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    Comparação das estratégias de terapia nutricional enteral hipocalóricas versus normocalóricas em pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda : revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados

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    Base teórica: Existem controvérsias quanto à quantidade ideal de calorias que pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda devem receber, bem como aos efeitos das estratégias de terapia nutricional hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos e de tolerância gastrointestinal. Objetivo: Comparar o efeito de duas estratégias de terapia nutricional enteral (nutrição hipocalórica versus normocalórica) nos desfechos clínicos e na tolerância gastrointestinal de pacientes criticamente doentes em insuficiência respiratória aguda. Bases de dados pesquisadas: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS e Cochrane Central Register of Controlled Trials até o período de agosto de 2014. Seleção dos estudos: Ensaios clínicos randomizados que compararam o efeito das estratégias de nutrição hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos principais [mortalidade na unidade de terapia intesiva (UTI), tempo de internação na UTI e tempo de ventilação mecânica] e nos sinais e sintomas gastrointestinais (regurgitação, aspiração, vômito, diarreia, constipação, distensão abdominal, elevado volume de resíduo gástrico e uso de agentes prócinéticos). Extração dos dados: Informações sobre a execução e qualidade dos estudos e características dos pacientes e dos desfechos de interesse foram extraídas. As estimativas de risco relativo (RR) e média da diferença (MD) foram sintetizadas sob o modelo de efeitos aleatórios. A heterogeneidade foi avaliada com Teste Q e I2. A análise de sensibilidade foi conduzida através de análise de subgrupos os quais foram classificados conforme a estratégia de terapia nutricional enteral utilizada (nutrição trófica versus nutrição hipocalórica moderada). A metanálise foi realizada com apoio do software RevMan v5.3. Resultados: Dentre os 798 estudos encontrados, quatro ensaios clínicos randomizados que avaliaram 1540 pacientes foram incluídos na avaliação qualitativa e quantitativa. Não houve diferença na mortalidade geral (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 para heterogeneidade). A análise de subgrupos verificou mortalidade geral significativamente menor no subgrupo que recebeu 59-72% das necessidades nutricionais (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 para heterogeneidade). Não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto à mortalidade na UTI, tempo de permanência na UTI ou hospitalar e tempo de ventilação mecânica. Quanto à avaliação da tolerância gastrointestinal, o grupo que recebeu nutrição hipocalórica foi associado a uma menor ocorrência de vômitos, diarreia e constipação quando comparado ao grupo nutrição normocalórica. Não foram verificadas diferenças entre os grupos quanto aos sintomas de aspiração e distensão abdominal. Conclusão: A estratégia de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado (59- 72%) foi associada à menor mortalidade geral. A tolerância gastrointestinal foi superior no grupo que recebeu nutrição hipocalórica. A oferta de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado deve ser preferida em pacientes criticamente doentes.Context: Controversy exists regarding the optimal amount of calories that critically ill patients with acute respiratory failure should consume as far as clinical outcomes and gastrointestinal tolerability are concerned. Objective: To compare the effect of two enteral nutrition strategies (underfeeding versus fullfeeding) on clinical outcomes and gastrointestinal tolerability in critically ill patients with acute respiratory failure. Data Sources: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS and the Cochrane Central Register of Controlled Trials up to August 2014. Study Selection: Randomized Controlled Trials that compared the effects of underfeeding with full-feeding strategies on major clinical outcomes (ICU and overall mortality, ICU and hospital length of stay and mechanical ventilation) and gastrointestinal signs and symptoms (regurgitation, aspiration, vomiting, diarrhea, constipation, abdominal distention, elevated gastric residual volume and use of prokinetic agents). Data extraction: Studies’ information, patient’s characteristics and outcomes were extracted. Risk ratio (RR) and Mean Difference (MD) estimates were synthesized under a randomeffects model. Heterogeneity was evaluated using the Q test and I2. A sensitivity analysis on overall mortality was conducted, wherein the groups were classified according to the feeding strategy used (trophic versus hypocaloric nutrition). Meta-analyses were performed using RevMan v5.3 analysis software. Data synthesis: Among the 798 studies retrieved, four studies of 1540 patients were included. Interventional studies comparing underfeeding with full-feeding were not associated with significant difference in overall mortality (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 for heterogeneity). Subgroup analysis of the groups according to the amount of delivered calories showed that the overall mortality was significantly lower in the subgroup that achieved 59-72% of energy intake than in the full-feeding group (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 for heterogeneity). No differences were found between the underfeeding versus full-feeding groups regarding in the ICU mortality, ICU and hospital length of stay and duration of mechanical ventilation. As far as gastrointestinal tolerability is concerned, the underfeeding group showed lower occurrence of vomiting, regurgitation, use of prokinetic agents, elevated gastric residual volume occurrence, diarrhea and constipation when compared with the full-feeding strategy. No differences between the two groups were found for aspiration and abdominal distention. Conclusion: The underfeeding strategy was associated with lower overall mortality in the subgroup that achieved initial moderate intake. Gastrointestinal tolerability was improved by the underfeeding strategy. Initial moderate intake should be preferred rather than trophic or full-feeding in critically ill patients

    Comparação das estratégias de terapia nutricional enteral hipocalóricas versus normocalóricas em pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda : revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados

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    Base teórica: Existem controvérsias quanto à quantidade ideal de calorias que pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda devem receber, bem como aos efeitos das estratégias de terapia nutricional hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos e de tolerância gastrointestinal. Objetivo: Comparar o efeito de duas estratégias de terapia nutricional enteral (nutrição hipocalórica versus normocalórica) nos desfechos clínicos e na tolerância gastrointestinal de pacientes criticamente doentes em insuficiência respiratória aguda. Bases de dados pesquisadas: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS e Cochrane Central Register of Controlled Trials até o período de agosto de 2014. Seleção dos estudos: Ensaios clínicos randomizados que compararam o efeito das estratégias de nutrição hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos principais [mortalidade na unidade de terapia intesiva (UTI), tempo de internação na UTI e tempo de ventilação mecânica] e nos sinais e sintomas gastrointestinais (regurgitação, aspiração, vômito, diarreia, constipação, distensão abdominal, elevado volume de resíduo gástrico e uso de agentes prócinéticos). Extração dos dados: Informações sobre a execução e qualidade dos estudos e características dos pacientes e dos desfechos de interesse foram extraídas. As estimativas de risco relativo (RR) e média da diferença (MD) foram sintetizadas sob o modelo de efeitos aleatórios. A heterogeneidade foi avaliada com Teste Q e I2. A análise de sensibilidade foi conduzida através de análise de subgrupos os quais foram classificados conforme a estratégia de terapia nutricional enteral utilizada (nutrição trófica versus nutrição hipocalórica moderada). A metanálise foi realizada com apoio do software RevMan v5.3. Resultados: Dentre os 798 estudos encontrados, quatro ensaios clínicos randomizados que avaliaram 1540 pacientes foram incluídos na avaliação qualitativa e quantitativa. Não houve diferença na mortalidade geral (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 para heterogeneidade). A análise de subgrupos verificou mortalidade geral significativamente menor no subgrupo que recebeu 59-72% das necessidades nutricionais (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 para heterogeneidade). Não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto à mortalidade na UTI, tempo de permanência na UTI ou hospitalar e tempo de ventilação mecânica. Quanto à avaliação da tolerância gastrointestinal, o grupo que recebeu nutrição hipocalórica foi associado a uma menor ocorrência de vômitos, diarreia e constipação quando comparado ao grupo nutrição normocalórica. Não foram verificadas diferenças entre os grupos quanto aos sintomas de aspiração e distensão abdominal. Conclusão: A estratégia de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado (59- 72%) foi associada à menor mortalidade geral. A tolerância gastrointestinal foi superior no grupo que recebeu nutrição hipocalórica. A oferta de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado deve ser preferida em pacientes criticamente doentes.Context: Controversy exists regarding the optimal amount of calories that critically ill patients with acute respiratory failure should consume as far as clinical outcomes and gastrointestinal tolerability are concerned. Objective: To compare the effect of two enteral nutrition strategies (underfeeding versus fullfeeding) on clinical outcomes and gastrointestinal tolerability in critically ill patients with acute respiratory failure. Data Sources: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS and the Cochrane Central Register of Controlled Trials up to August 2014. Study Selection: Randomized Controlled Trials that compared the effects of underfeeding with full-feeding strategies on major clinical outcomes (ICU and overall mortality, ICU and hospital length of stay and mechanical ventilation) and gastrointestinal signs and symptoms (regurgitation, aspiration, vomiting, diarrhea, constipation, abdominal distention, elevated gastric residual volume and use of prokinetic agents). Data extraction: Studies’ information, patient’s characteristics and outcomes were extracted. Risk ratio (RR) and Mean Difference (MD) estimates were synthesized under a randomeffects model. Heterogeneity was evaluated using the Q test and I2. A sensitivity analysis on overall mortality was conducted, wherein the groups were classified according to the feeding strategy used (trophic versus hypocaloric nutrition). Meta-analyses were performed using RevMan v5.3 analysis software. Data synthesis: Among the 798 studies retrieved, four studies of 1540 patients were included. Interventional studies comparing underfeeding with full-feeding were not associated with significant difference in overall mortality (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 for heterogeneity). Subgroup analysis of the groups according to the amount of delivered calories showed that the overall mortality was significantly lower in the subgroup that achieved 59-72% of energy intake than in the full-feeding group (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 for heterogeneity). No differences were found between the underfeeding versus full-feeding groups regarding in the ICU mortality, ICU and hospital length of stay and duration of mechanical ventilation. As far as gastrointestinal tolerability is concerned, the underfeeding group showed lower occurrence of vomiting, regurgitation, use of prokinetic agents, elevated gastric residual volume occurrence, diarrhea and constipation when compared with the full-feeding strategy. No differences between the two groups were found for aspiration and abdominal distention. Conclusion: The underfeeding strategy was associated with lower overall mortality in the subgroup that achieved initial moderate intake. Gastrointestinal tolerability was improved by the underfeeding strategy. Initial moderate intake should be preferred rather than trophic or full-feeding in critically ill patients

    A pragmatic approach and treatment of coronavirus disease 2019 (COVID-19) in intensive care unit

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    There is a new global pandemic that emerged in China in 2019 that is threatening different populations with severe acute respiratory failure. The disease has enormous potential for transmissibility and requires drastic governmental measures, guided by social distancing and the use of protective devices (gloves, masks, and facial shields). Once the need for admission to the ICU is characterized, a set of essentially supportive therapies are adopted in order to offer multi-organic support and allow time for healing. Typically, patients who require ventilatory support have bilateral infiltrates in the chest X-ray and chest computed tomography showing ground-glass pulmonary opacities and subsegmental consolidations. Invasive ventilatory support should not be postponed in a scenario of intense ventilatory distress. The treatment is, in essence, supportive.Há uma nova pandemia global que surgiu na China em 2019 e está ameaçando diferentes populações com insuficiência respiratória aguda grave. A doença tem um enorme potencial de transmissibilidade e requer medidas governamentais drásticas, orientadas para o distanciamento social e pelo uso de dispositivos de proteção (luvas, máscaras e escudos faciais). Uma vez caracterizada a necessidade de admissão na UTI, um conjunto de terapias essencialmente de suporte é adotado para oferecer suporte multiorgânico e permitir tempo para a cura. Normalmente, os pacientes que necessitam de suporte ventilatório apresentam infiltrados bilaterais na radiografia de tórax e na tomografia computadorizada de tórax, mostrando opacidades pulmonares em vidro fosco e consolidações subsegmentares. O suporte ventilatório invasivo não deve ser adiado em um cenário de intenso sofrimento ventilatório. O tratamento é essencialmente de suporte orgânico

    Duas variantes do Escore de Risco Nutricional em Pacientes Críticos como preditoras de mortalidade em pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário brasileiro

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    Objective To evaluate the agreement between the modified version of the Nutritional Risk in the Critically Ill Score (without Interleukin-6) and a variant composed of C-Reactive Protein as well as its capacity to predict mortality. Methods A prospective cohort study was carried out with 315 patients in an Intensive Care Unit of a university hospital from October 2017 to April 2018. The agreement between the instruments was evaluated using the Kappa test. The predictive capacity for estimating mortality was assessed with the Receiver Operating Characteristic curve. Results The critical patients involved in the study had a mean age of 60.8±16.3 years and 53.5% were female. Most patients had C-Reactive Protein levels ?10mg/dL (n=263, 83.5%) and their admission in the Intensive Care Unit was medical (n=219, 69.5%). The prevalence of mortality was observed in 41.0% of the evaluated patients. The proportions at high nutritional risk according to Nutritional Risk in the Critically Ill without Interleukin-6 and with C-Reactive Protein were 57.5% and 55.6%, respectively. The tools showed strong and significant agreement(Kappa=0.935; p=0.020) and satisfactory performances in predicting mortality (area under the curve 0.695 [0.636-0.754] and 0.699 [0.640-0.758]). Conclusion Both versions of the Nutritional Risk in the Critically Ill tool show a satisfactory agreement and performance as predictors of mortality in critically ill patients. Further analysis of this variant and the association between nutrition adequacy and mortality is needed.Objetivo Avaliar a concordância entre a versão modificada do Escore de Risco Nutricional em Pacientes Críticos (sem Interleucina-6) e uma variante composta de Proteína C-Reativa, bem como a capacidade de ambas as versões para predizer mortalidade em pacientes críticos. Métodos Trata-se de um estudo de coorte prospectivo em 315 pacientes admitidos em uma Unidade de Tratamento Intensivo de um hospital universitário brasileiro no período de outubro de 2017 a abril de 2018. A concordância entre os instrumentos foi avaliada pelo teste Kappa. A capacidade preditiva de mortalidade foi avaliada pela curva Receiver Operating Characteristic. Resultados Os pacientes apresentaram idade média de 60,8±16,3 anos, dos quais 53,5% eram mulheres. A maioria dos pacientes apresentou níveis de Proteína C-Reativa ?10mg/dL (n=263; 83,5%). O tipo de admissão na Unidade de Terepia Intensiva foi clínica (n=219; 69,5%), sendo que a prevalência da mortalidade foi observada em41,0% dos pacientes avaliados. O alto risco nutricional, avaliado pelo Nutritional Risk in the Critically Ill sem Interleucina-6 e pela variante com Proteína C-Reativa, foi demonstrado em 57,5% e 55,6% dos pacientes críticos, respectivamente. Os instrumentos demostraram concordância forte e significativa (Kappa=0,935; p=0,020) e desempenho satisfatório para predizer mortalidade (área sob a curva 0,695 [0,636-0,774] e 0,699 [0,640-0,758]). Conclusão Ambas as versões do Escore de Risco Nutricional em Pacientes Críticos apresentam boa concordância e desempenho satisfatório como preditores de mortalidade em pacientes críticos. É ainda necessária uma análise mais aprofundada desta variante, bem como da associação entre adequação nutricional e mortalidade

    Balanço nitrogenado em pacientes obesos em ventilação mecânica invasiva

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    Objective This study aimed to evaluate if the protein intake recommendations for obese critically ill requiring mechanical ventilation are sufficient to promote a positive or neutral nitrogen balance. Methods Cross-sectional study that included 25 obese, ≥18 years old, undergoing mechanical ventilation and who were target to receive high-protein enteral nutrition therapy (2.0-2.5g/kg ideal body weight). Clinical, nutritional and biochemical variables were analyzed. Nitrogen balance was performed when patient was receiving full enteral nutrition therapy and was classified: positive when intake was greater than excretion; negative when excretion was greater than intake; neutral when both were equal. Results The characteristics of patients evaluated were 64.1±9.4 years old, clinical treatment 88%, body mass index 36.5±5.1kg/m2, nitrogen balance 0.3g/day (-5.3 to 4.8g/day), protein intake 2.1g/day (2.0-2.3g/kg) ideal body weight. Of individuals analyzed, 52% showed positive or neutral nitrogen balance with median of 4.23g/day 2.41 to 6.40g/day) in comparison to negative group with median of -5.27g/day (-10.38 to -3.86g/day). Adults had higher ratio of negative nitrogen balance (57.1%) than elderly (44.4%), with protein intake of 2.0 versus 2.1g/day, respectively. No correlation was found between nitrogen balance and variables assessed. Conclusion High-protein enteral nutrition therapy contributed to positive or neutral nitrogen balance for approximately half of obese ventilated individuals. With similar protein intake, elderly showed a higher proportion of positive or neutral nitrogen balance. Nitrogen balance can be influenced by various factors, so further studies are required to identify different protein needs in obese critically.Objetivo Avaliar se as recomendações de ingestão proteica para obesos em ventilação mecânica invasiva são suficientes para promover balanço nitrogenado positivo ou em equilíbrio. Métodos Estudo transversal que analisou 25 obesos adultos, em ventilação mecânica invasiva e submetidos à terapia nutricional enteral hiperproteica (2,0-2,5g/kg de peso ideal). Variáveis clínicas, nutricionais e bioquímicas foram analisadas. O balanço nitrogenado foi realizado após a oferta plena da nutrição enteral e classificado como: positivo quando ingestão maior que excreção; negativo quando excreção maior que ingestão; neutro quando ambas foram iguais. Resultados As características dos pacientes avaliados foram idade 64,1±9,4 anos, índice de massa corporal 36,5±5,1kg/m2, tratamento clínico 88%, balanço nitrogenado 0,3g/dia (-5,3 a 4,8g/dia), ingestão proteica 2,1g/dia (2,0-2,3g/kg) de peso ideal. Dos indivíduos analisados, 52% apresentaram balanço nitrogenado positivo ou neutro com mediana de 4,23g/dia (2,41 a 6,40g/dia), comparado ao grupo com balanço negativo -5,27g/dia (-10,38 a -3,86g/dia). Adultos apresentaram maior proporção de balanço nitrogenado negativo (57,1%) do que idosos (44,4%), respectivamente, com ingestão proteica semelhante de 2,0 versus 2,1g/dia. Não foi observada correlação entre balanço nitrogenado e variáveis analisadas. Conclusão A terapia nutricional enteral hiperproteica promoveu um balanço nitrogenado positivo ou neutro em cerca de metade dos obesos em ventilação mecânica invasiva. Com ingestão proteica semelhante, idosos apresentaram maior proporção de balanço positivo ou neutro do que adultos. O balanço nitrogenado pode ser influenciado por diversos fatores e por esse motivo mais estudos são necessários para identificar diferentes necessidades proteicas em pacientes obesos críticos

    O elevado risco nutricional está associado a desfechos desfavoráveis em pacientes internados na unidade de terapia intensiva

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    OBJECTIVE: To evaluate possible associations between nutritional risk and the clinical outcomes of critical patients admitted to an intensive care unit. METHODS: A prospective study was carried out with a cohort comprising 200 patients admitted to a university hospital intensive care unit. Nutritional risk was assessed with the NRS-2002 and NUTRIC scores. Patients with scores ≥ 5 were considered at high nutritional risk. Clinical data and outcome measures were obtained from patients'' medical records. Multiple logistic regression analysis was used to calculate odds ratios and their respective 95% confidence intervals (for clinical outcomes). RESULTS: This sample of critical patients had a mean age of 59.4 ± 16.5 years and 53.5% were female. The proportions at high nutritional risk according to NRS-2002 and NUTRIC were 55% and 36.5%, respectively. Multiple logistic regression models adjusted for gender and type of admission indicated that high nutritional risk assessed by the NRS-2002 was positively associated with use of mechanical ventilation (OR = 2.34; 95%CI 1.31 - 4.19; p = 0.004); presence of infection (OR = 2.21; 95%CI 1.24 - 3.94; p = 0.007), and death (OR = 1.86; 95%CI 1.01 - 3.41; p = 0.045). When evaluated by NUTRIC, nutritional risk was associated with renal replacement therapy (OR = 2.10; 95%CI 1.02 - 4.15; p = 0.040) and death (OR = 3.48; 95%CI 1.88 - 6.44; p < 0.001). CONCLUSION: In critically ill patients, high nutritional risk was positively associated with an increased risk of clinical outcomes including hospital death
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