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    Epidemiologia das desigualdades em saúde do negro no Distrito Federal

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    A nação brasileira teve seu desenvolvimento marcado pelo mercantilismoescravista, o qual imprime marcas importantes na educação, economia, e saúdeafetando de forma particular a população negra. O presente estudo teve como objetivoentender a situação social, com enfoque na saúde, da população negra no DistritoFederal. Foi realizado estudo descritivo ecológico no qual foram levantados indicadorespopulacionais de negros e não-negros das principais fontes de dados disponíveis entre2008 e 2018. Foram encontradas maiores taxas de analfabetismo, gravidez precoce,mortalidade por causas externas, proporção de vítimas estupro, incidência emortalidade por HIV em pessoas negras do que brancas. Tais dados sugerem maiorvulnerabilidade social, com enfoque na saúde de pessoas negras em relação às brancas,fomentando a necessidade de políticas públicas voltadas para eliminar taisdesigualdades

    Perfil epidemiológico da tuberculose no Distrito Federal: um recorte sobre raça/cor .

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    A tuberculose (TB) é a principal doença transmissível no mundo. No Brasil figura um importante problema de saúde pública, com cerca de 80 mil novos por ano. É um agravo notavelmente correlacionado aos determinantes sociais de saúde, dentre eles, aquele mediados pela cor. O Distrito Federal (DF) é uma unidade federativa com um dos melhores índices de desenvolvimento humano, no entanto possui vulnerabilidade importantes, mediadas pela raça/cor. O objetivo desse trabalho foi investigar o perfil da tuberculose no Distrito Federal, com enfoque na raça/cor, período entre 2008 e 2018. A metodologia do trabalho considera os dados de tuberculose notificados no SINAN (Sistema Nacional de Notificação de Doenças e Agravos) durante o período. Quanto aos óbitos, considerou-se como fonte o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade). Para definir as bases populacionais, levando em consideração a raça/cor, foram consideradas as populações fornecidas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD e pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD contínua. No período estudado, ocorreram mais de 4 mil casos de TB no DF, com a maior parte em homens. negros, entre 20 e 39 anos. As maiores taxas de incidência foram encontradas em pretos. A forma clínica mais frequente foi a forma pulmonar, com maior proporção em homens. Dos casos de TB, HIV compõem cerca dos 13% dos casos notificados. As maiores taxas de mortalidade e letalidade ocorrem em pessoas com raça/cor preta. Foi possível observar, no estudo, indicadores que sugerem maior vulnerabilidade da população negra em relação a branca no contexto da tuberculose. São necessários mais estudos, levando em consideração a raça/cor para identificar as reais vulnerabilidades relacionadas a raça/cor na tuberculose
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