17 research outputs found

    Avaliação histológica e clínico-radiográfica de folículos pericoronários e cistos dentígeros associados a terceiros molares inclusos

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    Cistos dentígeros (CD) são cistos odontogênicos de desenvolvimento e consistem em uma lesão cística que envolve a coroa de um dente não erupcionado, estando unido ao colo do dente na altura da junção cemento-esmalte. Os objetivos deste estudo foram: 1)estabelecer critérios histopatológicos para o diagnóstico de CD; 2)associar a presença e o padrão do infiltrado inflamatório presente na cápsula conjuntiva dos CD com o padrão do epitélio de revestimento da cavidade cística; 3) analisar as características das pessoas que receberam os diagnósticos histopatológicos de folículo pericoronário (FP) e CD, a fim de compará-los com levantamentos prévios e traçar um perfil destas entidades em uma população brasileira; 4) associar os diagnósticos de FP e CD com a posição do terceiro molar incluso envolvido. Foram incluídos no estudo 151 casos diagnosticados no Laboratório de Patologia Bucal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como FP e CD no período de agosto/2009 a julho/2010. Desses, 22 casos pertencentes ao grupo referência (com critérios clínicos, radiográficos, cirúrgicos e microscópicos para o diagnóstico de CD) e 129 casos ao grupo teste (sem características clínicas, radiográficas e cirúrgicas de CD). Na análise histopatológica das amostras do grupo referência foram definidas as características microscópicas da membrana cística, que foram confrontadas com o grupo de comparação. Todo o material histopatológico foi analisado por examinadores previamente calibrados para os critérios préestabelecidos. Avaliaram-se as informações contidas nas fichas de biópsia (gênero, idade, etnia e localização) e as imagens radiográficas, a fim de classificar a posição dos dentes não-erupcionados extraídos de acordo com as classificações de Pell- Gregory e Winter Foi feita a análise estatística descritiva dos dados e aplicado o teste estatístico Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%. Dos 129 casos do grupo de comparação, 24,0% (n=31) receberam o diagnóstico histopatológico (DH) de CD e 76,0% (n=98) de folículo pericoronário (FP). Os três grupos avaliados apresentaram epitélio odontogênico. Os FP apresentaram inflamação escassa (p<0,001). Os CD do grupo referência apresentaram predominantemente a membrana cística com epitélio estratificado escamoso (EEE) hiperplásico (72,7%) e inflamação difusa (72,7%) (p<0,001). Os CD do grupo de comparação apresentaram EEE atrófico (54,8%) e inflamação escassa (51,6%) (p<0,001). Essa associação epitélio-inflamação foi positiva (p≤0,001) para os dois casos. O perfil dos indivíduos que apresentaram esse diagnóstico foi mulher (66%), branca (88,7%), com mais de 20 anos (79,2%), acometidas preferencialmente na mandíbula (84,9%). Não houve associação estatística entre a posição do dente incluso e o aparecimento de lesões císticas, 10 porém, os dentes que desenvolveram CD estavam predominantemente na posição “C” de Pell-Gregory (39,6%) e mesioangular de Winter (49,1%). O DH de CD pode ser estabelecido com a identificação de EEE em tecido mole pericoronário advindo da extração de um dente incluso. O padrão de inflamação na cápsula do CD parece exercer um importante papel no padrão de epitélio de revestimento da cavidade cística. A variável idade parece ser uma importante característica no que diz respeito à formação cística e, apesar da posição em que o dente incluso se encontra não poder ser considerado um preditor para o desenvolvimento de CD, deve ser considerada no momento da decisão da extração preventiva de terceiros molares inclusos

    Avaliação histológica e clínico-radiográfica de folículos pericoronários e cistos dentígeros associados a terceiros molares inclusos

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    Cistos dentígeros (CD) são cistos odontogênicos de desenvolvimento e consistem em uma lesão cística que envolve a coroa de um dente não erupcionado, estando unido ao colo do dente na altura da junção cemento-esmalte. Os objetivos deste estudo foram: 1)estabelecer critérios histopatológicos para o diagnóstico de CD; 2)associar a presença e o padrão do infiltrado inflamatório presente na cápsula conjuntiva dos CD com o padrão do epitélio de revestimento da cavidade cística; 3) analisar as características das pessoas que receberam os diagnósticos histopatológicos de folículo pericoronário (FP) e CD, a fim de compará-los com levantamentos prévios e traçar um perfil destas entidades em uma população brasileira; 4) associar os diagnósticos de FP e CD com a posição do terceiro molar incluso envolvido. Foram incluídos no estudo 151 casos diagnosticados no Laboratório de Patologia Bucal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como FP e CD no período de agosto/2009 a julho/2010. Desses, 22 casos pertencentes ao grupo referência (com critérios clínicos, radiográficos, cirúrgicos e microscópicos para o diagnóstico de CD) e 129 casos ao grupo teste (sem características clínicas, radiográficas e cirúrgicas de CD). Na análise histopatológica das amostras do grupo referência foram definidas as características microscópicas da membrana cística, que foram confrontadas com o grupo de comparação. Todo o material histopatológico foi analisado por examinadores previamente calibrados para os critérios préestabelecidos. Avaliaram-se as informações contidas nas fichas de biópsia (gênero, idade, etnia e localização) e as imagens radiográficas, a fim de classificar a posição dos dentes não-erupcionados extraídos de acordo com as classificações de Pell- Gregory e Winter Foi feita a análise estatística descritiva dos dados e aplicado o teste estatístico Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%. Dos 129 casos do grupo de comparação, 24,0% (n=31) receberam o diagnóstico histopatológico (DH) de CD e 76,0% (n=98) de folículo pericoronário (FP). Os três grupos avaliados apresentaram epitélio odontogênico. Os FP apresentaram inflamação escassa (p<0,001). Os CD do grupo referência apresentaram predominantemente a membrana cística com epitélio estratificado escamoso (EEE) hiperplásico (72,7%) e inflamação difusa (72,7%) (p<0,001). Os CD do grupo de comparação apresentaram EEE atrófico (54,8%) e inflamação escassa (51,6%) (p<0,001). Essa associação epitélio-inflamação foi positiva (p≤0,001) para os dois casos. O perfil dos indivíduos que apresentaram esse diagnóstico foi mulher (66%), branca (88,7%), com mais de 20 anos (79,2%), acometidas preferencialmente na mandíbula (84,9%). Não houve associação estatística entre a posição do dente incluso e o aparecimento de lesões císticas, 10 porém, os dentes que desenvolveram CD estavam predominantemente na posição “C” de Pell-Gregory (39,6%) e mesioangular de Winter (49,1%). O DH de CD pode ser estabelecido com a identificação de EEE em tecido mole pericoronário advindo da extração de um dente incluso. O padrão de inflamação na cápsula do CD parece exercer um importante papel no padrão de epitélio de revestimento da cavidade cística. A variável idade parece ser uma importante característica no que diz respeito à formação cística e, apesar da posição em que o dente incluso se encontra não poder ser considerado um preditor para o desenvolvimento de CD, deve ser considerada no momento da decisão da extração preventiva de terceiros molares inclusos

    Aspectos clinico-patológicos de ameloblastomas no sul do Brasil : 55 anos de uma única Instituição

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    Objective: Ameloblastoma is a benign odontogenic tumor (OT) originating from the proliferation of odontogenic epithelium without involvement of the mesenchymal tissue. The aims of the present study were to perform a retrospective analysis of ameloblastoma, compare the findings with those described in previous studies and outline the epidemiological profile of this type of tumor in southern Brazilian population. Methods: Cases of ameloblastoma were retrieved between 1954 and 2009 from a single center and analyzed for age, gender, ethnic, primary site and histological type. Cases were classified according to the 2005 WHO classification of OTs. Results: Descriptive statistical analysis of the data was performed, with the determination of the frequency of the categorical variables. Eighty-nine cases of ameloblastoma were found: 78 cases of solid tumor (88.6%), two cases of desmoplastic tumor (2.2%) and nine cases of the unicystic tumor (10.2%). There was a predominance of the female gender (58.4%) and Caucasian ethnicity (62.9%). Most ameloblastomas were located in the mandible (78.6%) and 40.2% occurred prior to the third decade of life. Conclusion: The present findings are in agreement with those reported in previous studies carried out in other states of Brazil and support that notion that there may be a geographical influence on the profile of patients affected by ameloblastoma.Introdução: Ameloblastoma é uma neoplasia odontogênica benigna (NOB) que se origina da proliferação do epitélio odontogênico sem envolvimento do mesênquima. Os objetivos do presente estudo foram realizar uma análise retrospectiva do ameloblastoma, comparar os resultados com os descritos em estudos anteriores e traçar o perfil epidemiológico deste tipo de tumor na população do sul do Brasil. Metodologia: Casos de ameloblastoma diagnosticados entre 1954 e 2009 em um único centro foram analisados quanto á idade, sexo, etnia, localização e tipo histológico. Os casos foram classificados de acordo com a classificação da OMS de 2005 de NOBs. Resultados: Foi realizada análise estatística descritiva dos dados com a determinação da freqüência das variáveis categóricas. Oitenta e nove casos de ameloblastomas foram diagnosticados: 78 casos corresponderam ao tipo sólido (88.6%), dois casos ao tipo desmoplásico (2.2%) e nove casos ao tipo unicístico (10.2%). Houve predomínio pelo gênero feminine (58.4%) e de etnia branca (62.9%). A maioria localizou-se na mandíbula (78.6%) e 40.2% ocorreram preferencialmente na terceira década de vida. Conclusão: Nossos achados estão de acordo com os achados realizados em outros estados do Brasil. Isto mostra que pode ocorrer uma influência geográfica sobre o perfil dos pacientes acometidos por ameloblastoma

    Evaluation of final-year dental students concerning therapeutic decision making for proximal caries

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    This cross-sectional study aimed to determine the radiographic criteria used by final-year dental students when defining the need for restorative treatment for proximal caries, as well as investigating potentially associated factors in this therapeutic decision. A questionnaire with two schematic diagrams presenting five levels of proximal lesion penetration was administered to students attending the six private and three public dental schools in the state of Rio Grande do Sul, Southern Brazil. Absolute and relative frequencies were described and inferential statistics involving Chi-square and McNemar tests and simple logistic regression were carried out to assess variations in therapeutic decisions related to patient dentition (deciduous/permanent) and gender, age and dental school (public/private). Of the 346 dental students assessed, 28.6% (99/346) indicated restorative treatment for lesions restricted to the enamel in deciduous teeth and 38.2% (132/346) indicated the same for permanent teeth, revealing a statistically significant difference (p = 0.001). Student gender and age were not associated with the therapeutic decision; however, a significant difference between dental schools was found when comparing restorative criteria in deciduous (p < 0.001) and permanent molars (p < 0.001). The odds of restorative decision in permanent teeth when the caries lesion was restricted to the enamel was 72% higher for students graduating from private schools compared to public schools (Odds Ratio: 1.72; 95% Confidence Interval: 1.03-2.90). These data demonstrate a large variation between the therapeutic decisions regarding proximal caries reported by final-year dental students and suggest that deep reflection is needed on the part of faculty in order to provide an evidence-based education

    Reporte de una posible correlación entre la gingivitis ulceronecrotizante y la mononucleosis

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    Necrotizing ulcerative gingivitis is a relatively uncommon periodontal disease, characterized by ulceration, necrosis, pain and gingival bleeding. Factors often related to its occurrence include stress and systemic viral infections, such as those caused by cytomegalovirus and Epstein-Barr virus type 1, the latter being also considered the causative agent of infectious mononucleosis. This article aims to describe a clinical case of a female patient who presented with necrotizing ulcerative gingivitis associated with a clinical picture of infectious mononucleosis, as well as to review the literature concerning a possible correlation between these pathologies. This patient presented to our health care facility with necrotizing ulcerative gingivitis accompanied by lymphadenopathy, fever and prostration, after laboratory tests, Epstein-Barr virus type 1 infection was confirmed, as well as the co-occurrence of pathologies: necrotizing ulcerative gingivitis and infectious mononucleosis. Symptom remission in both disorders also occurred concomitantly, after instruction in plaque control measures and palliative medication for control of systemic symptoms. Therefore, although there is no scientific validation of an association between these two pathologies, it is imperative that all diagnostic alternatives be considered and investigated, in order to establish the therapeutic approach most appropriate to the patient.La gingivitis ulcerativa necrótica es una enfermedad periodontal no común caracterizada por ulceración, necrosis, dolor y sangrado gingival. Los factores a menudo relacionados con su ocurrencia incluyen el estrés y las infecciones virales sistémicas como aquellas causadas por Cytomegalovirus y el virus Epstein-Barr tipo 1, donde este último es el agente causal de la mononuclerosis infecciosa. El objetivo de este trabajo fue describir el caso clínico de una mujer con gingivitis ulcerativa necrótica asociada a un cuadro clínico de mononucleosis infecciosa, así como hacer una revisión de la literatura concerniente a una posible correlación entre estas enfermedades. Esta paciente se presentó con una gingivitis ulcerativa necrótica acompañada de linfadenopatía, fiebre y postración después de las pruebas de laboratorio, donde se confirmó una infección por Epstein-Barr tipo 1 así como la ocurrencia conjunta de gingivitis ulcerativa necrótica y mononucleosis infecciosa. También se produjo una remisión concomitante de los síntomas en ambos trastornos después de la instrucción en medidas para el control de placas y una medicación paliativa para el control de los síntomas sistémicos. Por lo tanto, aunque no existió una validación científica de una asociación entre estas dos entidades, es imperativo que se consideren e investiguen todas las alternativas diagnósticas para establecer el enfoque terapéutico más apropiado para el paciente

    Reporte de una posible correlación entre la gingivitis ulceronecrotizante y la mononucleosis

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    Necrotizing ulcerative gingivitis is a relatively uncommon periodontal disease, characterized by ulceration, necrosis, pain and gingival bleeding. Factors often related to its occurrence include stress and systemic viral infections, such as those caused by cytomegalovirus and Epstein-Barr virus type 1, the latter being also considered the causative agent of infectious mononucleosis. This article aims to describe a clinical case of a female patient who presented with necrotizing ulcerative gingivitis associated with a clinical picture of infectious mononucleosis, as well as to review the literature concerning a possible correlation between these pathologies. This patient presented to our health care facility with necrotizing ulcerative gingivitis accompanied by lymphadenopathy, fever and prostration, after laboratory tests, Epstein-Barr virus type 1 infection was confirmed, as well as the co-occurrence of pathologies: necrotizing ulcerative gingivitis and infectious mononucleosis. Symptom remission in both disorders also occurred concomitantly, after instruction in plaque control measures and palliative medication for control of systemic symptoms. Therefore, although there is no scientific validation of an association between these two pathologies, it is imperative that all diagnostic alternatives be considered and investigated, in order to establish the therapeutic approach most appropriate to the patient.La gingivitis ulcerativa necrótica es una enfermedad periodontal no común caracterizada por ulceración, necrosis, dolor y sangrado gingival. Los factores a menudo relacionados con su ocurrencia incluyen el estrés y las infecciones virales sistémicas como aquellas causadas por Cytomegalovirus y el virus Epstein-Barr tipo 1, donde este último es el agente causal de la mononuclerosis infecciosa. El objetivo de este trabajo fue describir el caso clínico de una mujer con gingivitis ulcerativa necrótica asociada a un cuadro clínico de mononucleosis infecciosa, así como hacer una revisión de la literatura concerniente a una posible correlación entre estas enfermedades. Esta paciente se presentó con una gingivitis ulcerativa necrótica acompañada de linfadenopatía, fiebre y postración después de las pruebas de laboratorio, donde se confirmó una infección por Epstein-Barr tipo 1 así como la ocurrencia conjunta de gingivitis ulcerativa necrótica y mononucleosis infecciosa. También se produjo una remisión concomitante de los síntomas en ambos trastornos después de la instrucción en medidas para el control de placas y una medicación paliativa para el control de los síntomas sistémicos. Por lo tanto, aunque no existió una validación científica de una asociación entre estas dos entidades, es imperativo que se consideren e investiguen todas las alternativas diagnósticas para establecer el enfoque terapéutico más apropiado para el paciente
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