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    Minúcias da aplicação do mini exame do estado mental com idosos institucionalizados

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    Introdução: O diagnóstico de demência tem como base a presença de declínio da memória e de outras funções cognitivas e é, hoje, um dos problemas de saúde mental que mais cresce em importância e número. Logo, diversos instrumentos foram desenvolvidos nos últimos anos com o objetivo de auxiliar na investigação de possíveis déficits cognitivos em indivíduos de risco, como é o caso dos idosos. O Mini Exame do Estado Mental (MMSE) é a escala de avaliação cognitiva mais amplamente utilizada com essa finalidade, composta por diversas questões tipicamente agrupadas em sete categorias, cada uma delas desenhada com o objetivo de avaliar “funções” cognitivas específicas: orientação para tempo, orientação para local, registro de três palavras, atenção e cálculo, lembrança das três palavras, linguagem, e capacidade construtiva visual. O escore do MMSE pode variar de um mínimo de zero até um total máximo de 30 pontos. A escala é simples de usar e pode ser facilmente administrada em 5-10 minutos, inclusive por profissionais não médicos. Objetivo: Objetiva-se expor os detalhes da experiência vivida por estudantes de variados períodos do curso de medicina ao realizar o Mini Exame do Estado Mental com idosos residentes de uma instituição de longa permanência em Anápolis. Relato de experiência: O setor de extensão da UniEVANGÉLICA organizou o Projeto Voluntariado com a participação de estudantes de medicina desde o primeiro ao último período do curso. Foi-lhes proposto a execução de atividades com idosos institucionalizados por um período de um semestre. Contanto, foi desenvolvida uma atividade para realização do questionário MMSE com a finalidade de avaliar o estado das funções cognitivas destes idosos. Cerca de quinze estudantes visitaram a instituição “Jesus Cristo é o Senhor” no dia 04/05/2019 e aplicaram o MMSE. A ação teve uma boa adesão dos participantes e os idosos foram colaborativos. No entanto, houveram algumas dificuldades. Alguns deles eram analfabetos, o que impossibilitou a realização de parte do teste. Além disso, alguns estavam dormindo ou indispostos. Porém, no geral, conseguiu-se alcançar o objetivo da ação e avaliar o estado cognitivo da maioria, que obtiveram resultados medianos. Discussão: A prevalência da demência aumenta com a idade, passando de 5% entre aqueles com mais de 60 anos para 20% naqueles com idade superior a 80 anos. É fundamental, portanto, que os profissionais de saúde mental estejam capacitados para diagnosticar e monitorar a evolução dos sintomas desses pacientes. Segundo a literatura, os idosos institucionalizados tendem a ter um declínio cognitivo mais acentuado e acelerado. Dessa forma, torna-se fundamental a identificação desses indivíduos com maior risco para o desenvolvimento de demência para que haja alguma intervenção. Isso poderia reduzir o risco de acidentes, retardar o processo demencial e delongar a autonomia do idoso, auxiliando o processo de envelhecimento saudável. Conclusão: A realização do MMSE nos idosos é de extrema importância para avaliar o seu estado cognitivo. Isso contribuiu para o Projeto Voluntariado, fornecendo informações de cada um dos idosos e auxiliando no planejamento das ações voltadas ao tema de acordo com a necessidade de cada um deles. Além disso, é importante para a equipe de cuidadores da instituição, visto que permite avaliar a evolução cognitiva e as possíveis demandas que eles vão exigir. Palavras-chave: testes de exame mental e demência; instituição de longa permanência para idosos; assistência a idosos

    Cuidados paliativos na oncologia e a qualidade do fim da vida

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    Os cuidados paliativos correspondem a uma série de abordagens multidiscipliares direcionadas aos pacientes portadores de doenças terminais e aos seus familiares, que visam garantir a ortotanásia com melhor qualidade e menos sofrimento. Atualmente, o câncer é responsável por 12% das mortes no mundo e, em vinte anos, esse número tende a duplicar. Assim, o câncer é um problema de saúde pública e é de direito dos cidadãos uma boa qualidade de vida até o seu último batimento cardíaco e, para isso, os cuidados paliativos são de suma importância. Busca-se ressaltar a importância dos cuidados paliativos pra um fim de vida de qualidade principalmente de pacientes oncológicos. Trata-se de uma revisão integrativa de caráter qualitativo, observacional e retrospectivo na qual foram analisados trabalhos científicos encontrados na base de dados Scielo e LILACS utilizando descritores. A fim de garantir um final de vida com qualidade, os cuidados paliativos, por meio da sua abordagem multidisciplinar, previnem e tratam o sofrimento através de avaliação detalhada e individual; da identificação precoce e tratamento de sintomas físicos, sociais, psicológicos, espirituais; da comunicação; e da autonomia. Assim, os cuidados paliativos substituem os cuidados curativos quando esses não são mais resolutivos e passam a ser mais danosos que benéficos, sendo uma nova forma de gerir a morte. Essa abordagem atualmente é destinada para qualquer paciente portador de doença crônica em fase terminal, porém iniciou-se na oncologia e, até hoje, é a sua principal área de atuação. Para que o cuidado seja efetivo em tornar a morte melhor de ser vivida é necessário comunicação clara com o paciente e seus familiares. No entanto, esse diálogo tem uma barreira: a morte. A perspectiva sobre a morte varia culturalmente e, no Ocidente, a morte ainda é um tabu, o que dificulta a comunicação plena e verdadeira – tanto pela dificuldade que os profissonais têm de falar quanto a que os pacientes e familiares têm de ouvir. Além disso, outra ferramenta utilizada nessa abordagem para alcançar seu objetivo é a autonomia. Quando os familiares, e até mesmo os profissionais, adotam medidas paternalistas e se apropriam do corpo e desejos do paciente, ignorando que o processo de adoecimento é individual, baseado em vivências e crenças próprias. A atenção e o cuidado do primeiro ao último batimento cardíaco é direito de todos. Para isso, os cuidados paliativos lançam mão de estratégias que objetivam tornar a morte menos sofrida, tanto para o paciente quanto para seus familiares. Assim, essa abordagem multidisciplinar, centrada no indivíduo, em seu processo individual de adoecimento, é essencial para uma ortotanásia de boa qualidade e com menos sofrimento. No entanto, dado o aspecto cultural intrínseco da morte, ferramentas da abordagem paliativa, como comunicação clara e autonomia, encontram obstáculos que devem ainda ser trabalhados e superados

    Perfil do acesso ao exame colpocitológico em mulheres do centrooestebrasileiro

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    Introdução: O câncer (Ca) de colo de útero é a quarta neoplasia maligna mais prevalente em mulheres mundialmente, sendo o papiloma vírus humano (HPV) seu fator etiológico mais relevante. Sua incidência relaciona-se com o início precoce da atividade sexual, promiscuidade, baixo nível socioeconômico, desnutrição, uso de contraceptivos, imunossupressão pelo HIV e tabagismo. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico do acesso ao papanicolau para detecção precoce do Ca de colo uterino em mulheres residentes no centro-oeste, haja visto a grande incidência desse tipo de câncer na região. Material e método: Baseou-se em informações recolhidas no banco de dados SISCAN (sistema de informação do câncer), SISCOLO (sistema de informação do câncer de colo de útero), do atlas de câncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e nas estatísticas vitais do TABNET, além de artigos encontrados nos sistemas PubMed e MedLine. Resultados: O exame Papanicolau é a principal estratégia para detecção precoce de lesões precursoras e do câncer propriamente dito, aumentando, assim, a probabilidade de cura. O rastreio é realizado em mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram relações sexuais, a princípio de periodicidade anual, e, com dois resultados normais, de três em três anos. Devido à importância na prevenção, o exame preventivo ganhou maior destaque e, de 2014 a 2018, o número de mulheres que o realizaram cresceu mais que 37%, segundo dados do SISCAN. No entanto, mesmo que crescente, a realização do exame não tem abrangido apenas os principais grupos de risco nem a periodicidade recomendada: 20-25% da colpocitologia é realizada fora da faixa etária e 50% em intervalo não recomendado, segundo o INCA. Além disso, o acesso ao exame não é igualitário, apesar de ser gratuito e disponível nas unidades de saúde. Em 2018, das 544.836 mulheres que realizaram o exame, apenas 29.080 eram negras e 130 indígenas, sendo a maioria amarelas (178.851) e brancas (161.682). Em relação ao estado civil das mulheres que realizam o Papanicolau, nesse mesmo período, foi observada a taxa de 27,45% entre o total de mulheres casadas (43%) que nunca realizaram o exame preventivo. Para a classe separada ou desquitada judicialmente, a realização do exame há menos de um ano atrás se demonstrou efetivada em quase 100% das entrevistadas, dentre as 2,70% aproximadamente 2,40% foram acompanhadas pelo preventivo no último ano. Todavia, os números mais exorbitantes no contexto estado civil foram relacionados às solteiras. Do total, 63% afirmaram nunca ter realizado o Papanicolau mesmo após início da atividade sexual por um ano. Por fim, observase que mulheres pertencentes às faixas etárias mais jovens (25-34 anos) e às faixas etárias mais velhas (55-64 anos) abrangem o grupo de menor adesão ao exame de Papanicolau. Dados do SISCOLO de janeiro a outubro de 2015 revelam que no Centro-Oeste, de 81.893 exames realizados, somente 18.506 deles (22,5%) foram feitos em mulheres de 25 a 34 anos, e 10.060 (13%) em mulheres de 55 a 64 anos. Conclusão: O exame de rastreio do Ca de Colo é bem aceito entre as mulheres brasileiras. Observou-se que o acesso a esse exame é maior em mulheres amarelas e pardas, com 25 a 34 anos e solteiras. Assim, constitui um grupo de risco vulnerável aquelas que não se enquadram nessa classificação

    Gravidez na adolescência em Anápolis-Goiás: perfis socioeconômico e cultural

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    A gravidez na adolescência 10-19 (anos) tem uma incidência mundial de 18 milhões, sendo 95% dessas ocorridas em países em desenvolvimento. O perfil socioeconômico e cultural tem grande influência para a ocorrência dessa situação, portanto, compreender o que dentro de cada um deles pode levar a uma maior incidência de gravidez na adolescência é de suma importância para que medidas político-sociais possam ser realizadas. Os principais fatores envolvidos são renda familiar, escolaridade baixa, múltiplos parceiros, início sexual precoce, uso inadequado de métodos contraceptivos, ausência de orientação sobre sexualidade, religião, influência do grupo, modelos sociais de gênero, violência e vulnerabilidades. As complicações dessa situação social reverberam tanto para a mãe, como risco de morte intraparto e pré-eclâmpsia, quanto para do feto, como risco de prematuridade e baixo peso ao nascer. Objetiva-se descrever os perfis sócio demográfico e cultural da gestante adolescente, bem como os fatores predisponentes para a gestação na adolescência. Trata-se de um estudo original de caráter epidemiológico, que irá aplicar o questionário: “Fatores que influenciam na ocorrência de gravidez na adolescência” no período de fevereiro de 2020 a setembro de 2020 na Santa Casa da Misericórdia de Anápolis – Goiás, em adolescentes gestantes para traçar o envolvimento dos fatores socioeconômicos e culturais na gestação na adolescência. Espera-se que com esse trabalho seja identificado que o perfil demográfico, social, de cuidados e cultural da adolescente influencia no aumento da incidência de gestações nesta faixa etária

    Panorama do perfil sociodemográfico e cultural da adolescente grávida / Panorama of the socio-demographic and cultural profile of pregnant adolescents

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    A gravidez na adolescência (10-19 anos) tem uma incidência mundial de 18 milhões, 95% em países em desenvolvimento. Estudos mostraram que, o perfil sociodemográfico e cultural tem influência na ocorrência dessa situação, portanto, compreender o que dentro de cada um deles pode levar a uma maior incidência de gravidez na adolescência é de suma importância para que medidas político-sociais possam ser realizadas. O objetivo do trabalho consiste em descrever os perfis sociodemográfico e cultural da gestante adolescente que a predispõe a gestação nessa fase. Trata-se de um estudo transversal de caráter epidemiológico com abordagem quantitativa, que se utilizou de um questionário elaborado pelos pesquisadores para inquerir adolescentes puérperas em um hospital público de Anápolis–Goiás. Resultados indicam que há prevalência de adolescência tardia, união consensual, etnia parda, residência em Anápolis-GO, renda de até um salário mínimo e ensino médio incompleto. Quanto a escolaridade, cerca de metade estavam estudando quando engravidaram e 53,9% delas interromperam o estudo, principalmente, devido a gestação. Sobre a residência, 22,2% residem com o parceiro, similar aos 18,5% que residem com um dos pais biológicos. Já quanto a profissão, 44,4%, é trabalhadora do lar ou não possui profissão (40,7%). Conclui-se então que a gestação na adolescência é um problema de saúde pública relevante, sendo fundamental traçar estratégias para a redução dos índices de gestação nessa idade

    Revisão de literatura acerca dos tratamentos de hiperbilirrubinemia neonatal / Literature review about neonatal hyperbilirubinemia treatments

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    A hiperbilirrubinemia é uma condição comum no período neonatal, esta pode refletir em icterícia que, quando classificada como fisiológica, desaparece geralmente sem comorbidades associadas, todavia, quando classificada como patológica, progride, em geral, para kernicterus que provoca importantes agravos neurológicos. Diante desse pressuposto, o objetivo do presente trabalho foi investigar a eficácia dos métodos de tratamento para a hiperbilirrubinemia para evitar possíveis danos neurológicos.  Trata-se de uma revisão integrativa com coleta de dados realizada a partir de fontes secundárias em idioma português, inglês e espanhol pesquisadas em bases de dados na íntegra, que retratassem a temática referente aos métodos de tratamento da icterícia neonatal nos últimos cinco anos. Os resultados obtidos apontam para uma superioridade técnica da fototerapia com luz de LED e da exsanguineotransfusão em casos complicados; complementação eficaz à fototerapia por parte dos probióticos, prebióticos, massagem, lavagem da medicina tradicional chinesa e método canguru; uma eficácia ainda a ser confirmada a respeito das drogas adjuvantes. Conclui-se, então, que há a disposição uma vasta gama de terapias para o tratamento de hiperbilirrubinemia com capacidade e eficácia para inviabilizar a progressão patológica da icterícia neonatal

    Repercussões da pandemia da covid-19 nos pacientes em tratamento oncológico: uma revisão de literatura

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    Está bem estabelecido que pacientes oncológicos são mais suscetíveis à infecção do que indivíduos saudáveis, uma vez que tanto a malignidade quanto a terapia antineoplásica resultam em um estado imunossupressor aos agentes infeciosos. Além disso, estudos recentes mostraram que o risco de desenvolver eventos graves em caso de COVID-19 é significativamente maior entre esses pacientes. Associado a isso, a pandemia do novo coronavírus esconde ameaças sutis como o efeito de distração, ou seja, desviar toda a atenção para a COVID-19 e negligenciar a prática clínica diária pode ter implicações substancialmente negativas, especialmente para os pacientes em tratamento contra câncer. Elucidar as repercussões da pandemia pelo SARS-CoV-2 em pacientes em tratamento oncológico. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa de caráter observacional retrospectivo com abordagem qualitativa, realizada por meio da pesquisa de artigos científicos, nas bases de dados BVS e SciELO. Para isso, associaram-se os operadores booleanos com os descritores selecionados por meio da base Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), sendo eles: “neoplasias”, “oncologia”, “infecções por coronavirus” e “SARS-CoV-2”. Incluíram-se artigos disponíveis na íntegra, publicados no último ano e nos idiomas inglês e português. Selecionaram-se treze artigos para análise de dados concomitantes com os objetivos da pesquisa. Apesar da orientação para que haja o postergamento da quimioterapia adjuvante e de cirurgias eletivas para cânceres menos agressivos durante a atual situação de enfrentamento da COVID-19, é bem consolidado na literatura moderna que atrasar as cirurgias oncológicas pode levar à progressão da doença e a piores prognósticos. O mesmo vale para regimes de quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante administrados em momento não adequado. Dessa maneira, evidencia-se que pacientes com doença avançada e sem sintomas sugestivos de COVID-19 deveriam continuar recebendo quimioterapia ou radioterapia planejadas, sem atrasos desnecessários. É valido ressaltar, ainda, que a incapacidade de oferecer tratamento paliativo para pacientes que não conseguem sair de casa e o manejo dos efeitos colaterais do tratamento são outras preocupações importantes de uma quarentena forçada e que devem ser discutidas pelos médicos responsáveis. Diante desse cenário, resultados de estudos europeus garantem que qualquer adiamento desses procedimentos terapêuticos ou de rastreamento deve ser evitado e que os pacientes devem ser aconselhados a manter seus compromissos, se os procedimentos foram viáveis e seguros. Portanto, a necessidade de qualquer procedimento intervencionista deve ser ponderada, devido ao aumento dos riscos durante uma pandemia, e individualizada, afim de verificar a urgência do procedimento e os efeitos de um possível adiamento
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