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    Obesidade e Microbiota Intestinal: o que sabemos até agora? Obesity and Gut Microbiota: what do we know so far?

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    Introdução: A obesidade é um problema de importância global, que vem aumentando significativamente ao longo das últimas décadas. Estima-se que há mais de 600 milhões de adultos obesos. Diversos tratamentos já estão estabelecidos na literatura, tais quais dietas/mudança de estilo de vida, medicações como Liraglutida e cirurgia bariátrica. O papel da microbiota intestinal na obesidade é desempenhado por diversos mecanismos, como aumento do funcionamento de células enteroendócrinas, homeostase de glicose e leptina e manutenção de GLP-2. Há impacto da microbiota na redução do peso, IMC, circunferência abdominal e gordura corpórea. O objetivo deste trabalho foi encontrar os dados conhecidos até o momento sobre o papel da microbiota intestinal na obesidade e quais lacunas havia nessa relação. Método: busca na literatura por artigos sobre microbiota intestinal e obesidade, pelo método PRISMA.Resultado: estudos mostraram associação entre espécies presentes na microbiota e obesidade em diversas populações. Foi observado que a suplementação de prebióticos associada à dieta teve maior impacto no peso e gordura corpórea do que apenas a dieta. Os probióticos também impactaram na DM (1 e 2), síndrome metabólica e gravidez. Discussão: Faltam estudos mais sistematizados sobre espécies e quantidades para permitir aplicação prática da suplementação de probióticos. Conclusão: Apesar de mais estudos serem necessários para elucidar a prática da suplementação, a influência da microbiota intestinal na obesidade já é clara

    Fatores que afetam a erradicação do Helicobacter pylori usando um tratamento triplo de sete dias com um inibidor de bomba de prótons associado ao tinidazol e a claritromicina, em pacientes brasileiros com úlcera péptica

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    O esquema tríplice tem sido demonstrado como sendo o melhor tratamento para a erradicação do Helicobacter pylori. Nos países industrializados o uso de um inibidor de bomba de prótons associado a claritromicina e a amoxicilina ou a um nitroimidazólico, tem proporcionado os melhores resultados. Objetivamos estudar na nossa população a taxa de erradicação do H. pylori para a associação de um inibidor de bomba de prótons com o tinidazol e a claritromicina e determinar se a resposta ao tratamento é influenciada pelo tratamento prévio, sexo, tabagismo, alcoolismo, idade e uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). PACIENTES E PROCEDIMENTOS: Duzentos pacientes com diagnóstico endoscópico de úlcera péptica e com infecção pelo H. pylori, confirmada pelo exame histológico e pelo teste rápido da urease (TRU), foram incluídos no estudo. Um inibidor de bomba de prótons (lansoprazol 30mg ou omeprazol 20 mg), tinidazol 500mg e claritromicina 250mg foram ministrados duas vezes ao dia, por um período de 7 dias. A erradicação era determinada depois de 10 a 12 semanas após o fim do tratamento, por histologia e TRU. RESULTADOS: O percentual de erradicação do H. pylori (por protocolo) foi de 65% (128/196 pacientes). Para pacientes previamente tratados o valor foi de 53%, aumentando para 76% nos pacientes não previamente tratados com diferença estatística (pTriple therapy is accepted as the treatment of choice for H. pylori eradication. In industrialized countries, a proton pump inhibitor plus clarithromycin and amoxicillin or nitroimidazole have shown the best results. Our aims were: 1. To study the eradication rate of the association of a proton pump inhibitor plus tinidazole and clarithromycin on H. pylori infection in our population. 2. To determine if previous treatments, gender, age, tobacco, alcohol use, and non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) change the response to therapy. METHODS: Two hundred patients with peptic ulcer (upper endoscopy) and H. pylori infection (histology and rapid urease test - RUT) were included. A proton pump inhibitor (lansoprazole 30 mg or omeprazole 20 mg), tinidazole 500 mg, and clarithromycin 250 mg were dispensed twice a day for a seven-day period. Eradication was assessed after 10 to 12 weeks of treatment through histology and RUT. RESULTS: The eradication rate of H. pylori per protocol was 65% (128/196 patients). This rate was 53% for previously treated patients, rising to 76% for not previously treated patients, with a statistical difference

    Low efficacy of an ultra-short term, once-daily dose triple therapy with omeprazole, azithromycin, and secnidazole for Helicobacter pylori eradication in peptic ulcer

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    PURPOSE: To determine the eradication rate of an ultra-short treatment schedule for Helicobacter pylori infection in a population with peptic ulcers, using omeprazole, secnidazole, and azithromycin in a once-daily dose for 3 days. METHODS: Thirty patients with peptic ulcer diagnosed by upper endoscopy and for Helicobacter pylori infection by rapid urease test and histologic examination received omeprazole 40 mg, secnidazole 1000 mg, and azithromycin 500 mg, administered once daily for 3 days. A follow-up exam was performed 12 weeks after the end of the treatment. Patients who were negative for Helicobacter pylori infection by rapid urease test and histologic examination were considered cured. RESULTS: Patients were predominantly female, and the mean age was 50 years. Duodenal peptic ulcer was found in 73% of the patients. Eradication was achieved in 9 of the 28 (32%) patients as determined from the follow-up endoscopic exam. The eradication rate by intention to treat was 30%. Side effects were present in 3% of the patients, and compliance to treatment was total. CONCLUSIONS: In spite of the low rate of side effects and good compliance, the eradication index was low. A possible drawback of this therapy is that it reduces the efficacy of macrolide and nitroimidazole compounds in subsequent treatments.OBJETIVO: Testar a eficácia de um esquema ultra-curto de erradicação do H. pylori em uma população de ulcerosos, usando Omeprazol, Secnidazol e Azitromicina em dose única diária por três dias. PACIENTES E MÉTODOS: Trinta doentes portadores de úlcera péptica, documentada por exame endoscópico e com infecção pelo H. pylori confirmada pelo teste da urease e exame histológico, foram tratados com Omeprazol 40mg, Secnidazol 1000 mg e Azitromicina 500mg dados em dose única diária por três dias. Em controle endoscópico realizado 12 semanas após o término do tratamento, foram considerados curados da infecção os pacientes que apresentaram o teste da urease e exame histológico negativos para a bactéria. RESULTADOS: As mulheres predominaram (63%), a idade média foi de 50 anos e a úlcera duodenal foi identificada em 73% dos pacientes. Nos 28 doentes que realizaram o exame de controle, a erradicação foi constatada em nove (32%). Por intenção de tratamento o índice foi de 30%. A adesão ao tratamento foi total e houve um baixo índice de efeitos adversos (3%). CONCLUSÃO: O esquema apesar de proporcionar alta adesão e poucos efeitos adversos, apresenta baixa taxa de erradicação, mesmo em se considerando um país em desenvolvimento e apresenta como possível agravante comprometer a eficácia de outros macrolídeos e nitroimidazólicos no uso de esquemas de erradicação subseqüentes

    Omeprazole, Furazolidone, and Tetracycline: an eradication treatment for resistant H. pylori in Brazilian patients with peptic ulcer disease

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    OBJECTIVES: To determine the efficacy of a simple, short-term and low-cost eradication treatment for Helicobacter pylori (H. pylori) using omeprazole, tetracycline, and furazolidone in a Brazilian peptic ulcer population, divided into 2 subgroups: untreated and previously treated for the infection. PATIENTS AND METHODS: Patients with peptic ulcer disease diagnosed by endoscopic examination and infected by H. pylori diagnosed by the rapid urease test (RUT) and histological examination, untreated and previously unsuccessfully treated by macrolides and nitroimidazole, were medicated with omeprazole 20 mg daily dose and tetracycline 500 mg and furazolidone 200 mg given 3 times a day for 7 days. Another endoscopy or a breath test was performed 12 weeks after the end of treatment. Patients were considered cured of the infection if a RUT and histologic examination proved negative or a breath test was negative for the bacterium. RESULTS: Sixty-four patients were included in the study. The women were the predominant sex (58%); the mean age was 46 years. Thirty-three percent of the patients were tobacco users, and duodenal ulcer was identified in 80% of patients. For the 59 patients that underwent follow-up examinations, eradication was verified in 44 (75%). The eradication rate for the intention-to-treat group was 69%. The incidence of severe adverse effects was 15%. CONCLUSION: The treatment provides good efficacy for H. pylori eradication in patients who were previously treated without success, but it causes severe adverse effects that prevented adequate use of the medications in 15% of the patients.OBJETIVO: Testar a eficácia de um esquema simplificado e de baixo custo para erradicação do H. pylori utilizando omeprazol, tetraciclina e furazolidona, em uma população de ulcerosos do Brasil, já tratados e não tratados previamente para a infecção. PACIENTES E MÉTODOS: Pacientes portadores de úlcera péptica, documentada por exame endoscópico e infectados pelo H. pylori confirmado pelo teste da urease e exame histológico, não tratados previamente ou já tratados sem sucesso com macrolídeos e nitroimidazólicos, foram tratados com Omeprazol 20mg em dose única diária, associado à Tetraciclina 500mg e Furazolidona 200mg dadas três vezes ao dia, por três dias. Uma nova endoscopia ou um Teste Respiratório foi realizado 12 semanas após o término do tratamento e foram considerados erradicados da infecção os pacientes que apresentaram o teste da urease e exame histológico negativos ou o Teste Respiratório negativo para a bactéria. RESULTADOS: Sessenta e quatro pacientes foram incluídos no estudo, 26 deles não previamente tratados. As mulheres predominaram (58%), a idade média foi de 46 anos, 33% dos pacientes eram tabagistas e a úlcera duodenal foi identificada em 80% dos pacientes. Nos 59 doentes que realizaram o exame de controle, a erradicação foi constatada em 44 (75%). Por intenção de tratamento o índice foi de 68%. O grupo não tratado previamente não diferiu do grupo previamente tratado. A incidência de efeitos adversos intensos foi de 15%. CONCLUSÃO: O esquema proporciona boa eficácia na erradicação do H. pylori em pacientes já previamente tratados sem sucesso, porém apresenta efeitos adversos intensos, que impediu o uso adequado dos medicamentos em 15% dos pacientes

    "HIV and SARS-COV-2 coinfection: what is the prognosis?": "Coinfecção HIV e SARS-COV-2: qual é o prognóstico?"

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    INTRODUÇÃO: A infecção por SARS-CoV-2 apresentou piores desfechos em idosos/imunocomprometidos até março/2022, causando 655.249 óbitos no Brasil. O HIV infecta linfócitos T CD4 + e os degrada, levando à imunodepressão com 37.7 milhões de infectados até 2020. Portanto, surge a hipótese de que pessoas vivendo com HIV expericiariam piores prognósticos da COVID-19 se comparados aos não-HIV. MÉTODO: Revisão sistemática horizontal com pesquisa bibliográfica realizada entre 27/março e 13/abril de 2022 nas bases de dados PubMed Central e LILACS, compreendendo artigos do período entre 2020-2022, pelo método PRISMA, para identificar artigos elegíveis que abordassem pacientes coinfectados HIV/COVID-19. Foram utilizados os termos: ‘COVID-19’, ‘HIV’, ‘AIDS’, ‘CORONAVIRUS’, ‘HUMAN IMMUNODEFICIENCY VIRUS’, ‘SARS COV 2’. RESULTADO: Encontrados 10.224 artigos e, aplicados os métodos de inclusão, restaram 30 artigos. Ao todo, foram estudados 142.790 casos de coinfecção HIV/SARS-CoV-2 de todos os continentes, sendo 95.241 (66,7%) do sexo masculino, com idade média de 51,8 anos, média de TCD4 de 558,1 e os três sintomas mais relatados da COVID-19 foram febre, tosse e dispneia. 103.765 (72,7%) pacientes estavam em terapia antirretroviral (TARV), sendo que 7 estudos não forneciam dados em relação ao número de pacientes co-infectados ou em relação ao desfecho destes. O número de óbitos foi de 7.906 (5,5%). DISCUSSÃO: A maioria dos estudos aponta que os pacientes com a coinfecção HIV/SARS-CoV-2 não apresentam maior risco de morte pela COVID-19 se comparados aos pacientes sem HIV, possivelmente por se tratar de população em tratamento com imunidade compensada. A idade média dos pacientes co-infectados foi cerca de uma década menor do que a média de idade dos pacientes internados pela COVID-19, o que pode ser justificado pelo envelhecimento precoce de pessoas vivendo com o HIV devido à inflamação crônica. A presença de comorbidades como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares apresenta-se como maior fator de risco para a COVID-19 e, assim como em pacientes sem HIV, provoca maior mortalidade. CONCLUSÃO: A mortalidade pela COVID-19 em coinfectados HIV/SARS-CoV-2 não foi maior do que em pacientes sem HIV. As características e sintomas dos pacientes com coinfecção não diferiram dos pacientes não portadores de HIV. A taxa de mortalidade de pacientes co-infectados foi similar à da população em geral de 50 a 59 anos

    Treating the face of women with botulinum toxin type A: 7-year review

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    Introduction: Botulinum toxin type A (BTX-A) is the number one aesthetic procedure worldwide, and the difficulty in standardizing the aesthetic treatment of the face results in a broad range of treatment possibilities. The objective this study aimed to describe the author’s experience treating facial wrinkles of women with BTX-A and suggest a standardized initial treatment method. Methods: A documentary retrospective review of all medical records from the main author’s clinic from 2010 to 2017 in São Paulo, Brazil, was performed, searching for female patients who required the BTX-A aesthetic treatment to reduce facial wrinkles. The main author obtained, reviewed, and classified photographic data (“Carruthers Grading Scale for Forehead Lines”). Results: The BTX-A used in all patients was Botox® (Allergan Inc., Irvine, CA, USA). A total of 156 female treatments with BTX-A were identified. The average total units of BTX-A used for the referred treatment was 32.43U. The average period between treatments in the same patient was 8.73 months. All patients showed an improved “Grading Scale for Forehead Lines” post-treatment Conclusion: The review suggests a safe and effective technique is possible with even lower complication rates than found in the literature using fewer units, resulting in lower product costs. One should always try to minimize risks in aesthetic treatments

    Hepatic Function in Obese Adolescents and the relationship with hepatic steatosis.

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    Introduction: The prevalence of obesity has increased at an impressive rate over the past years, especially among children and adolescents. Many are the alterations that may be found in obese individuals; hepatic steatosis is one of them. The aim of this study was to analyze biochemical and radiographic parameters in overweight and obese adolescents and relate these parameters to anthropometric data so that the hepatic dysfunction could be characterized. Methods: Anthropometric and laboratory data, as well as the nutritional status of the patients, were evaluated. Besides laboratory exams, a liver ultrasound scan was performed to confirm hepatic alterations. Results: A total of 41 patients were recruited and 6 out of that total were excluded due to the fact they were eutrophic. The remaining group was compared with a control group of 12 patients. The overweight/obese group had higher values of AST and ALT in relation to the control group. There were no alterations associated with biochemical parameters regarding anthropometric variables. A significant difference between the BMI of patients with and without steatosis could be observed. Conclusions: There was a predominance of hepatic steatosis in the overweight/obese group, which was associated with the increase in GGT and ALT levels

    Impulsividade na obesidade: questões conceituais e metodológicas

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    The clinical management of obesity, psychological and environmental factors are the targets of management that can best contribute to weight loss. Among the psychological aspects, impulsivity stands out as an important component of binge eating that can lead to obesity. Objective: To describe the studies that investigated the relationship between impulsivity and obesity. Method: Search Bireme database with descriptors impulsivity and obesity in titles or abstracts between 2002 and 2009. Results: The search returned 44 items of which 22 were selected according the focus on impulsivity related to obesity, overeating and binge eating. Conclusion: Studies aimed on investigating the association between obesity, attention-deficit hyperactivity disorder and binge eating promising advances towards identifying a common denominator, but require more specific instruments that can be used on samples more expressive

    Associações entre impulsividade, compulsão alimentar e obesidade em adolescentes

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    La impulsividad puede ser un componente importante en el contexto de atracones y la obesidad. Objetivo, Presentación de un protocolo con el uso de prueba Palográfico para medir la impulsividad. Métodos, 60 adolescentes (10 - 20 años, Md, 13,97 años, SD 2.17) de ambos sexos se evaluaron el IMC, los atracones y la impulsividad. Resultados: Los atracones eran frecuentes en las niñas y la impulsividad en los niños. 38% de la muestra estaban por encima del peso saludable y de estos, el 13% de forma simultánea con la obesidad la obesidad / mórbida, los atracones y las puntuaciones más altas de la impulsividad. La asociación entre el IMC y la impulsividad anotó valores próximos al nivel de significación en el estudio (chi cuadrado = 14,85, gl = 8, p =. 062). Conclusión, La prueba Palográfico mostró buena sensibilidad y especificidad justifica la aplicación de este protocolo en los diseños de estudio con muestras más grandes y centrados in las diferencias sexuales
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