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Multilatinas e governos nacionais: estratégias para um novo lugar da América Latina no capitalismo contemporâneo?
Historicamente a internacionalização de empresas, definida sobretudo pelos fluxos de InvestimentoExterno Direto, se davam das economias desenvolvidas para a semiperiferia do capitalismo mundial.Nas duas últimas décadas, no entanto, têm sido crescente os fluxos de IED oriundos dos países emdesenvolvimento, como se vê no caso da China, da Índia, da África do Sul, do México e do Brasil, entre outros.Neste texto pretende-se abordar o caso das multilatinas, multinacionais de origem latino-americanaque têm realizado crescentes fluxos de investimento em países estrangeiros, seja na própria AméricaLatina, seja em outras regiões do mundo. A literatura sobre o tema consagra duas interpretações para ofenômeno: a atuação do Estado, através das reformas orientadas para o mercado, para criar um ambienteeconômico mais favorável ao crescimento destas empresas e as próprias reestruturações internas queelas teriam feito para poder fazer frente à crescente competição com suas concorrentes estrangeiras.O presente texto, sem desconsiderar as duas chaves explicativas, pretende chamar a atenção para umpapel mais ativo do Estado como efetivo fomentador da criação ou do crescimento de corporações latinoamericanasvoltadas a disputar a liderança mundial em seus respectivos setores de atividade
CONSIDERAÇÕES SOBRE POLÍTICA DE SAÚDE EM CONTEXTOS DE REDEMOCRATIZAÇÃO E REFORMAS ECONÔMICAS: OS CASOS RECENTES DE ARGENTINA, BRASIL E CHILE
Este artigo aborda os processos de implementação de políticas públicas de saúde nasduas últimas décadas a partir da comparação dos casos argentino, brasileiro e chileno. Emborainfluenciados pela agenda internacionalmente difundida pelo Banco Mundial, e imersos numadinâmica concomitante de reformas econômicas e redemocratização política, os processos apresentamresultados diferentes em cada país. A partir da análise da literatura percebe-se que variáveis domésticascomo as relações entre instituições políticas e intergovernamentais desempenham um papel muitorelevante na construção das redes de proteção social nos três contextos analisados
As relações Brasil-Venezuela e o empresariado nacional (2002-2012)
O presente artigo discute os impactos, sobre alguns segmentos do empresariado nacional brasileiro, decorrentes do aprofundamento das relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Venezuela no período compreendido entre os anos de 2002 e 2012. Faz um breve arrazoado histórico das relações entre os dois países e especula sobre a correlação entre uma política externa de aumento da zona de influência do Brasil na América do Sul e as estratégias de internacionalização de alguns grupos empresariais nacionais