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Estudo da estabilização na liga Cu-Al-Mn com memória de forma
Este trabalho teve por objetivo estudar alguns tratamentos térmicos para se eliminar ou inibir o
processo de estabilização da martensita que é um fenômeno indesejado nas aplicações
tecnológicas das ligas com memória de forma, provocando importantes alterações nos fenômenos
de memória de forma, resultando em importantes modificações nos comportamentos físicosmecânicos
do material. A estabilização da martensita pode ser eliminada ou atenuada através do
emprego de tratamentos térmicos específicos ou a utilização de novos elementos de ligas. O
estudo do envelhecimento envolve também os comportamentos das interfaces
martensita/martensita e austenita/martensita, e da tensão crítica de indução da transformação. Foi
estudada uma liga de composição nominal Cu-10%Al-8,4%Mn, que tem temperaturas críticas das
transformações martensíticas em torno da temperatura ambiente, obtida a partir da fusão dos
elementos químicos num forno de indução de 24 KVa. Amostras foram preparadas para estudo da
microestrutura (microscopia ótica), da estrutura cristalina (difração de raios-X), para
caracterização das temperaturas de transformação de fase (resistividade elétrica e ensaio de
flexão). As amostras foram submetidas aos seguintes tratamentos térmicos de betatização:
Têmpera em água a 25°C (BT25), Têmpera em água a 100°C (BT100) e Têmpera ao Ar (BTAr).
Em seguida a liga foi caracterizada microestruturalmente apresentando a fase martensítica β 1,
que após aquecimento apresenta as características da transformação martensítica inversa, com a
fase austenítica ou matriz com estrutura de super-rede DO3. Na difração de raios-X foram obtidas
características da fase martensítica β 1, com planos característicos da estrutura ordenada
ortorrômbica 18R (β 1). Na resistividade elétrica a baixa temperatura analisou-se o
comportamento das curvas de resistividade elétrica versus temperatura, para os diferentes
procedimentos de tratamentos térmicos, e a partir das curvas foram determinadas às temperaturas
críticas de transformação (AS, AF, MS e MF), as amplitudes térmicas (AT) e as histereses térmicas
(HT). Foram realizados ensaios de flexão do tipo viga engastada para simular o efeito memória de
forma com uma carga de 13 MPa aplicada à amostra através de um sistema de polia sendo
realizada a ciclagem térmica. As curvas da deformação versus temperatura após carregamento da
amostra na fase martensítica apresenta uma deformação, em seguida é aquecida e depois
resfriada. No aquecimento há um comportamento linear da deformação em função da
temperatura. No resfriamento a amostra apresenta um aumento da deformação pseudoplástica. Na
resistividade elétrica a alta temperatura verificou-se as modificações nas curvas de temperaturas
elevadas onde ocorrem às reações de transição ordem-desordem e de precipitação de fases.
Difrações de raios-X foram realizadas a fim de se observar as modificações estruturais da fase
martensítica. Os resultados foram analisados em função dos fenômenos da estabilização
martensítica tais como supersaturação de lacunas de têmpera e transições ordem-desordem. Os
resultados indicam alguns parâmetros que devem ser utilizados para minimizar os problemas
causados pelo envelhecimento das ligas Cu-Al-Mn com memória de form
Heat treatments and thermomechanical cycling influences on the R-phase in Ti-Ni shape memory alloys
This article studies changes observed on the R-phase thermoelastic behavior in a near-equiatomic Ti-Ni shape memory alloy. Three kinds of procedures have been performed: different treatments, thermomechanical cycling under constant loading in shape memory helical springs and thermal cycling in as-treated and trained samples. Several heat treatments were carried out to investigate evolution of the R-phase by differential scanning calorimetry (DSC). A heat treatment was chosen on which R-phase is absent. Shape memory springs were produced and submitted to a training process in an apparatus by tensioning the springs under constant loading. Thermal cycling in DSC was realized in as-treated and trained samples. Several aspects of one-step (B2→B19') and two-steps (B2→R→B19') martensitic transformations and R-phase formation and their evolution during tests were observed and discussed