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    Estresse e estratégias de "coping" em treinamentos militares extenuantes na selva Amazônica

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado Acadêmico em Psicologia - MAPSI, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Orientador: Prof. Dr. Fábio Biasotto Feitosa.Este estudo teve por objetivo investigar as manifestações do estresse e estratégias de enfrentamento em treinamentos militares extenuantes na selva amazônica. Para isso, foram realizados três estudos: o primeiro estudo investigou a correlação entre estresse percebido e físico no Estágio de Adaptação de Vida na Selva (EAVS), contou com 48 militares voluntários do Exército brasileiro que foram submetidos ao inventario PSS-14 e amostras de sangue foram coletadas antes e imediatamente ao final do estágio. O segundo estudo investigou a existência de diferenças entre gêneros durante a manifestação do estresse físico no mesmo EAVS, valendo-se dos marcadores alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH), aferidos antes e depois do estágio e contou com 49 militares voluntários, sendo 35 homens (M) e 14 mulheres (F), recém-movimentados para a região amazônica. O terceiro estudo investigou quais estratégias de coping podem predizer o sucesso ou fracasso no Curso de Operações na Selva (COS) do Exército brasileiro. Para isso a amostra contou com 36 militares voluntários, (18 concludentes e 18 desistentes), de um universo de 63 militares (57,14%), todos do gênero masculino, oficiais e sargentos de carreira do Exército Brasileiro. No primeiro estudo foram detectadas correlações entre todas as variáveis bioquímicas e diferenças significativas e positivas entre as coletas pré e pós. A média de CK pós apresentou-se fora dos parâmetros de normalidade e consequente diferença significativa pré/pós, o que aponta para a manifestação de estresse físico durante o estágio. Não foi encontrada correlação entre o estresse percebido pré ou pós e qualquer variável bioquímica relacionada a estresse físico. No segundo estudo todos os níveis plasmáticos se elevaram após o estágio. Os níveis de ALT F, ALT M, AST F, AST M, embora limítrofes, mantiveram-se dentro da normalidade. Já os níveis plasmáticos de CK F, CK M, LDH F e LDH M ultrapassaram bastante os níveis de normalidade. A média de todos os marcadores coletados do gênero feminino manteve-se abaixo dos níveis do gênero masculino. Entretanto, ocorreram diferenças significativas nos biomarcadores ALT, AST e CK entre os gêneros. No terceiro estudo, todos os escores do grupo “concludentes” se apresentaram acima dos escores do grupo “desistentes”. Entretanto, diferenças significativas ocorreram apenas nas estratégias autocontrole e reavaliação positiva. De uma forma geral, as estratégias focadas na emoção se sobressaíram em relação às estratégias focadas no problema. Como conclusão, os resultados encontrados nestes estudos sugerem que a percepção de controle e estabilidade emocional isoladamente não podem ser levadas em consideração na gestão de recursos e em tomadas de decisão em situações evidentes de desgaste. Foi desmitificada também a idéia de que a mulher tem capacidade de recuperação inferior ao gênero masculino em treinamento militares e ainda sugerem que nas situações de treinamento militar intensivo, as estratégias de coping focadas na emoção, sobretudo autocontrole e reavaliação positiva, podem atuar no desempenho do indivíduo, possivelmente tornando-o mais resiliente, e desta forma, auxiliando-o no sucesso no treinamento. Ao final, o presente estudo apresenta sugestões para desenvolvimento de novas pesquisas nesta área do conhecimento

    Uso e abuso de álcool entre estudantes de Porto Velho-Rondônia

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado Acadêmico em Psicologia - MAPSI, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Orientador: Prof. Dr. Fábio Biasotto Feitosa.O consumo de álcool entre estudantes adolescentes na região norte do Brasil tem sido pouco estudado, especialmente no campo das habilidades sociais. Sendo assim, o objetivo geral do presente estudo foi obter indicadores de uso e abuso de álcool entre estudantes adolescentes de Porto Velho – RO. Cumpriu-se o objetivo geral ao mesmo tempo em que foram alcançados os seguintes objetivos específicos: (1) classificar a frequência do consumo de álcool em adolescentes de Porto Velho – RO em zonas de risco, (2) avaliar o nível de consumo de álcool em associação à qualidade do desempenho social dos estudantes. Participaram como colaboradores 115 estudantes de escolas públicas estaduais da região central de Porto Velho- RO, sendo 78 meninas (67,8%) e 37 meninos (32,2%), com idade distribuída entre 12 anos e 18 anos (média=15,1, mediana=15 e desvio padrão=1,26). De cunho quantitativo, com delineamento survey, utilizou-se como instrumentos de coleta de dados um questionário sociodemográfico, o Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA-Del-Prette) e o Teste de Identificação de Desordens Devido ao Uso de Álcool (AUDIT). Os dados foram tratados com testes descritivos e correlacionais. Os resultados mostraram que 32,2% dos estudantes da amostra relataram nunca beber álcool, enquanto 67,8% já experimentaram ou consomem bebida alcoólica, sendo 6% da amostra classificada em níveis de uso nocivo e provável dependência de álcool. Não houve diferenças significativas entre meninos e meninas em relação ao consumo de álcool. Constatou-se que a correlação entre o nível de consumo de álcool e as habilidades sociais foi baixa e parcial. Porém, confirmou-se que as dificuldades interpessoais desses adolescentes portovelhenses implicam em fatores de risco ao consumo de bebidas alcoólicas. Os resultados foram discutidos em relação à intervenção e prevenção no campo das habilidades sociais

    Suporte familiar e o desenvolvimento sociocognitivo da criança

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado Acadêmico em Psicologia - MAPSI, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Orientador: Prof. Dr. Fábio Biasotto Feitosa.Desde o início da sua vida, o ser humano tem a família como sua principal fonte de existência e, ao longo de seu desenvolvimento, como a mais importante rede de acesso à aprendizagem para interação social. Isso nos leva a inferir que a qualidade do suporte familiar oferecida à criança poderá refletir sobre os seus aspectos comportamentais, afetivos e sociais. Sendo assim, o presente estudo buscou realizar um levantamento sobre esses principais aspectos e correlacioná-los entre si e com a percepção que a criança tem a respeito do suporte familiar que recebe. Desse modo, como objetivo geral, esta pesquisa buscou analisar as relações de reciprocidade entre as habilidades sociais dos pais com o autoconceito, a percepção de suporte familiar e as habilidades sociais dos filhos. Esta pesquisa obteve a colaboração de 325 participantes, sendo 141 crianças, 71 meninos (50,4%) e 70 meninas (49,6%), com idade entre 11 anos e 12 anos (média = 11,59, mediana = 12 e desvio padrão = 0,49), 130 mães e 54 pais. Para apreciar os dados e estabelecer relações entre as variáveis, foi utilizada a abordagem quantitativa com o delineamento do tipo levantamento. Como instrumentos para coleta de dados, utilizou-se a Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil (EAC-IJ), o Inventário de Habilidades Sociais (IHS – Del Prette), o Inventário de Percepção do Suporte Familiar (IPSF) e o Sistema multimídea de habilidades sociais de Crianças (SMHSC – Del Prette). Os dados foram tratados junto ao método de investigação correlacional. Os resultados do presente estudo indicaram que as habilidades sociais dos pais, com o autoconceito, a percepção de suporte familiar e as habilidades sociais dos filhos, apresentam-se reciprocamente correlacionadas, sendo que o principal resultado dessa relação foi encontrado entre a percepção que a criança tem do seu autoconceito e do suporte familiar que recebe. As habilidades sociais demonstraram ser fatores de influência na formação do autoconceito das crianças e de um adequado suporte familiar. Observou-se ainda que as habilidades sociais, o autoconceito e a percepção de suporte familiar participam de uma relação triádica e bidirecional, constituído de forma conjunta um suporte familiar essencial ao desenvolvimento sociocognitivo da criança. Estes resultados foram discutidos à luz da Teoria Social Cognitiva de Albert Bandura, sob a perspectiva do determinismo recíproco e da aprendizagem vicária
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