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    Trabalho docente e o novo Plano Nacional de Educação: valorização, formação e condições de trabalho

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    Resumo: Este artigo discute o trabalho docente na Escola Básica e as novas perspectivas indicadas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), em particular as indicações que se relacionam com a valorização, a formação e as condições de trabalho. Há boas expectativas no novo PNE quanto às formas de financiamento para a Educação Básica, mas muitas dúvidas quanto às formas de avaliação da educação e suas repercussões sobre o trabalho docente. Sabe-se que políticas direcionadas à valorização docente são muito necessárias para que se obtenha uma condição de trabalho docente valorizado. No mesmo sentido seguem as políticas de formação e de condições de trabalho que devem ser alvo de fortes investimentos para que o trabalho docente possa ascender a uma condição mais digna de trabalho. Todavia, o PNE é uma oportunidade para pressões e novos embates a fim de que obtenha um novo e importante avanço para a condição docente

    Políticas curriculares, Estado e regulação

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    O texto analisa as políticas curriculares desenvolvidas no contexto da globalização e do neoliberalismo que têm orientado as ações do Estado no campo educacional, como forma de regulacão social. Essas políticas produzem efeitos importantes para o campo educacional, com ênfase no currículo, na gestão e no trabalho docente. Por meio de estratégias de avaliação, tipicamente gerencialistas, o Estado tem obtido êxito na padronização curricular, na implantação de políticas de formação docente e na submissão da escola e da educação aos interesses do mercado. Os modos de gestão, insistentemente mostrados como a solução para a educação, chegam às escolas como formas estranhas de administração e a cada dia mais se mostram ineficientes para enfrentar os problemas escolares. Contudo, essas políticas de regulação continuam sendo a tônica das políticas de Estado para a educação

    Educação profissional e PROEJA: processos de adesão e resistência à implantação de uma experiência Vocational and adult education: adherence and resistance to the implementation of a program

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    O artigo discute os processos de adesão e resistência docentes na implantação de um curso do PROEJA - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de EJA - em uma escola agrícola federal. Foi um estudo qualitativo, com análise de documentos e de entrevistas com docentes e coordenadores que acompanharam o processo de criação do curso. Os docentes manifestam diferentes formas de adesão e resistência ao programa, manifestações que se expressam em distintos posicionamentos com relação ao Curso e sua organização pedagógica, à prática pedagógica, ao projeto político-pedagógico e ao dia a dia das aulas. As resistências ao programa deixam lacunas na formação dos alunos, como indicado nos depoimentos dos professores. Todavia, percebe-se que a resistência ao Programa, por parte de alguns, foi diminuindo à medida que se envolveram com o curso, mas trata-se de um processo lento, contínuo e vulnerável a ações externas.<br>This article discusses teachers' adherence and/or resistance to the implementation of a vocational education program named 'PROEJA', addressed to young and adult students, in a Federal Agricultural School. Qualitative methodology research was used with documental analysis and interviews with teachers and staff engaged in the program. Teachers manifest several ways of adherence and resistance to the program, expressing their different positions regarding the course and its pedagogic organization and practices, political-pedagogic project, and daily class experience. According to the interviewees, resistance to the program may promote a gap in the students' education. However, resistance has decreased in some cases, as teachers get involved in the course; but it is a slow process, vulnerable to external influences

    Avaliações em larga escala: uma sistematização do debate

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    Resumo As reformas educativas implantadas nas últimas décadas caracterizam-se, entre outros traços, pela utilização de avaliações em larga escala como instrumento de gestão de redes de ensino e de responsabilização de profissionais da educação. Isso tem ocorrido de modo peculiar em cada país e, no Brasil, observa-se a difusão dessas avaliações, por meio de provas padronizadas. Tais avaliações geram na comunidade acadêmica e educacional um debate no qual há posições que vão da contraposição extremada ao reconhecimento da contribuição das avaliações em larga escala e das medidas educacionais como norteadoras de políticas e programas educacionais, incluindo as restrições ao uso que vem sendo feito de seus resultados. Diante dos argumentos favoráveis e contrários, incluindo as dimensões técnicas e políticas, neste trabalho, apresenta-se uma reflexão que reconhece a utilidade dessas avaliações, ainda que questionando alguns de seus usos para a gestão como critério, por exemplo, para a alocação de recursos nas escolas com melhores resultados, a definição de bônus para professores, o estabelecimento de rankings estimulando a competição entre escolas e redes de ensino, e seu entendimento como indicador único e principal de qualidade de ensino. Assim, o objetivo deste artigo é discutir as principais críticas e ponderações às avaliações em larga escala presentes na literatura nacional e internacional e sistematizar o debate em torno de suas potencialidades. Para tanto, dois aspectos recorrentes na literatura foram destacados, o papel e a validade das avaliações em larga escala nas reformas educacionais e o uso de seus resultados para a gestão de sistemas e escolas
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