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Psicoterapia em grupo de pacientes com transtorno afetivo bipolar
BACKGROUND: In the last years there has been a growing number of studies using psychotherapy approaches in the treatment of bipolar patients. However, little is known about the effects of these approaches. OBJECTIVE: Evaluate the effectiveness of Group Therapy in the treatment of bipolar affective disorder. METHOD: Review of the literature using Medline, Lilacs, PubMed e ISI, selecting English language articles published between the years of 1975 and 2005. The reference sections of the selected articles, review articles and specialized books were also consulted. Only randomized controlled trails, with more than twenty subjects, were selected. RESULTS: Five published studies were identified; three of them have been published in the last five years. In three of the selected studies, models of Psychoeducation were used, showing an increase in the adherence to the pharmacological treatment. One showed reduction in the number of relapses and hospital admissions. The other two studies combined psychoeducation with some other form of psychotherapeutic approach. In one of them, not only an increase in the remission period but also symptom reduction was identified, concerning manic episodes. DISCUSSION: There has been a growing interest in evidence based psychotherapy interventions for the treatment of bipolar affective disorder over the last years. This fact contrasts with the low number of studies dedicated to group therapy, which could be very useful in institutions where a great number of patients are assisted. The clinical complexities of this disease, the presence of several comorbidities and the different levels of adherence to pharmacotherapy demand the development of diverse therapeutic options, in order to meet the needs of each individual. The studies show that group therapy could be an effective treatment option that deserves better investigations so that it can be used in clinical practice.CONTEXTO: Vem crescendo nos últimos anos o número de estudos com abordagens psicoterápicas no tratamento de pacientes com transtorno afetivo bipolar. Contudo, pouco ainda se sabe sobre o efeito que tem estas abordagens nestes pacientes. OBJETIVO: Avaliar a efetividade da terapia de grupo no tratamento do transtorno afetivo bipolar. MÉTODO: Levantamento bibliográfico no Medline, Lilacs, PubMed e ISI de artigos publicados em língua inglesa no período de 1975 a 2005 e busca manual com base na bibliografia dos artigos selecionados. Foram incluídos apenas os estudos que utilizaram grupo controle, randomizados, com casuística superior a 20 pacientes. RESULTADOS: Foram encontrados somente cinco trabalhos, três deles publicados nos últimos cinco anos. Três utilizaram modelos de psicoeducação, encontrando aumento na adesão ao tratamento farmacológico. Um destes verificou redução no número de hospitalizações e recaídas. Dois estudos combinaram psicoeducação e abordagens psicoterápicas variadas. Destes, um mostrou aumento no período de remissão e redução de sintomas para episódios maníacos. CONCLUSÕES: O interesse por intervenções psicoterápicas baseadas em evidência, no tratamento do TAB, vem aumentando nos últimos anos. Este fato contrasta com o baixo número de estudos dedicados à modalidade de atendimento em grupo, que poderia ser muito útil em instituições onde grande número de pacientes é atendido. A complexidade clínica dessa doença, a presença de diversas comorbidades e os diferentes graus de adesão à farmacoterapia demandam a criação de opções terapêuticas variadas que atendam às necessidades de cada indivíduo. Os estudos indicam que a terapia de grupo pode ser uma opção eficaz de tratamento que merece ser mais bem investigado para permitir sua aplicação na prática clínica
Combined intervention of cognitive behavioral therapy and neuropsychological group rehabilitation for patients with bipolar disorder
Mesmo quando adequadamente medicados pacientes com transtorno bipolar (TB) apresentam elevadas taxas de recaída, considerável sintomatologia residual e prejuízo funcional. Intervenções psicoterápicas têm sido propostas com intuito de aumentar o período de remissão e reduzir sintomas de humor, porém os achados iniciais ainda são controversos e pouco se sabe sobre a eficácia de tais intervenções em desfechos funcionais. Ao mesmo tempo diversos estudos apontam para um prejuízo cognitivo entre uma parcela significativa destes pacientes que perdura mesmo na fase eutímica. A Neuropsicologia clínica oferece instrumentos para quantificar este prejuízo e melhor compreender os achados de ensaios clínicos em psicoterapia no TB. Diversos autores desenvolveram intervenções de reabilitação cognitiva a fim de melhorar tanto o prejuízo cognitivo e funcional bem como diminuir sintomatologia depressiva, porém os achados até o momento não apresentam evidência de uma eficácia robusta. Dessa forma, novas intervenções psicoterápicas se mostram necessárias. Desenvolvemos um novo protocolo de psicoterapia em grupo baseado na experiência prévia do grupo que objetiva prevenir novos episódios e melhorar a performance cognitiva e funcionalidade dos pacientes com TB. Metodologia: Foram incluídos 60 pacientes neste ensaio clínico cego controlado randomizado com portadores de TB tipo I ou II que se encontravam em uso de tratamento farmacológico padrão. O grupo controle foi mantido apenas em uso de tratamento padrão e o grupo experimental, além desse participou de 12 sessões semanais desta nova intervenção chamada de Reabilitação Cognitivo Comportamental (RCC). Inicialmente todos participantes eram avaliados para presença de episódios de humor, funcionalidade e desempenho cognitivo o que foi repetido após 12 semanas e nove meses do início da fase interventiva, totalizando 12 meses de seguimento. Resultados: Ao todo 39 pacientes fora incluídos nas análises finais e 21 foram excluídos, não havendo diferença entre os grupos para as perdas de indivíduos. Trinta e nove pacientes foram randomizados sendo que 20 participaram das sessões de RCC e 19 mantidos sobre tratamento padrão e todos participaram das reavaliações após o fim das 12 semanas de tratamento, porém o período de 12 meses não foi atingido por todos os participantes e, assim são apresentados os resultados parciais do pós-tratamento. Não houve diferença entre os grupos para tempo até novo episódio de humor bem como nas escalas de funcionalidade e de qualidade de vida. O grupo de RCC melhorou seu desempenho no reconhecimento total de emoções e reduziu seu tempo de reação. Conclusão: A nova intervenção proposta não foi eficaz na prevenção de novos episódios de humor no transtorno bipolar embora pareça melhorar de forma específica alguns domínios cognitivos comumente reportados como prejudicados no TBEven when correctly medicated patients with bipolar disorder (BD) continue to present high rates of relapse, considerable residual symptomatology and functional impairment. Psychotherapeutic interventions have been proposed aiming to increase the remission period and reduce mood symptoms, however initial results are still controversial and little is known about the effectiveness of such interventions in functional outcomes. At the same time, several studies point to cognitive impairment among a significant portion of these patients that lasts even in the euthymic phase. Clinical Neuropsychology offers tools to quantify this impairment and to better understand the findings of clinical trials in psychotherapy in BD. Authors have developed cognitive rehabilitation interventions to improve both cognitive and functional impairment as well as reduce depressive symptoms, but the findings so far have not provided evidence of robust efficacy. Thus, new psychotherapeutic interventions are needed. We developed a new protocol in group psychotherapy based on previous experience of the group aiming at preventing new episodes and improving cognitive performance and functionality of patients with TB. Method: Sixty patients were included in this randomized controlled clinical trial with type I or II TB patients who were using standard pharmacological treatment. The control group was maintained only on standard treatment and the experimental group, in addition to this, participated in 12 weekly sessions of this new intervention called Cognitive Behavioral Rehabilitation (RCC). Initially all participants were evaluated for episodes of mood, functionality and cognitive performance, which was repeated after 12 weeks and nine months after the beginning of the intervention phase, totaling 12 months of follow-up. Results: A total of 39 patients were included in the final analysis and 21 were excluded, with no difference between groups for the loss of individuals. Thirty-nine patients were randomized, 20 of which participated in RCC sessions and 19 maintained on treatment as usual and all participated in the re-evaluations after the end of the12-week treatment, but the 12-month period has not been reached by all participants and therefore we present the preliminary results of the post-treatment. There was no difference between groups for time to new mood episode as well as for functional and quality of life scales. The RCC group improved their performance in total recognition of emotions and reduced their reaction time. Conclusion: The new proposed intervention was not effective in preventing new mood episodes in bipolar disorder although it seems to improve in a specific way some cognitive domains commonly reported as impaired in T
Controlled study of cognitive behavioral therapy in group format for the treatment of patients with bipolar disorder
A Terapia Cognitivo-Comportamental é o tratamento de primeira linha para uma série de quadros dentro da Psiquiatria e é hoje a abordagem psicoterápica que reúne o maior número de ensaios controlados no tratamento do Transtorno Bipolar. Seu uso em formato de grupo para o Transtorno Bipolar já foi testada anteriormente em ensaios abertos que demonstraram boa aplicabilidade. Tal formato não foi aplicado em um ensaio controlado até o momento. Este foi um estudo realizado em duas fases. Inicialmente, ingressaram pacientes com Transtorno Bipolar do tipo I e II, com escores inferiores ou iguais a 8 na Escala de Hamilton para Depressão-17 itens, e inferiores ou iguais a 6 na Escala de Young para Mania. Os mesmos foram distribuídos randomicamente para receber tratamento padrão medicamentoso para Transtorno Bipolar (N = 27) ou a este acrescido Terapia Cognitivo- Comportamental em grupo (N = 23). A Terapia Cognitivo-Comportamental em grupo foi constituída de 18 sessões de 90 minutos cada, com duração total de seis meses, baseada em um protocolo experimental desenvolvido para este estudo. Na segunda fase, iniciada após o tratamento, todos os pacientes foram avaliados por entrevista telefônica, que foi repetida a cada três meses. As medidas de desfecho foram o intervalo de tempo até o primeiro episódio de humor e a presença de novos episódios no seguimento, de acordo com os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais - Quarta Edição (DSM-IV). Oitenta e um pacientes foram incluídos neste estudo, sendo que 50 já completaram a fase de intervenção e doze meses de acompanhamento e seus dados são apresentados neste estudo. A análise de intenção de tratar mostrou que não houve diferença entre os grupos para tempo até a primeira recaída (Wilcoxon = 0,667, p = 0,414). Quando considerada a polaridade da primeira recaída, este resultado manteve-se tanto para mania (Wilcoxon = 1,498, p = 0,221), quanto para depressão (Wilcoxon = 3,328, p = 0,068). A presença de episódios também não diferiu entre os grupos (2 = 0,28, p = 0,6). Neste estudo pioneiro, não conseguimos demonstrar aumento significativo na profilaxia de novos episódios de humor quando incluímos sessões de Terapia Cognitivo Comportamental em grupo ao tratamento usualmente oferecido a pessoas com Transtorno BipolarCognitive Behavioral Therapy (CBT) is the first-line treatment for a wide number of psychiatry disorders and it is, nowadays, the psychotherapeutic approach with the largest number of controlled trials for the treatment of bipolar disorder. Its use in group format for bipolar disorder has already been tested in open trials, demonstrating good feasibility. Such format has not yet been applied in a controlled trial. This is a two-phase study. For the initial phase, we selected bipolar I and II patients, with scores equal or lower to 8 in the Hamilton Depression Rating Scale 17 items, and equal or lower to 6 in the Young Mania Rating Scale. They were then randomly selected for receiving pharmacological treatment alone (N = 27), or added to 18 sessions of group CBT (N = 23). The sessions were based on an experimental manual developed for this study and lasted 90 minutes each, for a total of six months. The second phase, initiated after the treatment was completed, all patients were evaluated by telephone interview, repeated every three months. The outcome measures were the interval until the first new episode and the presence of new episodes following the treatment, according to the criteria defined by the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - Fourth Edition (DSM IV). Eighty one patients were included in this study, of which fifty have completed the intervention phase and a twelve-month follow-up. Their results are presented in this study. Intention-to-treat analysis showed that there was no difference between groups in terms of time until the first relapse (Wilcoxon = 0.667; p= 0.414). When considering the polarity of the first relapse, this result remained the same for both depressive (Wilcoxon = 3.328; p=0.068), and mania (Wilcoxon =1.498; p=0.221) episodes. The presence of episodes was not statistically different between groups (2 = 0.28, p= 0.6) either. In this pioneer study, we could not demonstrate a significant improvement in the prophylaxis of new mood episodes when adding group CBT sessions to the treatment commonly offered to people with bipolar disorde
Cognitive-behavioral rehabilitation vs. treatment as usual for bipolar patients: study protocol for a randomized controlled trial
Abstract Background Bipolar disorder (BD) is commonly associated with cognitive and functional impairments even during remission periods, and although a growing number of studies have demonstrated the benefits of psychotherapy as an add-on to pharmacological treatment, its effectiveness appears to be less compelling in severe presentations of the disorder. New interventions have attempted to improve cognitive functioning in BD patients, but results have been mixed. Methods The study consists of a clinical trial comparing a new structured group intervention, called “Cognitive-Behavioral Rehabilitation,” with treatment as usual (TAU) for bipolar patients. The new approach is a combination of cognitive behavioral strategies and cognitive remediation exercises, consisting of 12 weekly group sessions of 90 min each. To be included in the study, patients must be diagnosed with BD type I or II, aged 18–55 years, in full or partial remission, and have an IQ of at least 80. A comprehensive neuropsychological battery, followed by mood, social functioning, and quality of life assessments will occur in three moments: pre and post intervention and 12 months later. The primary outcome of the study is to compare the time, in weeks, that the first full mood episode appears in patients who participated in either group of the study. Secondary outcome will include improvement in cognitive functions. Discussion This is the first controlled trial assessing the validity and effectiveness of the new “Cognitive-Behavioral Rehabilitation” intervention in preventing new mood episodes and improving cognitive and functional impairments. Trial registration Clinicaltrial.gov, NCT02766361 . Registered on 2 May 2016