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    Provenance and paleocurrents of conglomerates and sandstones of the Santa Barbara Group (Ediacaran) in the Piquiri Valley, Eastern Camaquã Sub-basin, Rio Grande do Sul, Brazil: tectonic implications

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    The Eastern Camaquã Sub-basin comprises exposures of Eastern border, as the Piquiri Valley, belonging to the Santa Barbara Group (Ediacaran). Stratigraphic studies of facies, depositional systems, provenance and paleocurrentes led to the subdivision of the Santa Barbara Group on Eastern Camaquã Sub-basin in two units: (i) Passo da Capela Formation, formed by turbidites of subaqueous fans; (ii) Rincão dos Mouras Formation, that consists of sandstones and conglomerates of alluvial fans and fluvial braided systems. This article proposes a model of structural highs evolution during the filling of a rift basin. Subaqueous fan conglomerates of Passo da Capela Formation feature framework composition derived the basin (sandstones), indicating autophagy, and rocks of the basement (quartzites, schists, metarhyolites) also occur. Paleocurrent analyses indicate dispersal of sediments toward NNE, compatible with lithotypes of the Porongos Complex (quartzites, metarhyolites, mylonites). Northward, provenance analyses of conglomerates indicate derivation mostly from Syenite Piquiri, but also from other lithologies. This fact suggests a local contribution (clasts of Syenite Piquiri), with little or no transportation. Alluvial conglomerates of the Rincão dos Mouras Formation have diverse provenance. Provenance analysis suggests denudation of the Porongos Complex (basement highs), exemplified by metarhyolites, and of the own basin (sandstones). Middle portion presents clasts of granites/muscovite leucogranites correlated to the Pelotas Batolith, and lithologies of the Porongos Complex. Syenites and trachytes appear in small proportion, as well as sandstones. Provenance and paleocurrent analyses indicate that areas to the east were being uplifted and eroded, such as Pelotas Batolith and Porongos Complex, behaving like basement highs, supplying sediments to the basin. At the top fragments of the Porongos Complex predominate (marbles). Paleocurrent analyses in the Rincão dos Mouras Formation suggest important tectonic control during the filling of the unit, with shifts in sources of debris to the basin and uplift of internal highs. Provenance analysis carried out in all units (i) indicated always adjacent sources to the sedimentary deposits, (ii) demonstrated the sources of debris, and (iii) assisted in the differentiation between Passo da Capela and Rincão dos Mouras formations. The occurrence in this last unit of marble fragments and the considerable increase in the proportion of clasts related to the Encruzilhada do Sul Granite, located ENE of the region of the Piquiri Valley, were two important criteria used to differentiate both units, especially when stratified conglomerates of both are contiguous.A Sub-bacia Camaquã Oriental compreende exposições da borda leste da Bacia do Camaquã, como o Vale do Piquiri, pertencentes ao Grupo Santa Bárbara (Ediacarano). Estudos estratigráficos de fácies, sistemas deposicionais, proveniência e paleocorrentes conduziram à subdivisão do Grupo Santa Bárbara na Sub-bacia Camaquã Oriental em duas unidades: (i) Formação Passo da Capela, formada por turbiditos de leques subaquosos; e (ii) Formação Rincão dos Mouras, constituída por arenitos e conglomerados de leques aluviais e sistemas fluviais entrelaçados. Este artigo propõe formular um modelo de evolução de altos estruturais durante o preenchimento de uma bacia rifte. Conglomerados de leques subaquosos da Formação Passo da Capela apresentam composição do arcabouço derivada da própria bacia (arenitos), indicando autofagia, além de rochas do embasamento (quartzitos, xistos, metarriolitos). Análises de paleocorrentes indicam dispersão dos sedimentos segundo NNE, compatível com litotipos do Complexo Porongos (quartzitos, metarriolitos, milonitos). A norte, análises de proveniência dos conglomerados indicam derivação principalmente do Sienito Piquiri, e também de outras litologias. Esse fato sugere que a proveniência reflete contribuição do embasamento adjacente (clastos do Sienito Piquiri), com pouco ou nenhum transporte. Conglomerados aluviais da Formação Rincão dos Mouras contam com proveniência diversificada. Na base ocorrem clastos metamórficos do Complexo Porongos (metarriolitos) e da própria bacia (arenitos). Análises de proveniência sugerem denudação do Complexo Porongos (altos de embasamento) e da bacia. A porção intermediária apresenta clastos de granitos róseos/muscovita leucogranitos correlacionáveis ao Batólito Pelotas, e litologias do Complexo Porongos. Sienitos e traquitos aparecem em pequena proporção, assim como arenitos. Análises de proveniência, aliadas às de paleocorrentes, indicam que áreas a leste estavam sendo soerguidas e erodidas, como Batólito Pelotas e Complexo Porongos, comportando-se como altos de embasamento fornecedores de sedimentos para a bacia. No topo predominam fragmentos do Complexo Porongos (mármores). Análises de paleocorrentes realizadas na Formação Rincão dos Mouras sugerem controle tectônico importante durante o preenchimento da unidade, com mudanças de fontes de detritos para a bacia e soerguimento de altos internos. As análises de proveniência levadas a efeito em todas as unidades (i) indicaram sempre fonte adjacente aos depósitos sedimentares; (ii) demonstraram as fontes de detritos; e (iii) auxiliaram na diferenciação entre as formações Passo da Capela e Rincão dos Mouras. A ocorrência na Formação Rincão dos Mouras de fragmentos de mármore e o aumento considerável da proporção de clastos do Granito Encruzilhada do Sul, situado a ENE da região do Vale do Piquiri, foi mais um dos critérios utilizados na separação das unidades, sobretudo quando conglomerados estratificados de ambas se acham contíguos

    Evolução Estratigráfica e paleogeográfica do grupo Santa Bárbara (Ediacarano) na sub-bacia Camaquã Central, RS

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    In the Central Camaquã Sub-basin, the Santa Bárbara Group (Ediacaran) is over 2,000 m thick, being well exposed in the Minas do Camaquã and Bom Jardim regions. The group is represented by a sucession of marine to coastal sandstones and rhythmites, and alluvial fan conglomerates, disposed in progradational-retrogrational cycles. Detailed stratigraphic studies of paleoenvironments, paleocurrents and provenance have lead to the subdivision of the Group in the central sub-basin into four formations: 1. Passo da Capela Formation: silty-sandy unit composed of outer- and inner- subaqueous fan turbidites and offshore tempestites; 2. Seival Formation: sandstones of coastal deposits, including tidal flat sistems; 3. Rincão dos Mouras Formation: alluvial fan and braided alluvial pebbly unit and 4. João Dias Formation: mainly sandstones interpreted as foreshore and shoreface coastal deposits. These studies have permitted the detailed correlation between the Minas do Camaquã and Bom Jardim regions, thus supporting the proposition of including in the Santa Bárbara Group as defined here, the deposits exposed in the Minas do Camaquã region, traditionally attributed to the Arroio dos Nobres Formation.As exposições do Grupo Santa Bárbara (Ediacarano) na Sub-bacia Camaquã Central são representadas por uma sucessão de depósitos arenosos e rítmicos marinhos/transicionais e depósitos conglomeráticos de leques aluviais, que compõem ciclos progradacionais-retrogradacionais. Nesta sub-bacia, o Grupo Santa Bárbara apresenta mais de 2.000 m de espessura, com excelentes exposições nas regiões das Minas do Camaquã e de Bom Jardim. Estudos estratigráficos de paleoambientes, paleocorrentes e de proveniência realizados nestas regiões possibilitaram a seguinte subdivisão do Grupo Santa Bárbara na Sub-bacia Camaquã Central, a partir da base: 1. Formação Passo da Capela: unidade areno-siltítica subdividida em turbiditos distais de leque subaquoso (Outer-fan), e turbiditos proximais a distais de leque subaquoso (Inner-Fan a Outer-fan) e tempestitos de costa-afora (offshore); 2. Formação Seival: arenitos e siltitos de depósitos litorâneos e de planície de marés; 3. Formação Rincão do Mouras: unidade areno-conglomerática formada por depósitos de leques aluviais e de sistemas fluviais entrelaçados e 4. Formação João Dias: composta principalmente por arenitos interpretados como depósitos litorâneos de antepraia e de face litorânea e tempestitos de face litorânea. Estes estudos permitiram ainda o reconhecimento de uma notável correlação entre as unidades encontradas nestas regiões legitimando, desta forma, a proposta de englobar os depósitos da região das Minas do Camaquã, classicamente relacionadas à Formação Arroio dos Nobres, no redefinido Grupo Santa Bárbara

    Stratigraphy of the Araripe Basin: state of the art, critical review, and new results

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    The Araripe Basin is a rift basin originated by the rupture of the Gondwana paleocontinent, known as the most complete sedimentary record Interior Basin in the northeastern Brazil. The manuscript presents the state of art of the stratigraphy of the Araripe Basin, focusing on its evolution over time with respect to stratigraphic sequences based on unconformity surfaces, presenting new results and also making a critical review of stratigraphic classifications proposals aiming to elaborate an integrated classification. The first stratigraphic proposals were elaborated in a very comprehensive and simplified form. Over time, more detailed studies have been carried out, corroborating for a better and more refined compartmentalization of the present sedimentary packages. The 1980s were essential for the geoscientific production inherent to the geology of the basin due to the interest in the oil potential of the Brazilian basins. Nevertheless, even today the basin keeps motivating many researches that lead to a better understanding of local and regional geology. The Araripe Basin has five major sequences: Paleozoic, represented by the Cariri formation; Early Rift, consisting of the Brejo Santo formation and the bottom of the Missão Velha formation; Rift, formed by the upper part of the Missão Velha formation and throughout the Abaiara formation; and post- Rift, separated in two sequences: post-rift I constituted by the Barbalha, Crato, Ipubi and Romualdo formations, and post-rift II, characterized by the Araripina and Exu formations. New results are incorporated into the Missão Velha and Abaiara formations, whose distinction is shown here; also, in relation to the Barbalha and Cariri formations new data were gathered. This work focuses on the feasibility of the data,A Bacia do Araripe constitui-se em bacia rifte originada pelo rompimento do Supercontinente Gondwana, conhecida como a bacia interior de registro sedimentar mais completo na Região Nordeste do Brasil. O manuscrito apresenta o estado da arte da estratigrafia da Bacia do Araripe enfocando sua evolução no tempo, nas sequências estratigráficas com base em superfícies de discordâncias, em novos resultados e faz ainda revisão crítica das classificações estratigráficas propostas com vistas à elaboração de classificação integrada. As primeiras propostas estratigráficas foram elaboradas de forma muito abrangente e simplificada. Com o tempo, foram realizados estudos mais minuciosos corroborando uma melhor e mais refinada compartimentação dos pacotes sedimentares presentes. A década de 1980 foi imprescindível para as produções científicas inerentes à geologia da bacia em função do interesse no potencial petrolífero das bacias brasileiras. Não obstante, ainda hoje a bacia é motivadora de inúmeras pesquisas determinantes para um melhor entendimento da geologia local e regional. A Bacia do Araripe tem cinco sequências maiores: Paleozoica, representada pela Formação Cariri; Início de Rifte, constituída pela Formação Brejo Santo e parte inferior da Formação Missão Velha; Rifte, formada pela parte superior da Formação Missão Velha e por toda a Formação Abaiara; e Pós-Rifte, separada em duas sequências — pós-rifte I, constituída pelas formações Barbalha, Crato, Ipubi e Romualdo, e pós-rifte II, caracterizada pelas formações Araripina e Exu. Novos resultados estão incorporados às formações Missão Velha e Abaiara, cuja distinção é demonstrada aqui; também com relação às formações Barbalha e Cariri, novos elementos foram reunidos. Este trabalho foca a viabilidade dos dados, as interpretações propostas conforme as normas estratigráficas e a proposição de uma classificação estratigráfica sequencial

    Estratigrafia, arquitetura deposicional e faciologia da formação Missão Velha (Neojurássico-Eocretáceo) na área-tipo, bacia do Araripe, nordeste do Brasil: exemplo de sedimentação de estágio de início de rifte a clímax de rifte

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    The aim of this study was to carry out a stratigraphic revision of the Missão Velha Formation (Araripe Basin, northeastern Brazil) based on detailed facies analysis, architectural elements, depositional systems and palaeoflow data. The main facies are: 1. coarse-grained conglomeratic sandstones and locally pebbly conglomerates, with abundant silicified fossil trunks, several large-to medium-scale trough cross-stratifications and predominantly lenticular geometry; 2. medium-to coarse-grained lenticular sandstones with granules, abundant silicified fossil wood and trunks, and large-to medium-scale trough cross-stratifications, cut-and-fill features and mud drapes on the foreset cross-strata; 3. conglomerates and poorly sorted medium-grained sandstones with sparse pebbles and horizontal stratification; 4. fine-to very fine-laminated silty sandstone interlayered with 5. decimetric pelitic layers with parallel stratification and climbing-ripple cross-lamination. Ten architectural elements were identified: CH: Channels, GB: Gravel bars and bedforms, SG: sediment gravity flows, SB: Sand bars and bedforms, SB(p): sand bedform with planar cross-stratification, OFch: Overbank flow of channel (levee, crevasse and channel splay), DA: Downstream-accretion macroforms, LS: Laminated sand-sheet, LA: Lateral-accretion macroforms and FF: Floodplain fines. Not all of these features were observed at each outcrop. These elements, which are defined by their geometry and bounding surfaces, form the basis for interpreting depositional environments. The Missão Velha Formation is interpreted as: a. high energy braided fluvial systems with fining-upward cycles, channelized features, truncated cross-strata (diastema), lenticular geometry, channeled sandstones, sparse pebbles and b. meandering river systems due to the presence of flood plain deposits, crevasse splays and point-bars deposits. Aeolian deposits can also occur.Este trabalho enfoca revisão da Formação Missão Velha na área-tipo (Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil), através de análises de fácies, elementos arquitetônicos, sistemas deposicionais e paleocorrentes. As principais fácies reconhecidas foram: 1. conglomerados de seixos e grânulos, com abundantes troncos fósseis silicificados, formando ciclos granodecrescentes, estratificações cruzadas acanaladas e tabulares, de pequeno e médio portes e geometria predominantemente lenticular; 2. arenitos grossos a médios, conglomeráticos, com grânulos, quartzosos, com troncos fósseis silicificados, com estratificações cruzadas acanaladas de médio e grande porte e geometria lenticular; 3. conglomerados e arenitos médios com seixos esparsos, mal selecionados, com estratificação plano-paralela; 4. arenitos finos a muito finos, sílticos, tabulares, laminados, intercalados com 5. camadas decimétricas de horizontes pelíticos com estratificação plano-paralela e laminações cruzadas cavalgantes. Dez elementos arquitetônicos foram reconhecidos: CH: canais, GB: formas de leito cascalhosas, SG: barras, SB: formas de leitos arenosos, SB(p): formas de leitos arenosos com estratificação cruzada tabular (p), OFch: depósitos de transbordamento (overbank) como diques, crevasse e channel splays, DA: macroformas de acréscimo para jusante, LS: lençóis de areia laminada, LA: depósito de acréscimo lateral e FF: depósitos finos de planície de inundação. Nem todos esses elementos foram observados em cada afloramento. Estes elementos, definidos pela geometria e superfícies delimitantes, formam a base para interpretação dos ambientes deposicionais. A Formação Missão Velha foi interpretada como: a. sistemas fluviais entrelaçados de alta energia com as seguintes características: ciclos granodecrescentes, estratificações cruzadas tabulares e acanaladas, truncamentos entre estratos cruzados, geometria lenticular, feições canalizadas, seixos esparsos e b. sistemas fluviais meandrantes pela presença de depósitos de planície de inundação, crevasse splays e barras em pontal. Ocorrem também depósitos eólicos

    ANÁLISE FACIOLÓGICA E DEPOSICIONAL DOS DEPÓSITOS FLÚVIO-EÓLICOS DA FORMAÇÃO SÃO SEBASTIÃO (EOCRETÁCEO), REGIÃO DE CAMPOS - IBIMIRIM, BACIA DE JATOBÁ, PE, NORDESTE DO BRASIL

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    A Bacia de Jatobá pertence ao denominado Rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá, estrutura geotectônica constituída por extenso rifte abortado no Cretáceo durante as fases de fragmentação do Supercontinente Gondwana. Este trabalho enfoca inédita análise de facies e sistemas deposicionais da Formação São Sebastião (Eocretáceo). As facies foram identificadas segundo a litologia predominante, geometria dos corpos, estruturas sedimentares e padrão de paleocorrentes. As principais litofacies reconhecidas foram: (i) conglomerados sustentados pela matriz e arenitos grossos a médios, conglomeráticos com estratificações cruzadas acanaladas de pequeno porte, ou maciços; (ii) arenitos grossos a médios com estratificações cruzadas acanaladas de médio e grande porte; (iii) arenitos médios com boa seleção e estratificação plano-paralela e (iv) arenitos médios com estratificação cruzada tabular de médio porte, bem selecionados. As facies (i) foram interpretadas como geradas por sistemas fluviais entrelaçados efêmeros. O conjunto de facies (ii), (iii) e (iv) foi interpretado como originado em campo de dunas eólicas, lenções de areia eólica e interduna. A Formação São Sebastião representa a interação de dois sistemas deposicionais: eólico e fluvial. As características sedimentológicas dos arenitos da Formação São Sebastião indicam ambiente de sedimentação inicialmente fluvial, com posterior retrabalhamento por vento, e a superior, um ambiente desértico, tipicamente eólico, com interações fluviais

    Tectono-sedimentary analysis of rift initiation and rift climax stages of the Araripe Basin, Northeast Brazil

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    This paper described the tectonic-sedimentary infilling that occurred during the rift initiation and rift climax stages of Araripe Basin. The main structures identified were, in order of importance, normal, strike-slip and reverse faults. This group of faults laterally places different lithostratigraphic units such as rift initiation and rift climax rocks. An example is the lateral contact of Missão Velho and Brejo Santo formations along normal NNE faults. The integration between geometric and kinematic analysis of these faults with the stratigraphic evolution is of great importance for an overall evolution of the geological evolution of Araripe Basin. Main field outcrops used in this work consist of exhibitions formed during the construction of the Transnordestina railway and the transposition of São Francisco River. Tectonic analysis performed for this work identified two main sets of faults: faults oriented toward NE-SW direction (older ones), and faults oriented toward NW-SE and WNW-ESE direction (younger ones). Additionally, strike-slip and reverse faults were also analyzed. The rift tectonics that affected Araripe Basin (extensional) reactivated old faults of the Pre-Cambrian basement and, in turn, provided normal NE-SW direction fault and also generated E-W and NW-SE orientation faults.Este trabalho objetivou a caracterização tectonossedimentar das fases início de rifte e clímax de rifte da Bacia do Araripe. As principais estruturas identificadas foram falhas normais, transcorrentes e inversas em ordem de importância. Esse grupo de falhas coloca lateralmente diferentes unidades litoestratigráficas como rochas de unidades início de rifte e clímax de rifte. Exemplo é o contato lateral das formações Missão Velho e Brejo Santo ao longo de falhas normais NNE. É de grande importância a integração entre análise geométrica e cinemática dessas falhas com a evolução estratigráfica para uma evolução global da evolução geológica da Bacia do Araripe. Principais afloramentos de campo utilizados neste trabalho consistem em exposições formadas durante as obras de construção da ferrovia Transnordestina e da transposição do Rio São Francisco. A análise tectônica realizada para este trabalho identificou dois conjuntos principais de falhas: falhas orientadas segundo a direção NE-SW (mais antigas) e falhas orientadas na direção NW-SE e WNW-ESE (mais jovens). Além disso, foram também analisadas falhas transcorrentes e inversas. A tectônica rifte que afetou a Bacia do Araripe (extensional) reativou falhas antigas do embasamento Pré-Cambriano e, por sua vez, forneceu falhas normais de direção NE-SW e também gerou falhas de orientação E-W e NW-SE

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    O objetivo principal deste estudo foi a análise estratigráfica do Grupo Camaquã (transição Proterozóico-Fanerozóico) através de análises litofaciológicas, de paleocorrentes, petrográficas, de proveniência e de ambientes de sedimentação na região das Minas do Camaquã, na porção sudeste do estado do Rio Grande do Sul. O Grupo Camaquã preenche a Bacia do Camaquã, feição tectônica que cobre o Escudo Gaúcho. O Escudo Gaúcho, que se estende para o Uruguai, é caracterizado como uma colagem de terrenos suspeitos, sendo que os depósitos da Bacia do Camaquã situam-se preferencialmente ao longo dos limites destes terrenos condicionados à instalação e reativação de zonas de cisalhamento NE-SW. Considerando a movimentação tectônica dos terrenos em relação ao Cráton Rio de La Plata, dois grupos são identificados: (I) terrenos transportados de oeste (terrenos Rio Vacacai e Valentines), refletindo o fechamento de um oceano proterozóico ocidental - Oceano Charrua -, e (2) terrenos transportados de sul (terrenos Tijucas, Cerro da Árvore, Serra dos Pereira, Encruzilhada, Pelotas e Rocha), possivelmente relacionados ao fechamento do Oceano Adamastor. As unidades destes terrenos de suas coberturas anteriores à instalação do Grupo Camaquã serviram de áreas fontes. Embora controvertida quanto às denominações formais, a estratigrafia na área de estudos pôde ser separada em três conjuntos: inferior, médio e superior, correlacionados à litoestratigrafia do Grupo Camaquã como um todo: (I) inferior (Cl) formado por ritmitos psamo-pelíticos (depósitos de turbiditos, tempestitos e inunditos caracterizando corpo aquoso marinho da Formação Mangueirão; (II) médio (CM) constituído por depósitos rudáceos de fan deltas da Formação Vargas, progradantes sobre a unidade subjacente e (III) superior (CS) transicional (marinha e flúvio-deltaica) da Formação João Dias. A aplicação do conceito de fácies à área de estudos possibilitou individualizar associações de fácies que registram o empilhamento estratigráfico em cada formação, sendo equiparáveis à classificação de membros na litoestratigrafia formal. A Formação Mangueirão foi dividida em cinco associações de fácies compreendendo 2000m de espessura: (I) Cll representada por depósitos de turbiditos essencialmente arenosos; (II) Cl2 constituída por depósitos rudáceos de leques costeiros subaquáticos relacionados aos turbiditos; (III) Cl3 significando depósitos provavelmente de tempestitos; (IV) Cl4 formada por depósitos de águas rasas (inunditos) definidos como uma planície de maré e (V) Cl5 englobando já a porção subaérea do corpo aquoso representada por depósitos de frente deltaica. As paleocorrentes obtidas na Formação Mangueirão apresentam dispersão inicialmente para NNE na Associação Cll, indicando que a associação proveio de sul a sudoeste. Na Associação Cl2 as paleocorrentes indicaram que seus detritos vieram de sudoeste e, nas associações de fácies Cl3, Cl4 e Cl5, que os chatos provieram de sul. A análise dos fragmentos indica fontes no Terreno Valentines situado a SW. A Formação Vargas compõe-se de três associações de fácies granocrescentes para o topo perfazendo espessura de cerca de 500m: (I) CMl formada por arenitos conglomeráticos e paraconglomeráticos de leques subaquáticos de fan deltas; (II) CM2 composta de ortoconglomerados polimíticos de fácies canalizadas de depósitos de leques aluviais (sheet-flood e stream flow) e (III) CM3, restrita à porção NE da unidade, formada de depósitos de brechas e conglomerados de leques aluviais proximais. O conjunto da Formação Vargas representa depósitos de fan deltas que colmataram o corpo aquoso da Formação Mangueirão. As paleocorrentes obtidas na Formação Vargas indicaram (I) dispersão para N e NE na Associação CM1, indicando que as áreas fontes situar-se-iam a S e SW da região das Minas do Camaquã. Atualmente, a sul e a sudoeste da área de estudos encontra-se o Terreno Valentines; (II) a Associação CM2 refletiu paleotransporte para NW revelando áreas fontes a S e, principalmente, SSE. A análise de proveniência na Associação CM1 sugere fontes no Terreno Valentines (coberturas vulcano-sedimentares do Grupo Crespos e leucogranitos róseos de textura ranakivi no Uruguai), mas também do Terreno Rio Vacacaí, que exibe as mesmas associações de rochas. A análise de proveniência na Associação CM2 sugere fontes no Terreno Valentines, mas principalmente, no Terreno Serra das Encantadas a SSE, comprovada pelo domínio de clastos de milonitos e mármores relacionados a este terreno presentes no topo da associação. A Formação João Dias engloba três associações de fácies perfazendo espessura de cerca de 1500m: (I) CS1 formada por arenitos finos com estratificações hummocky de paleoambiente provavelmente marinho; (II) CS2 consituída de arenitos médios de planície deltaica e CS3 de arenitos médios e grossos fluviais, estas compondo um sistema flúvio-deltaico. Na Formação João Dias as poucas medidas de paleocorrentes obtidas indicaram fontes a SW representadas possivelmente pelo Terreno Valentines.The main aim of this study was stratigraphic analysis of the Camaquã Group at the Proterozoic-Phanerozoic transition using petrographic, facies, paleocurrent, provenance and sedimentary environment analyses of the Camaquã Mines region in the southeastern part of the State of Rio Grande do Sul. The Camaquã Group filled the Camaquã basin, an important tectonic feature of the Gaucho Shield . This shield, which extends into Uruguay, is the result of amalgamation of suspect terranes, while the deposits of the Camaquã basin are preferentially located along the terrane limits which are the result of installation and reactivation of NE-SW oriented shear zones. Two groups of terranes are separated according to their moviment relative to the Rio de La Plata craton: (1) the Vacacai and Valentines terranes which were transported eastwards during the closing of the (eastern) Charrua Ocean; and (2) the Tijucas, Cerro da Árvore, Serra dos Pereira, Encruzilhada, Pelotas and Rocha terranes, transported northwards, possibly during the closing of the Adamastor Ocean. Units of these terranes and cover rocks older than the Camaquã Group were source areas. Although there is controversy concerning formal definitions, the stratigraphy of the studied area can be separated into lower, middle, and upper units which are correlated to the global lithostratigraphy of the Camaquã Group. The lower group (CI) is composed of psammo-pelithic rhythmites which include turbidites, tempestites and inundites formed in the marine body of the Mangueirão Formation. The middle group (CM) is constituted by fan delta rudaceous deposits of the Vargas Formation which prograde over the earlier group. The upper group (CS) is the João Dias Formation which is transitional between marine and fluvial-deltaic. Application of the facies concept allowed the separation of facies associations which define the stratigraphic sucession in each formation, and which are equivalent fo the members classified in formal lithostratigraphy. The Mangueirão Formation was divided into five facies associations ehich together reach a thickness of 2000m. (1) CI1 - essentially arenaceous turidites; (2) CI2 - rudaceous deposits of subaqueous coastal fans related to the turbidites; (3) CI3 - possible tempesties; (4) CI4 - shallow water inundites of tidal plains; (5) CI5 - the subaerial part of a delta front. Paleocurrent analysis showed NNE-wards dispersion in CI1, indicating provenance from the south and southwest. In CI2 the paleocurrents are from the southwest, while in the ramaining facies associations they were from the south. Fragment analyses shows that the source was in the Valentines terrane. Three upward-coarsening facies associations comprise the Vargas Formation with a total thickness of about 500m: (1) CI1 - conglomeratic arenites and paraconglomerates of submarine fans formed in fan deltas; (2) CM2 - polymict orthoconglomerates of the channel facies (sheet flood and stream flow) deposits of alluvial fans; (3) CM2 - breccias and conglomerates of proximal alluvial fans, which are restricted to the northeastern part of the unit. The Vargas Formation as a whole represents fan deltas which filled the water body of the Mangueirão Formation. Paleocurrents show northwards to northeastwards dispersion in CM1, suggesting that the source areas were southwards and southwestwards of the Camaquã Mines region where the Valentines terrane is presently situated. Northwestwards transport was found in CM2, with sources to the south and, principally, to the southeast. CM3 indicates some data showing transport to the southwestwards. Provenance analysis for CM1 revealed not only the Valentines terrane, including volcanosedimentary cover rocks of the Crespos Group and rapakivi-textured leucogranites from Uruguay, but probably also the Rio Vacacai terrane, which has similar rock associations. Sources of CM2 are also in the Valentines terrane, but also in the Serra das Encantadas terrane to the south-southeast, as show by the predominance at the top of the association of clasts of mylonites and marbles derived from this terrane. The thickness of João Dias Formation reaches about 1,500m, and it is composed of three facies associations: (1) CS1 - fine hummocky cross stratified arenites of marine association; (2) CS2 - fine to medium arenites of delta plain and (3) CS3 - fine to pebbly coarse arenites of fluvial system. The few paleocurrent measurements indicated sources to the southwest, possibly in the Valentines terrane

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    O objetivo principal deste estudo foi a análise estratigráfica do Grupo Camaquã (transição Proterozóico-Fanerozóico) através de análises litofaciológicas, de paleocorrentes, petrográficas, de proveniência e de ambientes de sedimentação na região das Minas do Camaquã, na porção sudeste do estado do Rio Grande do Sul. O Grupo Camaquã preenche a Bacia do Camaquã, feição tectônica que cobre o Escudo Gaúcho. O Escudo Gaúcho, que se estende para o Uruguai, é caracterizado como uma colagem de terrenos suspeitos, sendo que os depósitos da Bacia do Camaquã situam-se preferencialmente ao longo dos limites destes terrenos condicionados à instalação e reativação de zonas de cisalhamento NE-SW. Considerando a movimentação tectônica dos terrenos em relação ao Cráton Rio de La Plata, dois grupos são identificados: (I) terrenos transportados de oeste (terrenos Rio Vacacai e Valentines), refletindo o fechamento de um oceano proterozóico ocidental - Oceano Charrua -, e (2) terrenos transportados de sul (terrenos Tijucas, Cerro da Árvore, Serra dos Pereira, Encruzilhada, Pelotas e Rocha), possivelmente relacionados ao fechamento do Oceano Adamastor. As unidades destes terrenos de suas coberturas anteriores à instalação do Grupo Camaquã serviram de áreas fontes. Embora controvertida quanto às denominações formais, a estratigrafia na área de estudos pôde ser separada em três conjuntos: inferior, médio e superior, correlacionados à litoestratigrafia do Grupo Camaquã como um todo: (I) inferior (Cl) formado por ritmitos psamo-pelíticos (depósitos de turbiditos, tempestitos e inunditos caracterizando corpo aquoso marinho da Formação Mangueirão; (II) médio (CM) constituído por depósitos rudáceos de fan deltas da Formação Vargas, progradantes sobre a unidade subjacente e (III) superior (CS) transicional (marinha e flúvio-deltaica) da Formação João Dias. A aplicação do conceito de fácies à área de estudos possibilitou individualizar associações de fácies que registram o empilhamento estratigráfico em cada formação, sendo equiparáveis à classificação de membros na litoestratigrafia formal. A Formação Mangueirão foi dividida em cinco associações de fácies compreendendo 2000m de espessura: (I) Cll representada por depósitos de turbiditos essencialmente arenosos; (II) Cl2 constituída por depósitos rudáceos de leques costeiros subaquáticos relacionados aos turbiditos; (III) Cl3 significando depósitos provavelmente de tempestitos; (IV) Cl4 formada por depósitos de águas rasas (inunditos) definidos como uma planície de maré e (V) Cl5 englobando já a porção subaérea do corpo aquoso representada por depósitos de frente deltaica. As paleocorrentes obtidas na Formação Mangueirão apresentam dispersão inicialmente para NNE na Associação Cll, indicando que a associação proveio de sul a sudoeste. Na Associação Cl2 as paleocorrentes indicaram que seus detritos vieram de sudoeste e, nas associações de fácies Cl3, Cl4 e Cl5, que os chatos provieram de sul. A análise dos fragmentos indica fontes no Terreno Valentines situado a SW. A Formação Vargas compõe-se de três associações de fácies granocrescentes para o topo perfazendo espessura de cerca de 500m: (I) CMl formada por arenitos conglomeráticos e paraconglomeráticos de leques subaquáticos de fan deltas; (II) CM2 composta de ortoconglomerados polimíticos de fácies canalizadas de depósitos de leques aluviais (sheet-flood e stream flow) e (III) CM3, restrita à porção NE da unidade, formada de depósitos de brechas e conglomerados de leques aluviais proximais. O conjunto da Formação Vargas representa depósitos de fan deltas que colmataram o corpo aquoso da Formação Mangueirão. As paleocorrentes obtidas na Formação Vargas indicaram (I) dispersão para N e NE na Associação CM1, indicando que as áreas fontes situar-se-iam a S e SW da região das Minas do Camaquã. Atualmente, a sul e a sudoeste da área de estudos encontra-se o Terreno Valentines; (II) a Associação CM2 refletiu paleotransporte para NW revelando áreas fontes a S e, principalmente, SSE. A análise de proveniência na Associação CM1 sugere fontes no Terreno Valentines (coberturas vulcano-sedimentares do Grupo Crespos e leucogranitos róseos de textura ranakivi no Uruguai), mas também do Terreno Rio Vacacaí, que exibe as mesmas associações de rochas. A análise de proveniência na Associação CM2 sugere fontes no Terreno Valentines, mas principalmente, no Terreno Serra das Encantadas a SSE, comprovada pelo domínio de clastos de milonitos e mármores relacionados a este terreno presentes no topo da associação. A Formação João Dias engloba três associações de fácies perfazendo espessura de cerca de 1500m: (I) CS1 formada por arenitos finos com estratificações hummocky de paleoambiente provavelmente marinho; (II) CS2 consituída de arenitos médios de planície deltaica e CS3 de arenitos médios e grossos fluviais, estas compondo um sistema flúvio-deltaico. Na Formação João Dias as poucas medidas de paleocorrentes obtidas indicaram fontes a SW representadas possivelmente pelo Terreno Valentines.The main aim of this study was stratigraphic analysis of the Camaquã Group at the Proterozoic-Phanerozoic transition using petrographic, facies, paleocurrent, provenance and sedimentary environment analyses of the Camaquã Mines region in the southeastern part of the State of Rio Grande do Sul. The Camaquã Group filled the Camaquã basin, an important tectonic feature of the Gaucho Shield . This shield, which extends into Uruguay, is the result of amalgamation of suspect terranes, while the deposits of the Camaquã basin are preferentially located along the terrane limits which are the result of installation and reactivation of NE-SW oriented shear zones. Two groups of terranes are separated according to their moviment relative to the Rio de La Plata craton: (1) the Vacacai and Valentines terranes which were transported eastwards during the closing of the (eastern) Charrua Ocean; and (2) the Tijucas, Cerro da Árvore, Serra dos Pereira, Encruzilhada, Pelotas and Rocha terranes, transported northwards, possibly during the closing of the Adamastor Ocean. Units of these terranes and cover rocks older than the Camaquã Group were source areas. Although there is controversy concerning formal definitions, the stratigraphy of the studied area can be separated into lower, middle, and upper units which are correlated to the global lithostratigraphy of the Camaquã Group. The lower group (CI) is composed of psammo-pelithic rhythmites which include turbidites, tempestites and inundites formed in the marine body of the Mangueirão Formation. The middle group (CM) is constituted by fan delta rudaceous deposits of the Vargas Formation which prograde over the earlier group. The upper group (CS) is the João Dias Formation which is transitional between marine and fluvial-deltaic. Application of the facies concept allowed the separation of facies associations which define the stratigraphic sucession in each formation, and which are equivalent fo the members classified in formal lithostratigraphy. The Mangueirão Formation was divided into five facies associations ehich together reach a thickness of 2000m. (1) CI1 - essentially arenaceous turidites; (2) CI2 - rudaceous deposits of subaqueous coastal fans related to the turbidites; (3) CI3 - possible tempesties; (4) CI4 - shallow water inundites of tidal plains; (5) CI5 - the subaerial part of a delta front. Paleocurrent analysis showed NNE-wards dispersion in CI1, indicating provenance from the south and southwest. In CI2 the paleocurrents are from the southwest, while in the ramaining facies associations they were from the south. Fragment analyses shows that the source was in the Valentines terrane. Three upward-coarsening facies associations comprise the Vargas Formation with a total thickness of about 500m: (1) CI1 - conglomeratic arenites and paraconglomerates of submarine fans formed in fan deltas; (2) CM2 - polymict orthoconglomerates of the channel facies (sheet flood and stream flow) deposits of alluvial fans; (3) CM2 - breccias and conglomerates of proximal alluvial fans, which are restricted to the northeastern part of the unit. The Vargas Formation as a whole represents fan deltas which filled the water body of the Mangueirão Formation. Paleocurrents show northwards to northeastwards dispersion in CM1, suggesting that the source areas were southwards and southwestwards of the Camaquã Mines region where the Valentines terrane is presently situated. Northwestwards transport was found in CM2, with sources to the south and, principally, to the southeast. CM3 indicates some data showing transport to the southwestwards. Provenance analysis for CM1 revealed not only the Valentines terrane, including volcanosedimentary cover rocks of the Crespos Group and rapakivi-textured leucogranites from Uruguay, but probably also the Rio Vacacai terrane, which has similar rock associations. Sources of CM2 are also in the Valentines terrane, but also in the Serra das Encantadas terrane to the south-southeast, as show by the predominance at the top of the association of clasts of mylonites and marbles derived from this terrane. The thickness of João Dias Formation reaches about 1,500m, and it is composed of three facies associations: (1) CS1 - fine hummocky cross stratified arenites of marine association; (2) CS2 - fine to medium arenites of delta plain and (3) CS3 - fine to pebbly coarse arenites of fluvial system. The few paleocurrent measurements indicated sources to the southwest, possibly in the Valentines terrane

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    Na porção centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, sobre rochas metamórficas e ígneas do Escudo Gaúcho, afloram coberturas não metamorfizadas do Neoproterozóico III-Eopaleozóico reunidas no Supergrupo Camaquã. Esta unidade é formada, da base para o topo, pelas seguintes unidades: (i) Grupo Maricá (siliciclástico), (ii) Grupo Bom Jardim (vulcano-sedimentar), (ii) Formação Acampamento Velho (vulcânica), (iii) Grupo Santa Bárbara (siliciclástico), (iv) Grupo Guaritas (siliciclástico) e (v) Suíte Intrusiva Rodeio Velho. O Supergrupo Camaquã aflora em três sub-bacias de direção preferencial NNE-SSW (sub-bacias Camaquã Ocidental, Central e Oriental), separadas pelos altos de embasamento de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas, com espessura superior a 6000 m. O objetivo desta tese foi o estudo da evolução tectono-sedimentar do Grupo Santa Bárbara com base a dados de mapeamento geológico (em escalas regional, de semi-detalhe e de detalhe), litoestratigráficos, sedimentológicos de proveniência e paleocorrentes, de sistemas deposicionais, de evolução paleogeográfica, de estratigrafia de seqüências, petrográficos e estruturais. O Grupo Santa Bárbara aflora nas três sub-bacias que compreendem o Supergrupo Camaquã no RS e é caracterizado por uma espessa sucessão siliciclástica (superior a 6000 m de espessura) posterior à atividade vulcânica principal. Este grupo subdivide-se em: (i) Formação Estância Santa Fé, restrita à Sub-Bacia Camaquã Ocidental; (ii) Formação Passo da Capela; dominando a Sub-Bacia Camaquã Oriental e alcançando a base da Sub-Bacia Camaquã Central; (iii) Formação Seival, com exposições na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e na Sub-Bacia Camaquã Central; (iv) Formação Rincão dos Mouras, discordante sobre a Formação Passo da Capela na Sub-Bacia Camaquã Oriental e sobre a Formação Seival nas demais sub-bacias e (v) Formação João Dias, exposta apenas na Sub-Bacia Camaquã Central cobrindo a Formação Rincão dos Mouras. A Formação Estância Santa Fé ocorre em discordância erosiva e levemente angular tanto sobre unidades do Grupo Bom Jardim quanto da Formação Acampamento Velho. Compõe-se de conglomerados e arenitos, subordinadamente siltitos e arenitos finos, com até 1200 m de espessura. Estes depósitos são interpretados como sistemas de leques aluviais dominados por processos de enchentes em lençol e canais fluviais de rios entrelaçados. A análise de paleocorrentes indica dois padrões de transporte sedimentar: um transversal à bacia, associado aos leques aluviais; e outro paralelo ao eixo da bacia, com transporte axial para norte em planícies de rios entrelaçados. A Formação Passo da Capela apresenta a maior espessura já verificada dentro do Grupo Santa Bárbara, alcançando cerca de 4000 m na Sub-Bacia Camaquã Oriental. A principal associação litofaciológica compreende conglomerados e arenitos grossos depositados por fluxos gravitacionais de massa subaquosos e arenitos e ritmitos gerados por correntes de turbidez, representativos de ambiente de leques submarinos. Estes depósitos de leques intercalam-se com arenitos e ritmitos de ambiente marinho (indicado por minerais de glauconita), dominado por ondas de tempestades. A Formação Passo da Capela apresenta, ainda, intercalações de dois níveis de sismitos indicativos de atividade tectônica normal sin-sedimentar, e quatro camadas pouco espessas de tufitos félsicos nos intervalos estratigráficos basais. A análise de paleocorrentes indica padrão longitudinal às bordas da bacia com sentido preferencial para NNE. A Formação Seival (até 1000 m) ocorre diretamente sobre a Formação Estância Santa Fé na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e na Sub-Bacia Camaquã Central, em contato tectônico com a Formação Passo da Capela. Constitui-se de arenitos médios a muito finos com subordinada contribuição de arenitos grossos, além de siltitos, depositados em ambiente marinho de: (i) baía estuarina e planície litorânea, (ii) tempestitos de costa-afora e (iii) planície de mares. As paleocorrentes indicam transporte principal para N. A Formação Rincão dos Mouras (até 2000 m), comum a todas as sub-bacias, constitui-se de conglomerados e arenitos conglomeráticos depositados principalmente por sistemas de leques aluviais e fluviais entrelaçados. As análises de proveniência e paleocorrentes indicam que os altos de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas serviram como área fonte para esses depósitos aluviais, sugerindo o soerguimento destes altos durante a evolução do preenchimento sedimentar desta unidade. Desta forma, a Formação Rincão dos Mouras marca a compartimentação tectônica da Bacia do Camaquã em sub-bacias através do soerguimento de altos internos. A Formação João Dias, restrita à Sub-Bacia Camaquã Central engloba espessos depósitos (>500 m) de arenitos marinhos costeiros dominados por ondas. Esta unidade caracteriza-se pelo predomínio de arenitos médios bem selecionados, apesar de localmente ocorrerem arenitos finos e camadas pouco espessas de conglomerados finos (níveis com seixos residuais). São os depósitos de maior expressão areal na região das Minas do Camaquã, limitando-se por discordância angular e erosiva com os arenitos e arenitos conglomeráticos do Grupo Guaritas, sobrepostos. A Formação João Dias compreende depósitos de antepraia, de face litorânea superior e tempestitos litorâneos. A análise estratigráfica de fácies e sistemas deposicionais permitiu a individualização de três seqüências deposicionais nas sub-bacias Camaquã Oriental e Central e duas seqüências na Sub-Bacia Camaquã Ocidental. O reconhecimento de tratos de sistemas possibilitou a correlação espacial e temporal dos diversos sistemas deposicionais nas diferentes sub-bacias. Basicamente estas seqüências marcam a evolução de três eventos deposicionais associados a variações tectônicas e eustáticas. A sucessão basal (Seqüência Santa Bárbara 1 - SB1) compreende sistemas aluviais que passam lateralmente para sistemas de leque submarino (trato de mar baixo), recobertos por uma sucessão marinha caracterizada por depósitos rasos na borda ocidental e profundos na oriental (trato transgressivo e de mar alto). A Seqüência Santa Bárbara 2 (SB2) é caracterizada por depósitos de planícies fluviais de canais entrelaçados na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e por depósitos marinhos nas sub-bacias Camaquã Central e Oriental. A seqüência de topo (Seqüência Santa Bárbara 3 - SB3) marca a reorganização tectônica da Bacia do Camaquã que passa a ser individualizada em sub-bacias separadas pelos altos de embasamento de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas. O soerguimento destes altos internos propiciou a instalação de sistemas de leques aluviais e de planícies fluviais que caracterizam as sucessões basais desta seqüência (trato de mar baixo). O topo desta seqüência registra o último evento de ingressão marinha no Grupo Santa Bárbara, caracterizado por depósitos costeiros da Formação João Dias (trato transgressivo e de mar alto). A integração das análises de proveniência de clastos com as interpretações dos ambientes deposicionais e as análises de paleocorrentes levaram a duas conclusões. Em primeiro lugar, constatou-se que existe correlação direta entre os fragmentos presentes na bacia e os litotipos do embasamento atualmente adjacente, indicando assim que movimentações laterais nas falhas de borda da bacia não ocorreram ou, caso aconteceram, não foram importantes na deposição do Grupo Santa Bárbara. Além disso, identificou-se que a contribuição detrítica de altos de embasamento (e.g. Caçapava do Sul), passa a acontecer somente na última seqüência deposicional, sugerindo que o isolamento entre as sub-bacias Camaquã Ocidental, Central e Ocidental ocorreu apenas em um período tardio de evolução do Grupo Santa Bárbara. Tais evidências, aliadas às análises da tectônica sin-sedimentar, indicam que a atividade tectônica responsável pela formação da bacia foi predominantemente de caráter normal, sem deslocamento lateral das áreas fontes em relação aos depósitos delas derivados. As evidências estruturais de transcorrência provavelmente refletem deformações anteriores do embasamento, ou posteriores que moldaram a configuração atualmente verificada. A integração dos dados obtidos aponta que o Grupo Santa Bárbara e, por extensão todo o Supergrupo Camaquã, depositou-se em uma bacia extensional tipo rift, com falhas de borda de rejeito normal ou oblíquo, sem grandes rejeitos direcionais, cujo preenchimento sedimentar foi controlado sobretudo pela subsidência tectônica, aporte clástico e padrões de transporte sedimentar, sob influência das variações relativas do nível do mar.In the central southern part of Rio Grande do Sul state, unmetamorphosed cover rocks of the Neoproterozoic III-Early Paleozoic Camaguã Supergroup overly metamorphic and igneous rocks of the Gaúcho shield. The supergroup is formed by the following units, from base to top: (i) the siliciclastic Maricá Group; (ii) the volcano-sedimentary Bom Jardim Group; (iii) the volcanic Acampamento Velho Formation; (iv) the siliciclastic Santa Bárbara Group; (v) the siliciclastic Guaritas Group; and (vi) the Rodeio Velho intrusive suite. The supergroup, with a thickness of over 6,000m, crops out in three NNE-SSW oriented sub-basins - Western, Central and Eastern Camaquã, separated by the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs. The aim of this thesis was a study of the tectono-sedimentary evolution of the Santa Bárbara Group using data obtained through regional, semi-detailed and detailed mapping, lithostratigraphic and sedimentological data, studies of provenance and paleocurrents, depositional systems, paleogeographic evolution, sequence stratigraphy, and petrographic and structural studies. The Santa Bárbara Group crops out in the three Camaquã sub-basins and is composed of over 6,000m of siliciclastic sediments deposited after the main volcanic activity. The Group may be subdivided into: the Estância Santa Fé Formation, restricted to the western sub-basin; (ii) the Passo da Capela Formation which dominates the eastern sub-basin, and reaches the baseof the central sub-basin; (iii) the Seival Formation, exposed in the western and central sub-basins; (iv) the Rincão dos Mouras Formation which discordantly overlies the Passo da Capela Formation in the western sub-basin, and the Seival Formation in the other sub-basins; and (v) the João Dias Formation, exposed only in the central sub-basin where it overlies the Rincão dos Mouras Formation. An erosive and slightly angular unconformity separates the Estância Santa Fé Formation from units of the Bom Jardim Group and the Acampamento Velho Formation. It is composed of up to 1,200m of conglomerates and arenites with subbordinate siltites and fine-grained arenites. These deposits are interpreted to be of alluvial fans dominated by sheet floods, and channel deposits in braided rivers. Paleocurrents show that two transport directions existed, one across the basin, responsible for the alluvial fans, the other northwards along the basin axis in the floodplains of the braided rivers. The Passo da Capela Formation is the thickest unit of the Santa Bárbara Group, reaching a thickness of about 4,000m in the eastern sub-basin. The main lithofacies is composed of conglomerates and coarse-grained arenites deposited by subaqueous gravity flows, and arenites and rhythmites deposited by turbidity currents, in submarine fans. The fan deposites are intercalated with marine arenites and rhythmites containing glauconite deposited by storm waves. This formation also contains two main levels of seismic deposits which indicate the action of syn-sedimentary tectonics, a four thin layers of felsics tuffites within the basal levels. Paleocurrent analysis shows that transport was preferentially north-northeastwards, parallel to the borders of the basin. The Seival Formation, with a thickness up to 1,000m, was deposited directly over the Estância Santa Fé Formation in the western sub-basin, and in tectonic contact with the Passo da Capela Formation in the central sub-basin. It is composed of medium- to very fine - grained arenites with subordinate coarse-grained arenites and siltites, deposited in marine environments of: (i) estuary bay and shoreline plain; (ii) estuary bay and shoreline plain; (ii) off-shore storm deposits; and (iii) tidal platform. Transport was mainly northwards. The Rincão dos Mouras Formation, up to 2,000m thick, is present in all sub-basins, and is composed of conglomerates and conglomeratic arenites deposited mainly in alluvial fans and braided rivers. Paleocurrent analysis shows that the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs must have been the source areas for these alluvial deposits, which suggests that these areas were up-lifted during the course of sedimentation of this unit. The Rincão dos Mouras Formation therefore records the separation of the Camaquã Basin into sub-basins through uplift of internal highs. The João Dias Formation, restricted to the central sub-basin, includes more than 500m thick deposits of marine arenites formed in a wave-dominated coastal environment. Well-sorted medium-grained arenites predominate in this unit. though fine-grained arenites and thin conglomerates with lags occur locally. The deposits are most expressive around the Camaquã Mines, and are separated from arenites and conglomeratuc arenites of the overlying Guaritas Group by an angular uncoformity. The formation corresponds to foreshore, upper shoreface and storm deposits in a shallow coastal environments. Stratrigraphic facies and depositional system analysis showed that the depositional sequences are present in the eastern and central sub-basins, and two in the western sub-basin. The recognition of tracts of systems lead to spatial and temporal correlations of the different depositional systemas in the different sub-basins. In essence these sequences record the evolution of three depositional events related to tectonic and eustatic variations. The basal sucession (Santa Bárbara Sequence 1- SB1) is composed of alluvial systems which grade laterally to submarine fan systems - the lowstand tract - overlain by marine sucession with shallow-water deposits at the western border and deep-water deposits in the east - transgressive and highstand tracts. The Santa Bárbara Sequence 2 - SB2 - is formed by braided channell river flood plains in the western sub-basin, and marine deposits int he central and eastern sub-basins. The upper sequence, Santa Bárbara Sequence 3 - SB3- registers the tectonic reorganization of the Camaquã Basin which becomes separated into the three sub-basins by the elevation of the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs. This uplift lead to the installation of alluvial fans and flood plains which are typical of the lower successions of this sequence, during the lowstand tract. The top of this sequence, during the lowstand tract. The top of this sequence registers the last marine ingression in the Santa Bárbara Group on the form of the coastal deposits of the João Dias Formation (the transgressive and highstand tracts). The integration of studies of the provenance of clasts with the interpretations of the depositional systems and the paleocurrent analysis leads to two main conclusions. The first is that there is a direct correlation between the fragments present within the basin and the rock types which are now adjacent to the basin, indicating that lateral movement did not occur along the basin margin faults, or, if they did occur, then they did not have an important influence on the deposition of the Santa Bárbara Group. It was also shown that the contribution of detritus by the basement highs only occurred in the last depositional sequence, suggesting that the isolation of the three sub-basins only occurred at a late stage of the evolution of the group. Such evidence, taken together with the analysis of syn-depositional tectonics, shows that the tectonic activity responsible for basin formation was essencially normal, with no lateral movement of source areas in relations to the sediments derived from them. Structural evidence for transcurrent movements probably reflected earlier or later deformations which produced the presently observed configuration of the basin. The integration of the data also shows that the Santa Bárbara Group and, by extension, the entire Camaquã Supergroup, was deposited in an extensional rift, whose border faults had normal or oblique throw without large slip movements, and whose sedimentary infilling was controlled mainly by tectonic subsidence, the clastic supply and the sedimentary transport under the influence of sea level variations
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