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    PROCESSOS E ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO NA CULTURA ESCRITA NO SERTÃO BAIANO (SÉCULO XX)

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    O objetivo, neste trabalho, é discutir sobre indícios dos processos de difusão da escrita na zona rural do semiárido da Bahia, caracterizando práticas de letramento predominantes, principalmente, em meados do século XX. No campo da História Social da Cultura Escrita, busca-se, pelas fontes orais, correlacionar os percursos de participação e apropriação nas/das práticas letradas ao desempenho de escrita de sertanejos que produziram cartas pessoais mesmo com o pouco acesso à escolarização formal. Além do espaço escolar, limitado, também os espaços domésticos, o acesso a alguns materiais de leitura e o processo de migração para grandes cidades propiciaram formas de participação nas práticas de letramento

    ESTUDO DOS MODOS TRADICIONAIS DE DIZER EM CARTAS PESSOAIS DE SERTANEJOS BAIANOS

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    Entende-se por tradições discursivas a “[...] repetição de um texto ou de uma forma textual ou de uma maneira particular de escrever ou falar que adquire signo próprio” (KABATEK, 2006, p. 7). O texto escrito para os estudos sócio-históricos é a principalfonte de estudo do pesquisador. Como não há registros orais, é a maneira de estudar a língua em diferentes épocas e suas mudanças. Os textos escritos por mãos inábeis, adultos estacionados em fase inicial de aquisição da escrita, têm especial valor, pois podem possibilitar uma melhor aproximação à língua de uma dada época

    EDIÇÃO DE CARTAS PESSOAIS DO SERTÃO BAIANO

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    O objetivo principal desta pesquisa foi editar nove manuscritos, do gênero carta pessoal, escritos por sertanejos do semiárido baiano, nas primeiras décadas do século XX, a fim de garantir a preservação da memória e contribuir com a disponibilização de fontes para o estudo linguístico sócio-histórico do português brasileiro

    Aspectos de inabilidade na representação escrita de fatos morfossintáticos: a marcação de plural no sintagma nominal

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    O objetivo deste estudo é discutir sobre a presença de alguns aspectos na representação escrita de fatos morfossintáticos, em um corpus constituído por manuscritos produzidos por redatores estacionados em fases iniciais de aquisição da escrita. Pretende-se analisar aspectos que contribuem para a identificação das “mãos inábeis” em escrita alfabética (BARBOSA, 2017; MARQUILHAS, 2000; SANTIAGO, 2019), em dados que não seriam reflexo da fala, mas da própria escriptualidade. Através de uma abordagem descritivo-qualitativa, apresentam-se alguns casos que ilustram distanciamento da norma, em textos dos séculos XIX e XX, com ênfase para a variação na marcação de plural no sintagma nominal, além de exemplos adicionais, envolvendo a marcação de gênero. Verifica-se, ainda, por outro lado, se alguns fatos morfossintáticos presentes na escrita podem estar refletindo possíveis traços da oralidade. A análise da distribuição das ocorrências por redator permite observar se há cruzamento desses dados com outros aspectos que são marcas de inabilidade, considerando um contínuo, uma gradiência, para uma melhor caracterização do nível de inabilidade dos redatores. De modo geral, a concentração de dados de representação morfossintática com construções irregulares, nos aspectos observados, está registrada nos textos que manifestam uma inabilidade máxima ou parcial de seus redatores

    MARCAS DE ORALIDADE NA ESCRITA: O ROTACISMO EM DADOS DO ACERVO “CARTAS EM SISAL”

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    Sabe-se que a formação do português brasileiro, de acordo com Lucchesi (2017), deu-se a partir do contato massivo entre o português europeu e as línguas indígenas e africanas. E que as condições para o desenvolvimento da sociedade brasileira forammarcadas por diferentes povos e falares, o que se reflete na história sociolinguística do país, determinante para a heterogeneidade da língua

    REVISÃO E AMPLIAÇÃO DAS FICHAS CATALOGRÁFICAS NA EDIÇÃO DIGITAL DO ACERVO CARTAS PARTICULARES DO RECÔNCAVO DA BAHIA (SÉCULO XIX)

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    O projeto ao qual se vincula este plano de trabalho, intitulado Documentos produzidos por mãos inábeis: estudos linguísticos e filológicos (CONSEPE 083/2020), é associado à Plataforma de Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão (XVI-XX) – CEDOHS (CONSEPE 012/2020), do Departamento de Letras e Artes, da UEFS (cf.http://www5.uefs.br/cedohs/)

    ESTUDO DE FENÔMENOS GRAFOFONÉTICOS (PRÓTESES E AFÉRESES) NO ACERVO “CARTAS EM SISAL”

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    Para uma aproximação à história do português brasileiro, deve-se buscar indícios em textos que reflitam a escrita cotidiana. Em corpora desse tipo há uma maior possibilidade de identificação dos vestígios da oralidade, de aproximação ao vernáculoda época

    LIVRO DE DESPESAS E RECEITAS DA IRMANDADE DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO (SÉC. XIX), DE MONTE SANTO-BA: REVISÃO DA EDIÇÃO SEMIDIPLOMÁTICA E ESTUDO DE ASPECTOS DA VARIAÇÃO GRAFEMÁTICA

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    O objetivo deste trabalho foi revisar a edição semidiplomática do Livro de Despesas e Receitas da Irmandade do Santíssimo Sacramento (séc. XIX), de Monte Santo-BA, realizada por Souza (2022). Com a revisão minuciosa da edição semidiplomática, pretendeu-se conferir se todos os critérios foram considerados. São critérios estabelecidos a partir das normas do Projeto Para a História do Português Brasileiro (MATTOS E SILVA, 2001) e de Lose e Mazzoni (2015, 2018)

    A repetição em corpora históricos como índice de inabilidade em escrita

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    This paper aims to discuss the repetition of words in writing by unable hands, from a corpus consisting of data from Bahian sertanejos (1906-2000), writers in the initial writing acquisition phase, whose edition is available in Santiago (2011; 2012). Repetition is one of the inabilities in alphabetic writing dimensions proposed by Barbosa (2017), for a historical corpora characterization. In the letters of the sertanejos, the presence of this dimension is another indication that they are spontaneous texts, without planning and revision, coinciding in the writing of the poor writers with other characteristics, such as those related to escriptuality (lack of knowledge concerning to graphic standard conventions); the presence of a phonetic writing, and lesser motor skills, which may indicate a greater distance from the models of conventional writing. In texts like those, the writers convey on writing, the cohesion and coherence devices related to the speech, and the repetitive segments can be expressing similar functions to the oral language grammar, as Dutra (2003) has shown, through data from children’s essays, and Marcuschi (1996) with oral data. To understand better some of the reasons that gave rise to the repetitions made by the letters’ writers, the examples are distributed according to the possible functions they are communicating, to the light of basic functions identified for oral texts such as, cohesive relations in the text level, understanding, topical continuity, argumentative structure and interactivity relations in the discursive level. Neste trabalho, o objetivo é discutir sobre a repetição de vocábulos na escrita por mãos inábeis, a partir de um corpus constituído por cartas pessoais de sertanejos baianos (1906-2000), redatores em fase inicial de aquisição da escrita, cuja edição está disponibilizada em Santiago (2011; 2012). A repetição é uma das dimensões da inabilidade em escrita alfabética proposta por Barbosa (2017), para a caracterização de corpora históricos. Nas cartas dos sertanejos, a presença dessa dimensão é mais um indício de que são textos espontâneos, sem planejamento e revisão, coincidindo, na escrita dos mais inábeis, com outras características, como os aspectos relacionados à escriptualidade (desconhecimento de convenções do padrão gráfico); a presença de uma escrita fonética e a pouca habilidade no plano motor, o que pode indicar um maior distanciamento aos modelos da escrita convencional. Em textos desse tipo, os redatores transferem para o registro escrito mecanismos de coesão e coerência comuns à oralidade, e os segmentos repetidos podem estar expressando funções semelhantes às da gramática da língua oral, como demonstram estudos como o de Dutra (2003), em dados de redações infantis, e o de Marcuschi (1996), com dados orais. Para melhor compreender algumas motivações que originaram as repetições pelos redatores das cartas, os exemplos são distribuídos de acordo com as possíveis funções que estejam manifestando, à luz das funções básicas já identificadas para textos orais: no plano textual, as relações de coesividade, e, no plano discursivo, as relações de compreensão, continuidade tópica, argumentatividade e interatividade

    MARCAS DA ORALIDADE NA ESCRITA DE SERTANEJOS BAIANOS: O APAGAMENTO DO EM GERÚNDIO

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    O objetivo foi estudar as ocorrências em que o grafema <d> é omitido, nas formas de gerúndio, em cartas pessoais escritas por sertanejos baianos, pertencentes ao acervo “Cartas em Sisal”, do projeto Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão –CE-DOHS (CONSEPE 012/2020)
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