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    Hematoma hepático volumoso em paciente com Dengue: nova complicação de uma velha doença

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    Introdução: Em 2022, a dengue apresentou uma taxa de incidência de 667 casos por 100 mil habitantes, chegando a cerca de quase 1,5 milhão de casos no Brasil, mostrando portanto sua grande prevalência. Manifestações não usuais têm sido descritas progressivamente, demonstrando o caráter heterogêneo desta patologia. Neste estudo, é descrito o relato inédito de uma complicação atípica de dengue, a degeneração hemorrágica de possível adenoma hepático prévio associado ainda a derrame pleural. Objetivos: Realizar descrição clínica de complicação incomum e rara de degeneração hemorrágica de grande volume de possível adenoma hepático em um paciente com dengue avaliado em um Centro Hospitalar Terciário. Metodologia: Trata-se de um relato de caso com delineamento descritivo e observacional, sem grupo controle e com caráter narrativo. Relato de caso e discussão: Paciente sexo feminino, 36 anos, branca, ex-tabagista e hipertensa, iniciou há 10 dias da admissão, febre e exantema pruriginoso, evoluindo com dor em hipocôndrio direito e sintomas constitucionais. À admissão, apresentava-se hipotensa com descompressão brusca positiva em abdome e petéquias generalizadas. Exames iniciais demonstraram anemia, plaquetopenia, elevação de enzimas canaliculares e hepáticas e em tomografia computadorizada (TC) de abdome, hematoma subcapsular em lobo hepático direito de 510 cm³. À avaliação da equipe cirúrgica, houve a hipótese de adenoma hepático com degeneração hemorrágica, com proposta conservadora. A paciente evoluiu com piora clínica e queda de nível hematimétrico, com nova TC com aumento do hematoma - 1200 cm³, sendo realizado transfusão de hemoderivados. Após 2 dias, apresentou piora laboratorial, dessaturação com necessidade de intubação orotraqueal e hipotensão com necessidade de droga vasoativa, sendo encaminhada à UTI. Apresentou Hemoculturas com Haemophilus influenzae e sorologia para dengue reagente (Anti-Dengue IgM). Ademais, viu-se em nova TC alterações pulmonares com presença de derrame pleural bilateral, consolidações permeadas por opacidades "vidro fosco" e aumento do hematoma - 1300 cm³. Levantaram-se as hipóteses de Síndrome Respiratória Aguda Grave, lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão e sobrecarga circulatória pós-transfusional. Após medidas de suporte, evoluiu com boa resposta. Após alguns dias, paciente cursou com nova piora sendo evidenciado piora do derrame pleural (exsudato) com necessidade de drenagem. A paciente recebeu alta no 47° dia de internação. Em TC realizada pós alta, houve redução hematoma (180 cm³) e raio-X de tórax sem alterações. Conclusão: A dengue tem apresentando manifestações atípicas. Relatou-se um caso de uma complicação até então não encontrada na literatura, com desfecho favorável, a fim de aprimorar o conhecimento científico, de melhorar a assistência médica e de nortear futuros estudos e tratamentos

    Diagnóstico diferencial de linfonodomegalia: doença de Kikuchi-Fujimoto concomitante à Sífilis

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    A doença de Kikuchi-Fujimoto, assim nomeada na década de 1970, é uma doença benigna rara que se manifesta por meio de linfadenopatia cervical e febre, sem etiologia totalmente esclarecida, com poucos relatos anuais. Acredita-se que fatores autoimunes e/ou agentes infecciosos estejam relacionados a sua fisiopatologia. No entanto, a relação causal nunca foi comprovada. Neste relato, expõe-se o caso de uma mulher jovem, sem ascendência asiática, apresentando quadro de linfadenopatia cervical com duração de 4 semanas associada a febre e citopenias. Durante a investigação interna, diagnosticou-se sífilis latente tardia e o tratamento adequado foi iniciado. Porém, a despeito da terapêutica, a febre e linfonodomegalia persistiram, optando-se, assim, por biópsia linfonodal, cujo resultado caracterizou linfadenite necrotizante e doença de Kikuchi-Fujimoto. Nenhum relato da doença concomitante à sífilis foi encontrado nas referências

    Septic shock: a major cause of hospital death after intensive care unit discharge

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    Objetivo: Avaliar as causas e os fatores associados a mortes de pacientes na enfermaria que receberam alta de unidades de terapia intensiva. Métodos: Estudo piloto, retrospectivo, observacional, de coorte. Foram avaliados os registros de todos os pacientes admitidos no período de 1º de fevereiro de 2013 a 30 de abril de 2013 em duas unidades de um hospital universitário público/privado. Dados demográficos, clínicos, escores de risco e desfechos foram retirados do Sistema de Monitorização Epimed e confirmados no sistema de registro eletrônico do hospital. Foram calculados o risco relativo e seus respectivos intervalos de confiança. Resultados: Um total de 581 pacientes foi avaliado. A taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva foi 20,8% e, no hospital, de 24,9%. A principal causa de óbito foi choque séptico em 58,3% dos que faleceram após a alta da unidade de terapia intensiva. Dos pacientes do sistema público de saúde, 73 (77,6%) morreram na unidade de terapia intensiva e 21 (22,4%) morreram no hospital, após a alta da unidade. Dos pacientes do Sistema Suplementar de Saúde, 48 (94,1%) morreram na unidade de terapia intensiva e 3 (5,9%) morreram no hospital, após a alta da unidade (risco relativo de 3,87; intervalo de confiança de 95% de 1,21 - 12,36; p < 0,05). A taxa de mortalidade pós-alta foi significativamente maior em pacientes com tempo de internação em unidade de terapia intensiva superior a 6 dias. Conclusão: A principal causa de morte de pacientes que receberam alta da unidade de terapia intensiva e morreram na enfermaria antes da alta hospitalar foi o choque séptico. A cobertura pelo sistema público de saúde e o maior tempo de internação na unidade de terapia intensiva foram fatores associados à morte, após a alta da unidade de terapia intensiva

    Wavelets based Algorithm for the Evaluation of Enhanced Liver Areas

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    Hepatocellular carcinoma (HCC) is a primary tumor of the liver. After local therapies, the tumor evaluation is based on the mRECIST criteria, which involves the measurement of the maximum diameter of the viable lesion. This paper describes a computed methodology to measure through the contrasted area of the lesions the maximum diameter of the tumor by a computational algorithm 63 computed tomography (CT) slices from 23 patients were assessed. Non-contrasted liver and HCC typical nodules were evaluated, and a virtual phantom was developed for this purpose. Optimization of the algorithm detection and quantification was made using the virtual phantom. After that, we compared the algorithm findings of maximum diameter of the target lesions against radiologist measures. Computed results of the maximum diameter are in good agreement with the results obtained by radiologist evaluation, indicating that the algorithm was able to detect properly the tumor limits A comparison of the estimated maximum diameter by radiologist versus the algorithm revealed differences on the order of 0.25 cm for large-sized tumors (diameter > 5 cm), whereas agreement lesser than 1.0cm was found for small-sized tumors. Differences between algorithm and radiologist measures were accurate for small-sized tumors with a trend to a small increase for tumors greater than 5 cm. Therefore, traditional methods for measuring lesion diameter should be complemented with non-subjective measurement methods, which would allow a more correct evaluation of the contrast-enhanced areas of HCC according to the mRECIST criteria

    Evaluation of a quality improvement intervention to reduce anastomotic leak following right colectomy (EAGLE): pragmatic, batched stepped-wedge, cluster-randomized trial in 64 countries

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    Background Anastomotic leak affects 8 per cent of patients after right colectomy with a 10-fold increased risk of postoperative death. The EAGLE study aimed to develop and test whether an international, standardized quality improvement intervention could reduce anastomotic leaks. Methods The internationally intended protocol, iteratively co-developed by a multistage Delphi process, comprised an online educational module introducing risk stratification, an intraoperative checklist, and harmonized surgical techniques. Clusters (hospital teams) were randomized to one of three arms with varied sequences of intervention/data collection by a derived stepped-wedge batch design (at least 18 hospital teams per batch). Patients were blinded to the study allocation. Low- and middle-income country enrolment was encouraged. The primary outcome (assessed by intention to treat) was anastomotic leak rate, and subgroup analyses by module completion (at least 80 per cent of surgeons, high engagement; less than 50 per cent, low engagement) were preplanned. Results A total 355 hospital teams registered, with 332 from 64 countries (39.2 per cent low and middle income) included in the final analysis. The online modules were completed by half of the surgeons (2143 of 4411). The primary analysis included 3039 of the 3268 patients recruited (206 patients had no anastomosis and 23 were lost to follow-up), with anastomotic leaks arising before and after the intervention in 10.1 and 9.6 per cent respectively (adjusted OR 0.87, 95 per cent c.i. 0.59 to 1.30; P = 0.498). The proportion of surgeons completing the educational modules was an influence: the leak rate decreased from 12.2 per cent (61 of 500) before intervention to 5.1 per cent (24 of 473) after intervention in high-engagement centres (adjusted OR 0.36, 0.20 to 0.64; P &lt; 0.001), but this was not observed in low-engagement hospitals (8.3 per cent (59 of 714) and 13.8 per cent (61 of 443) respectively; adjusted OR 2.09, 1.31 to 3.31). Conclusion Completion of globally available digital training by engaged teams can alter anastomotic leak rates. Registration number: NCT04270721 (http://www.clinicaltrials.gov)
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