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    Toxoplasma-gondii (Nicolle e Manceaux, 1908) em populações indígenas, seus cães, profissionais de saúde de contato e meio ambiente : uma abordagem em saúde única

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    Orientador: Prof. Dr. Alexander Welker BiondoCoorientadora: Dra. Louise Back KmetiukAutor não autorizou a divulgação do arquivo digitalDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Defesa : Curitiba, 05/12/2022Inclui referências: p. 39-43Resumo: Os povos originários têm historicamente enfrentado exclusão e confinamento em regiões isoladas. Desigualdades socioeconômicas, baixos níveis educacionais, condições de vida complexas, entre outros determinantes sociais e de saúde, podem agravar a situação e aumentar a vulnerabilidade de indígenas às zoonoses. Apesar de diversos estudos terem avaliado a exposição de populações indígenas ao Toxoplasma gondii, até o momento nenhum estudo acessou juntamente seus cães, profissionais de saúde de contato e o meio ambiente. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a exposição e presença do T. gondii por abordagem One Health. Foram coletados 463 indígenas, 253 de cães e 168 de profissionais de saúde distribuídas em 5 aldeias no estado do Paraná e 4 em São Paulo pertencentes as etnias Guarani, Terena e Kaingang. As amostras foram submetidas à Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para detecção de anticorpos anti-T. gondii em humanos (IgM e IgG) e em cães (IgG). Em adição foram coletadas 30 amostras de solo em cada aldeia para detecção molecular de T. gondii. O efeito do saneamento sobre a resposta imunológica sobre as populações estudadas foi avaliado utilizando Modelo Linear Generalizado Misto (GLMM) com distribuição de erro Binomial. Para verificar a associação entre as respostas imunológicas dos animais de companhia e de seus respectivos donos utilizou-se o teste Exato de Fisher. Os dados das aldeias que apresentam saneamento foram utilizados para verificar a associação entre consumo de carne de caça e a resposta imunológica das populações indígenas por meio do teste Qui-quadrado de Pearson. Todas analises foram conduzidas no programa computacional R. No geral, apresentaram anticorpos anti-T. gondii para IgM e IgG 11/463 (2,4%) e 225/463 (48,6%) dos indígenas, e 3/168 (1,8%) e 67/168 (39,9%) dos profissionais de saúde, respectivamente. A população canina registrou 97/253 (38.33%) anticorpos IgG contra T. gondii. Populações de aldeias que não possuem saneamento de água apresentam maior soroprevalência que populações de aldeias que possuem este saneamento, tanto para indígenas (GLMM; z = -7.153; p <0.001), quanto para animais de companhia (GLMM; z = -2.405; p = 0.0162) e profissionais de saúde (GLMM; z = -2.420; p = 0.0155). O consumo de carne de caça por indígenas não apresentou associação com a soroprevalência desta população (OR=1.09; Chi-square = 0.75). A soroprevalência em indígenas está associada à soroprevalência nos seus respectivos cães (OR=25.88; p <0.001). Em relação as amostras do solo registramos uma amostra positiva em uma aldeia desprovida de saneamento (0.37%; 1/270). Nossos resultados sugerem a fonte de água como fator de risco para infecção, também apontam os cães como sentinelas para a toxoplasmose, devido ao ambiente compartilhado, em particular a fonte de água. Desse modo, estudos com abordagem em Saúde Única podem dar subsídios para a implementação de políticas públicas que visem a redução da circulação de patógenos em aldeias indígenas.Abstract: Indigenous peoples have historically faced exclusion and confinement in isolated regions. Socioeconomic inequalities, low educational levels, complex living conditions, among other social and health determinants, can aggravate the situation and increase the vulnerability of indigenous people to zoonoses. Although several studies have evaluated the exposure of indigenous populations to Toxoplasma gondii, so far no study has jointly assessed their dogs, contact health professionals and the environment. Thus, the aim of this study was to assess the exposure and presence of T. gondii by One Health approach. A total of 463 indigenous people were collected, 253 from dogs and 168 from healthcare professionals distributed in 5 villages in the state of Paraná and 4 in São Paulo belonging to the Guarani, Terena and Kaingang ethnic groups. The samples were submitted to the Indirect Immunofluorescence Assay (IFT) to detect anti-T. gondii antibodies in humans (IgM and IgG) and dogs (IgG). In addition, 30 soil samples were collected in each village for molecular detection of T. gondii. The effect of sanitation on the immune response in the study populations was assessed using Generalized Generalized Linear Mixed Model (GLMM) with Binomial error distribution. Fisher's Exact test was used to verify the association between the immune responses of the pets and their respective owners. The data from villages with sanitation were used to verify the association between game meat consumption and the immune response of the indigenous populations using Pearson's Chi-square test. All analyses were conducted in the computer program R. Overall, 11/463 (2.4%) and 225/463 (48.6%) of the indigenous people, and 3/168 (1.8%) and 67/168 (39.9%) of the health professionals, respectively, presented anti-T. gondii antibodies for IgM and IgG. The canine population recorded 97/253 (38.33%) IgG antibodies against T. gondii. Village populations lacking water sanitation showed higher seroprevalence than village populations possessing such sanitation, both for indigenous people (GLMM; z = -7.153; p <0.001), companion animals (GLMM; z = -2.405; p = 0.0162) and health professionals (GLMM; z = -2.420; p = 0.0155). Game meat consumption by indigenous people showed no association with seroprevalence in this population (OR=1.09; Chi-square = 0.75). The seroprevalence in indigenous people is associated with the seroprevalence in their respective dogs (OR=25.88; p <0.001). Regarding soil samples we recorded one positive sample in a village lacking sanitation (0.37%; 1/270). Our results suggest the water source as a risk factor for infection, and also point to dogs as sentinels for toxoplasmosis due to the shared environment, particularly the water source. Thus, studies with a One Health approach can provide subsidies for the implementation of public policies aimed at reducing the circulation of pathogens in indigenous villages

    Primeiro registro de Nesomyrmex costatus (Emery, 1896) (Hymenoptera: Formicidae) para o estado do Paraná, Brasil

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    O gênero Nesomyrmex é composto atualmente por cerca de 83 espécies válidas, distribuí­das nas regiões Neotropical e Afrotropical. No Brasil o gênero é representado por 12 espécies e entre elas Nesomyrmex costatus (Emery, 1896). Pouco se conhece sobre a biologia e ecologia dessa espécie em particular, sendo que somente quatro estados brasileiros registram sua ocorrência. No perí­odo compreendido entre setembro de 2018 e janeiro de 2021, durante coleta de formigas em São Mateus do Sul, Paraná, Brasil (25°44'30.59"S 50°25'59.48" O; 24º 46' 41.6''S 50º 24'1" O e 25º 44' 49.4''S 50º 25'42.9" O), observamos sua presença na captura direta e em pitfall arbóreo. Objetiva-se, portanto, cobrir uma lacuna na sua distribuição geográfica para o Sul do paí­s; auxiliar no reconhecimento da mirmecofauna do estado; e colaborar com informações sobre sua interação com espécies vegetais. A espécie foi registrada na primavera de 2018 e nos verões de 2019 e 2021, sobre Ilex paraguariensis e Mimosa scabrella, em área de silvicultura de erva mate, e sobre Senegalia sp. num fragmento de Ombrofila Mista. A captura direta foi responsável por seis exemplares e o pitfall arbóreo por três. Este estudo, além registrar N. costatus para o Estado do Paraná, reforça a observação de que esta espécie apresenta hábitos arborí­colas. Destaca ainda a importância dos agroecossistemas de cultivo de I. paraguariensis, assim como fragmentos de mata nativa, para conservação e manutenção da diversidade de formigas

    Levantamento de estudos citogenéticos em formigas cultivadoras de fungos (Hymenoptera: Formicidae) Myrmicinae

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    As formigas estão distribuídas no mundo todo, exceto nos polos e compõe a família Formicidae. Em formicídeos os estudos são em sua maioria taxonômicos e ecológicos. Dessa maneira, o trabalho objetivou realizar um levantamento dos estudos citogenéticos em formigas da tribo Attini, analisando as diferenças e semelhanças entre os cariótipos já descritos. Concomitantemente, analisar citogeneticamente a espécie Acromyrmex coronatus coletada no município de General Carneiro-PR e comparar com resultados de população de Viçosa-MG. Assim, estudos citogenéticos clássicos e moleculares auxiliam na compreensão evolutiva e taxonômica desse grupo. Para realizar o presente estudo, foram utilizados (livros, monografias, dissertações e teses) e com palavras chaves para serem encontradas na web através das fontes como Google Scholar e Scorpus. A filtração de tais materiais ocorreu no modelo de publicação, a língua (PT-EN-ES), e a análise ocorreu de maneira descritiva. Os resultados encontrados apontaram que dentro dos 17 gêneros pertencentes a tribo Attini, apenas dez possuem descrição cariotípica, com informações em sua maioria apenas para o número diploide (2n) e fórmula cariotípica (FC). Analisando o número de cromossomos na subfamília Myrmicinae, verifica-se uma grande variabilidade em Mycocepurus goeldii 2n = 8 cromossomos a Mycetarotes parallelus 2n = 54 cromossomos. Já os gêneros Acromyrmex, Apterostigma, Chyphomyrmex Mycetarotes, Mycethopylax e Trachymyrmex apresentaram uma maior variação em relação ao número diploide (2n = 12 a 54). Em contrapartida Atta, Mycocepurus, Sericomyrmex não foi verificado variação em relação ao número diplóide. Foi observado também que a maioria dos estudos foram realizados no Brasil no estado de Minas Gerais. A espécie A. coronatus coletada em General Carneiro-PR apresentou o mesmo 2n para a já descrita em Viçosa-MG

    One health approach to toxocariasis in Brazilian indigenous populations, their dogs, and soil contamination

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    IntroductionAlthough socioeconomic vulnerability and lifestyle factors may contribute to the transmission of Toxocara spp., no study has investigated indigenous populations in Brazil using the One Health approach.MethodsAccordingly, this study assessed anti-Toxocara spp. antibodies in Brazilian indigenous people and healthcare professionals by enzyme-linked immunosorbent assay. Presence of Toxocara spp. eggs (feces and hair) in dogs as definitive hosts and in soil samples of the indigenous communities were also recovered and molecularly investigated.ResultsOverall, 342/463 (73.9%) indigenous individuals and 46/147 (31.3%) non-indigenous healthcare professionals were seropositive for Toxocara spp. In addition, T. canis eggs were retrieved from 9/194 (4.6%) dog fecal samples and 4/204 (2.0%) dog hair samples, mainly from the Paraná State communities (3/42; 7.1%). Soil contamination was observed only in the Paraná State communities (36/90; 40.0%), with the molecular detection of T. canis. River water consumption was also associated with indigenous seropositivity (Odds ratio, 11.4).DiscussionIndigenous individuals in Paraná State communities were 2.72-fold more likely to be seropositive than those in São Paulo State, likely due to a lack of sanitary infrastructure. In this scenario, a primarily soil-transmitted disease may also have become waterborne, with embryonated eggs probably spread to water supplies by rain. Full-time healthcare professionals in daily contact with indigenous communities were 9.2-fold more likely to be seropositive than professionals who visited sporadically, suggesting exposure to Toxocara spp. during their work and raising health concerns. In addition, the findings herein showed a significantly higher seroprevalence in indigenous people than in healthcare workers (χ2 = 85.5; p &lt; 0.0001), likely due to overtime exposure to Toxocara spp. In conclusion, Brazilian indigenous communities are highly exposed to toxocariasis, with poor infrastructure and contact with contaminated river water as associated risk factors and a higher risk of infection in healthcare professionals working full-time in these communities

    Toxoplasma-gondii (Nicolle e Manceaux, 1908) em populações indígenas, seus cães, profissionais de saúde de contato e meio ambiente : uma abordagem em saúde única

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    Orientador: Prof. Dr. Alexander Welker BiondoCoorientadora: Dra. Louise Back KmetiukAutor não autorizou a divulgação do arquivo digitalDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Defesa : Curitiba, 05/12/2022Inclui referências: p. 39-43Resumo: Os povos originários têm historicamente enfrentado exclusão e confinamento em regiões isoladas. Desigualdades socioeconômicas, baixos níveis educacionais, condições de vida complexas, entre outros determinantes sociais e de saúde, podem agravar a situação e aumentar a vulnerabilidade de indígenas às zoonoses. Apesar de diversos estudos terem avaliado a exposição de populações indígenas ao Toxoplasma gondii, até o momento nenhum estudo acessou juntamente seus cães, profissionais de saúde de contato e o meio ambiente. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a exposição e presença do T. gondii por abordagem One Health. Foram coletados 463 indígenas, 253 de cães e 168 de profissionais de saúde distribuídas em 5 aldeias no estado do Paraná e 4 em São Paulo pertencentes as etnias Guarani, Terena e Kaingang. As amostras foram submetidas à Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para detecção de anticorpos anti-T. gondii em humanos (IgM e IgG) e em cães (IgG). Em adição foram coletadas 30 amostras de solo em cada aldeia para detecção molecular de T. gondii. O efeito do saneamento sobre a resposta imunológica sobre as populações estudadas foi avaliado utilizando Modelo Linear Generalizado Misto (GLMM) com distribuição de erro Binomial. Para verificar a associação entre as respostas imunológicas dos animais de companhia e de seus respectivos donos utilizou-se o teste Exato de Fisher. Os dados das aldeias que apresentam saneamento foram utilizados para verificar a associação entre consumo de carne de caça e a resposta imunológica das populações indígenas por meio do teste Qui-quadrado de Pearson. Todas analises foram conduzidas no programa computacional R. No geral, apresentaram anticorpos anti-T. gondii para IgM e IgG 11/463 (2,4%) e 225/463 (48,6%) dos indígenas, e 3/168 (1,8%) e 67/168 (39,9%) dos profissionais de saúde, respectivamente. A população canina registrou 97/253 (38.33%) anticorpos IgG contra T. gondii. Populações de aldeias que não possuem saneamento de água apresentam maior soroprevalência que populações de aldeias que possuem este saneamento, tanto para indígenas (GLMM; z = -7.153; p <0.001), quanto para animais de companhia (GLMM; z = -2.405; p = 0.0162) e profissionais de saúde (GLMM; z = -2.420; p = 0.0155). O consumo de carne de caça por indígenas não apresentou associação com a soroprevalência desta população (OR=1.09; Chi-square = 0.75). A soroprevalência em indígenas está associada à soroprevalência nos seus respectivos cães (OR=25.88; p <0.001). Em relação as amostras do solo registramos uma amostra positiva em uma aldeia desprovida de saneamento (0.37%; 1/270). Nossos resultados sugerem a fonte de água como fator de risco para infecção, também apontam os cães como sentinelas para a toxoplasmose, devido ao ambiente compartilhado, em particular a fonte de água. Desse modo, estudos com abordagem em Saúde Única podem dar subsídios para a implementação de políticas públicas que visem a redução da circulação de patógenos em aldeias indígenas.Abstract: Indigenous peoples have historically faced exclusion and confinement in isolated regions. Socioeconomic inequalities, low educational levels, complex living conditions, among other social and health determinants, can aggravate the situation and increase the vulnerability of indigenous people to zoonoses. Although several studies have evaluated the exposure of indigenous populations to Toxoplasma gondii, so far no study has jointly assessed their dogs, contact health professionals and the environment. Thus, the aim of this study was to assess the exposure and presence of T. gondii by One Health approach. A total of 463 indigenous people were collected, 253 from dogs and 168 from healthcare professionals distributed in 5 villages in the state of Paraná and 4 in São Paulo belonging to the Guarani, Terena and Kaingang ethnic groups. The samples were submitted to the Indirect Immunofluorescence Assay (IFT) to detect anti-T. gondii antibodies in humans (IgM and IgG) and dogs (IgG). In addition, 30 soil samples were collected in each village for molecular detection of T. gondii. The effect of sanitation on the immune response in the study populations was assessed using Generalized Generalized Linear Mixed Model (GLMM) with Binomial error distribution. Fisher's Exact test was used to verify the association between the immune responses of the pets and their respective owners. The data from villages with sanitation were used to verify the association between game meat consumption and the immune response of the indigenous populations using Pearson's Chi-square test. All analyses were conducted in the computer program R. Overall, 11/463 (2.4%) and 225/463 (48.6%) of the indigenous people, and 3/168 (1.8%) and 67/168 (39.9%) of the health professionals, respectively, presented anti-T. gondii antibodies for IgM and IgG. The canine population recorded 97/253 (38.33%) IgG antibodies against T. gondii. Village populations lacking water sanitation showed higher seroprevalence than village populations possessing such sanitation, both for indigenous people (GLMM; z = -7.153; p <0.001), companion animals (GLMM; z = -2.405; p = 0.0162) and health professionals (GLMM; z = -2.420; p = 0.0155). Game meat consumption by indigenous people showed no association with seroprevalence in this population (OR=1.09; Chi-square = 0.75). The seroprevalence in indigenous people is associated with the seroprevalence in their respective dogs (OR=25.88; p <0.001). Regarding soil samples we recorded one positive sample in a village lacking sanitation (0.37%; 1/270). Our results suggest the water source as a risk factor for infection, and also point to dogs as sentinels for toxoplasmosis due to the shared environment, particularly the water source. Thus, studies with a One Health approach can provide subsidies for the implementation of public policies aimed at reducing the circulation of pathogens in indigenous villages

    Toxoplasma gondii exposure in Brazilian indigenous populations, their dogs, environment, and healthcare professionals

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    Although Toxoplasma gondii exposure has been reported in indigenous populations worldwide, a One Health approach has not been applied to date. This study concurrently assessed T. gondii exposure in indigenous populations, and their dogs, environment, and indigenous or non-indigenous healthcare professionals (HPs). Human and dog serum samples from 9 indigenous communities in Brazil were assessed by indirect immunofluorescence antibody test for anti-T. gondii antibodies. Soil samples (30 per community) were processed with PCR to amplify T. gondii DNA. Associated risk factors and seroprevalence were analyzed using logistic regression models. Human seropositivity and type of water source were assessed by generalized linear mixed model (GLMM) with binomial error distribution, and game meat consumption with chi-squared test. Overall, 225/463 (49%) indigenous persons were seropositive for anti-T. gondii antibodies. Of all the HPs, 67/168 (40%) were positive, and included 54/147 (37%) positive non-indigenous HPs. Indigenous persons more likely to be seropositive compared with non-indigenous HPs (OR: 1.63; 95% CI: 1.11–2.39). A total of 97/253 (38%) dogs were seropositive and highly associated with seropositive owners (p < 0.001). Based on univariate analysis for indigenous individuals, state location of community (p < 0.001), ethnicity (p < 0.001), consumption of game meat (p < 0.001), type of water source (p < 0.001), and educational level (p = 0.026) were associated with seropositivity. Logistic regression showed that indigenous seropositivity was associated with eating game meat (p = 0.002), drinking water from rivers (p < 0.001), and inversely proportional to the educational level. According to univariate analysis for non-indigenous HP, age (p = 0.005), frequency of visits to the indigenous populations (p < 0.001), consumption of water at the indigenous communities (p < 0.001), and ingestion of raw meat (p = 0.023) were associated with T. gondii seropositivity. Logistic regression revealed living outdoors (p = 0.042), habit of hunting (p = 0.008), and drinking river water (p = 0.007) as risk factors associated to seropositivity in dogs. In addition, indigenous communities lacking water treatment had higher seroprevalence for all groups including indigenous persons (GLMM; z = −7.153; p < 0.001), their dogs (GLMM; z = −2.405; p = 0.0162), and all HPs (GLMM; z = −2.420; p = 0.0155). Human seropositivity was associated with that of their dogs (p < 0.001). A single soil sample, out of 270 (0.37%), was positive for T. gondii by PCR. Our results indicate water source is a risk for human and dog toxoplasmosis in indigenous communities; both share similar exposure. Moreover, quality water access was shown to be crucial to prevent toxoplasmosis in both total and non-indigenous HPs who work in these indigenous communities
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