34 research outputs found

    Augusto Boal no Brasil e suas marcas na contemporaneidade

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    Este ensayo trata de reflexionar y problematizar la recepción interna de Augusto Boal en Brasil a fines del siglo XX. Desde la diáspora latinoamericana, el autor se vuelve una referencia internacional gracias a sus métodos y procedimientos que podrían configurar aquello que en el área de las artes escénicas podría denominarse como sistema Boal. El intento de reflexionar sobre esa trayectoria pasa por examinar uno de los íconos del movimiento artístico de los años 60, el Teatro Arena, una dramaturgia que combinaba el arte con la política durante la dictadura brasileña, las lecturas en el período posterior y, en particular, el campo de las universidades y academias brasileñas de formación de profesionales en el área del teatro. Con algunos antecedentes cuantitativos frustrados, la configuración de esta reflexión adopta por momentos un carácter especulativo en este ensayo, que por su naturaleza es provisional, y se arriesga a observar cambios en la proyección póstuma de Augusto Boal después de 2009, año de su falecimiento. El propósito es promover nuevos enfoques sobre la obra de Augusto Boal, sobre todo en el área académica en Brasil, con el fin de visualizar al dramaturgo como creador de técnicas, géneros, procedimientos y un modo de encarar al actor y al no actor, entender las relaciones entre el arte y la política, las artes escénicas y sus contextos, aunque esto es tan sólo un paso que revisita a Boal en lo que él presenta de original no sólo para el mundo, sino tambiuén para los estudios de teatro en Brasil

    Interculturalidade e tradição/tradução cultural

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    I Congresso Internacional América Latina e Interculturalidade: América Latina e Caribe: cenários linguístico-culturais contemporâneos, 07, 08 e 09 de novembro de 2013 - UNILANo papel de mediadora da mesa INTERCULTURALIDADE E TRADIÇÃO/TRADUÇÃO CULTURAL, apresento considerações sobre o enfoque do Prof. Néstor Ganduglia sobre a tradição oral e a seguir à exposição de Ana Rossi que trouxe a questão da tradução de Ayvu Rapita, agradecendo a ambos pelas contribuições e passo a trazer à mesa alguns elementos sobre a questão da interculturalidade e da tradução cultural de modo a contribuir com o debate

    Apresentação Yo el Supremo (1974-2014)

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    Colóquio Yo el Supremo (1974-2014) – Augusto Roa Bastos – 03 e 04 de dezembro de 2014. Organizadores Alai Diniz e Fernanda PereiraDesejo começar lembrando as vozes secularmente esquecidas e aquelas que hoje aqui estão nestes Anais por aceitarem compor um conjunto em sua diferença, dando voz ao evento. É preciso começar por elas! Escutar os movimentos indígenas potencializa a interculturalidade. Refiro-me especialmente aos palestrantes indígenas que aceitaram sair de seu espaço, perigosamente conquistado e que necessita ser defendido no dia-a-dia. No momento a luta é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 215) que retiraria do poder executivo o poder de demarcar terras para transferi-lo ao Congresso. Os depoimentos sobre as violações desses direitos; as lutas e o pensamento guarani de alguns caciques Mbya Guarani do Guaira; Terra Roxa, a voz de jovens docentes e lideranças Ava Guarani do Tekoha Ocoí estão aqui nos Anais e podem ser ouvidos na íntegra. Aos caciques Ilson Soares; Liborio Garcia do Guaira; a Cassemiro Pereira Centurião e a Delmira Peres do Tekoha Ocoí e a todos que contribuíram com a potência de sua fala na batalha do cotidiano, meu eterno agradecimento

    Murro em ponta de faca: o teatro como denúnica e enfrentamento

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    O I Encontro Internacional do MALOCA Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul teve por objetivo apresentar os resultados do seu primeiro triênio (2014-2016) e debater os rumos das pesquisas do grupo para o triênio 2017-2019. Divulgamos agora os Anais Eletrônicos do I Encontro, que aconteceu em outubro de 2017 na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Confiram no link: https://revistas.unila.edu.br/anaismaloca/index :)Augusto Boal, teatrólogo brasileiro, contribuiu para que a dramaturgia tivesse uma nova configuração, o que lhe trouxe, além de reconhecimento, enfrentamentos por parte da parcela social que se via em posição de desvantagem, sob quebras ideológicas, propostas do Teatro do Oprimido, desenvolvidas em território nacional. Uma das consequências, e provavelmente a mais significativa, foi o exílio enfrentado por Boal, caracterizado como oportunidade de disseminação de sua estética ao redor do mundo, cruzando fronteiras geográficas e discursivas que puderam romper com paradigmas e pensamentos de sociedades opressoras. Murro em ponta de faca (1978) é uma das peças escritas por Boal que exemplificam a experiência do exílio, a complexidade da liberdade ideológica e os enfrentamentos a favor da defesa da pátria em períodos de ditadura e forte repressão em diferentes espaços e contextos, inclusive latino-americanos. Esta análise terá como objetivo a compreensão do processo de escrita de identidade e ruptura presente da peça em relação a relatos de experiências vividas pelo escritor em seus anos de exílio e propagação do Teatro do Oprimido dentro e fora da América LatinaAugusto Boal, a Brazilian dramatist, contributed to the new configuration of dramaturgy, which brought him, in addition to recognition, confrontations on the part of the social group that was seen as disadvantaged under ideological ruptures, proposals of the Theater of the Oppressed, developed nationally. One of the consequences, and probably the most significant, was the exile confronted by Boal characterized as the opportunity to spread his aesthetics around the world, crossing geographical and discursive borders that could break paradigms and thoughts of oppressive societies. Murro em ponta de faca (1978) is one of the plays written by Boal that exemplifies the experience of exile, the complexity of ideological freedom and the confrontations in favor of the defense of his homeland in periods of dictatorship and strong repression in different spaces and contexts, including Latin American . This analysis will have as an objective the understanding of the process of identity writing and present rupture of the play in relation to reports of experiences lived by the author in his years in exile and propagation of the Theater of the Oppressed beyond Latin AmericaGrupo de Estudos Multidisciplinar em Urbanismo e Arquitetura do Sul - MALOC

    FUXICO DO CORPO FEMININO QUE GALOPA: DE PERFORMANCE E LITERATURA

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    Minha proposta é refletir sobre uma dança típica do Paraguai, tomada como um dos ícones folclóricos do país vizinho, principalmente a partir da ditadura de Stroessner que buscava símbolos de nacionalidade para camuflar o autoritarismo, o encerramento político e as profundas assimetrias econômicas e sócio-culturais entre o campo e a cidade, entre a grande maioria falante do guarani e a elite falante do castelhano. O propósito do regime era organizar simbolicamente o nacionalismo. Ler a galopera  a partir de outro paradigma como o da performance e desde configurações ficcionais de Augusto Roa Bastos e de um de seus temas ensaísticos, o da literatura ausente é um dos elementos do “fuxico”. Neste ato de coser a diglossia, dada pela hierarquia entre o guarani e o castelhano, aprofundo a reflexão sobre o âmbito da galopera e suas derivações na atualidade. Ao ler uma dança, uma arte corporal como essa, a intenção é expandir o domínio da crítica literária latino-americana a outros repertórios (Taylor) que a performance como categoria epistemológica torna possível, pois um dos afazeres da literatura está em vir a ser uma máquina de ler o mundo (Michel de Certeau). 

    LITERATURA ENTRE DESLOCAMENTOS E FRONTEIRAS: MEDIANDO VOZES

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    Este ensaio propõe-se a ler três corpus para elaborar uma mediação entre vozes femininas na contemporaneidade. O primeiro se localiza em uma oficina de Poesia para Mulheres em um acampamento do MST, durante uma semana,  realizado na passagem do século XX ao XXI e é claro que não tem a intenção de apresentar um modelo de comportamento válido para todo o movimento.  O dado é isolado, mas vale por recuperar uma experiência de interação entre uma pesquisadora urbana, intelectualizada que, ao idealizar a mulher do campo que luta, sofre um impacto e se vale de divagação semântica sobre um léxico codificado como parte da tradição de uma “essência” do ser feminino. A concepção de mulher encaixada num nicho da domesticidade contradiz a vivência concreta em um movimento social marcado pela carência de propriedade da terra. O segundo se refere a atos de protesto e rejeição a la vinda de Judith Butler a Brasil. Esta investigadora norte-americana introduziu a ideia de que o gênero se constrói com a performatividade. Em um Brasil permeado pela ascensão de um pensamento de direita, as donas batem panelas em janelas de apartamento e disseminam o ódio a tudo que questiona a visão heterossexual y reclamam prohibir las reflexiones de gênero.   A terceira leitura refere-se à obra poética Sangria (2017) de Luiza Romão que propone um corpus sobre o corpo feminino assumido como território do imaginário na temporalidade descolonizadora. Uma subjetividade que na literatura performática traduz   o vínculo do corpo  à  política na estética e a estética na política

    Uma década de história do evento Roa Bastos contra o erro do esquecimento

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    O texto apresenta uma perspectiva histórica e autobiográfica da constituição do Núcleo de Estudos de Literatura, Oralidades e Outras Linguagens (NELOOL) e uma retrospectiva dos simpósios e congressos Roa Bastos realizados desde 2006

    Profanando limites da cultura sulamericana entre a guerra e o sarau

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    IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Repete, o testemunho ficcional de Jesus Lara sobre a disputa bélica entre a Bolívia e o Paraguai em uma guerra que marcou mais um dos limites da diplomacia sulamericana nos anos trinta do século XX, ou o poema XVI de Susy Delgado relendo Ayvu Rapita de Leon Cadogan podem mostrar alguns movimentos da literatura como arquivo (Taylor, 2013), em dois modos de revisar as fronteiras de tempo (século XX/XXI) e de espaço (ParaguayBolívia). Como reunir nesse sistema literário transnacional a percepção de um fenômeno pósautônomo da literatura periférica em São Paulo que, sob o olhar decolonial salta do arquivo ao repertório (Taylor, 2013)? Da corporalidade do escrito ao corpo da performance (Schechner) como categoria analítica? Este é o propósito de um ensaio que estuda, sob a ótica do polissistema da cultura (Even Zohar), um diálogo entre a interculturalidade que torna porosos os limiares; a tradução cultural que suspeita da mediação e da colonialidade fincada na ditadura da arte verbal escrita e põe em xeque a autoridade da academia para refletir sobre a presença vocalizada no sarau. No confronto com a mídia televisiva, o uso da palavra cantada democratiza os meios de produção literária, criando uma nova safra de escritores cujo movimento de mercado atrai inúmeras editoras, ao mesmo tempo, em que inventa a literatura no cotidiano urbano das megalópoles.UNILA­-UNIOEST

    POÉTICAS TRANSTERRADAS

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    ABSTRACT:  Dealing with the concept of Transterradas Poetics implies tracing a critical route that brings forth a perspective of risk. Would there be the possibility of dialogue between procedures used by the new latin-american narrative of the '60's and the generation of the 90's, or even the first decade of the twenty first century as dispersions in space that contaminate the discourse configured by time? And how does the foucaltian heterotopia aggregates in this course? Three ramifications will sketch the trajectory of this essay that, provisional, merely insinuates the rhythm of a light suspicion. KEYWORDS: Transterradas Poetics; Roa Bastos; Literature; Latin America. RESUMO: Tratar do conceito de poéticas transterradas implica traçar uma rota crítica que encaminha a perspectiva do risco. Haveria possibilidade de diálogo entre procedimentos usados pela nova narrativa latino-americana dos anos 60 e a geração dos anos 90, ou mesmo da primeira década do século XXI como dispersões no espaço que contamina o discurso configurado pelo tempo? E como a heterotopia foucaultiana agrega a esse percurso? Três veredas esboçariam a trajetória desse ensaio que provisório apenas insinua o ritmo de uma leve suspeita. PALAVRAS-CHAVE: Poéticas Transterradas; Roa Bastos; Literatura; América Latina.http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.2016000

    DE HÖLDERLIN À MODINHA SEM NOME

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    O objetivo do artigo consiste em estabelecer algumas concepções de poesia e sua relação com a história, sem perder de vista questões ontológicas. Assim, partindo das avaliações de Hölderlin e Heidegger sobre o tema, passando por uma análise de textos de Manuel Bandeira e César Vallejo, chegaseàquela poesia que se despe pouco a pouco de uma redoma para alcançar os meios massivos, o cotidiano marginalizado e, por fim, a modinha, que se alastrou pelo Cone Sul nas décadas de 60 e 80. Nesse percurso, no dizer de Nietzsche, a arte, em função com sua ligação com a história, teria o poder de cura.FROM HÖLDERLIN TO THE MODINHA WITH NO NAMEThis paper aims at establishing some conceptions of poetry and their relationship with history, having in mind ontological issues. Thus, departing from Hölderlin and Heidegger’s points of view about the theme, and continuing with the analysis of Manuel Bandeira and César Vallejo’s texts, we get to the poetry which reaches out massive contexts, cotidien marginalized life and, finally, the “modinha”, which spread through Cone Sul in the 1960s and 1980s. Along this parth, according to Nietzsche, the art, due to its correlation with history, would have the power of cure
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