2 research outputs found

    HISTÓRIA E EXPECTATIVAS DE VIDA ESCOLAR DE UMA ESTUDANTE SURDA DE UM CURSO TÉCNICO INTEGRADO

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    Mesmo com políticas específicas e legislações definidas para Educação Especial nos últimos anos, os institutos federais se organizam de diferentes formas e com distintas propostas educacionais para os estudantes Público Alvo da Educação Especial. Em relação ao estudante surdo, o que se almeja em sua trajetória escolar é que ela seja acessada através da Língua Brasileira de Sinais, em um contexto bilíngue, com a Libras como sua primeira língua e a modalidade escrita da Língua Portuguesa. Com base nesse contexto, o objetivo dessa pesquisa foi descrever e analisar a trajetória e a expectativa de vida escolar/profissional de uma estudante surda, que frequentava o último mês de um dos cursos Técnicos Integrados do Instituto Federal de São Paulo. A estudante tinha 19 anos, filha de pais ouvintes, fluente em Língua de sinais. Optou-se por trabalhar com entrevista, usando-se técnica de história de vida na elaboração do roteiro e condução da entrevista, pois o intuito era compreender o tempo histórico e o lugar social. A entrevista teve duração de cerca de uma hora e meia, foi realizada via vídeo chamada com a presença das 3 autoras e a participante surda. As perguntas foram proferidas em Língua Portuguesa e as respostas foram em Libras, sempre com a interpretação simultânea pelas autoras-intérpretes. Toda a entrevista foi gravada pelo dispositivo de gravação da ferramenta escolhida para a vídeo chamada e posteriormente transcrita para texto para as necessárias consultas. O conteúdo da entrevista se deu em relação à trajetória escolar dela,  da educação infantil até o ensino médio, especificamente sobre acessibilidade e o atendimento especializado durante os anos de escolarização. Foi relatado que a participante surda aprendeu Libras na escola, já no sexto ano e ali teve muito apoio nos atendimentos para se desenvolver como pessoa surda usuária da Libras. A estudante entende que seu processo de escolarização foi transformado ao entrar em uma escola polo pública municipal e ali aprender Libras. Especificamente sobre a escolarização vivida no Instituto Federal de São Paulo, a participante relata alguns apoios que obteve de professores em relação a acessibilidade nas disciplinas e no desafio que foi ver essa mudança de rotina de estudos ao sair do ensino fundamental e entrar no ensino médio. Sobre as expectativas da aluna pesquisada no âmbito do ensino superior e/ou do mercado de trabalho, ela relata seu desejo de continuar os estudos no ensino superior, na área de licenciatura e assim, como uma futura docente,  contribuir com a comunidade surda, através da formação de novos intérpretes. Nos relatos da entrevistada, percebe-se o importante papel da Língua Brasileira de Sinais, do Tradutor Intérprete de Libras, da acessibilidade nas disciplinas e o papel do Núcleo de Apoio a pessoas com necessidades educacionais específicas

    HISTÓRIA E EXPECTATIVAS DE VIDA ESCOLAR DE UMA ESTUDANTE SURDA DE UM CURSO TÉCNICO INTEGRADO

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    Mesmo com políticas específicas e legislações definidas para Educação Especial nos últimos anos, os institutos federais se organizam de diferentes formas e com distintas propostas educacionais para os estudantes Público Alvo da Educação Especial. Em relação ao estudante surdo, o que se almeja em sua trajetória escolar é que ela seja acessada através da Língua Brasileira de Sinais, em um contexto bilíngue, com a Libras como sua primeira língua e a modalidade escrita da Língua Portuguesa. Com base nesse contexto, o objetivo dessa pesquisa foi descrever e analisar a trajetória e a expectativa de vida escolar/profissional de uma estudante surda, que frequentava o último mês de um dos cursos Técnicos Integrados do Instituto Federal de São Paulo. A estudante tinha 19 anos, filha de pais ouvintes, fluente em Língua de sinais. Optou-se por trabalhar com entrevista, usando-se técnica de história de vida na elaboração do roteiro e condução da entrevista, pois o intuito era compreender o tempo histórico e o lugar social. A entrevista teve duração de cerca de uma hora e meia, foi realizada via vídeo chamada com a presença das 3 autoras e a participante surda. As perguntas foram proferidas em Língua Portuguesa e as respostas foram em Libras, sempre com a interpretação simultânea pelas autoras-intérpretes. Toda a entrevista foi gravada pelo dispositivo de gravação da ferramenta escolhida para a vídeo chamada e posteriormente transcrita para texto para as necessárias consultas. O conteúdo da entrevista se deu em relação à trajetória escolar dela,  da educação infantil até o ensino médio, especificamente sobre acessibilidade e o atendimento especializado durante os anos de escolarização. Foi relatado que a participante surda aprendeu Libras na escola, já no sexto ano e ali teve muito apoio nos atendimentos para se desenvolver como pessoa surda usuária da Libras. A estudante entende que seu processo de escolarização foi transformado ao entrar em uma escola polo pública municipal e ali aprender Libras. Especificamente sobre a escolarização vivida no Instituto Federal de São Paulo, a participante relata alguns apoios que obteve de professores em relação a acessibilidade nas disciplinas e no desafio que foi ver essa mudança de rotina de estudos ao sair do ensino fundamental e entrar no ensino médio. Sobre as expectativas da aluna pesquisada no âmbito do ensino superior e/ou do mercado de trabalho, ela relata seu desejo de continuar os estudos no ensino superior, na área de licenciatura e assim, como uma futura docente,  contribuir com a comunidade surda, através da formação de novos intérpretes. Nos relatos da entrevistada, percebe-se o importante papel da Língua Brasileira de Sinais, do Tradutor Intérprete de Libras, da acessibilidade nas disciplinas e o papel do Núcleo de Apoio a pessoas com necessidades educacionais específicas
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