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Guillain-Barré syndrome in temporal association with influenza A vaccine
OBJECTIVE: To report a case of Guillain-Barré syndrome following influenza A (H1N1) 2009 vaccine. CASE DESCRIPTION: A four-year-old boy presented right thigh pain and ascending muscular weakness 15 days after the second dose of influenza A (H1N1) 2009 vaccine. The neurological examination revealed tetraparesis and areflexia. Electroneuromyography showed lower velocity and conduction blockage with small secondary axonal loss. Treated with intravenous immunoglobulin, the patient reached a plateau in the 4th day, followed by progressive muscular strength improvement. COMMENTS: The employment of large-scale influenza A (H1N1) 2009 vaccination and the preliminary reports from the American Surveillance Program suggest a significant association between Guillain-Barré syndrome and influenza A H1N1 2009 vaccination. All suspected cases of this association should be published for further evaluation. Vaccination remains the most effective method to prevent serious illness and death related to influenza.OBJETIVO: Descrever um caso de síndrome de Guillain-Barré em associação temporal com a vacina influenza A (H1N1) 2009. DESCRIÇAO DO CASO: Menino de quatro anos com queixa inicial de dor em coxa direita e perda de força muscular ascendente 15 dias após a segunda dose da vacina influenza A (H1N1) 2009. Ao exame neurológico apresentava tetraparesia e arreflexia, com predomínio em membros inferiores. A eletroneuromiografia evidenciou redução da velocidade e bloqueio de condução neuronal, com discreta perda axonal secundária. Foi tratado com imunoglobulina por via intravenosa, atingiu platô no quarto dia de evolução da doença e, depois, houve melhora progressiva da força muscular. COMENTÁRIOS: Com o emprego em larga escala da vacina influenza A (H1N1) 2009 em nosso meio e os dados preliminares do sistema de vigilância norte-americano mostrando associação temporal significante com a síndrome de Guillain-Barré, recomenda-se a descrição dos casos suspeitos dessa associação. A vacina continua sendo o método mais efetivo para prevenir doença grave e morte por influenza.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)UNIFESPSciEL
Osteomielite hematogênica aguda em Pediatria: análise de casos atendidos em hospital universitário Osteomielitis hematogénica aguda en Pediatría: análisis de casos atendidos en hospital universitario Pediatric acute hematogenous osteomyelitis: analysis of patients assisted in a university hospital
OBJETIVO: Descrever a ocorrência, a evolução e o desfecho de pacientes com osteomielite hematogênica aguda na faixa etária pediátrica. MÉTODOS: Estudo descritivo de 21 casos de pacientes de zero a 14 anos com diagnóstico de osteomielite hematogênica aguda, em acompanhamento no Ambulatório de Infectologia Pediátrica da Escola Paulista de Medicina entre 2005 e 2009. A coleta de dados ocorreu pelo levantamento de prontuários. Realizaram-se a análise descritiva e o teste de correlação de Spearman, com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Foi identificada maior incidência no sexo masculino e em crianças maiores de cinco anos. Febre e dor foram os sintomas mais frequentes. Os ossos longos foram os mais acometidos. O principal agente etiológico identificado foi o Staphylococcus aureus. Em média, o tempo de sintomatologia até o diagnóstico foi de 9,7 dias, o de internação, 24,7 dias, e o total de antibioticoterapia foi de 71,7 dias. A resolução completa do quadro ocorreu em 71,4% dos casos, com permanência de sequelas em 28,6% deles, sendo a evolução para osteomielite crônica a principal delas. CONCLUSÕES: As características dos pacientes e da doença referentes a sexo, idade, etiologia e evolução mostram-se concordantes com o descrito na literatura. O tempo de tratamento foi de aproximadamente dez semanas, valor acima do habitualmente encontrado nos diferentes estudos. Não foram encontradas correlações significantes entre o tempo de sintomatologia até o diagnóstico, o tempo de internação e o tempo total de antibioticoterapia, havendo a limitação do tamanho da amostra.<br>OBJETIVO: Describir la ocurrencia, la evolución y el desenlace de pacientes con osteomielitis hematogénica aguda en la franja de edad pediátrica. MÉTODOS: Estudio descriptivo de 21 casos de pacientes de cero a 14 años con diagnóstico de osteomielitis hematogénica aguda, en seguimiento en el Ambulatorio de Infectología Pediátrica de la Escola Paulista de Medicina, entre 2005 y 2009. La recolección de datos ocurrió por el inventario de prontuarios. Se realizaron análisis descriptivo y la prueba de correlación de Spearman, con intervalo de confianza de 95%. RESULTADOS: Se identificó mayor incidencia en el sexo masculino y en niños con más de cinco años. Fiebre y dolor fueron los síntomas más frecuentes, y los huesos largos fueron los más atingidos. El principal agente etiológico identificado fue el Staphylococcus aureus. En promedio, el tiempo de sintomatología hasta el diagnóstico fue de 9,7 días; el de internación, 24,7 días y el total de antibioticoterapia fue de 71,7 días. La resolución completa del cuadro ocurrió en 71,4% de los casos, habiendo permanencia de secuelas en 28,6% de ellos, siendo la evolución para osteomielitis crónica la principal de ellas. CONCLUSIONES: Las características de los pacientes y de la enfermedad referentes a sexo, edad, etiología y evolución se mostraron concordantes con lo descrito por la literatura. El tiempo de tratamiento fue de aproximadamente diez semanas, valor superior al habitualmente encontrado en los distintos estudios. No se encontraron correlaciones significantes entre el tiempo de sintomatología hasta el diagnóstico, el tiempo de internación y el tiempo total de antibioticoterapia, habiendo la limitación del tamaño de la muestra.<br>OBJECTIVE: To describe occurrence, evolution, and outcome of acute hematogenous osteomyelitis in children and adolescents. METHODS: A descriptive study of 21 cases with patients aged zero to 14 years-old, diagnosed with acute hematogenous osteomyelitis assisted at the Pediatric Infectious Disease Follow-Up Clinic of Escola Paulista de Medicina, between 2005 and 2009. The medical records were reviewed. Descriptive analysis and Spearman's rank correlation were performed, with a 95% confidence interval. RESULTS: The incidence in males was higher than in females, and children over five years of age were the most affected ones. Fever and pain were the main symptoms, and the long bones were the most often affected. The most commonly recovered pathogen was Staphylococcus aureus. The time interval between the onset of symptoms and the diagnosis was 9.7 days, the length of hospital stay was 24.7 days, and the duration of treatment was 71.7 days. Complete resolution occurred in 71.4% of the cases and complications appeared in 28.6% of them, being chronic osteomyelitis the main one. CONCLUSIONS: Data regarding gender, age, etiology, and evolution were in accordance with literature reports. The duration of the treatment was ten weeks, which is longer than usual reports. There were no significant correlations between duration of symptoms before the diagnosis, duration of hospital stay, and duration of treatment, considering the small sample size
Samonella septicemia associated with interleukin 12 receptor b1 (IL-12Rbeta1) deficiency
OBJECTIVE: to present a case report of a child who developed sepsis by Salmonella enteritidis associated with the diagnosis of primary immunodeficiency. DESCRIPTION: a twenty-one months old boy presenting fever and skin lesions, bilateral pneumonia with pleural effusion and septic shock. Salmonella enteritidis was isolated in blood cultures and pleural fluid. The identification of the bacteria suggested the presence of the MIM syndrome. The diagnosis of IL-12Rbeta1 was confirmed after IL-12 and IFN-gamma levels were measured using patient cells in a culture medium. The results showed absence of IL-12 and the IFN-gamma post stimulation using BCG. COMMENTS: a severe infection by Salmonella enteritidis is strongly suggestive of an immune system dysfunction. Laboratory tests for humoral, cellular and innate immunity were performed. Interleukin 12 receptor beta1 (IL-12 Rbeta1) deficiency was confirmed after specific laboratory evaluation. The use of INF-gamma is recommended in severe cases.OBJETIVO: descrever caso clínico de uma criança que desenvolveu septicemia por Salmonella enteritidis, sendo diagnosticada imunodeficiência primária. DESCRIÇÃO: paciente masculino, de um ano e 9 meses, com febre e lesões de pele há 50 dias, internado com lesão perilabial ulcerada com secreção purulenta, lesão ulcerada friável em língua, lesões ulcerocrostosas em membros, pneumonia bilateral com derrame pleural e choque séptico, sendo diagnosticado Salmonella enteritidis como agente etiológico. A identificação desta bactéria direcionou a investigação para a síndrome MIM. O diagnóstico de deficiência do receptor da interleucina-12 (IL-12Rbeta1) foi confirmado através da dosagem de IL-12 e do interferon (IFN)-gama produzido pelas células do paciente em meio de cultura. O resultado demonstrou ausência de produção de IL-12 e do IFN-gama mesmo após estímulo adequado. COMENTÁRIOS: a identificação da Salmonella enteritidis como agente etiológico de septicemia sugere uma disfunção do sistema imunológico. Foi realizada avaliação laboratorial das imunidades humoral, celular e inata. Após avaliação laboratorial direcionada para síndrome MIM, foi confirmada a deficiência do receptor da Interleucina-12 (IL-12Rbeta1). O uso do IFN-gama é recomendado nos casos graves, assim como o tratamento de suporte e o aconselhamento genético.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Pediatria Imunologia Clínica e ReumatologiaUniversidade de São Paulo Disciplina de Infectologia PediátricaUniversidade de São Paulo Departamento de Pediatria Disciplina de Infectologia PediátricaSanta Casa de Misericórdia de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas Departamento de PediatriaUNIFESP, Depto. de Pediatria Imunologia Clínica e ReumatologiaSciEL