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    Acolhimento: triagem ou estratégia para universalidade do acesso na atenção à saúde?

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    O presente artigo apresenta o acolhimento como uma das estratégias para o acesso a partir dos discursos de profissionais, considerado como uma tecnologia leve que otimiza e organiza o processo de cuidado nas unidades de saúde. Constitui-se em um estudo de caso qualitativo com objetivo de caracterizar o acolhimento como uma das estratégias para a concretização do acesso na concepção dos profissionais da ESF. Participaram da pesquisa 13 profissionais de saúde de um município de Minas Gerais e a coleta de dados foi feita por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado. Os dados foram analisados segundo a técnica de análise de conteúdo e foram organizados em duas categorias: a "(in) existência" do acolhimento no cotidiano do cuidado em saúde e a construção de vínculo profissional-usuário. Foram identificados aspectos contraditórios acerca da eficácia do acolhimento que, apesar de estratégia reconhecida para o cuidado integral, não se constitui como tal na prática do serviço, delimitando-se como simples triagem, o que pode ser um dificultador da universalidade do acesso. Entretanto, o acolhimento pode ser uma estratégia de cuidado integral que propicia aproximação entre profissionais e usuários, com a criação de vínculo, e facilita, portanto, o acesso ao serviço. Concluiu-se, porém, que se concretizado na prática cotidiana dos serviços, o acolhimento pode se tornar capaz de construir mudanças no fazer cotidiano da saúde, pautadas na integralidade do cuidado tanto para uma assistência diferenciada como para a organização dos serviços, com vistas à qualidade de vida dos usuários

    Vínculo na estratégia saúde da família na perspectiva de usuários e profissionais de saúde

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-13T20:57:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 gabrielli_pinho_de_rezende.pdf: 1969385 bytes, checksum: c207cfb1a62e9641cbae7013e60af216 (MD5) Previous issue date: 18Estudo de caso de abordagem qualitativa que objetivou compreender a construção do vínculo entre profissionais de saúde e usuários de unidades de Saúde da Família. O cenário foram três Unidades de Saúde da Família do município de Paraopeba-MG. Participaram do estudo profissionais integrantes dessas equipes, totalizando 3 médicos, 3 enfermeiras, 3 técnicas de enfermagem, 6 agentes comunitários de saúde, 2 gestores (informantes chave) e 17 usuários desses serviços. A coleta de dados foi realizada por meio de observação não participante registrada em um diário de campo e entrevistas por meio de um roteiro semiestruturado. Os dados foram submetidos à Análise de Conteúdo Temática e organizados em três categorias, contendo a segunda e a terceira, três e duas subcategorias respectivamente: 1. Expressões do vínculo no cotidiano traz as concepções de vínculo apresentadas pelos participantes; 2. Expectativas dessa relação: o olhar dos usuários, dos profissionais e da gestão apresenta os objetivos e olhares diferentes de usuários, gestores e profissionais sobre a relação profissional/usuário na área da saúde; 2.1. Bom atendimento e resolutividade como garantia de retorno do usuário; 2.2. Pertencer a um lugar: envolvimento e saúde; 2.3. Mudar as relações para mudar o modelo assistencial; 3. Caminhando na construção do vínculo apresenta passos que já foram dados rumo à construção de um vínculo contínuo e alguns entraves ainda existentes; 3.1. Passos juntos rumo ao cuidado em saúde; 3.2. E a caminhada continua... . Os resultados do estudo mostram que independente da formulação de um conceito sobre vínculo, o mesmo é vivenciado por profissionais e usuários em Paraopeba, sendo essa relação favorecida pelo tempo de trabalho e não rotatividade dos profissionais. Percebe-se também que gestores, profissionais e usuários possuem olhares diferentes sobre o vínculo profissional/usuário, o que pode trazer objetivos diferentes e a fragilidade da assistência integral. A proximidade com o usuário contribui para o cuidado em saúde, mas alguns entraves à manutenção do vínculo continuam presentes. Espera-se com este trabalho contribuir para reflexões, planejamentos e construções acerca do vínculo na Estratégia de Saúde da Família.This is a qualitative case study that aims at identifying link building strategies between health professionals and users of Family Health Units. This study took place at three health care units in the city of Paraopeba. Three doctors, three nurses, three nursing technicians, six community health workers, two managers (key informants) and seventeen users participated in the study. Data was collected through non-participant observation recorded in a field diary and semi-structured interviews. Data was analysed using Thematic Content Analysis and organized in three categories; the second and the third categories comprised three and two sub-categories, respectively: 1. Expressions of the bond in everyday life it identifies the concepts of bonding reported by the participants; 2. Expectations of this relationship: the view of users, professionals and management - it presents the objectives and different perspectives of users, managers and professionals about the professional/user relationship; 2.1. Good service and resolvability ensure users follow-up; 2.2. Feeling of belonging: involvement and health; 2.3. Changes in relationships generate changes in the health care model; 3. Building bonds shows the steps taken to build continuous bonds and some of the obstacles still present; 3.1. Common steps towards a better health care; 3.2. And the journey continues The study results demonstrate that regardless of the formulation of a concept, bonding is experienced by health professionals and users in Paraopeba and that workplace stability and reduced turnover amongst health professionals would favour the building of attachments. The different views of managers, health professionals and users about the professional/user relationship can indicate the existence of conflicting objectives that may jeopardise the delivery of comprehensive health services. A closer contact with the user contributes to quality health care; however, obstacles to the continuity of the link still exist. The present study aims at broadening the reflection on, the planning and strengthening of that link in the Family Health Strategy programme

    QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA NO CONTEXTO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

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    Estudio transversal, descriptivo por correlación, realizado con 107 adultos mayores de dos unidades básicas de salud en Minas Gerais. El objetivo fue describir el perfil sociodemográfico y evaluar la interdependencia de la calidad de vida de los adultos mayores, la actividad física y posibles factores. Inicialmente se realizó un análisis descriptivo del perfil socioeconómico de la muestra y los testes aplicados a los adultos mayores. Hemos tratado de explorar las relaciones conjuntas entre la calidad de vida, la actividad física y las variables de exploración a través de un análisis de componentes principales (ACP). Se identificaron tres perfiles distintos en dos dimensiones que explican la relación entre calidad de vida y la actividad física. Se concluye que la calidad de vida de los adultos mayores es buena y estás más influenciada por la actividad física regular, la ausencia de depresión, mayor capacidad cognitiva y el buen relacionamiento en su familia

    Family functioning of Brazilian elderly people living in community

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    Objective: To evaluate the family functioning of Brazilian elderly people and test how determining factors influence it. Methods: Cross-sectional study with 2,052 elderly people based on data collected in the baseline of the study Aging, gender and quality of life (AGEQOL), with participants answering questionnaires about family dynamics, basic and instrumental activities of daily living (ADL and IADL), cognitive state and sociodemographic characteristics. Multivariate ordinal regression models and multiple correspondence analysis identified factors associated with good family functioning. Results: Most elderly people had good family functioning (76.3%), were married and lived with their spouse (55.5%), had more than six children and grandchildren (85.4% and 76.7%, respectively) and were independent to perform IADL (71.5%). Correspondence analysis resulted in three groups: good, moderate and poor family functioning, and a profile of elderly people with different socioeconomic conditions. Conclusion: It was possible to infer implications for practices and policies of family care with elderly members to meet their specific routine and life and health conditions.Objetivo: avaliar a funcionalidade familiar de idosos brasileiros; testar a influência de fatores determinantes. Métodos: estudo transversal com 2.052 idosos, a partir de dados coletados da linha base referente ao estudo “Aging, Gender and Quality of Life (AGEQOL)”, responderam questionários sobre funcionamento familiar; atividades básicas e instrumentais de vida diária (AVD e AIVD); estado cognitivo; e características sociodemográficas. Modelos multivariados de regressão ordinal e análise de correspondência múltipla identificaram fatores associados à boa funcionalidade familiar. Resultados: a maior parte dos idosos gozava de boa funcionalidade familiar (76,3%), era casada e vivendo com cônjuge (55,5%), tinha mais de seis filhos e netos (85,4% e 76,7%, respectivamente) e independente para AIVD (71,5%). Análise de correspondência resultou em três grupos: alta, moderada e baixa funcionalidade familiar e perfil de idosos com distintas condições socioeconômicas. Conclusão: infere-se dos resultados implicações para a prática e política de atenção à família com membros idosos segundo seu funcionamento e distintas condições de vida e saúde das pessoas idosas.GONÇALVES, L.H.T./UFPA/IC
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