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    Acidentes do trabalho em pescadores artesanais da região do Médio Rio Araguaia, Tocantins, Brasil Work-related accidents in traditional fishermen from the Medium Araguaia River region, Tocantins, Brazil

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    Este é um estudo transversal, com componente retrospectivo, investigando a ocorrência de acidentes do trabalho entre pescadores profissionais artesanais da região do médio Rio Araguaia, Tocantins, Brasil. Entre junho e agosto de 2002, foram entrevistados pescadores do Município de Araguacema, com respeito à organização de suas atividades de trabalho e à ocorrência de acidentes do trabalho nos últimos seis meses. Dos 92 pescadores que participaram do estudo, 56 relataram ter sofrido acidente. A proporção de incidência de acidentes obtida foi de 82,6% ao ano. Cerca de 95,7% dos entrevistados referiram não contribuir regularmente para a Previdência Social e não estarem cientes sobre seus direitos e deveres previdenciários. Entre os pescadores que referiram acidentes, essa proporção foi de 98,2%. Aproximadamente 23,0% dos pescadores estudados relataram possuir outra atividade laboral paralela, principalmente como pedreiro (47,6%) e guia de pesca (23,9%). As injúrias por animais do ambiente aquático foram a principal causa de acidente relatada pelos pescadores, perfazendo cerca de 86,0% dos casos. Percebe-se, diante dos resultados, que os acidentes por animais do ambiente aquático são um importante agravo à saúde, provocando, em alguns casos, incapacidade temporária para o trabalho.<br>This is a cross-sectional study of work-related accidents among traditional fishermen in the Medium Araguaia River region of Tocantins, Brazil. From June to August 2002, fishermen from the Municipality of Araguacema were interviewed about the organization of their work activities and work-related accidents during the previous six months. Of the 92 participating fishermen, 56 reported having suffered a work-related accident (annual incidence was 82.6%). Some 95.7% of those interviewed did not regularly pay social security insurance as self-employed workers and were not aware of their social rights and duties. For fishermen reporting accidents, this proportion was 98.2%. Approximately 23.0% had another work activity, mainly as construction workers (47.6%) or sport-fishing guides (23.9%). Injuries inflicted by aquatic animals were the main form of accidents (about 86.0%). From these results, it is apparent that accidents from aquatic animals are an important health hazard, in some cases causing temporary work incapacity

    Acidentes de trabalho no Brasil entre 1994 e 2004: uma revisão Work-related accidents in Brazil from 1994 to 2004: an overview

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    Neste estudo sintetizam-se achados epidemiológicos sobre acidentes de trabalho fatais e não-fatais para populações brasileiras, entre 1994 e 2004, período pós II Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador. Os estudos foram identificados em pesquisa nas bases Scielo e Medline, limitando-se a trabalhos completos disponíveis. Verificou-se que embora o coeficiente de mortalidade por acidentes de trabalho seja elevado, entre 1990 e 2003 caiu 56,5%. Todavia, a letalidade aumentou (0,18% em 1970 para 1,07%) até 1999, quando passou a declinar (0,70% em 2003). A incidência cumulativa anual de acidentes de trabalho não-fatais também vem reduzindo, mas discretamente, em especial, para os menos graves. Não houve alteração para os acidentes incapacitantes. Pesquisas populacionais mostram que a incidência cumulativa anual varia entre 3% e 6%. Trabalhadores rurais têm o dobro do risco do que os de área urbana. A construção civil, indústria da celulose, serviços domésticos estão entre os grupos de maior risco para acidentes não-fatais. A subnotificação de óbitos se concentrou entre 70% e 90%. Indica-se a necessidade de uma redefinição das políticas de proteção ao trabalhador tomando como base o conhecimento produzido sobre este evitável problema de saúde.<br>This study summarizes epidemiological findings about fatal and nonfatal occupational accidents in Brazilian populations, from 1994 to 2004, period after the 2nd National Conference of Workers’ Health. The studies were identified in the Scielo and Medline, limited to full-text publications. The occupational accidents mortality is high, but from 1990 to 2003 it decreased 56.5%. However, the letality elevated from 0.18% in 1970 to 1.07% in 1999, when started to decline (0.70% in 2003). The annual cumulative incidence of nonfatal work-related accidents, CI, is also decreasing in this period, although less dramatically, particularly for those of minor severity. No temporal changes were observed for disabling occupational accidents. Community-based studies show that the CI varies from 3% to 6%. Rural workers have twice the estimated risk for those living in urban areas. Construction, paper industry, and housemaids were at increased risk for nonfatal occupational accidents. The authors pointed to the need to redefine the current policies that address workers’ protection, using the knowledge accumulated about this preventable health problem
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