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    Avaliaçao espectroscópica de pacientes com encefalopatia antes e após transplante hepático

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    Resumo: INTRODUÇÃO - A encefalopatia hepática é uma disfunção neuropsiquiátrica reversível que ocorre freqüentemente em pacientes com doença hepática grave, cujo diagnóstico precoce é essencial para preservação das funções cerebrais. O transplante hepático parece ser o único tratamento capaz de reverter as alterações metabólicas da encefalopatia, evitando disfunções neurológicas futuras. OBJETIVOS - Determinar os níveis dos metabólitos (mio-inositol [MI], colina [Cho], glutamina [Glx], creatina [Cr] e N-acetilaspartato [NAA]) através de espectroscopia por ressonância magnética em portadores de hepatopatia crônica, antes e após o transplante hepático, correlacionando com a avaliação clínica. CASUÍSTICA E MÉTODO - Foram estudados prospectivamente 25 pacientes portadores de hepatopatia crônica do Serviço de Transplante Hepático do Hospital de Clínicas/Universidade Federal do Paraná e Hospital Nossa Senhora das Graças, Curitiba - PR, através de avaliação clínica (exame neurológico e testes neuropsicométricos [TNPS]) e espectroscopia, localizando a área de interesse ("voxel") na região interoccipital (substância branca e cinzenta). Trinta voluntários sadios formaram o grupo controle, sendo submetidos às mesmas avaliações. Dezesseis dos 25 pacientes também foram avaliados após o transplante. RESULTADOS - Antes do transplante hepático reduções significativas (p< 0,05) nos índices de MI/Cr e Cho/Cr e aumento significativo (p< 0,05) no índice de Glx/Cr foram observados nos pacientes portadores de encefalopatia hepática comparados ao grupo controle. No grupo de pacientes sem encefalopatia apenas o índice de Glx/Cr não apresentou diferença estatística em relação aos controles. Os critérios quantitativos de Ross para diagnóstico espectroscópico da encefalopatia hepática (MI/Cr e Cho/Cr < média + 2 desvios-padrão do grupo controle) demonstraram uma sensibilidade de 61,54%, especificidade de 91,67%, valor preditivo positivo de 88,89%, valor preditivo negativo de 68,75% e precisão de 76%, sendo que a Cho/Cr foi o melhor parâmetro isolado, alcançando uma precisão de 80%. A espectroscopia após o transplante mostrou mudanças nos índices metabólicos comparados com o status prétransplante. Nos pacientes que já apresentavam encefalopatia, os índices de MI/Cr e Cho/Cr apresentaram um aumento precoce (30 dias), enquanto o índice de Glx/Cr decresceu tardiamente (90 dias). Naqueles sem encefalopatia, apenas o índice de MI/Cr apresentou uma melhora significativa (p< 0,05). A reversão da encefalopatia hepática também foi mais bem demonstrada pela melhora do índice de MI/Cr. CONCLUSÃO - A espectroscopia permite um diagnóstico preciso da encefalopatia hepática clínica e subclínica. A melhora dos níveis metabólicos após o transplante hepático, acompanhada pela melhora nos testes neuropsicométricos, sugere um importante papel do MI e da Cho no desenvolvimento da encefalopatia hepática

    Detecção da encefalopatia hepática subclínica por espectroscopia cerebral Detection of subclinical hepatic encephalopathy by magnetic resonance spectroscopy

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    RACIONAL: A encefalopatia hepática é anormalidade neuropsiquiátrica comum em cirróticos e está associada com alterações típicas de determinados metabólitos cerebrais, como o decréscimo de mio-inositol e colina e o aumento de glutamina-glutamato, observadas na espectroscopia cerebral por ressonância magnética. OBJETIVO: Determinar os níveis dos metabólitos cerebrais em pacientes cirróticos para diagnóstico da encefalopatia hepática em estágios iniciais. MÉTODOS Foram estudados 25 pacientes com cirrose hepática, do Serviço de Transplante Hepático da Universidade Federal do Paraná, através de avaliação clínica (exame neurológico e testes neuropsicométricos) e espectroscopia por ressonância magnética cerebral. A área espectral estudada por ressonância magnética envolveu a região occipital (substância branca e cinzenta). Trinta voluntários sadios formaram o grupo controle. RESULTADOS: A encefalopatia hepática subclínica foi diagnosticada em 12 pacientes (48%). Reduções significativas nos índices de MI/Cr foram observadas nos pacientes com encefalopatia quando comparados aos controles (0,49±0,10 vs. 0,83±0,13; P < 0,0001). Em adição, os pacientes com encefalopatia mostraram redução no índice Cho/Cr (0,54±0,15 vs. 0,77±0,09; P = 0,0001) e aumento no índice de Glx/Cr (1,12±0,26 vs. 0,89±0,19; P = 0,0146) quando comparados ao grupo controle. Os critérios quantitativos de Ross para diagnóstico espectroscópico da encefalopatia hepática (MI/Cr e Cho/Cr < média + 2 desvios-padrão do grupo controle) demonstraram sensibilidade de 61,54%, especificidade de 91,67% e precisão de 76%. O índice Cho/Cr foi o melhor parâmetro isolado. CONCLUSÃO: As alterações metabólicas cerebrais que ocorrem precocemente no curso da encefalopatia hepática podem ser demonstradas pela espectroscopia, permitindo diagnóstico preciso antes mesmo do aparecimento de sinais e sintomas clínicos.<br>BACKGROUND: Hepatic encephalopathy is a common neuro-psychiatric abnormality in liver cirrhosis associated with typical changes of cerebral metabolite pattern, such as a decrease of myo-inositol and cholina and increase of glutamine-glutamate, observed by magnetic resonance spectroscopy. AIM: To determine cerebral metabolite ratios in liver cirrhosis patients with early stages of hepatic encephalopathy. METHODS: Twenty-five patients with chronic hepatic failure from Liver Transplantation Unit of the Federal University of Paraná were studied with clinical evaluation and magnetic resonance spectroscopy. Localized magnetic resonance spectra were acquired in the occipital gray/white matter regions. Thirty healthy volunteers were also subjected to the same evaluations, making up the control group. RESULTS: Subclinical hepatic encephalopathy was diagnosed in 12 patients (48%). MI/Cr ratios were significantly reduced in cirrhotic patients with hepatic encephalopathy when compared to the control group (0,49±0,10 vs. 0,83±0,13; P < 0,0001). In addition, patients with encephalopathy, showed reduction of the Cho/Cr ratio (0,54±0,15 vs. 0,77±0,09; P = 0,0001) and an elevated Glx/Cr ratio (1,12±0,26 vs. 0,89±0,19; P = 0,0146). The Ross's quantitive criterions for spectroscopic diagnoses of hepatic encephalopathy (MI/Cr and Cho/Cr below than 2 SD of controls) demonstrated a sensibility of 61,54%, specificity of 91,67% and accuracy of 76%. Cho/Cr ratio was considered the best parameter. CONCLUSION: Cerebral metabolic alterations that occur at an early stage of hepatic encephalopathy may be demonstrated through magnetic resonance spectroscopy, allowing a precise diagnosis before the appearance of clinical signs and symptoms

    Espectroscopia cerebral em candidatos a transplante hepático Cerebral magnetic resonance spectroscopy in patients with hepatic encephalopathy: analysis before and after liver transplantation

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    OBJETIVOS: Determinar os níveis dos metabólitos (mio-inositol [MI], colina [Cho], glutamina [Glx], creatina [Cr] e N-acetilaspartato [NAA]) por meio da espectroscopia por ressonância magnética em portadores de hepatopatia crônica, antes e após o transplante hepático, correlacionando com a avaliação clínica. MÉTODOS: Foram estudados prospectivamente 25 pacientes portadores de hepatopatia crônica do Serviço de Transplante Hepático da Universidade Federal do Paraná por meio de avaliação clínica e espectroscópica. Trinta voluntários sadios formaram o grupo controle, sendo submetidos às mesmas avaliações. Dezesseis dos 25 pacientes também foram avaliados após o transplante. RESULTADOS: Antes do transplante hepático reduções significativas nos índices de MI/Cr e Cho/Cr e aumento significativo no índice de Glx/Cr foram observadas nos pacientes portadores de encefalopatia hepática comparados ao grupo controle. Os critérios quantitativos de Ross para diagnóstico espectroscópico da encefalopatia hepática (MI/Cr e Cho/Cr < média + 2 desvios padrão do grupo controle) demonstraram uma sensibilidade de 61,54%, especificidade de 91,67% e precisão de 76%, sendo que a Cho/Cr foi o melhor parâmetro isolado. A espectroscopia após o transplante mostrou mudanças nos índices metabólicos comparados com o status pré-transplante. CONCLUSÃO: A espectroscopia permite um diagnóstico preciso da encefalopatia hepática. A melhora dos níveis metabólicos após o transplante hepático sugere um importante papel do MI e da Cho no desenvolvimento da encefalopatia hepática.<br>OBJECTIVES: To determine the metabolite levels (myo-inositol [MI], choline [Cho], glutamate [Glx], creatine [Cr] and N-acetylaspartate [NAA]) visible on magnetic resonance spectroscopy in patients with chronic hepatic failure, before and after liver transplantation and to correlate these data with results of neuropsychiatric tests and clinical findings. METHODS: Twenty five patients with chronic hepatic failure from the Liver Transplantation Unit of the Federal University of Parana were prospectively studied. Patients were submitted to clinical evaluation and magnetic resonance spectroscopy. Thirty healthy volunteers also submitted to the same evaluations. Sixteen of the 25 patients were evaluated after liver transplantation. RESULTS: Before liver transplantation, significant reductions in MI/Cr and Cho/Cr and a significant increase in Glx/Cr were observed in patients with hepatic encephalopathy compared with healthy subjects. The Ross's criteria for spectroscopic diagnosis of the hepatic encephalopathy (MI/Cr and Cho/Cr lower than 2 SD of controls) demonstrated a sensitivity of 61.54%, specificity of 91.67% and accuracy of 76%, further Cho/Cr was the best parameter. Spectroscopy after liver transplantation showed changes in the metabolite ratios compared with the pretransplantation status. CONCLUSION: Magnetic resonance spectroscopy permits an accurate diagnosis of hepatic encephalopathy. Improvement of metabolic ratios after liver transplantation suggests an important role of MI and Cho in the development of hepatic encephalopathy

    Custo comparado da Microcirurgia Endoscópica Transanal (TEM) com a retossigmoidectomia anterior e com a cirurgia de amputação abdômino-perineal do reto

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    RACIONAL: A Microcirurgia Endoscópica Transanal (TEM) corresponde a um dos mais recentes avanços no tratamento para lesões retais benignas e malignas. OBJETIVO: Determinar o custo da TEM no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, comparando-o ao da amputação abdômino-perineal do reto e da retossigmoidectomia anterior, estabelecendo parâmetros de custo-efetividade no âmbito do Sistema Único de Saúde. MÉTODOS: Estudo observacional, prospectivo e de coorte da avaliação dos custos dos três procedimentos cirúrgicos citados, enfocando gastos laboratoriais, com medicamentos e internação. Foram incluídos 74 pacientes, 27 submetidos à TEM, 29 à retossigmoidectomia anterior e 18 à amputação abdômino-perineal. RESULTADOS: Com relação à idade, não se observa diferença estatisticamente significativa entre os grupos. O grupo da TEM apresentou o menor tempo de internação (5,51 dias) comparado à retossigmoidectomia anterior (20,41) e à amputação abdômino-perineal (18,33). Quando se consideram os custos laboratoriais, de medicamentos e de diárias hospitalares, observam-se diferenças significantes entre os três procedimentos com custo muito inferior no grupo da TEM, cerca de 2,5 a 4 vezes menor na comparação global (R1.326,71vsR 1.326,71 vs R 5.427,16 vs R$ 4.310,20, respectivamente). CONLUSÃO: As vantagens da TEM se mostram evidentes no que tange a custos de internação e permanência hospitalar, com redução significativa quando comparado às técnicas convencionais
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