Wilder’s Joyce: Inspiration, Borrowing, Appropriation, Plagiarism

American novelist and playwright Thornton Wilder’s lifelong attraction to and passion for if not obsession with the work of James Joyce has led to unintended consequences. Wilder was writing what would become his second Pulitzer Prize winning play, The Skin of Our Teeth, while in the midst of “unriddling” Joyce’s final novel, Finnegans Wake. Accusations of plagiarism would subsequently arise from two major Joyce scholars, Joseph Campbell and Henry Morton Robinson as they raised questions about the tipping point in creative practice, the point at which common practices of textual influence and reference cross the line into excessive borrowings and plagiarism. Such accusations, which Wilder failed to acknowledge and to fully address in a timely fashion, have lingered to his discredit and have obscured his achievements both as a playwright and a major scholar of experimental literature with a particular emphasis on James Joyce. The essay details the need to return to and to reassess the issues of Wilder’s creative practice within the current theoretical climate of intertextuality and thus to reassess Wilder’s pioneering work on both Ulysses and Finnegans Wake.A atração e a paixão do romancista e dramaturgo norte americano Thornton Wilder (se não sua obsessão) pela obra de James Joyce rendeu consequências inesperadas. Wilder estava escrevendo aquela que viria a ser sua segunda peça vencedora do Pulitzer, The Skin of Our Teeth, enquanto tentava “desemaranhar” o romance final de Joyce, o Finnegans Wake. Acusações de plágio surgiriam depois, feitas por dois grandes estudiosos da obra de Joyce, Joseph Campbell e Henry Morton Robinson, que levantaram questões quanto ao ponto de inflexão da prática criativa, o momento em que práticas de influência e referência textual passam do limite e se tornam empréstimos excessivos, e plágio. Essas acusações, que Wilder não reconheceu e a que não deu resposta no momento, nunca foram derrubadas, para seu descrédito, e toldaram suas realizações como dramaturgo e também como um dos grandes estudiosos da literatura experimental, com uma ênfase toda especial em James Joyce. Este artigo expõe minuciosamente a necessidade de uma reavaliação das questões em torno da prática criativa de Wilder dentro da atmosfera teórica atual de intertextualidade, reavaliando assim o trabalho pioneiro de Wilder tanto com o Ulysses quanto com o Finnegans Wake

Beckett em sua época / Beckett em nossa época

Tradução: Cláudia Soares Cru

Keyhole Art: Voyeurism, the Scopophilic Drive and the Appeal of Beckett’s Theatre

Um motivo aparentemente menor que ressoa através dos primeiros textos de ficção de Samuel Beckett, a escopofilia ou voyeurismo marca presença no conto "Walking Out". Voyeurismo para Freud era algo de dupla face, inexoravelmente ligado ao exibicionismo, e a correlação de ambos atravessa o teatro tardio de Beckett, muitas vezes chamado de "buraco da fechadura"ou "teatro do olho mágico". No teatro voyeurismo torna-se uma experiência estética, artística. A audiência incrementa sua cumplicidade no atos de voyeurismo que testemunha e essa atração para o que Freud denomina "instinto de visibilidade " ou exibicionismo, particularmente para a virtusiosidade do autor. Se o teatro de Beckett (e também muito de sua ficção) explora a complementariedade entre voyeurismo e exibicionismo, como este artigo sustenta, e toda literatura involve certa versão de invasão de privacidade, e o olhar, segundo Blau, "é compulsivo e  nunca se satisfaz", o teatro, então se vincula mais diretamente com ocultar que revelar

Revisando a si mesmo: o espetáculo como texto no teatro de Samuel Beckett

Revisando a si mesmo: o espetáculo como textono teatro de Samuel Becket

Sistematização dos processos da qualidade no desenvolvimento de produtos em uma empresa do setor de linha branca

Orientadora: Márcia Ramos MayTrabalho de conclusão (especialização) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Especialização MBA em Gestão EstratégicaInclui referência

Velhices : os sentidos atribuídos ao envelhecimento

Orientador: Prof. Dr. José Miguel RasiaDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduaçao em Sociologia. Defesa: Curitiba, 28/05/2012Inclui referênciasResumo: Esta pesquisa tem como objetivo principal compreender a experiência de envelhecimento de doze homens e mulheres, com idades entre 68 e 95 anos. A pesquisa de campo foi realizada na cidade de Mafra, no interior de Santa Catarina. A velhice é um fenômeno complexo, pois apresenta em sua essência uma ambiguidade: ao mesmo tempo em que aparece como sinônimo de doença, inatividade, dependência e declínio, essa etapa da vida também pode ser encarada como o tempo da liberdade, de conquistas e vivacidade. Diante disso buscamos compreender os sentidos elaborados sobre o envelhecimento a partir da fala de seus protagonistas, atentando para o papel do trabalho, da aposentadoria e da doença nesse processo. A pesquisa demonstrou que os significados atribuídos ao envelhecimento são variados, pois existem diversas formas de envelhecer, tanto positivas - melhoria da condição de vida; novas formas de sociabilidade -, quanto negativas - como sinônimo de doença, inscrevendo a velhice nos indivíduos. Mas as entrevistas revelaram ainda que há uma grande distância entre os discursos elaborados sobre o envelhecimento e a forma que os entrevistados efetivamente experimentam essa etapa da vida. Ao falar da velhice eles acabam negando sua condição de velho. Em contraposição a isso, quando os velhos pesquisados contam suas experiências cotidianas como um todo, eles se auto definem velhos. E nesse momento não é a velhice sinônimo de perda e decadência que está sendo mencionada e sim uma outra velhice, bem mais positiva, que considera sobretudo as trajetórias individuais

A Justiça do Trabalho e a historiografia social no Brasil: notas sobre percursos do projeto corporativista

Resumo O artigo discute a relação entre Justiça do Trabalho, trabalhadores, trabalhadoras e seus sindicatos à luz da produção historiográfica brasileira recente, que utiliza processos judiciais trabalhistas como fonte ou objeto de pesquisa. Defende-se a ideia de que a instituição, nascida em meio ao projeto corporativista varguista, sofreu grandes transformações em confronto com aspirações e ações dos atores sociais, em especial o movimento operário. O tema é desenvolvido a partir da análise da criação dessa justiça especializada e sua acepção na visão de um de seus idealizadores, o jurista e sociólogo Oliveira Viana, em contraste com as constatações levantadas pelas pesquisas históricas atuais a respeito da prática efetiva das leis e direitos ao longo das décadas seguintes no Brasil

Nothingness in Words Enclosed: Waiting for Godot

In this paper, we discuss basic subjects that are present in Beckett’s Waiting for Godot, such as intertextuality, questions of identity, and metaphysical subjects. Neste artigo diversas formas de acesso e fruição de Esperando Godot, de Samuel Beckett são apresentadas, tais como relações intertextuais, questões identitárias e metafísica