y sexual, perpetrada en contextos sociales diversos. El instrumento también caracteriza a la mujer agredida y su relación con el agresor, facilitando análisis de género.OBJETIVO: Validar o instrumento do estudo World Health Organization Violence Against Women (WHO VAW) sobre violência psicológica, física e sexual por parceiros íntimos contra mulheres. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em vários países entre 2000 e 2003, inclusive Brasil. Selecionaram-se amostras aleatórias e representativas de mulheres de 15-49 anos com parceiros íntimos, residentes na cidade de São Paulo, SP, (n = 940) e na Zona da Mata de Pernambuco (n = 1.188). Realizou-se análise fatorial exploratória das perguntas sobre violências (quatro psicológicas, seis físicas e três sexuais), com rotação varimax e criação de três fatores. Calculou-se alfa de Cronbach para análise da consistência interna. Para a validação por grupos extremos, médias de escores (zero a 13 pontos) de violência foram testadas em relação aos desfechos: auto-avaliação de saúde, atividades diárias, presença de dor ou desconforto, ideação e tentativa de suicídio, grande consumo de álcool e presença de transtorno mental comum. RESULTADOS: Foram definidos três fatores com variância acumulada semelhante (0,6092 em São Paulo e 0,6350 na Zona da Mata). Para São Paulo, o primeiro fator foi determinado pela violência física, o segundo pela sexual e o terceiro pela psicológica. Para a Zona da Mata, o primeiro fator foi composto pela violência psicológica, o segundo pela física e o terceiro pela sexual. Coeficientes de alfa de Cronbach foram 0,88 em São Paulo e 0,89 na Zona da Mata. As médias dos escores de violência foram significativamente maiores para desfechos menos favoráveis, exceto tentativa de suicídio em São Paulo. CONCLUSÕES: O instrumento mostrou-se adequado para estimar a violência de gênero contra a mulher perpetrada por seu parceiro íntimo e pode ser utilizado em estudos sobre o tema. Ele tem alta consistência interna e capacidade de discriminar as formas de violência psicológica, física e sexual, perpetrada em contextos sociais diversos. O instrumento também caracteriza a mulher agredida e sua relação com o agressor, facilitando análises de gênero

    The sexuality of HIV-positive adolescents: rights and challenges for healthcare

    Get PDF
    Sexualidade e saúde reprodutiva configuram questões relevantes para o cuidado integral à saúde de pessoas vivendo com HIV. Políticas públicas e serviços de saúde, entretanto, têm dedicado insuficiente atenção ao assunto. O objetivo deste trabalho é compreender como adolescentes e jovens soropositivos lidam com suas experiências sexuais e projetos de namoro, desejo de constituir família e de ter filhos. O estudo qualitativo entrevistou em profundidade 21 adolescentes vivendo com HIV (por transmissão vertical, sexual ou sanguínea) e 13 cuidadores de crianças e jovens, vivendo em São Paulo e em Santos, Brasil. As narrativas descrevem como aprenderam a lidar com a sexualidade e a ansiedade da revelação do diagnóstico nesse contexto. Destacam-se nas narrativas o despreparo, a desinformação sobre prevenção e a falta de apoio para lidar com a situação, assim como o estigma e a discriminação que atravessa grande parte das dificuldades relatadas. O artigo discute criticamente alguns dos desafios postos para uma adequada atenção à questão no Brasil, especialmente a consideração de jovens soropositivos como sujeitos de direitos sexuais, sugerindo diretrizes para a incorporação desta temática a um cuidado integral e humanizado de crianças e jovens vivendo com HIV.Sexuality and reproductive healthcare represent relevant issues for comprehensive care of HIV-positive adolescents. However, public policies and health services give this issue insufficient attention. The scope of this article is to assess how HIV-positive young people and teenagers cope with their sexuality, dating and the urge to have children and start a family. In a qualitative study, in-depth interviews were staged with 21 HIV-positive (contracted by vertical, sexual or intravenous transmission) teenagers and 13 caregivers of children and youths living in Sao Paulo and Santos. The interviews revealed the different ways teenagers cope with their sexuality and with the anxiety of HIV disclosure in this context. Lack of information about HIV prevention, lack of support and skills to cope with their sexuality were revealed in the reports. Furthermore, stigma and discrimination were the most frequently reported difficulties. The main challenges to be faced in Brazil in regard to this issue are discussed, especially the need to consider HIV-positive youth as entitled to sexual rights. Recommendations are also made for incorporating the issue into a humanized and comprehensive care approach for HIV-positive children and young people

    Fatores de risco para mortalidade neonatal precoce

    Get PDF
    OBJECTIVE: To assess risk factors for early neonatal mortality. METHODS: A population-based case-control study was carried out with 146 early neonatal deaths and a sample of 313 controls obtained among survivals of the neonate period in the south region of the city of São Paulo, in the period of 8/1/2000 to 1/31/2001. Information was obtained through home interviews and hospital charts. Hierarchical assessment was performed in five groups with the following characteristics 1) socioeconomic conditions of mothers and families, 2) maternal psychosocial conditions, 3) obstetrical history and biological characteristics of mothers, 4) delivery conditions, 5) conditions of newborns RESULTS: Risk factors for early neonate mortality were: Group 1: poor education of household head (OR=1.6; 95% CI: 1.1;2.6), household located in a slum area (OR=2.0; 95% CI: 1.2;3.5) with up to one room (OR=2.2; 95% CI: 1.1;4.2); Group 2: mothers in recent union (OR=2.0; 95% CI: 1.0;4.2), unmarried mothers (OR=1.8; 95% CI: 1.1;3.0), and presence of domestic violence (OR=2.7; 95% CI: 1;6.5); Group 3: presence of complications in pregnancy (OR=8.2; 95% CI: 5.0;13.5), previous low birth weight (OR=2.4; 95% CI: 1.2;4.5), absence of pre-natal care (OR=16.1; 95% CI: 4.7;55.4), and inadequate pre-natal care (block 3) (OR=2.1; 95% CI: 2.0;3.5); Group 4: presence of clinical problems during delivery (OR=2.9; 95% CI: 1.4;5.1), mothers who went to hospital in ambulances (OR=3.8; 95% CI: 1.4;10.7); Group 5: low birth weight (OR=17.3; 95% CI: 8.4;35.6) and preterm live births (OR=8.8; 95% CI: 4.3;17.8). CONCLUSIONS: Additionally to proximal factors (low birth weight, preterm gestations, labor complications and unfavorable clinical conditions in gestation), the variables expressing social exclusion and presence of psychosocial factors were also identified. This context may affect the development of gestation and hinder the access of women to health services. Adequate prenatal care could minimize the effect of these variables.OBJETIVO: Avaliar os fatores de risco da mortalidade neonatal precoce. MÉTODOS: Estudo caso-controle de base populacional com 146 óbitos neonatais precoces e amostra de 313 controles obtidos entre os sobreviventes ao período neonatal, na região sul do município de São Paulo, no período de 1/8/2000 a 31/1/2001. As informações foram obtidas por meio de entrevistas domiciliares e prontuários hospitalares. Foi realizada análise hierarquizada em cinco blocos com características: 1) socioeconômicas das famílias e das mães; 2) psicossociais maternas; 3) biológicas e da história reprodutiva materna; 4) do parto; 5) do recém-nascido. RESULTADOS: Os fatores de risco para a mortalidade neonatal precoce foram: Bloco 1: baixa escolaridade do chefe da família (OR=1,6; IC 95%: 1,1;2,6); domicílio em favela (OR=2,0; IC 95%: 1,2;3,5), com até um cômodo (OR=2,2; IC 95%: 1,1;4,2); Bloco 2: mães com união recente (OR=2,0; IC 95%: 1,0;4,2) e sem companheiro (OR=1,8; IC 95%: 1,1;3,0), presença de maus tratos (OR=2,7;1,1-6,5); Bloco 3: presença de intercorrência na gravidez (OR=8,2; IC 95%: 5,0;13,5), nascimento prévio de baixo peso (OR=2,4; IC 95%: 1,2;4,5); pré-natal ausente (OR=16,1; IC 95%: 4,7;55,4) ou inadequado (OR=2,1; IC 95%: 2,0;3,5); Bloco 4: presença de problemas no parto (OR=2,9; IC 95%: 1,4;5,1), mães que foram ao hospital de ambulância (OR=3,8; IC 95%: 1,4;10,7); Bloco 5: baixo peso ao nascer (OR=17,3; IC 95%: 8,4;35,6), nascimento de pré-termo (OR=8,8; IC 95%: 4,3;17,8). CONCLUSÕES: Além dos fatores proximais (baixo peso ao nascer, gestações de pré-termo, problemas no parto e intercorrências durante a gestação), identificou-se a participação de variáveis que refletem exclusão social e de fatores psicossociais. Esse contexto pode afetar o desenvolvimento da gestação e dificultar o acesso das mulheres aos serviços de saúde. A assistência pré-natal adequada poderia minimizar parte do efeito dessas variáveis

    Resenha

    No full text

    Validez de instrumento para estimar violencia de género contra la mujer

    Get PDF
    OBJETIVO: Validar o instrumento do estudo World Health Organization Violence Against Women (WHO VAW) sobre violência psicológica, física e sexual por parceiros íntimos contra mulheres. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em vários países entre 2000 e 2003, inclusive Brasil. Selecionaram-se amostras aleatórias e representativas de mulheres de 15-49 anos com parceiros íntimos, residentes na cidade de São Paulo, SP, (n = 940) e na Zona da Mata de Pernambuco (n = 1.188). Realizou-se análise fatorial exploratória das perguntas sobre violências (quatro psicológicas, seis físicas e três sexuais), com rotação varimax e criação de três fatores. Calculou-se alfa de Cronbach para análise da consistência interna. Para a validação por grupos extremos, médias de escores (zero a 13 pontos) de violência foram testadas em relação aos desfechos: auto-avaliação de saúde, atividades diárias, presença de dor ou desconforto, ideação e tentativa de suicídio, grande consumo de álcool e presença de transtorno mental comum. RESULTADOS: Foram definidos três fatores com variância acumulada semelhante (0,6092 em São Paulo e 0,6350 na Zona da Mata). Para São Paulo, o primeiro fator foi determinado pela violência física, o segundo pela sexual e o terceiro pela psicológica. Para a Zona da Mata, o primeiro fator foi composto pela violência psicológica, o segundo pela física e o terceiro pela sexual. Coeficientes de alfa de Cronbach foram 0,88 em São Paulo e 0,89 na Zona da Mata. As médias dos escores de violência foram significativamente maiores para desfechos menos favoráveis, exceto tentativa de suicídio em São Paulo. CONCLUSÕES: O instrumento mostrou-se adequado para estimar a violência de gênero contra a mulher perpetrada por seu parceiro íntimo e pode ser utilizado em estudos sobre o tema. Ele tem alta consistência interna e capacidade de discriminar as formas de violência psicológica, física e sexual, perpetrada em contextos sociais diversos. O instrumento também caracteriza a mulher agredida e sua relação com o agressor, facilitando análises de gênero.OBJECTIVE: To validate the instrument of the World Health Organization Violence Against Women (WHO VAW) study on psychological, physical and sexual violence against women perpetrated by intimate partners. METHODS: This was a cross-sectional study conducted in several countries between 2000 and 2003, including Brazil. Representative random samples of women aged 15-49 years with intimate partners were selected, living in the city of São Paulo (n = 940) and in the Zona da Mata, Pernambuco (n = 1,188), southeastern and northeastern regions, respectively. Exploratory factor analysis on questions relating to violence was performed (four psychological, six physical and three sexual questions), with varimax rotation and creation of three factors. Cronbach's alpha was calculated to analyze the internal consistency. To validate through extreme groups, mean scores (0 to 13 points) for violence were tested in relation to the following outcomes: self-rated health, daily activities, presence of discomfort or pain, suicidal ideation or attempts, heavy alcohol consumption and presence of common mental disorders. RESULTS: Three factors were defined, with similar accumulated variance (0.6092 in São Paulo and 0.6350 in the Zona da Mata). For São Paulo, the first factor was determined by physical violence, the second by sexual violence and the third by psychological violence. For the Zona da Mata, the first factor was formed by psychological violence, the second by physical violence and the third by sexual violence. Cronbach's alpha coefficients were 0.88 in São Paulo and 0.89 in the Zona da Mata. The mean scores for violence were significantly higher for less favorable outcomes, with the exception of suicide attempts in São Paulo. CONCLUSIONS: The instrument was shown to be adequate for estimating gender-based violence against women perpetrated by intimate partners and can be used in studies on this subject. It has high internal consistency and a capacity to discriminate between different forms of violence (psychological, physical and sexual) perpetrated in different social contexts. The instrument also characterizes the female victim and her relationship with the aggressor, thereby facilitating gender analysis.OBJETIVO: Validar preguntas sobre violencia psicológica, física y sexual por parejas íntimas contra mujeres. MÉTODOS: Estudio transversal, coordinado por la Organización Mundial de la Salud, realizado en varios países (2000-2003), inclusive Brasil. Se seleccionaron muestras aleatorias y representativas de mujeres de 15-49 años con parejas íntimas, residentes, en la ciudad de Sao Paulo (en Sureste de Brasil, n=940) y en la Zona de Mata de Pernambuco (en Noreste de Brasil, n=1188). Se realizó análisis factorial exploratorio de las preguntas sobre violencias (cuatro psicológicas, seis físicas y tres sexuales), con rotación varimax y elaboración de tres factores. Se calculó alfa de Cronbach para análisis de la consistencia interna. Para la validación por grupos extremos, promedios de escores (cero a 13 puntos) de violencia fueron evaluadas con relación a los resultados: auto-evaluación de salud, actividades diarias, presencia de dolor o incomodidad, concepción de idea e intento de suicidio, grande consumo de alcohol y presencia de trastorno mental común. RESULTADOS: Fueron definidos tres factores con varianza acumulada semejante (0,6092 en Sao Paulo y 0,6350 en la Zona de Mata). Para Sao Paulo, el primer factor fue determinado por la violencia física, el segundo por la sexual y el tercero por la psicológica. Para la Zona de Mata, el primer factor estuvo compuesto por la violencia psicológica, el segundo por la física y el tercero por la sexual. Coeficientes de alfa de Cronbach fueron 0,88 en Sao Paulo y 0,89 en la Zona de Mata. Los promedios de los escores de violencia fueron significativamente mayores para resultados menos favorables, excepto intento de suicidio en Sao Paulo. CONCLUSIONES: El instrumento se mostró adecuado para estimar la violencia de género contra la mujer perpetrada por su pareja íntima y puede ser utilizado en estudios sobre el tema. El mismo tiene alta consistencia interna y capacidad de discriminar las formas de violencia psicológica, física y sexual, perpetrada en contextos sociales diversos. El instrumento también caracteriza a la mujer agredida y su relación con el agresor, facilitando análisis de género.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Ministério da Saúde - Programa Nacional de DST/AID

    Partos domiciliares acidentais na região sul do Município de São Paulo

    No full text
    OBJECTIVE: To identify the frequency, risks of fetal and early neonatal mortality and the determinants of accidental home deliveries. METHODS: A population-based case control study of fetal and early neonatal deaths was carried out in the southern area of São Paulo, Brazil. Data were collected through home interviews and hospital record reviews. The reasons reported by the mothers were obtained from interviews and risk factors for home delivery were obtained comparing home to hospital deliveries. Data were analyzed separately for fetal and early neonatal deaths and survivors. Odds ratios, 95% confidence intervals and Fisher's exact test were used in estimating risk factors and mortality risk. RESULTS: The 0.2% frequency of home deliveries was underestimated in the live births information system. After adjustment, it reached 0.4%, comparable to other urban areas in Europe. All home deliveries identified were accidental and were associated to an increased fetal and early neonatal mortality. Mothers' social conditions and pregnancy characteristics were associated to accidental home deliveries and these factors are different outcomes studied (fetal losses, early neonatal deaths and survivors). In 30%, mothers reported lack of available transportation to the hospital as a reason for home delivery. Failure of health services in identifying labor women and non-availability of emergency care contributed to accidental home deliveries. CONCLUSIONS: Though rare events in urban areas, accidental home deliveries should be of special concern to health services because they seem to be avoidable and imply in increased risk of death.OBJETIVO: Identificar a freqüência, o risco de mortalidade fetal e neonatal precoce e os determinantes do parto domiciliar acidental. MÉTODOS: Estudo caso-controle de base populacional sobre mortes fetais e neonatais precoces realizado na região sul do Município de São Paulo. Foram coletados dados em entrevistas domiciliares e de prontuários hospitalares. Os motivos referidos pelas mães para a ocorrência de partos domiciliares foram obtidos nas entrevistas. Os fatores de risco para o parto domiciliar foram obtidos comparando-se com os partos hospitalares. Os dados foram analisados separadamente para perdas fetais, óbitos neonatais e sobreviventes. Foram utilizadas odds ratio, intervalo de confiança de 95% e o teste exato de Fisher para avaliar os fatores de risco e estimar o risco de morte. RESULTADOS: A freqüência de partos domiciliares de 0,2% no Sistema de Informações de Nascidos Vivos está sub-notificada. Quando ajustada, passa a ser de 0,4%, compatível com a encontrada em algumas cidades da Europa. Todos os partos domiciliares identificados foram acidentais. O parto domiciliar acidental está associado ao aumento da mortalidade fetal e neonatal precoce. Características sociais das mães e da gestação estão associadas à ocorrência de partos domiciliares acidentais, e não são sempre as mesmas para os três tipos de desfecho (óbito fetal, óbito neo-natal precoce e sobreviventes). A falta de transporte para o hospital foi indicada como motivo para os partos domiciliares por 30% das mães. Falhas do sistema de saúde em reconhecer a iminência do parto e a não disponibilidade de atendimento de urgência contribuíram para a ocorrência de alguns partos domiciliares. CONCLUSÕES: Apesar de serem eventos raros, pelo menos em área urbana, os partos domiciliares acidentais devem merecer atenção específica, já que acarretam aumento do risco de morte e parecem ser evitáveis

    Youth and the COVID-19 crisis: Lessons learned from a human rights-based prevention programme for youths in São Paulo, Brazil

    No full text
    Youths living in crowded impoverished urban areas face higher risk of infection by SARS-CoV-2. This article presents lessons learned from a preventive intervention project intersected by the COVID-19 crisis that moved from a mix-methods study design to online ethnography. The ‘home-officed’ research team e-witnessed high-school students’ daily lives and collaborated in youths’ and community-based organisations’ responses in the territories where they study and live. Psychosocial distress increased, also driven by the disastrous governmental response to the health and economic crises. There was growing anxiety about meeting friends and dating, with structural limits for sustaining the recommended social distancing, which added to gender/sexuality-based violence. Simultaneously, we observed students becoming relevant actors through co-producing preventive practices, surpassing risk-group notions and combining SARS-CoV-2 prevention with sexuality, gender, racism and mental-health issues. They managed internet-mediated applications to promote critical thinking and collective actions aimed at health promotion among their peers, from their homes. Freire’s concept of ‘untested-feasibility’ fostered researchers’, students’ and community leaders’ imaginations in the face of this unprecedented crisis, thereby enhancing social responses to the epidemic to become rights-based comprehensive dialogical preventive activities. This ongoing intervention-research stresses how prevention sciences can go beyond reduction of this pandemic to a viral event
    corecore