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    A experiência subjectiva do imigrante nos filmes diários de Jonas Mekas

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    Os cinemas amateur, avant-garde, experimental e underground foram movimentos precursores fundamentais para o surgimento do filme-diário como uma possibilidade de representação autobiográfica no cinema. A criação de novas tecnologias de vídeo a partir dos anos 1920 - como as câmeras de filme 16mm e 8mm - foi determinante para que, a partir da década de 1960, um grande número de cineastas começassem a realizar filmes com o intuito de retratar suas vidas e seu cotidiano. Esse é também o caso de Jonas Mekas, lituano que imigrou aos Estados Unidos após passar anos como exilado em campos de trabalho forçado na Alemanha. Ao chegar em Nova Iorque, Mekas adquiriu uma Bolex 16mm com a qual passou a captar momentos do seu dia-a-dia no novo país. Dessa forma, este trabalho analisa quatro filmes-diários do realizador, são eles: Diaries, Notes and Sketches: Walden (1969), Reminiscences of a Journey to Lithuania (1972), Lost, Lost, Lost (1976) e The Out-takes from the Life of a Happy Man (2012), com o objetivo de identificar como as temáticas relacionadas à experiência do estrangeiro se apresentam nas obras de Mekas, além de buscar entender de que maneira a vivência subjetiva e pessoal do realizador se conecta com a experiência coletiva de diversas pessoas que se encontram na mesma situação de imigrantes ou exilados. Ao analisar o conteúdo das obras e estabelecer, nos filmes-diários de Jonas Mekas, ligações com os elementos apresentados na abordagem teórica e na contextualização histórica prévia, é possível observar, nos filmes-diários do realizador, uma narrativa singular e subjetiva das vivências e reflexões pessoais do realizador, como também diversos elementos que remetem aos estudos relacionados à experiência do ser estrangeiro de maneira plural e coletiva
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