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    Avaliação do impacte de políticas de diferentes sectores na saúde e nos sistemas de saúde : um ponto de situação

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    Metodologias como a avaliação de impacte na saúde (AIS) e nos sistemas de saúde (AISS), de políticas e medidas de diferentes sectores permitem avaliar qual o impacte de uma determinada política pública e as suas implicações na riqueza e qualidade de vida das populações. São enumerados exemplos ilustrativos. A AISS é um complemento importante da AIS numa perspectiva de avaliação integrada. Ao demonstrar os ganhos em saúde a partir dos recursos investidos nos diferentes sectores, incluindo a saúde, a AIS assegura que os recursos são adequadamente gastos. Consegue identificar desigualdades em saúde e demonstrar ganhos potenciais face a um determinado projecto. Contribui para parcerias sustentáveis e proporciona oportunidades ao público em geral, para expressar as suas preocupações e obter respostas por parte das organizações. Desempenha um papel fundamental para a informação do processo de tomada de decisão partindo da melhor evidência disponível. O combate às desigualdades em saúde e a melhoria da saúde das populações são determinados pelo envolvimento de múltiplos sectores e constituem uma condição essencial para o crescimento económico de um país. Quer na Europa, quer nos EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e noutros locais, a AIS tem sido desenvolvida. A CE tem apoiado a investigação e a elaboração de linhas orientadoras internacionais, como foi o caso do European Policy Health Impact Assessment (EPHIA). Durante as presidências Finlandesa e Portuguesa do Conselho da UE, áreas como a Saúde em Todas as Políticas (SeTP) e a AIS e AISS estiveram em foco. O Plano Nacional de Saúde 2004-2010, em Portugal, preconiza e valoriza o desenvolvimento da AIS. Os passos da AIS são apontados, tendo em atenção aspectos particulares de subgrupos populacionais, as especificidades de cada contexto social e político, a importância da capacitação das comunidades e a implementação de estratégias locais. A utilização do modelo do cubo na AISS fornece uma estrutura para a análise do impacte nos sistemas de saúde. As várias visões, do cidadão, da comunidade e dos políticos, devem ser equacionadas, numa perspectiva de promoção da saúde e de políticas públicas saudáveis. A avaliação de impacte deve ser talhada para também contemplar as especificidades da saúde mental. Esta deve ser encarada como um dos principais determinantes da saúde, dado que é transversal aos outros sectores, sendo uma boa saúde mental uma condição básica para o desenvolvimento social e económico. Constitui um dos factores para atingirmos, de uma forma sustentável, alguns dos objectivos estratégicos comunitários, no contexto da agenda de Lisboa. Descrevem-se aspectos chave para a implementação da AIS. Torna-se oportuno levar a cabo, em Portugal, experiências e ensaios piloto de AIS, AISS e AISM (avaliação de impacte na saúde mental) bem como a sua utilização rotineira, com envolvimento interdisciplinar, tendo em vista uma perspectiva de bem-estar físico, mental e social.Methodologies such as health and health systems impact assessment (HIA and HSIA), of non-health policies, enable the impact assessment of a certain public policy and their implications on the wealth and the quality of life of the populations. Illustrative examples are enumerated. HSIA is an important complement of HIA under an integrated impact assessment perspective. HIA assures that the resources are adequately spent when demonstrating the health gains of the invested resources in different sectors, including health. It allows the identification of health inequalities and demonstrates potential gains relating to a certain project. It contributes to sustainable partnerships and also gives opportunities to the public at large, to express their worries and obtain answers on behalf of the organisations. It has a fundamental role in providing information based on reliable evidence required for the decision making process. The fight against health inequalities and the improvement of the health of the population are determined by the involvement of multiple sectors and are an essential condition to a country’s economical growth. In Europe, USA, Canada, Australia, New Zealand and in other places, HIA has been developed. The EC has been supportive of the research and development of international guidelines such as the European Policy Health Impact Assessment (EPHIA). During the Finnish and Portuguese presidencies of the Council of the EU, areas such as Health in All Policies (HiAP) and HIA and HSIA were discussed. In Portugal, the National Health Plan 2004-2010 predicts and values HIA development. HIA steps are pointed out, paying attention to particular aspects of the population subgroups, the specificities of each social and political context, the importance of community capacity building and the implementation of local strategies. The utilisation of the cube model in HSIA supplies a structure to the analysis of the impact on the health systems. The different points of view, of the citizens, the community and the politicians must focus on health promotion and on healthy public policies. Impact assessment must be tailored to also include mental health specificities. This subject should be faced as one of the main health determinants, as it is transversal to other sectors, because a good mental health is a basic condition to the social and economical development. Good mental health is one of the factors to achieve sustainable community strategic goals, within the Lisbon agenda. Key issues to HIA implementation are described. It is now time to conduct the HIA, HSIA and MHIA (mental health impact assessment) experiments and pilot trials, and implement them in routine use, with interdisciplinary involvement, in Portugal, keeping in mind a physical, mental and social wellbeing perspective

    Promoção da saúde mental no trabalho : estudo observacional de determinantes biopsicossociais e presentismo

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    Os objetivos gerais deste estudo foram: i) caracterizar, numa amostra de trabalhadores, fatores organizacionais (no trabalho e na conciliação trabalho-família), psicossociais e biológicos, com impacte no desempenho profissional desses trabalhadores, medido pelo presentismo; ii) identificar presentismo, absentismo e sofrimento psicológico; iii) determinar a relação entre fatores biopsicossociais, saúde mental e bem-estar, resiliência e presentismo. Para o efeito, entre novembro de 2012 e julho de 2013, realizou-se um inquérito observacional transversal, com uma amostra não aleatória (de conveniência), de 405 trabalhadores de uma associação bancária mutualista. O inquérito foi constituído por um questionário eletrónico de autopreenchimento abrangendo informação biográfica, perceções sobre o emprego, atitudes face à organização, saúde, e aplicando diversas escalas, como o ASSET (deteção de stress em contexto organizacional), MHI – 5 (Inventário de Saúde Mental), escala de Satisfação no Trabalho, escala de Felicidade Subjetiva, CAGE (deteção de problemas relacionados com consumo de álcool), escala de Suporte Social – OSLO 3, escala de Presentismo, e escala de Resiliência Connor Davidson - CD-RISC. Efetuaram-se ainda medições antropométricas (peso, altura e perímetro da cintura), da tensão arterial e colheita de sangue para parâmetros biológicos (p. ex., genéticos). Os 405 participantes no estudo responderam à componente psicossocial do inquérito. Destes, 395 completaram a escala da resiliência e 260 participaram na componente biológica do estudo. A introdução dos dados foi automática pelo autopreenchimento do questionário eletrónico com exportação para SPSS V.20. O estudo global foi aprovado por duas Comissões de Ética e autorizado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). Sobre os dados recolhidos realizaram-se análises estatísticas descritivas, inferenciais, fatoriais exploratórias e confirmatórias, e com modelo de equações estruturais. Das oito hipóteses de investigação (HI) que se colocaram, quatro foram suportadas pelos resultados obtidos (HI.1 há preditores, psicossociais e biológicos, de maior e menor resiliência nos trabalhadores; HI.5 há diferenças na resiliência consoante o sexo e o grupo funcional; HI.6 há associação entre presentismo e absentismo; HI.7 há associação entre absentismo e sofrimento psicológico). Três HI foram parcialmente suportadas pelos resultados (HI.2 os stressores organizacionais como ‘Recursos e Comunicação’, ‘Equilíbrio trabalho-família’, ‘Aspetos do trabalho’, ‘Segurança no emprego’, ‘Controlo’, ‘Relações no trabalho’ e ‘Sobrecarga laboral’ têm impacte no presentismo absoluto, através do efeito do bem-estar psicológico dos trabalhadores; HI.3 o efeito das variáveis ‘compromisso do colaborador face à organização’ e do ‘compromisso da organização face ao colaborador’, no presentismo absoluto, é mediado pela saúde mental; HI.8 há mais presentismo do que absentismo e as mulheres têm mais absentismo e mais sofrimento psicológico). Uma HI não foi suportada (HI.4 menos de metade da população da amostra tem uma autoperceção de saúde global ‘boa ou muito boa’). Com o trabalho desenvolvido, atingiram-se objetivos que permitiram: i) identificar preditores de presentismo e de resiliência que podem contribuir para novos modelos de stress laboral; ii) identificar determinantes psicossociais e biológicos, nomeadamente genéticos, na área da resiliência e do stress; iii) utilizar escalas que foram validadas e/ou traduzidas. Considera-se que a identificação e análise de determinantes biopsicossociais, com impacte no presentismo e absentismo, são bases importantes para o planeamento e implementação de ações em promoção da saúde mental no contexto laboral, visando maior produtividade da organização, mais equilíbrio trabalho-família e bem-estar do trabalhador

    Saúde da mulher: odontologia

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    Vamos discutir a atenção à Saúde da Mulher no âmbito da atenção básica com o intuito de instrumentalizar o trabalho dos profissionais da Equipe Saúde da Família para assistir a mulher nas diferentes fases do seu ciclo biológico vital com ênfase na promoção da saúde, incluindo o planejamento familiar, a gestação, o puerpério, as ações da clínica e do cuidado relacionados aos principais agravos de sua saúde, o climatério de forma integral e personalizada, considerando seu contexto social, cultural, econômico e político e determinantes de saúde.1.0Ministério da Saúde/OPAS/OM

    Connor-Davidson Resilience Scale : validation study in a Portuguese sample

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    © Author(s) (or their employer(s)) 2019. Re-use permitted under CC BY-NC. No commercial re-use. See rights and permissions. Published by BMJ.Objective: The objective of this paper was to evaluate the structural validity and convergent validity of the first Portuguese version of the Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC). Settings: The data sets come from two studies conducted in Portugal, respectively, from the Resilience Effect in Coping with Trauma (RECT) project and from the Health Impact Assessment of Employment Strategies (HIAES) project. Participants: The sample is composed of 476 participants from the RECT project and 405 participants from the HIAES project. In both projects, convenience samples were used. Measures: The original CD-RISC items were translated to Portuguese and were used in a survey along with additional psychosocial and biomedical measures. Results: Independent exploratory factorial analysis (EFA) with each of the two samples revealed that the best solution in both samples had three factors consistent with the self-efficacy, spirituality and social support factors from the original scale. A Confirmatory factor analysis using the two samples together and specifying the three factors from the EFA revealed a good overall fit and, comparatively, better fit than a model specified with the five factors from the original scale. The study of the convergent validity revealed that bivariate correlations between the three factors and validated measures of stress, life satisfaction, mental health and physical health are globally consistent with previous research. Conclusions: This study makes available to the broad Community of Portuguese Language Countries a validated measure of resilience extensively used for research and intervention. The results encourage future studies using this translated version of CD-RISC to explore further the three-factor structure found here and to test the convergent validity with new samples.The Health Impact Assessment of Employment Strategies project was funded by the Office of the High Commissioner for Health followed by the General Health Direction.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Indicadores relacionados à saúde da mulher

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    Este objeto lembra a necessidade de o profissional da Equipe da Saúde da Família conhecer os indicadores relacionados à Saúde da Mulher. Ressalta o conhecimento de publicações oficiais que abordam questões específicas sobre esta população, como o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça e a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher. Lembra também a publicação intitulada Painel de Indicadores SUS – Temático Saúde da Mulher, que apresenta uma visão panorâmica das informações relacionadas às condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, destacando que o conjunto dessas demandas consta de políticas específicas para o SUS, articuladas com o Pacto pela Saúde. Finaliza enumerando os Indicadores do Pacto pela Vida referentes à Saúde da Mulher. Unidade 2 do módulo 6 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.1.0Ministério da Saúdes/OPAS/OM

    Saúde da mulher: enfermagem

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    Vamos discutir a atenção à Saúde da Mulher no âmbito da atenção básica com o intuito de instrumentalizar o trabalho dos profissionais da Equipe Saúde da Família para assistir a mulher nas diferentes fases do seu ciclo biológico vital com ênfase na promoção da saúde, incluindo o planejamento familiar, a gestação, o puerpério, as ações da clínica e do cuidado relacionados aos principais agravos de sua saúde, o climatério de forma integral e personalizada, considerando seu contexto social, cultural, econômico e político e determinantes de saúde. Módulo 6 que compõe do Curso de Especialização em Saúde da Família, este módulo é específico para enfermeiros.1.0Ministério da Saúde/OPAS/OM

    Saúde da mulher: medicina

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    Vamos discutir a atenção à Saúde da Mulher no âmbito da atenção básica com o intuito de instrumentalizar o trabalho dos profissionais da Equipe Saúde da Família para assistir a mulher nas diferentes fases do seu ciclo biológico vital com ênfase na promoção da saúde, incluindo o planejamento familiar, a gestação, o puerpério, as ações da clínica e do cuidado relacionados aos principais agravos de sua saúde, o climatério de forma integral e personalizada, considerando seu contexto social, cultural, econômico e político e determinantes de saúde.1.0Ministério da Saúdes/OPAS/OM

    Climatério

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    O objeto inicia lembrando que, no Brasil, o tema climatério se insere pela primeira vez e em caráter prioritário em 1984, quando começam a ser desenvolvidas atividades de capacitação e ações específicas direcionadas às mulheres no climatério, lembrando ser necessário capacitar e sensibilizar os profissionais de saúde para atender as mulheres nesta fase da vida. Destaca que este é um período transicional, polêmico e crítico, quando os ovários têm sua produção estrogênica reduzida e insuficiente para garantir a reprodução e a manutenção das características funcionais dos órgãos sexuais femininos. Traz dados e contextualiza características sobre o tema e enfatiza que devem ser considerados a discriminação e os preconceitos. Mostra que popularmente o termo menopausa é utilizado como sinônimo, mas corresponde somente à parada espontânea das menstruações durante, pelo menos, 12 (doze) meses consecutivos, sem que haja causas patológicas ou psicológicas e intervenções médicas, e que há ainda a menopausa artificial, que é a cessação permanente da função ovariana por remoção cirúrgica dos ovários ou radioterapia. Finaliza enfocando tal período pode ser vivenciado de maneira saudável, constituindo-se numa oportunidade de viver experiências gratificantes, favorecendo a reflexão sobre a trajetória de vida. Unidade 7 do módulo 6 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.1.0Ministério da Saúdes/OPAS/OM

    Atenção integral à saúde da mulher: odontologia

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    O material irá tratar da atenção integral à saúde bucal da mulher, com abordagem sobre as principais queixas e agravos, compreendendo o Ciclo Gravídico-Puerperal, o climatério e a menopausa.1.0Ministério da Saúde/OPAS/OM
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