28 research outputs found

    Tree composition and structure of a semideciduous forest in the Meridional Espinhaço (Serra do Cipó, MG)

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    Estudos florísticos e fitossociológicos têm sido feitos em áreas de Mata Atlântica, sendo parte desses em remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual. Entretanto, no cômputo geral, as florestas na Serra do Espinhaço têm sido pouco estudadas. Este trabalho objetiva descrever e analisar a composição e estrutura de espécies arbóreas de uma área de Floresta Estacional Semidecidual na face leste da Serra do Cipó, porção meridional da Serra do Espinhaço (MG). O método de ponto-quadrante foi utilizado para estudo fitossociológico, sendo o levantamento florístico total incrementado por coletas não-sistematizadas. Foram calculados: área basal total, densidade, frequência e dominância relativas, além do índice de valor de importância. O levantamento florístico total registrou 280 espécies, número que destaca a riqueza da área, cuja maior afinidade florística é com outras áreas florestais localizadas nas bacias dos Rios Doce e Paraíba do Sul. Os parâmetros fitossociológicos destacam a predominância de espécies pioneiras e secundárias iniciais, o que, assim como os valores estruturais, caracteriza um estádio secundário inicial a intermediário de regeneração. Os dados deste trabalho realçam a importância da preservação das florestas estacionais da Mata Atlântica e, particularmente, de áreas florestais na porção leste do Espinhaço

    O uso da Cultura Maker no ambiente escolar e sua interlocução com o ensino de Língua Portuguesa: uma revisão sistemática da literatura

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    Este artigo tem como objetivo analisar trabalhos que tratam sobre a utilização de ferramentas tecnológicas no ensino de Língua Portuguesa, bem como a incorporação dos conceitos de cultura maker, fabricação digital e práticas multiletradas. A pesquisa trata-se de uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL). Para a pesquisa bibliográfica foram utilizados trabalhos publicados no período de 2017 até 2022 a partir dos repositórios digitais: Google Scholar, Brazilian Journal of Development, Revista Novas Tecnologias na Educação – RENOTE e Fórum Linguístico. Os resultados revelaram que, ao incorporar o uso de ferramentas tecnológicas no ensino de Língua Portuguesa, os educadores estão proporcionando oportunidades valiosas para que os estudantes desenvolvam competências e habilidades relevantes para a sociedade contemporânea

    Conexões Ecológicas no Paleoterritório do Café

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    The production of coffee in Brazil during the XIX century was one of the main economic forces. The lands of the Paraíba do Sul River Valley were lavish producers for an intense but short period of time. This historic period, with its biotic and abiotic processes, left visible marks in the landscape up to now. The objective of this research is to analyse the coffee paleoterritory landscape focusing on its ecological dynamics. Literature revision, circularity index and interviews to local inhabitants were conducted. Some conclusions are: a) it is necessary to use more trees in pastures, and live fences; b) there is a rapid loss of ethnoecological knowledge that needs to be documented and renewed; c) it is important to learn environmental history lessons from the Paraíba do Sul Valley, thinking on the areas used for coffee plantations under the sun in Brazil and in other tropical countries.A produção de café no Brasil durante o século XIX foi uma das maiores alavancas para a economia da época. As terras do Vale do Rio Paraíba do Sul foram pródigas produtoras por um intenso, mas breve período de tempo. Essa etapa histórica, com seus processos bióticos e abióticos, deixou marcas na paisagem até hoje. O objetivo desse trabalho é analisar o paleoterritório do café sob a ótica da dinâmica ecológica. Utilizou-se a revisão literária, o índice de circularidade e entrevistas a habitantes locais. Algumas conclusões são que a) é necessário arborizar as pastagens e as cercas vivas para aumentar a conetividade ecológica; b) há uma rápida perda de conhecimento etnoecológico que precisa ser documentado e reavivado; c) é importante aprender as lições da história ambiental do Vale do Paraíba, pensando naquelas áreas que estão sendo utilizadas para plantio do café sob sol no Brasil e em outros países tropicais

    Floristic and Structural characterization of the composition of arboreal species from three seasonal semi-deciduous forest fragments in the eastern Vale do Paraíba, São Paulo State

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    A bacia do rio Paraíba do Sul (sudeste do Brasil) está inserida no domínio da Floresta Atlântica, em altitudes que vão do nível do mar até 2797 metros. Há grande complexidade topográfica e climática, que resulta na presença de inúmeras fitofisionomias, como os Campos de altitude, Cerrado, Floresta Estacional Semidecidual e Florestas Ombrófilas Densa e Mista. Apesar da grande complexidade florestal, esta bacia ainda não foi objeto de estudos fitogeográficos. Análises das relações de similaridade florística entre comunidades arbóreas conduz em geral ao estabelecimento de padõres condicionados por fatores diversos que determinam a ocorrência das espécies. As florestas estacionais semideciduais da bacia do rio Paraíba do Sul mostram-se bastante fragmentadas e têm sido pouco estudadas do ponto de vista florístico e fitossociológico. O presente estudo objetivou conhecer e comparar a composição florística, a estrutura e os aspectos ecológicos do componente arbóreo de três fragmentos. Além disso, foram utilizadas análises de agrupamento e correspondência para estabelecer comparações florísticas com outras 31 áreas de Floresta Atlântica, 17 delas pertencentes à bacia do rio Paraíba do Sul (bacia do RPS). O fragmento maior (300 ha) situa-se no município de Areias e os dois menores (14 ha cada) em São José do Barreiro (22°41\'S; 44°3\'W), ambos no Estado de São Paulo. Para a amostragem, foram lançados 135 pontos quadrantes em cada um dos fragmentos, e incluídos os indivíduos com PAP≥ 15cm. Foram encontrados 1.620 indivíduos, 227 espécies, 138 gêneros e 51 famílias. As coletas extensivas acresceram 64 espécies, totalizando 290. As famílias Leguminosae, Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae e Annonaceae apresentaram a maior riqueza de espécies. A riqueza de espécies variou entre 165 e 178, a partir da amostragem total, e os índices de diversidade variaram entre 3,88 e 4,4. Há 13 novos registros citados para o Estado de São Paulo (e.g. Casearia selloana, Mollinedia longifolia, Pseudolmedia hirtula), com a presença de cinco espécies ameaçadas (Dalbergia nigra, Melanoxylon brauna, Mollinedia glabra, Ocotea odorifera, Urbanodendron bahiense). Os fragmentos apresentam-se em estágio avançado de sucessão, com predomínio de zoocoria, o que demonstra sua importância ecológica para a manutenção da fauna. As análises florísticas e a composição de espécies indicaram que, apesar de seus caracteres de transição entre florestas estacionais semideciduais e ombrófilas densas, a flora arbórea 188 dos fragmentos tem laços mais fortes com as primeiras. As florestas estacionais semideciduais da bacia do RPS apresentaram maior semelhança com as de mesma fitofisionomia da bacia do rio Doce, sugerindo que ambas correspondam a um contínuo de distribuição. O maior aporte de umidade das bacias RPS e do rio Doce deve ser o principal fator responsável pela distribuição de diversas espécies de forma exclusiva entre as florestas estacionais destas bacias e as florestas ombrófilas. Sugeriu-se que as variáveis mais fortemente ligadas à diferenciação florística entre as florestas comparadas sejam a duração da estação seca (estacionalidade das chuvas), a precipitação total, a altitude e a proximidade espacial entre as áreas. A alta riqueza e o elevado número de espécies de ocorrência restrita ou pouco frequentes na Floresta Atlântica denotam a importância da conservação dos fragmentos de florestas estacionais desta região. Ressaltamos ainda que o Vale do Paraíba paulista não possui unidades de conservação de proteção integral que incluam remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual, o que compromete seriamente a conservação de parte importante da biota que é exclusiva deste tipo florestal, como constatado neste estudo.The Paraíba do Sul River Basin (southeastern Brazil) is inserted into the Atlantic Rain Forest domain, at elevations from sea leval to 2797 a.s.l.. Ample topografic and climatic complexity is evident, as a result of diverse phytophysionomies, such as the high mountain grassland and savana, as well as seasonal Semi-deciduous, Tropical Rain and Araucaria forests. In spite of evident forest complexity, this basin has not come under the scope of phytogeographical studies. Through an analysis of floristic similarity among tree communities, it is possible to detect species pattern occurrence, as well as to explain conditioning factors. The Seasonal Semi-deciduous Forest of the Vale do Paraíba river basin occurs in highly fragmented areas, and has received but little attention as to floristic and phytosociological factors. With this in mind, the aim was to characterize and compare pertinent aspects of floristic composition, structure and ecology. The study areas were compared with other forests in the Atlantic domain, 17 of which occurring in this basin (RPS basin). Attention was focused on three fragments, two of 14 ha and another of 300.. 135 quarter-centered-points were sampled in each 189 fragment, by considering trees with circumferences equal or wider than 15 cm. 1620 individuals, belonging to 227 species, 138 genera and 51 families, were recorded. 64 species were compounded by random collectioning, to a total of 290. Those families with the highest number of species were Leguminosae, Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae and Annonaceae. The total number of species varied from 165 to 178, and Shannon diversity indexes from 3,88 to 4,4. 13 species were first-time- encounters in São Paulo state (e.g. Casearia selloana, Mollinedia longifolia, Pseudolmedia hirtula), and five threatened (Dalbergia nigra, Melanoxylon brauna, Mollinedia glabra, Ocotea odorifera, Urbanodendron bahiense). The fragments were in advanced stages of succession, with predominant zoochory, making their maintenance essential in regional fauna conservation. Through the analysis of floristic and species composition, there was every indication that, in spite of the transitional character between seasonal semi-deciduous and dense ombrophylous forests, there was a stronger link of tree-flora fragments with the former. There was greater similarity between the seasonal semi-deciduous forests of the Paraíba do Sul and those of the Doce river basins, thereby implying continuous distribution. Higher humidity could be the main factor inducing the exclusive distribution of many species among seasonal semi- deciduous forests of the Paraíba do Sul and Doce river basins, as well as dense ombrophylous forests. We suggest that variables, such as rainfall seasonality and volume, altitude and spatial proximity, are those that most strongly influence floristic differences. The richness and number of rare and restricted species emphasize the importance of preserving these regional fragments. In the Paraíba do Sul River Basin, there are no conservation units that include remnant semi-deciduous forest. This aspect seriously compromises the conservation of a unique biota, exclusive to this type of forest

    Fisionomia e composição da vegetação florestal na Serra do Cipó, MG, Brasil

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    A flora da Serra do Cipó tem sido extensamente pesquisada, especialmente a partir do início do projeto "Flora da Serra do Cipó", coordenada pelo Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo. Entretanto, até o momento as coletas concentraram-se à oeste da Serra. Os objetivos deste trabalho são discutir os padrões de fitofisionomia e composição da flora arbórea da Serra do Cipó, analisar a contribuição da flora da porção leste ao corpo de conhecimento florístico da Serra do Cipó e discutir a classificação da porção leste com relação aos domínios fitogeográficos da Mata Atlântica e do Cerrado. Foram computadas as espécies levantadas por um estudo anterior na porção leste da Serra, bem como aquelas levantadas pelo projeto "Flora da Serra do Cipó", predominantemente à oeste da Serra. Foram encontradas 530 espécies arbóreas, sendo 88 espécies em comum, 250 espécies exclusivas do oeste e 192 espécies exclusivas do leste. Os resultados mostram a heterogeneidade florística das florestas da Serra do Cipó, que é correlacionada com sua heterogeneidade ambiental, principalmente a litologia e a altitude. A porção leste da Serra do Cipó, incluída no domínio da Mata Atlântica, apresenta transições relativamente abruptas para o campo rupestre, muitas vezes intermeadas por candeais

    Composição e estrutura arbórea em floresta estacional semidecidual no Espinhaço Meridional (Serra do Cipó, MG)

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    Estudos florísticos e fitossociológicos têm sido feitos em áreas de Mata Atlântica, sendo parte desses em remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual. Entretanto, no cômputo geral, as florestas na Serra do Espinhaço têm sido pouco estudadas. Este trabalho objetiva descrever e analisar a composição e estrutura de espécies arbóreas de uma área de Floresta Estacional Semidecidual na face leste da Serra do Cipó, porção meridional da Serra do Espinhaço (MG). O método de ponto-quadrante foi utilizado para estudo fitossociológico, sendo o levantamento florístico total incrementado por coletas não-sistematizadas. Foram calculados: área basal total, densidade, frequência e dominância relativas, além do índice de valor de importância. O levantamento florístico total registrou 280 espécies, número que destaca a riqueza da área, cuja maior afinidade florística é com outras áreas florestais localizadas nas bacias dos Rios Doce e Paraíba do Sul. Os parâmetros fitossociológicos destacam a predominância de espécies pioneiras e secundárias iniciais, o que, assim como os valores estruturais, caracteriza um estádio secundário inicial a intermediário de regeneração. Os dados deste trabalho realçam a importância da preservação das florestas estacionais da Mata Atlântica e, particularmente, de áreas florestais na porção leste do Espinhaço
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