13 research outputs found
Reasons for medical follow-up dropout among patients with arterial hypertension: the patient's perspective
A hipertensão arterial é um expressivo problema de saúde pública enquanto fator de risco para as doenças cardiovasculares e principal grupo de causas de mortalidade no Brasil. A baixa adesão e o abandono do tratamento estão entre os principais obstáculos à s estratégias individuais de controle. Estudam-se os motivos do abandono do seguimento médico em uma coorte de pacientes em tratamento de hipertensão arterial, em serviço de atenção primária à saúde, acompanhados por um perÃodo de quatro anos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinquenta pessoas com hipertensão que abandonaram o seguimento médico. As respostas foram analisadas mediante a técnica de análise temática de conteúdo. Os motivos relatados para o abandono do seguimento mostraram predomÃnio de razões ligadas ao próprio serviço de saúde - sua organização, estrutura e a relação médico-paciente - e, ainda, tratamento em outro serviço de saúde. Razões de natureza psicossocial, como a ausência de sintomas, a melhora e/ou a normalização da pressão arterial e o consumo de álcool também contribuÃram para o abandono do cuidado. Estudar os motivos do abandono na perspectiva do próprio sujeito permitiu verificar a riqueza e diversidade de problemas envolvidos no cuidado requerido.Arterial hypertension is a relevant public health problem as it is a risk factor for cardiovascular diseases, the major cause of mortality in Brazil. Low compliance and treatment dropout are among the main obstacles to individual control strategies. This study aimed at assessing the reasons for failure in medical appointment follow-up among a cohort of patients under treatment for four years in a primary care service. Thus, semi-structured interviews were conducted with 50 individuals who had dropped out of medical appointments. Statements were assessed by using thematic content analysis. The reported reasons for dropping out were most frequently related with the healthcare service itself - its organization and structure, and doctor-patient relationship - or treatment at another healthcare service. The reasons related with the patients themselves, such as absence of symptoms, improvement and/or normalization of arterial hypertension, as well as alcohol consumption contributed to the discontinuation of the treatment. To study the reasons for treatment dropout through the patients' eyes showed the abundance and diversity of problems involved
Socioeconomic and sanitary survey in families living in the Botucatu County (S. Paulo, Brazil) in 1969
In 1969, a survey was carried out concerning the socio-economical and sanitary aspects of the inhabitants in Botucatu County (S. Paulo, Brazil). Three hundred and five families were interviewed. Data involving the composition of the family, age of the memores, occupation, salary, sanitary conditions of their houses, knowledge about vaccination and their opinions about health services were collected and analysed. Some results were associated with the socioeconomic status of the families. The basic sanitation conditions were adequate and of reasonable standard. Knowledge about the value of vaccination as well as the required doses were vague Resources available for health were fragmented on indication of the lack of coordenation among the health services. Health centers were mainly sought for the care of children, on indication of the population's low degree of knowledge about their purposes. It was concluded that an improvement of the community viewpoints about medical-sanitary aspects is desired and systematic health educaiton programs are necessary and urgent.Foi realizado, em 1969, um levantamento de dados sócio-econômicos e sanitários da zona urbana de Botucatu. Trezentas e cinco famÃlias amostradas foram entrevistadas sobre: constituição familiar, idade, ocupação, renda, grau de instrução, condições sanitárias dos domicÃlios, conhecimento e uso de vacinas, demanda e opiniões relativas aos serviços de saúde. Algumas respostas foram associadas ao "status" sócio-econômico das famÃlias. As condições de saneamento básico estavam dentro de padrões quantitativos razoáveis e era alto o desconhecimento sobre o valor e número de doses das vacinas. Constatou-se acentuada dispersão de recursos para saúde, indicando falta de coordenação dos órgãos assistenciais; a demanda ao Centro de Saúde era baixa, quase restrita à s crianças, indicando distorsão da percepção da comunidade com relação aos serviços médico-sanitários e necessidade de desenvolvimento adequado desses serviços, além de educação sanitária sistemática
Motivos do abandono do seguimento médico no cuidado a portadores de hipertensão arterial: a perspectiva do sujeito
Public health: reproduction or legitimation?
Este trabalho procura analisar a Saúde Pública como uma prática social, de relação de classes sociais, numa formação capitalista tardia e dependente. Parte-se do pressuposto que o caráter de dependência dá especificidades próprias ao desenvolvimento capitalista no Brasil e à institucionalização da Saúde Pública. Objetiva-se, especificamente, analisar a Saúde Pública como parte integrante na constituição de um Estado burguês. A análise engloba o perÃodo de 1889 a 1978, compreendendo quatro fases, correspondentes a rupturas polÃticas de regimes governamentais e está centralizada no Estado de São Paulo. Os dados analisados demonstram que, sob o domÃnio português e, ainda por um longo perÃodo, as atividades de saúde ficaram sob a responsabilidade de associações privadas, filantrópicas e/ou religiosas. Ao intensificar o processo de desenvolvimento capitalista e sob o impacto do imperialismo, a Saúde Pública ganha expressão e adquire uma área especifica de atuação estatal, criando estruturas técnico-burocráticas. Por meio destas, divulgam-se idéias, estabelecem-se regras e normas legais, destinam-se recursos financeiros e, também, viabilizam os diferentes interesses de classes e frações de classes, localizados dentro e fora do aparelho estatal. Os dados, ainda, demonstram que esse substrato material possibilita a sedimentação da Saúde Pública como uma atividade estatal e dá-lhe a legitimidade para impôr-se, mesmo coercitivamente, frente à sociedade.The present investigation made an attempt to analyse Public Health as a social praxis, i.e., as a relationship of social classes inside a dependent capitalist framework. It was assumed that the external dependency of Brazilian society provides particularity to the development of capitalism and to the institutionalization of Public Heplth in Brazil. The main objective of the study was to analyse Public Health as part of the state, i.e. as one of the means to establish an imposed political order and legi timate power. Four phases were analysed between 1889 to 1978 corresponding to political ruptures of the government and was focused on the state of São Paulo. The data showed that although Brazil became independent from Portugal in 1822, Portuguese influence remained strong for a long period of time. At that phase, health activities as other social activities were private issues, being carried out by philantropic or religious associations. Upon the development of capitalism and under the impact of imperialism, Public Health increased its role and acquired its own area of state activity. Based on a bureaucratic form of organization, ideology was divulged, rules and heaith legislation were established, financial resources were allocated and different class or group interests, located inside or outside the state apparatus, were assured to coexist. Through that formal organization the relationship between health bureaucracy and clientele politics was guaranteed. Therefore, public resources were drained on behalf of private interest. It was demonstrated that alongside with it development, Public Health has consolidated itself as a state activity and has its action legitimated even when coercive measures are needed
Public health: reproduction or legitimation?
Este trabalho procura analisar a Saúde Pública como uma prática social, de relação de classes sociais, numa formação capitalista tardia e dependente. Parte-se do pressuposto que o caráter de dependência dá especificidades próprias ao desenvolvimento capitalista no Brasil e à institucionalização da Saúde Pública. Objetiva-se, especificamente, analisar a Saúde Pública como parte integrante na constituição de um Estado burguês. A análise engloba o perÃodo de 1889 a 1978, compreendendo quatro fases, correspondentes a rupturas polÃticas de regimes governamentais e está centralizada no Estado de São Paulo. Os dados analisados demonstram que, sob o domÃnio português e, ainda por um longo perÃodo, as atividades de saúde ficaram sob a responsabilidade de associações privadas, filantrópicas e/ou religiosas. Ao intensificar o processo de desenvolvimento capitalista e sob o impacto do imperialismo, a Saúde Pública ganha expressão e adquire uma área especifica de atuação estatal, criando estruturas técnico-burocráticas. Por meio destas, divulgam-se idéias, estabelecem-se regras e normas legais, destinam-se recursos financeiros e, também, viabilizam os diferentes interesses de classes e frações de classes, localizados dentro e fora do aparelho estatal. Os dados, ainda, demonstram que esse substrato material possibilita a sedimentação da Saúde Pública como uma atividade estatal e dá-lhe a legitimidade para impôr-se, mesmo coercitivamente, frente à sociedade.The present investigation made an attempt to analyse Public Health as a social praxis, i.e., as a relationship of social classes inside a dependent capitalist framework. It was assumed that the external dependency of Brazilian society provides particularity to the development of capitalism and to the institutionalization of Public Heplth in Brazil. The main objective of the study was to analyse Public Health as part of the state, i.e. as one of the means to establish an imposed political order and legi timate power. Four phases were analysed between 1889 to 1978 corresponding to political ruptures of the government and was focused on the state of São Paulo. The data showed that although Brazil became independent from Portugal in 1822, Portuguese influence remained strong for a long period of time. At that phase, health activities as other social activities were private issues, being carried out by philantropic or religious associations. Upon the development of capitalism and under the impact of imperialism, Public Health increased its role and acquired its own area of state activity. Based on a bureaucratic form of organization, ideology was divulged, rules and heaith legislation were established, financial resources were allocated and different class or group interests, located inside or outside the state apparatus, were assured to coexist. Through that formal organization the relationship between health bureaucracy and clientele politics was guaranteed. Therefore, public resources were drained on behalf of private interest. It was demonstrated that alongside with it development, Public Health has consolidated itself as a state activity and has its action legitimated even when coercive measures are needed
Mortalidade de adolescentes em área urbana da região Sudeste do Brasil, 1984-1993
Analisa-se a mortalidade de adolescentes no MunicÃpio de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil, no perÃodo de 1984 a 1993, segundo dois subgrupos (10 a 14 e 15 a 19 anos), sexo, ocupação e causas de óbito. Os dados de óbitos foram obtidos no Setor de EstatÃstica do Centro de Saúde-Escola. As estimativas populacionais foram calculadas com base nos censos demográficos. Observou-se variação dos coeficientes de mortalidade nos diferentes anos e maior mortalidade no grupo masculino de 15 a 19 anos, atingindo tanto estudantes como trabalhadores. Houve predomÃnio de causas externas de mortalidade, principalmente acidentes de trânsito e ferimento por arma de fogo, exigindo averigüação de seus determinantes e o desenvolvimento de programas de saúde destinados aos adolescentes, suas famÃlias e à sociedade, considerando-se que as causas de morte são evitáveis e prevenÃveis
Mortalidade de adolescentes em área urbana da região Sudeste do Brasil, 1984-1993
Analisa-se a mortalidade de adolescentes no MunicÃpio de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil, no perÃodo de 1984 a 1993, segundo dois subgrupos (10 a 14 e 15 a 19 anos), sexo, ocupação e causas de óbito. Os dados de óbitos foram obtidos no Setor de EstatÃstica do Centro de Saúde-Escola. As estimativas populacionais foram calculadas com base nos censos demográficos. Observou-se variação dos coeficientes de mortalidade nos diferentes anos e maior mortalidade no grupo masculino de 15 a 19 anos, atingindo tanto estudantes como trabalhadores. Houve predomÃnio de causas externas de mortalidade, principalmente acidentes de trânsito e ferimento por arma de fogo, exigindo averigüação de seus determinantes e o desenvolvimento de programas de saúde destinados aos adolescentes, suas famÃlias e à sociedade, considerando-se que as causas de morte são evitáveis e prevenÃveis
Análise de dados sócio-econômicos e sanitários de famÃlias residentes no distrito-sede de Botucatu (São Paulo, Brasil), em 1969 Socioeconomic and sanitary survey in families living in the Botucatu County (S. Paulo, Brazil) in 1969
Foi realizado, em 1969, um levantamento de dados sócio-econômicos e sanitários da zona urbana de Botucatu. Trezentas e cinco famÃlias amostradas foram entrevistadas sobre: constituição familiar, idade, ocupação, renda, grau de instrução, condições sanitárias dos domicÃlios, conhecimento e uso de vacinas, demanda e opiniões relativas aos serviços de saúde. Algumas respostas foram associadas ao "status" sócio-econômico das famÃlias. As condições de saneamento básico estavam dentro de padrões quantitativos razoáveis e era alto o desconhecimento sobre o valor e número de doses das vacinas. Constatou-se acentuada dispersão de recursos para saúde, indicando falta de coordenação dos órgãos assistenciais; a demanda ao Centro de Saúde era baixa, quase restrita à s crianças, indicando distorsão da percepção da comunidade com relação aos serviços médico-sanitários e necessidade de desenvolvimento adequado desses serviços, além de educação sanitária sistemática.<br>In 1969, a survey was carried out concerning the socio-economical and sanitary aspects of the inhabitants in Botucatu County (S. Paulo, Brazil). Three hundred and five families were interviewed. Data involving the composition of the family, age of the memores, occupation, salary, sanitary conditions of their houses, knowledge about vaccination and their opinions about health services were collected and analysed. Some results were associated with the socioeconomic status of the families. The basic sanitation conditions were adequate and of reasonable standard. Knowledge about the value of vaccination as well as the required doses were vague Resources available for health were fragmented on indication of the lack of coordenation among the health services. Health centers were mainly sought for the care of children, on indication of the population's low degree of knowledge about their purposes. It was concluded that an improvement of the community viewpoints about medical-sanitary aspects is desired and systematic health educaiton programs are necessary and urgent