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    Ações da testosterona sobre a proliferação de células prostáticas humanas em cultura

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    A glândula prostática é um orgão acessório do aparelho reprodutor masculino, conhecido como típico alvo de andrógenos. Estes hotmônios, secretados pelos testículos, têm um papel importante no crescimento e diferenciação da próstata no decorrer da vida. Sua ação é bem caracterizada no período embrionário, pós-natal e durante a puberdade. Mas a próstata apresenta um terceiro estágio de multiplicação durante a senescência que é alvo de muitas investigações. O objetivo deste trabalho foi estudar a ação de andrógenos, mais especificamente a testosterona, sobre a proliferação de células epiteliais e estromais de próstata humana não transformadas. Para este estudo foi escolhido um modelo de cultura de células, obtidas de tecido prostático, proveniente de. pacientes submetidos a prostatectomia por hiperplasia prostática benigna (HPB). O tecido prostático foi dissociado, as células epiteliais analisadas em cultura primária e as células estromais em cultura secundária (uma passagem). A proliferação celular foi avaliada pela determinação do DNA total e contagem de células. As células prostáticas foram incubadas em meio 199 com diferentes concentrações de soro bovino fetal (SBF) e SBF desteroidado, a fim de determinar um meio básico para os estudos de proliferação celular. Estas células epiteliais foram também incubadas com diferentes concentrações de testosterona (2x10^-5 a 2x10^-11M) isolada ou associada a flutamida (10^-6M). Os resultados obtidos indicaram o meio 199 contendo 5% de SBF como adequado para o estudo de proliferação das células prostáticas humanas não transformadas, epiteliais ou estromais. Observou-se que a incubação das células prostáticas com testosterona nas concentrações de 2x10^-5 a 2x10^-8M não apresentaram alteração no ritmo de proliferação celular. Por outro lado, as concentrações de 2x10^-10 e 2x10^-11 M de testosterona estimularam significativamente a proliferação celular. Buscando avaliar o envolvimento do receptor de andrógenos no mecanismo de proliferação celular, a testosterona foi adicionada ao meio de cultura associada ao antiandrógeno flutamida. A flutamida inibiu significativamente o efeito proliferativo induzido pelas menores doses de testosterona. Um resultado interessante foi observado com a associação de flutamida à testosterona 2x10^-5 e 2x10^-6M, a qual aumentou significativamente a proliferação celular. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que: 1 - As células de próstata humana não transformadas crescem de modo adequado para estudos de proliferação celular, em meio 199 contendo 5% de SBF. O uso de soro desteroidado não alterou o padrão proliferativo destas células, embora tenha ocorrido uma tendência ao descolamento. 2 - A testosterona adicionada ao meio básico nas concentrações de 2x10^-5 a 2x10^-9M não apresentou efeito proliferativo sobre as células epiteliais ou estromais, quando comparadas às células incubadas apenas com meio básico. Nas concentrações de 2x10^-10 e 2x10-11M a testosterona estimulou significativamente a proliferação de células epiteliais e estromais, o que sugere um mecanismo bifásico de ação da testosterona sobre a regulação hormonal das células próstaticas humanas, onde doses mais elevadas de testosterona mantém o controle da proliferação em células diferenciadas e concentrações menores permitiriam o escape destes mecanismos regulatórios. 3 - O antiandrógeno flutamida (10^-6M) associado às menores doses de testosterona inibiu significativamente o efeito, proliferativo induzido por este andrógeno tanto em células epiteliais como estromais. Estes dados sugerem que o mecanismo de ação da testosterona, nestas células, ocorre via receptor de andrógenos. Por outro lado, a associação de flutamida (10^-6M) com a testosterona em concentrações maiores (2x10^-5 e 2x10^-6 M) estimulou a proliferação das células epiteliais e estromais, quando comparada com a proliferação de células incubadas apenas com testosterona nas mesmas doses. Estes resultados indicam que a flutamida, nestas condições hormonais, agiu bloqueando parcialmente os receptores de andrógenos, mimetizando os dados obtidos com pequenas doses de testosterona e reforçando as evidências que os efeitos deste esteróide sobre a proliferação das células prostáticas, apresentados neste trabalho, ocorrem via receptor de andrógeno. O controle da proliferação de células prostáticas é um processo complexo, envolvendo numerosas interações entre hormônios, fatores de crescimento e protooncogenes, que podem ser modificados de acordo com as condições experimentais utilizadas. Progressos no conhecimento dos mecanismos moleculares envolvidos com a regulação hormonal da próstata exigem estudos mais aprofundados, incluindo tanto o estudo de receptores de esteróides sexuais quanto a expressão do RNAm de diversos fatores de crescimento e protooncogenes relacionados com proliferação celular

    African-specific molecular taxonomy of prostate cancer

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    Prostate cancer is characterized by considerable geo-ethnic disparity. African ancestry is a signifcant risk factor, with mortality rates across sub-Saharan Africa of 2.7-fold higher than global averages1 . The contributing genetic and non-genetic factors, and associated mutational processes, are unknown2,3 . Here, through whole-genome sequencing of treatment-naive prostate cancer samples from 183 ancestrally (African versus European) and globally distinct patients, we generate a large cancer genomics resource for sub-Saharan Africa, identifying around 2 million somatic variants. Signifcant African-ancestry-specifc fndings include an elevated tumour mutational burden, increased percentage of genome alteration, a greater number of predicted damaging mutations and a higher total of mutational signatures, and the driver genes NCOA2, STK19, DDX11L1, PCAT1 and SETBP1. Examining all somatic mutational types, we describe a molecular taxonomy for prostate cancer diferentiated by ancestry and defned as global mutational subtypes (GMS). By further including Chinese Asian data, we confrm that GMS-B (copy-number gain) and GMS-D (mutationally noisy) are specifc to African populations, GMS-A (mutationally quiet) is universal (all ethnicities) and the African–European-restricted subtype GMS-C (copy-number losses) predicts poor clinical outcomes. In addition to the clinical beneft of including individuals of African ancestry, our GMS subtypes reveal diferent evolutionary trajectories and mutational processes suggesting that both common genetic and environmental factors contribute to the disparity between ethnicities. Analogous to gene–environment interaction—defned here as a diferent efect of an environmental surrounding in people with diferent ancestries or vice versa—we anticipate that GMS subtypes act as a proxy for intrinsic and extrinsic mutational processes in cancers, promoting global inclusion in landmark studies

    Molecular mechanisms on hirsutism : gene expression of androgen metabolizing enzymes in scalp hair and association with etiological diagnosis

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    Androgens are the main hormonal regulators of human hair growth and they are related to clinical conditions such as hirsutism. The aim of this study was to analyze the gene expression of androgen receptor (AR), type 1 and type 2 5a-reductase isoenzymes (5a R1 and 2) and type 2 17b hydroxysteroid dehydrogenase (17b-HSD 2) in plucked scalp hairs from hirsute patients and normal subjects. We studied 33 women with hirsutism [20 with polycystic ovary syndrome (PCOS), 13 with idiopathic hirsutism (IH)]; 15 control women; and 10 control men. Hirsutism was assessed by a modified Ferriman-Gallwey method. Hormonal status was assessed between days 2 and 10 of the menstrual cycle or on any day when the patients were amenorrheic. AR and enzymes mRNA levels were estimated by reverse transcriptionpolymerase chain reaction (RT-PCR). AR expression was similar in all groups. The gene expression of 5a R2 was not detected in any hair samples analyzed in this study. No differences were found on 5a R1 mRNA levels between men and normal women (0.78 ± 0.05 vs. 0.74 ± 0.06, respectively). 5a R1 gene expression in the plucked hair cells from scalp of normal women (0.85 ± 0.04), PCOS (0.78 ± 0.05) and IH (0.80 ± 0.06) was also similar. 17b-HSD2 gene expression in hirsute patients was lower (2.2±0.13 and 2.0±0.15, for PCOS and IH, respectively) than in normal women (3.1±0.17, p<0.05), and similar to men (1.8±0.22). In conclusion, these results indicate that there are no changes on 5a R1 gene expression in the plucked hair cells from scalp, related to gender or hirsutism. The lower expression of 17b-HSD2 mRNA in scalp hairs of hirsute patients suggests androgen metabolism disturbances with predominance of more potent androgens, as occurs in men
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