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A relação de intermedicalidade nos Índios Truká, em Cabrobó - Pernambuco
Os conhecimentos tradicionais indígenas
de saúde fundamentam-se em uma abordagem
holística, cujo princípio é a harmonia de indivíduos,
famílias e comunidades com o universo que os
rodeia. Um dos desafios que antecede a atuação
dos profissionais de saúde é o respeito à diferença,
em que os conhecimentos e tecnologias da Biomedicina
não devem ser transmitidos verticalmente,
tornando-se imprescindível o reconhecimento da
diversidade social e cultural dos povos indígenas.
Objetivo: Identificar as práticas de autoatenção
nos índios Truká e a relação dessa população com
a biomedicina, constatando a ocorrência ou não
de interrelação das práticas biomédicas com os
sistemas tradicionais de cura. Metodologia: O estudo
é caracterizado como uma pesquisa de cunho
qualitativo. Para a realização dessa pesquisa, foram
coletados os dados no Polo Base Truká, em Cabrobó
e no Território Indígena, na Ilha de Assunção. A
coleta de dados foi realizada durante os meses de
novembro de 2010 e janeiro de 2011, quando foram
realizadas entrevistas semiestruturadas aliadas
ao método de Observação Participante e registro
em Diário de Campo. Os sujeitos da pesquisa foram
vinte e um indivíduos, incluindo índios Truká e
profissionais da equipe multidisciplinar de saúde
indígena. Resultados: Para os Truká, o processo de
cura é polissêmico. Composto por posse do território,
práticas rituais, tais como o Toré, rezas, além do uso
de lambedor e garrafadas. Por sua vez, fazem uso dos
medicamentos alopáticos, em um processo chamado
de intermedicalidad