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    Avaliação do sistema de informação sobre nascidos vivos e o uso de seus dados em epidemiologia e estatísticas de saúde

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    O Ministério da Saúde, considerando a existência de falhas do ponto de vista quantitativo (cobertura) no registro de nascidos vivos, no Brasil, e a impossibilidade de conhecer a distribuição dos nascidos vivos segundo algumas variáveis importantes sob a óptica clínico/epidemiológica (peso ao nascer, Índice de Apgar, duração da gestação, tipo de parto, paridade, idade e instrução da mãe), implantou em 1990, no Brasil, o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC- tendo como documento-base a Declaração de Nascido Vivo - DN - com a finalidade de suprir essas lacunas. Com o objetivo de avaliar a cobertura e a fidedignidade das informações geradas pelo SINASC, foi analisada a distribuição dos nascidos vivos hospitalares segundo características epidcmiológicas relativas ao produto de concepção, à gravidez, ao parto e à mãe. A população de estudo compreendeu 15.142 nascidos vivos hospitalares ocorridos em cinco municípios do Estado de São Paulo, Brasil, no período de janeiro a julho de 1992. Os resultados permitiram reconhecer excelente cobertura do SINASC (emissão de DN acima de 99,5%) e ótima fidedignidade do preenchimento das DNs, para a maioria das variáveis, quando comparadas aos documentos hospitalares. Para algumas características foi observada maior fragilidade (Índice de Apgar, duração da gestação, instrução da mãe, número total de filhos tidos e nome do pai). São apresentadas sugestões para o aperfeiçoamento do SINASC e recomendados treinamentos/reciclagens do pessoal envolvido no preenchimento das DNs. O estudo confirma o fato de os dados permitirem análise válida para o conhecimento de aspectos ligados à saúde materno-infantil. Do ponto de vista epidemiológico, o estudo permitiu detectar proporções elevadas de parto operatório (48,4%), mães adolescentes (17,5%) e o valor estimado para o baixo peso ao nascer foi de 8,5%.The Brazilian Ministry of Health implemented, in 1990, a System of Information of Live Births (SINASC) which introduced a Birth Certificate with a view to obtaining the total number of these events and their distribution according to epidemiological, demographic and clinical characteristics. It was decided to evaluate the System according to its coverage and the quality of information obtained, two years after its initial implementation. The population of this study consists of 15,142 hospital live births which occurred in five cities of the State of São Paulo, Brazil, in 1992. Birth Certificates and the corresponding maternal and child hospital records were examined visually with a view to checking data recorded on the Birth Certificate. It was seen that the system achieved a high degree of completeness (99.5%) and obtained a very accurate report for most of the items, though rather poor reporting for Apgar Score, length of gestation, mother's schooling, parity and father's name. This study allows suggestions to be made for the reformulation of some items and regarding the necessity for retraining the hospital personnel involved in the filling in of the certificates. Overall this study confirms that the Birth Certificate data are adequate for a valid analysis of aspects of maternal and child health research. The data showed high percentages of adolescent mothers (17.5%) and deliveries by cesarian section (48.4%). The percentage of low birth weight was 8.5%

    Mortalidade em migrantes - japoneses residentes no município de São Paulo, Brasil, 1990

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    The mortality patterns of Japanese migrants (issei) and their descendants (nissei/sansei) resident in the City of S.Paulo, Brazil, are compared with those of their native country (Japan) and their place of adoption (S. Paulo), in 1980. The mortality data were obtained from death certificates for the issei and nissei/sansei populations and from official tabulations for deaths in Japan and S.Paulo. The population estimates were based upon the S.Paulo and Japanese censuses. The age-standardized populations were calculated according to the Jowett method. The five leading causes of death were basically the same for these populations under study S.Paulo residents had the highest age-standardized mortality rates, except as regards deaths due to neoplasms, higher in Japan. The issei population (both sexes) presented intermediate values for deaths due to endocrine, nutritional, and metabolic diseases and diseases of the respiratory system; the female migrants also showed an intermediate rate for deaths due to diseases of the circulatory system. For the other causes, the lowest risk of dying was that registered for the issei population. The comparisons of the rates for cancers of stomach, breast, prostate, diabetes mellitus, ischaemic heart diseases, cerebrovascular diseases, homicide and suicide resulted in the detection of a possible transition experienced by the issei population, leading to the belief that the issei pattern of mortality is showing a deviation from the Japanese pattern and resembles that of S.Paulo. Since social and cultural changes are thought to be occurring among the migrants, one might argue that the role of environmental factors (including diet) is more important than the role of genetic factors in the incidence of and mortality due to these diseases.Objetivou-se comparar o padrão de mortalidade dos imigrantes japoneses (isseis) e de seus descendentes (nisseis/sanseis), residentes no Município de São Paulo, com o do Japão, local de origem, e o do Município de São Paulo, local de destino destes migrantes, em 1980. Os principais grupos de causas de morte foram basicamente semelhantes para estas populações, sendo que os maiores coeficientes padronizados foram os de São Paulo. A única exceção foi o risco de morrer por neoplasmas, maior no Japão. Os isseis (ambos os sexos) apresentaram riscos com valores intermediários para as Doenças das Glândulas Endocrinas e do Metabolismo e para as Doenças do Aparelho Respiratório; para as isseis, o risco de morrer por Doenças do Aparelho Circulatório também foi intermediário. Nos demais grupos de causa, os isseis apresentaram os menores riscos de morrer. Os riscos de morrer por Câncer do Estômago, Mama e Próstata, Diabetes Mellitus, Doenças Isquêmicas do Coração, Doenças Cerebrovasculares, Homicídios e Suicídios permitiram concluir que os isseis estão paulatinamente afastando-se do padrão de morte do Japão e tendendo ao de São Paulo. Surgem hipóteses de que estejam ocorrendo mudanças socio-culturais nos migrantes e haja predominância de atuação de fatores de risco ambientais e não de genéticos, na incidência e na mortalidade desses agravos à saúde

    Mortalidade segundo causas: considerações sobre a fidedignidade dos dados Underlying cause-of-death mortality statistics: considering the reliability of data

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    As estatísticas de mortalidade são usadas em epidemiologia e saúde pública como indicador de nível de saúde, em avaliações de programas de saúde e em estudos populacionais visando a comparar tendências temporais e diferenças geográficas. Uma das variáveis utilizadas nesse tipo de análise é a causa básica da morte. Entretanto, existem críticas quanto à qualidade das estatísticas baseadas nas causas de morte declaradas pelos médicos nos atestados de óbito. O objetivo deste artigo é refletir sobre a fidedignidade das causas de morte declaradas pelos médicos nos atestados de óbito, com base em estudos realizados segundo diferentes metodologias, e comentar a validade das estatísticas de mortalidade segundo causas.<br>Mortality statistics are used in epidemiology and public health as an indicator of health status, to evaluate health programs, and in population studies to compare trends and spatial differences. One of the variables used in this type of analysis is the underlying cause-of-death. However, the quality of cause-of-death statistics based on the information recorded by physicians in death certificates has been criticized. The aim of this paper is to discuss the reliability of cause-of-death data recorded by physicians in death certificates, based on studies carried out according to various methodologies, and to comment on the validity of using such underlying cause-of-death statistics

    Perfil epidemiológico de mulheres com vaginose bacteriana, atendidas em um ambulatório de doenças sexualmente transmissíveis, em São Paulo, SP Epidemiological profile of women with bacterial vaginosis treated at a clinic for sexually transmitted diseases in the city of Sao Paulo, SP

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    FUNDAMENTOS - A vaginose bacteriana é doença de grande relevância devido à sua alta prevalência e suas complicações obstétricas e ginecológicas. OBJETIVO - Descrever o perfil epidemiológico das pacientes com diagnóstico de vaginose bacteriana, atendidas em um ambulatório de São Paulo, segundo variáveis de interesse social, demográfico e clínico. MÉTODOS - Estudo transversal descritivo, baseado nos prontuários de 658 mulheres atendidas de janeiro de 1999 a dezembro de 2004. Foram coletadas as seguintes informações: idade, cor, estado civil, procedência, grau de escolaridade, preferência sexual, número de parceiros e presença de doença sexualmente transmissível associada. RESULTADOS - A prevalência encontrada foi de 29%. Com relação ao perfil da mulher com vaginose bacteriana, observou-se maior ocorrência em jovens entre 10 e 19 anos (40%), negras (37,1%), viúvas (62,5%), com segundo grau incompleto (39,5%), heterossexuais (29,5%), com dois ou mais parceiros sexuais nos últimos 30 dias (50%) e nos últimos cinco anos (32,3%). A associação com outras doenças sexualmente transmissíveis, concomitante, foi encontrada em 31,9% dos casos. CONCLUSÃO - A distribuição dos casos segundo faixa etária, raça, número de parceiros sexuais e associação com outras doenças encontradas nas pacientes com diagnóstico de vaginose bacteriana foi semelhante aos dados encontrados na literatura. A ocorrência está dentro dos limites descritos (10 e 36%).<br>BACKGROUND- Bacterial vaginosis is an important disease on account of its high prevalence as well as the obstetrical and gynecological complications. OBJECTIVE- To present an epidemiological profile of patients diagnosed with bacterial vaginosis seen at an outpatient clinic in the city of Sao Paulo, Brazil, described according to socio-demographic and clinical variables. METHODS- A cross-sectional descriptive study was performed by collecting data from the medical records of 658 females, seen from January, 1999 to December, 2004. Our study took into account age, ethnicity, marital status, schooling, sexual preference, number of partners and associated sexual diseases. RESULTS- The prevalence observed was 29%. Regarding the profile of women with bacterial vaginosis, the highest ratio of cases occurred in adolescents aged 10 to 19 years old (40%), black women (37.1%), widows (62.5%), women who have not graduated from high school (39.5%), heterosexual women (29.5%), women with two or more sexual partners in the last 30 days (50%) and in the last five years (35.3%). The concomitant association with other sexually transmitted diseases was found in 35% of cases. CONCLUSION- The distribution of bacterial vaginosis in patients according to age, ethnicity, number of sexual partners and associated sexual diseases was similar to that described in the literature. The observed ratio was within values of other studies (10 to 36%)
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