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    Depressão em mulheres climatéricas: análise de mulheres atendidas ambulatorialmente em um hospital universitário no Maranhão Depression in climacteric women: analysis of a sample receiving care at a university hospital in Maranhão, Brazil

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    Introdução: O climatério, período de transição entre a fase reprodutiva e não-reprodutiva, ocasiona mudanças biopsicossociais nas mulheres que o vivenciam. A associação entre a maior prevalência de depressão nesse período é, no entanto, ainda controversa. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de depressão em mulheres climatéricas atendidas em um hospital universitário numa cidade da Região Nordeste do Brasil e identificar fatores associados. Método: Foi realizado um estudo prospectivo e analítico de 70 mulheres climatéricas. O diagnóstico de depressão foi dado segundo critérios diagnósticos da Classificação Internacional de Doenças em um período de seguimento mínimo de 3 meses. Foram investigadas as seguintes variáveis: escolaridade, situação conjugal, renda pessoal, gravidade da depressão segundo escala de Hamilton, presença e intensidade de sintomas climatéricos, menopausa (natural ou cirúrgica), dependência econômica do parceiro, antecedentes familiares de depressão, história prévia de depressão pós-parto, episódios depressivos e transtorno disfórico pré-menstrual, alterações da função sexual e visão positiva ou negativa da menopausa. Resultados: Um percentual de 34,3% das pacientes apresentou depressão, sendo 70,8% destas na categoria leve da escala de Hamilton. Não houve associação estatisticamente significante entre variáveis socioeconômicas, diminuição da libido e antecedentes familiares de depressão com a presença de depressão. Houve associação entre a presença de depressão e pacientes com sintomas vasomotores (p = 0,03), insônia (p < 0,001), menopausa (p = 0,05), com histórico de depressão pós-parto (p = 0,04) e transtorno disfórico pré-menstrual (p = 0,05) e visão negativa da menopausa (p = 0,001). Conclusões: Foi encontrada uma alta prevalência de depressão nas pacientes estudadas. Múltiplos fatores (impacto da menopausa, antecedentes psiquiátricos e visão pessoal sobre a menopausa) foram associados ao seu surgimento.<br>Introduction: The climacteric is a transition period between reproductive and non-reproductive ages that leads to biopsychossocial changes in women who experience it. However, association between a larger prevalence of depression in this period is still controversial. The objective of this study was to assess the prevalence of depression in climacteric women receiving care at a university hospital in a Northeastern Brazilian municipality and to identify associated factors. Method: A prospective, analytic study of 70 climacteric women was performed. Diagnosis of depression was performed according to the International Classification of Diseases diagnostic criteria through a minimal 3-month follow-up period. The following variables were investigated: educational level, marital status, personal income, Hamilton Depression Rating Scale, presence and intensity of climacteric symptoms, menopause (natural or surgical), financial dependence on the partner, family history of depression, previous history of postpartum depression, depressive episodes, premenstrual dysphoric disorder, sexual function disorders, and positive or negative attitudes toward menopause. Results: A percentage of 34.3% of the patients had depression, and 70.8% were classified as mild intensity according to Hamilton scale. There was no statistically significant association between socioeconomic variables, reduced sex drive and family history of depression and presence of depression. Conversely, presence of vasomotor symptoms (p = 0.03), insomnia (p < 0.001), menopause (p = 0.05), history of postpartum depression (p = 0.04), premenstrual dysphoric disorder (p = 0.05), and negative attitude toward menopause (p = 0.001) were statistically associated with depression. Conclusions: There was a high prevalence of depression in assessed women. Multiple factors (impact of menopause, psychiatric history and personal impressions of menopause) are responsible for its occurrence

    Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo para triagem no sistema público de saúde Escala de Depresión Post-natal de Edimburgo para tamizage en el sistema público de salud Edinburgh Postnatal Depression Scale for screening in the public health system

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    OBJETIVO: Avaliar a utilização da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo como instrumento de triagem no sistema público de saúde. MÉTODOS: A Escala foi administrada entre o 40º e 90º dia do pós-parto, a 245 mulheres que tiveram parto em uma maternidade privada no município de Belo Horizonte (MG), entre 2005 e 2006. As participantes foram submetidas a uma entrevista psiquiátrica estruturada (Mini-Plus 5.0) utilizada como padrão-ouro para diagnóstico de depressão. Foram calculadas sensibilidade e especificidade da escala e utilizou-se a curva ROC para achar o melhor ponto de corte. Foi utilizado o teste t de Student para comparação das variáveis numéricas e o qui-quadrado para as variáveis categóricas. A confiabilidade foi aferida pelo coeficiente de consistência interna á de Cronbach. RESULTADOS: Foram diagnosticadas 66 mulheres com o quadro depressivo pós-parto (26,9% da amostra). Não houve diferença entre as mulheres com e sem depressão pós-parto em relação à idade, escolaridade, número de partos anteriores e estado civil. Utilizando-se o ponto de corte de 10, a sensibilidade da escala foi 86,4, a especificidade 91,1 e o valor preditivo positivo 0,78. CONCLUSÕES: As propriedades psicométricas da Escala a caracterizam como um bom instrumento de triagem da depressão pós-parto e seu uso disseminado no Sistema Único de Saúde poderia repercutir positivamente com aumento significativo na taxa de reconhecimento, diagnóstico, e tratamento da depressão pós parto.<br>OBJETIVO: Evaluar la utilización de la Escala de Depresión Post-natal de Edimburgo como instrumento de tamizage en el sistema público de salud. MÉTODOS: La Escala fue administrada entre el 40º y 90º día de post-parto, a 245 mujeres que tuvieron parto en una maternidad privada en el municipio de Bello Horizonte (MG), entre 2005 y 2006. Las participantes fueron sometidas a una entrevista psiquiátrica estructurada (Mini-Plus 5.0) utilizada como patrón-oro para diagnóstico de depresión. Fueron calculadas sensibilidad y especificidad de la escala y se utilizó la curva ROC para encontrar el mejor punto de corte. Fue utilizada la prueba t de Stuident para comparación de las variables numéricas y el chi-cuadrado para las variables categóricas. La confiabilidad fue confirmada por el cociente de consistencia interna a de Cronbach. RESULTADOS: Fueron diagnosticadas 66 mujeres con el cuadro depresivo post-parto (26,9% de las muestras). No hubo diferencia entre las mujeres con y sin depresión post-parto con relación a la edad, escolaridad, número de partos anteriores y estado civil. Utilizándose el punto de corte de 10, la sensibilidad de la escala fue 86,4, la especificidad 91,1 y el valor predictivo positivo 0,78. CONCLUSIONES: Las propiedades psicométricas de la Escala la caracterizan como un buen instrumento de tamizage de la depresión post-parto y su uso diseminado en el Sistema Único de Salud podría repercutir positivamente con el aumento significativo en la tasa de reconocimiento, diagnóstico y tratamiento de la depresión post-parto.<br>OBJECTIVE: To evaluate the utilization of the Edinburgh Postnatal Depression Scale as a screening tool in the public health system. METHODS: The Scale was administered between the 40th and 90th day after delivery to 245 mothers whose delivery occurred at a private maternity hospital located in the municipality of Belo Horizonte, Southeastern Brazil, from 2005 to 2006. All participants were submitted to a structured psychiatric interview (Mini-Plus 5.0), used as gold standard for postpartum depression diagnosis. The scale's sensitivity and specificity were calculated, and the receiver operating characteristic (ROC) curve was used to find the best cut-off point. Student's t test was employed to compare numeric variables and chi-square was used for the categorical variables. Reliability was calculated by Cronbach's coefficient á of internal consistency. RESULTS: Postpartum depression was diagnosed in 66 women (26.9% of the total sample). No differences were found between women with and without postpartum depression concerning age, level of schooling, number of prior deliveries, and marital status. Using 10 as the cut-off point, the scale's sensibility was 86.4, the specificity was 91.1, and the positive predictive value, 0.78. CONCLUSIONS: The psychometric properties of the Scale characterize it as a good screening tool for postpartum depression and its disseminated use in Sistema Único de Saúde (SUS - National Health System) could have positive impacts, with a significant increase in the recognition, diagnosis and treatment of postpartum depression

    Prevalência de sobrepeso e obesidade e fatores associados em adolescentes na região centro-oeste do estado de São Paulo (SP, Brasil) Prevalence of overweight and obesity, and associated factors in adolescents, at the central west area of the state São Paulo (SP, Brazil)

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    Objetivou-se avaliar a relação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) e o índice CPOD em 207 adolescentes de 12 anos, de 8 escolas públicas e particulares da região centro-oeste do estado de São Paulo. A amostra foi constituída por 380 adolescentes aos 12 anos, de ambos os gêneros, sendo examinados 207. Utilizou-se o índice CPOD, IMC para peso, medida de estatura, e aplicou-se questionário sobre hábitos alimentares, características antropométricas e atividade física. Quanto ao peso corpóreo, 55,93% apresentaram normal (G4), 35,59% de baixo peso (G3), 8,47% de pré-obesos (G2), nas escolas particulares. Nas públicas, 52,03% apresentaram normal, baixo peso 41,22%, pré-obesos 4,73% e obesos (G1) 2,03%; não houve diferença significativa (p=0,45). Verificou-se que o CPOD nas escolas públicas foi 2,16 e nas particulares, 0,23 (p<0,05), sendo que 39,2% das crianças estavam livres de cárie nas municipais e nas particulares, 88,1%. Não houve correlação do maior IMC com o incremento de CPOD. Houve correlação negativa entre condições socioeconômicas e índice de cárie dentária. Concluiu-se que os grupos pré-obesos e obesos, embora houvesse maior frequência de ingestão de alimentos, não apresentaram correlação com o incremento de cárie dentária, mas as condições socioeconômicas foram determinantes para essa ocorrência.<br>The aim of the study was to evaluate the relationship between the Body Mass Index (BMI) and the DMFT index, in 207 adolescents aged 12 years old, from 8 public and private schools of the central west area of São Paulo State. From a sample of 380 12 year-old adolescents, both genders, 207 were examined. We used the index DMFT, CBI for weight, measured of stature and applied a questionnaire about alimentary habits, characteristic anthropometrics and physical activity. Regarding body weight, 55.93% was normal, 35.59% had low weight, and 8.47% were pre-obese in private schools. In the public schools, 52.03% had normal weight, 41.22% had low weight, 4.73% were pre-obese and 2.03% were obese, without significant difference (p=0.45). The DMFT of public schools was 2.16, compared to 0.23 in private schools (p<0.05), with 39.2% of caries-free individuals in public schools and 88.1% in private schools. There was no correlation between the increase in BMI and the increase in DMFT. There was negative correlation between socioeconomic conditions and dental caries. It was concluded that, even though the pre-obese and obese groups presented a higher frequency of food ingestion, obesity was not correlated with the increase in dental caries. However, the socioeconomic conditions were determinant for this occurrence

    Magnitude da depressão pós-parto no Brasil: uma revisão sistemática The extent of post-partum depression in Brazil: a systematic review

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    OBJETIVOS: realizar uma revisão sistemática dos estudos sobre a magnitude da depressão pós-parto (DPP) no Brasil. MÉTODOS: a busca e seleção da literatura baseouse em artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, nas bases de dados eletrônicas Lilacs, SciELO e Medline. RESULTADOS: foram selecionados 14 estudos, sendo que 13 deles reportavam a prevalência de DPP e apenas um estudo de seguimento com limitada casuística (n=21) trazia estimativa da incidência do agravo (42,8%). A grande heterogeneidade em relação à população de estudo, método diagnóstico utilizado e período pós-parto focalizado dificultou a obtenção de uma estimativa agregada da prevalência de DPP no Brasil. Contudo, estudos conduzidos em unidades básicas de saúde, no âmbito da Estratégia de Saúde da Família ou em populações carentes apontaram uma prevalência entre 30 e 40% de DPP, enquanto pesquisas que incluíram amostras de base populacional e populações de unidades hospitalares terciárias revelaram uma prevalência de cerca de 20%. CONCLUSÕES: embora novos estudos sejam necessários para melhor caracterizar as peculiaridades que envolvem a magnitude da DPP no Brasil, as evidências disponíveis justificam uma atenção prioritária para os agravos à saúde mental materna no âmbito da saúde pública no país.<br>OBJECTIVES: to carry out a systematic review of studies of the extent of post-partum depression (PPD) in Brazil. METHODS: articles were searched for and selected from national and international periodicals included in the Lilacs, SciELO and Medline electronic databases. RESULTS: fourteen studies were selected, thirteen of which reported the prevalence of PPD and one, which followed up a limited number of cases (n=21) estimated the incidence of the disorder at 42.8%. The wide range of different populations studied, diagnostic methods used, and post-partum period monitored made it difficult to obtain an aggregate estimate for the prevalence of PPD in Brazil. Nevertheless, studies conducted at Family Health Program basic health units and among underprivileged populations suggest a prevalence of around 30 to 40%, although studies that are based on population-wide samples and tertiary hospital units reveal a prevalence of around 20%. CONCLUSIONS: although further studies are needed to characterize the specific features of the extent of PPD in Brazil, the available evidence provides sufficient justification for prioritizing treatment of mental health disorders in mothers attending the public health services

    Non-nutritive Sweeteners and Glycaemic Control

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