11 research outputs found

    A Alexitimia e a Desregulação Emocional como Correlatos da Agressividade na Idade Avançada: estudo numa amostra de idosos

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    Objetivos: explorar os níveis de agressividade autopercecionados numa população idosa institucionalizada, comparando-os com um grupo de idosos da comunidade; estudar os correlatos sociodemográficos e clínicos da agressividade e as correlações entre a agressividade e a desregulação emocional e a alexitimia. Método: A amostra foi constituída por 326 idosos, sendo 209 da comunidade e com 117 Institucionalizados, com uma média de idades de 75,12 anos (DP = 8,79). Todos os participantes foram avaliados com uma bateria de testes que incluía o Aggression Questionnaire, a Toronto Alexythimia Scale – 20 itens e a Difficulties in Emotion Regulation Scale. Resultados: Não foram encontradas diferenças a nível de agressividade entre idosos institucionalizados e da comunidade, foram sim encontrados maiores níveis de alexitimia no grupo de idosos institucionalizados, assim como níveis mais elevados de desregulação emocional. O nível da agressividade autopercecionada em idosos institucionalizados, correlacionou-se com a alexitimia e a desregulação emocional. Conclusão: A alexitimia e a desregulação emocional correlacionam-se com a agressividade autopecercionada na idade avançada. A alexitimia e a desregulação emocional correlacionam-se com a agressividade auto-percebida em pessoas idosas institucionalizadas. Esta descoberta é importante para orientar as escolhas terapêuticas nestes contextos. / Objectives: To explore the levels of self-perceived aggressiveness in institutionalized elderly, comparing them to a group of elderly people in the community; to study the socio- demographic and clinical correlates of aggressiveness and the correlations between aggressiveness and emotional dysregulation and alexithymia. Method: The sample consisted of 326 elderly, 209 from the community and 117 institutionalized, with an average age of 75.12 years (SD = 8.79). All participants were assessed with a battery of tests, which included the Aggression Questionnaire, the Toronto Alexithymia Scale - 20 items, and the Difficulties in Emotion Regulation Scale. Results: No differences were found in aggressiveness between institutionalized and community elderly, but higher levels of alexitimia were found in the institutionalized elderly group, as well as higher levels of emotional dysregulation. The level of self- perceived aggressiveness in institutionalized elderly correlated with alexitimia and emotional dysregulation. Conclusion: Alexithymia and emotional dysregulation correlate with self-perceived aggressiveness in older institutionalized people. This finding is important to guide therapy choices in these settings

    Experiências Dissociativas, Competências Sociais e Problemas de Comportamento: serão as crianças institucionalizadas diferentes?

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    Este estudo pretendeu averiguar se as crianças institucionalizadas apresentam mais experiências dissociativas do que as crianças que estão com a família num meio dito normal. Utilizando uma amostragem de conveniência foram inquiridos 77 sujeitos, com idades compreendidas entre 11 e 18 anos. A amostra ficou dividida em sub-amostras: CAEI/ATL (n = 8), Liceu M (n = 12) e Liceu P (n = 57). Na recolha dos dados foi utilizado um Questionário Sociodemográfico criado para ao efeito, a Adolescent Dissociative Experiences Scale (ADES) e o Youth Self Report (YSR). A nossa amostra apresenta médias superiores à dos outros estudos, tanto na ADES como no YRS. Apenas se verificam diferenças significativas entre os grupos ao nível das experiências dissociativas. Observámos correlações moderadas entre as experiências dissociativas e os problemas de comportamento/competências sociais. O nosso estudo é o primeiro em Portugal a investigar as experiências dissociativas e os problemas de comportamento/ competências sociais em crianças institucionalizadas. A nossa amostra não estava equilibrada ao nível das sub-amostras, pelo que os nossos resultados deveriam ser confirmados em estudos posteriores. / The aim of this research was to determine if institutionalized children show higher levels of dissociative experiences than children who live with their families. By using a convenience sampling, we evaluated 77 subjects, aged between 11 and 18 years old. The sample was divided into subsamples: CAEI/ATL (n =8), M High School (n = 12) and P High School (n = 57). For data gathering, we used a Socio-demographic Questionnaire created for that purpose, the Adolescent Experiences Scale (ADES) and the Youth Self Report (YSR). The evaluated sample presented higher averages than the ones in other researches, both in ADES and in YSR. Significant differences between the subsamples could only be found at the level of dissociative experiences. We found moderate correlation between dissociative experiences and behavior problems/social skills. Ours is the first study in Portugal to investigate dissociative experiences and behavior problems/social skills in institutionalized children. Our sample was not balanced at the subsample level, thus our results should be confirmed in future researches

    A Incapacidade Percebida e a Desregulação Emocional como Correlatos da Ansiedade na Idade Avançada: estudo numa amostra de idosos institucionalizados

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    Objetivos: Este estudo teve como objetivos avaliar a ansiedade, incapacidade percebida e desregulação emocional nos idosos institucionalizados, comparando com idosos da comunidade, e estudar os correlatos da ansiedade no que diz respeito a variáveis sociodemográficas e clínicas, incapacidade percebida e desregulação emocional. Métodos: A amostra foi constituída por 326 pessoas idosas, sendo 209 da comunidade e 117 institucionalizados, com idades compreendidas entre os 60 e 91 anos (M ± DP = 81,80 ± 7,80) e a maioria do sexo feminino (Amostra Global = 63,2%). Os instrumentos centrais deste estudo foram o Geriatric Anxiety Inventory (GAI), o World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS-2) e a Difficulties in Emotion Regulation Scale - 16 items (DERS-16). Resultados: Nos idosos institucionalizados, não houve diferenças estatisticamente significativas das pontuações do GAI pelos sexos, não houve correlação do GAI com o WHODAS-2, nem houve correlações do GAI com os fármacos. Por sua vez, nos idosos da comunidade, houve diferenças estatisticamente significativas entre os sexos, houve correlação do GAI com o WHODAS e com a DERS-16 e verificaram-se correlações estatisticamente significativas com os antidepressivos, antipsicóticos, benzodiazepínicos, bloqueadores beta e outros fármacos. Conclusão: Este estudo mostrou que a ansiedade se correlaciona com a incapacidade percebida e a desregulação emocional, bem como com algumas das variáveis sociodemográficas e clínicas, nos idosos da comunidade. Tais indicadores podem ser úteis para familiares e cuidadores estarem alertas para o caso de os idosos experienciarem sintomatologia ansiosa. Assim, é pertinente um diagnóstico e acompanhamento precoces e adequados, para que assim os idosos possam ter um envelhecimento saudável. / Objective: This study aimed to evaluate the anxiety, perceived disability and emotional dysregulation in institutionalized seniors, compared with community seniors, and evaluate the correlates of anxiety with sociodemographic and clinical variables, perceived disability and emotional dysregulation. Method: The sample consisted of 326 older people, 209 were community seniors, and 117 institutionalized seniors, aged between 60 and 91 years (M ± SD = 81,80 ± 7,80), and the majority was female (Global Sample = 63,2%). The central instruments of this study were the Geriatric Anxiety Inventory (GAI), the World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS-2), and the Difficulties in Emotion Regulation Scale - 16 items (DERS- 16). Results: In institutionalized seniors, there were no statistically significant differences in the scores of GAI by gender, there was no correlation of GAI with WHODAS-2, nor were there correlations of GAI with drugs. In turn, in the seniors of the community, there were statistically significant differences between the sexes, there was a correlation of GAI with WHODAS and DERS-16 and there were statistically significant correlations with antidepressants, antipsychotics, benzodiazepines, beta blockers and other drugs. Conclusion: This study revealed that anxiety correlates with perceived disability and emotional dysregulation, as well as with some of the socio-demographic and clinical variables, in the seniors of the community. Such indicators can be useful for family members and caregivers to be alert if the seniors experience anxious symptoms. Thus, an early and adequate diagnosis and follow-up is pertinent, so that the older people can have a healthy aging

    Propriedades Psicométricas do Teste da Figura Complexa de Rey-Osterrieth numa Amostra de Doentes com Esclerose Múltipla

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    Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença que apresenta grande variabilidade de sintomas neurológicos, físicos, emocionais e cognitivos. É uma doença neurodegenerativa com elevada prevalência de comprometimento cognitivo. Devido à escassez de instrumentos neuropsicológicos para avaliar essa população é pertinente validar instrumentos adequados. Objetivo: Determinar as propriedades psicométricas da Figura Complexa de Rey-Osterrieth (FCRO) numa amostra de doentes com EM. Método: Os dados foram recolhidos através da FCR-O (Cópia, Memória 3 minutos e Memória 20 minutos), Bateria de Avaliação Frontal (FAB), Teste Stroop Torga (TST), Teste de Fluências Verbais Fonémicas (TFVF), Alternância (ALT) e pelo Montreal Cognitive Assessment (MoCA) numa amostra de pessoas com EM (N = 68) e de pessoas sem doenças neurológicas diagnosticadas (N = 81). Vinte e nove participantes foram reavaliados quatro a oito semanas após a primeira avaliação. Resultados: Na subamostra clínica (SAC), a consistência interna revelou-se adequada (α Cronbach = 0,95). A consistência temporal foi adequada nas três subescalas mostrando uma correlação moderada na FCR-O-C (r = 0,43; p < 0,01) e correlações fortes na FCR-O-M3 (r = 0,71; p < 0,01) e na FCR-O-M20 (r = 0,96; p < 0,01). Quanto à validade convergente, encontraram-se correlações moderadas com o MoCA nas subescalas Visoespacial (r = -0,33; p < 0,01) e Memória (r = -0,21; p < 0,01), correlação moderada com o TS-C Tempo (r = 0,53; p < 0,01) e correlações fracas com TSC Corretas (r = -0,20; p < 0,01) e TS-C Erros (r = 0,18; p < 0,01), e correlações baixas com o TFVF (r = -0,19; p < 0,01) e com a ALT (r = -0,19; p < 0,01). Como resultado preliminar, a determinação da precisão do diagnóstico revelou uma AUC de 0,90, sensibilidade de 80,3%, especificidade de 100% e um ponto de corte de 24. As pontuações da FCR-O variaram com a idade. Conclusão: A FCR-O revela-se um instrumento útil na avaliação neuropsicológica da EM. Os dados normativos deste estudo aumentam a precisão e a confiança na aplicação clínica da FCR-O. É fundamental que haja uma continuação deste estudo com uma amostra maior e mais representativa. / Background: Multiple sclerosis (MS) is a disease that presents a high variability of neurological, physical, emotional, and cognitive symptoms. It is a neurodegenerative disease with a high prevalence of cognitive impairment. Due to the scarcity of adequate instruments to evaluate this population, it is pertinent to validate useful instruments. Purpose: The present study aimed to determine the psychometric properties of the Rey- Osterrieth Complex Figure Test (ROCF) in a sample of MS patients. Method: Data were collected by using ROCF, Frontal Assessment Battery (FAB), Stroop Torga Test (TST), Phonemic Verbal Fluency Test (TFVF), witching (SWT) and Montreal Cognitive Assessment (MoCA) in a sample of people with MS (N = 68) and without diagnosed neurological diseases (N = 81). Twenty-nine participants were reevaluated four to eight weeks after the first evaluation. Results: In the clinical subsample, the internal consistency was adequate (Cronbach's α = 0,95). The temporal consistency was adequate in the three subscales showing a moderate correlation in ROCF-C (r = 0.43; p < 0,01) and strong correlations in ROCF-M3 (r = 0.71; p < 0.01) and in ROCF-M20 (r = 0.96; p <0.01). Concerning the convergent validity, ROCF-C correlated moderately correlations MoCA in the Visuoespacial (r = -0.33; p < 0.01) and Memory subscales (r = -0.21; p < 0.01), moderate correlation with TST-C Time (r = 0.53; p < 0.01) and weak correlations with correct TST-C (r = -0.20; p < 0.01) and TS-C Errors (r = 0.18; p < 0.01), and low correlations with TFVF (r = -0.19; p < 0.01) and with SWT (r = -0.19; p < 0.01). As a preliminary result, the determination of diagnostic accuracy revealed an AUC of 0.90, sensitivity of 80.3%, specificity of 100%, and a cutoff point of 24. ROCF scores varied with age. Conclusion: ROCF is a useful tool for neuropsychological assessment in MS. The normative data from this study increase the accuracy and reliability in the clinical application of ROCF. It is essential to continue this study with a larger and more representative sample

    O Papel Preditivo da Incapacidade Física e da Desregulação Emocional nos Sintomas Depressivos na Idade Avançada: estudo numa amostra de idosos institucionalizados

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    Contextos e Objetivos: Uma vez que existe uma maior prevalência de idosos com sintomatologia depressiva nas instituições, o objetivo principal da presente investigação foi estudar os níveis de sintomatologia depressiva numa amostra da população idosa institucionalizada e verificar em que medida a incapacidade física e a desregulação emocional predizem esses sintomas. Métodos: A amostra foi constituída por 326 pessoas idosas, divididas num grupo da comunidade (n = 209) e num grupo de pessoas idosas institucionalizadas (n = 117), com idades entre os 60 e os 91 anos (M ± DP =81.80 ± 7.80), sendo 81% mulheres. A avaliação incluiu a Geriatric Depression Scale (GDS), o World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS-2) e a Difficulties in Emotion Regulation Scale - 16 itens (DERS-16). Resultados: As mulheres apresentaram maior pontuação no GDS que os homens (p < 0,05). Nos idosos institucionalizados, o GDS correlacionou-se de forma positiva com o WHODAS-2 (r = 0,29; p < 0,01) e com a DERS-16 (r = 0,32; p < 0,001). Os sintomas depressivos nos idosos institucionalizados tiveram como preditores o sexo (b = 0,18; p < 0,05), o conjunto do consumo de fármacos agonistas adrenérgicos-beta (b = - 0,21; p < 0,05) a disfuncionalidade (b = 0,26; p < 0,01) e a desregulação emocional (b = 0,35; p < 0,001). Conclusões: Este estudo permitiu verificar que a disfuncionalidade e a desregulação emocional predizem a sintomatologia depressiva e destacar a importância de trabalhar na sua prevenção e reconhecimento. / Background and Objective: Since there is a higher prevalence of older people with depressive symptoms in institutions, this research's main objective was to study the levels of depressive symptoms in a sample of the institutionalized elderly population and verify to what extent physical disability and emotional deregulation predict these symptoms. Methods: The sample consisted of 326 older adults, divided into a community group (n = 209) and an institutionalized group of older people (n = 117), aged between 60 and 91 years (M ± SD = 81.80 ± 7.80), 81% of whom were women. The evaluation included the Geriatric Depression Scale (GDS), World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS-2), and Difficulties in Emotion Regulation Scale - 16 items (DERS-16). Results: Women scored higher at GDS than men (p < 0.05). In institutionalized elderly, the GDS correlated positively with WHODAS-2 (r = 0.29; p < 0.01) and with DERS-16 (r = 0.32; p < 0.001). The depressive symptoms in institutionalized elderly had as predictors sex (b = 0.18; p < 0.05), the set of adrenergic-beta agonistic drugs consumption (b = - 0.21; p < 0.05), dysfunctionality (b = 0.26; p < 0.01) and emotional deregulation (b = 0.35; p < 0.001). Conclusions: This study allowed to verify that dysfunctionality and emotional deregulation predict depressive symptoms and highlight the importance of working on their prevention and recognition

    Os Sintomas Ansiosos e Depressivos como Correlatos da Ansiedade à Doença numa Amostra de Idosos Institucionalizados

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    Objetivo: A ansiedade à doença é caracterizada por uma predisposição para interpretar inadequadamente sensações corporais benignas como fisicamente prejudiciais. Esta condição poderá ser exacerbada pela coexistência de outras perturbações do foro psicológico. No entanto, a existência de literatura que possa esclarecer esta relação é escassa. Este estudo teve como objetivo verificar se existe relação entre sintomas ansiosos, sintomas depressivos e a ansiedade à doença em idosos. Também foi objetivo deste estudo verificar o papel das variáveis sociodemográficas e clínicas que se associam à ansiedade à doença. Método: A amostra incluiu 326 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos (M = 75,12 ± DP = 8,79), sendo 117 institucionalizados e 209 pertencentes à comunidade. Os instrumentos utilizados foram a Geriatric Depression Scale - 8 itens, o Geriatric Anxiety Inventory e o Short Health Anxiety Inventory. Resultados: Os resultados evidenciaram relação estatisticamente significativa entre ansiedade à doença, sintomatologia ansiosa e sintomatologia depressiva. Os idosos institucionalizados que reportaram mais ansiedade à doença foram os que indicaram mais sintomatologia ansiosa (r = 0,50, p < 0,01) e mais sintomatologia depressiva (r = 0,42, p < 0,01). A única variável sociodemográfica que influenciou a ansiedade à doença foi a área de residência, indicando os idosos residentes em meio urbano mais ansiedade à doença. A ansiedade à doença correlacionou-se com a toma de antipsicóticos (r = 0,24; p < 0,05). Conclusão: Uma vez que se verifica uma correlação entre a sintomatologia ansiosa, a sintomatologia depressiva e a ansiedade à doença será pertinente implementar de programas de intervenção que auxiliem na superação das principais dificuldades demonstradas. Assim, o diagnóstico precoce de ansiedade à doença pode representar um fator fulcral para melhorar a qualidade de vida dos idosos. / Purpose: Anxiety to the disease is characterized by a predisposition to misinterpret benign body sensations as physically disorders. However, there is little literature that can clarify this relationship. This study aimed to verify if there is a relationship between anxious symptoms, depressive symptoms and anxiety to the disease in the elderly. This study also aimed to verify the role of sociodemographic and clinical variables that are associated with anxiety and disease. Method: The sample included 326 individuals aged 60 years or older (M = 75.12 ± SD = 8.79), of which 117 were institutionalized and 209 belonging to the community. The instruments used were the Geriatric Depression Scale - 8 itens, the Geriatric Anxiety Inventory and the Short Health Anxiety Inventory. Results: The results showed a statistically significant relationship between anxiety to the disease, anxious symptoms and depressive symptoms. The institutionalized elderly who reported more anxiety to the disease were those who indicated more anxiety symptoms (r = 0.42, p < 0.01). The only sociodemographic variable that influenced anxiety to the disease was the area of residence, indicating the elderly residents in urban areas more anxiety to the disease. Anxiety to the disease was correlated with antipsychotic (r = 0.24; p < 0.05). Conclusion: Since there is a correlation between anxious symptomatology, depressive symptomatology and anxiety to the disease, it will be pertinent to implement intervention programs to help overcome the main difficulties demonstrated. Thus, the early diagnosis of anxiety to the disease may represent a key factor to improve the quality of life of the elderly

    A Incapacidade Percebida e a Desregulação Emocional como Correlatos da Agressividade na Idade Avançada: estudo numa amostra de idosos institucionalizados

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    Objetivo: A agressividade está relacionada com a agressão física, verbal, raiva e hostilidade, associando-se a outros problemas emocionais. No que respeita à população geriátrica, principalmente institucionalizada, a literatura existente não é clara quanto à relação entre a agressividade, a desregulação emocional e a incapacidade percebida. Esta investigação teve como objetivos comparar os níveis de agressividade de idosos institucionalizados com idosos da comunidade, estudar os correlatos sociodemográficos e clínicos da agressividade e a relação entre agressividade, a incapacidade percebida e a desregulação emocional. Método: A amostra incluiu 326 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos (M ± DP = 2,09 ± 0,93), sendo que 209 pertenciam à comunidade e 117 eram institucionalizados. Os instrumentos foram o World Health Organization Disability Assessment Schedule, Aggression Questionnaire, Difficulties in Emotion Regulation Scale-16 itens. Resultados: A agressividade correlacionou-se estatística e significativamente com a desregulação emocional (p < 0,001; R2 = 26,0%). A área de residência foi a única variável que influenciou os níveis de agressividade, sendo os idosos institucionalizados residentes em meio urbanos os mais agressivos. O uso de agonistas adrenérgicos beta foi a única variável clínica que se correlação estatística e significativamente com a agressividade (p < 0,001; R2 = 5,3%). Conclusão: A existência de uma relação entre a agressividade e a desregulação emocional e o consumo de psicofármacos mostra ser imprescindível a implementação de intervenções, no sentido de detetar e minimizar a agressividade. Dessa forma, poderá contribuir-se assim para um aumento do bem-estar e consequentemente da qualidade de vida da pessoa idosa em contexto institucional. / Objective: Aggressiveness is related to physical, verbal aggression, anger, and hostility, associating with other emotional problems. Regarding the geriatric population, mainly institutionalized, the existing literature is not clear about the relationship between aggressiveness, emotional dysregulation, and perceived disability. We aimed to compare the aggressiveness levels of institutionalized with community elderly, study the socio-demographic and clinical correlations of aggressiveness, and the relationship between aggressiveness, perceived incapacity, and emotional dysregulation. Method: The sample included 326 individuals aged 60 years or older (M ± SD = 2.09 ± 0.93), 209 of whom belonged to the community, and 117 were institutionalized. The instruments were the World Health Organization Disability Assessment Schedule, Aggression Questionnaire, Difficulties in Emotion Regulation Scale - 16 items. Results: Aggressiveness correlated statistically and significantly with emotional dysregulation (p < .001; R2 = 26.0%). The residence area was the only variable that influenced the levels of aggressiveness, being the elderly institutionalized residents in urban environments the most aggressive. Beta-Adrenergic Agonists was the only clinical variable that showed a statistically significant correlation with aggressiveness (p < .001; R2 = 5.3%). Conclusion: The existence of a relationship between aggressiveness and emotional dysregulation and psychopharmaceuticals consumption shows that it is essential to implement appropriate interventions to detect and minimize aggressiveness. In this way, it could increase the well-being and, consequently, in the institutionalized older person's quality of life

    Estudo das Propriedades Psicométricas da Bateria de Avaliação Frontal numa Amostra da População Portuguesa com Esclerose Múltipla

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    A Esclerose Múltipla (EM) provoca um comprometimento das funções executivas que é por vezes subdiagnosticado devido à falta de instrumentos de aplicação breve e simples. Sendo a avaliação neuropsicológica destes doentes crucial para o correto encaminhamento terapêutico, torna-se pertinente criar e validar instrumentos adequados. Objetivo: Pretendeu-se estudar as propriedades psicométricas da Bateria de Avaliação Frontal (FAB) numa amostra portuguesa de doentes com EM. Método: A subamostra clínica (SAC) compôs-se por 68 doentes com EM e a subamostra nãoclínica (SANC) por 81 indivíduos da população geral, sem doenças neurológicas diagnosticadas. A avaliação neuropsicológica foi feita através da FAB, Teste Stroop Torga (TST), Montreal Cognitive Assessment (MoCA-E), Teste de Fluências Verbais Fonéticas (TFVF) e Figura Complexa de Rey (FCR). Vinte e nove sujeitos da SAC foram reavaliados com um intervalo de tempo entre quatro a oito semanas. Resultados: Na SAC, a consistência interna revelou-se baixa (a de Cronbach= 0,64), com correlações moderadas em quatro subescalas. A validade temporal foi moderada (r = 0,36) e estatisticamente com tendência à significância (p < 0,058), com correlações entre moderadas e altas em quatro subescalas. A validade convergente apresentou uma correlação alta com o MoCA-E (r = 0,58; p < 0,001) e com o TFVF (r = 0,63; p < 0,001) e uma correlação moderada com o TST (r entre 34 e 35; p < 0,01). A precisão diagnóstica revelou um valor de AUC de 0,74 ( p < 0,01), com uma sensibilidade de 71,5%, uma especificidade de 75,0% e um ponto de corte de 15,5 para detetar disfunção executiva em doentes com EM. A FAB e as subescalas da Fluência Lexical e das Séries Motoras de Luria diferenciaram as subamostras de forma estatisticamente significativa (p < 0,05; g: 0,33-0,48). Verificou-se dependência da escolaridade em ambas as subamostras (SAC: F = 5,46; p < 0,001. SANC: F = 7,75; p < 0,001). Conclusão: A FAB é uma bateria válida para avaliar as funções do lobo frontal em doentes com EM. Recomenda-se a replicação deste estudo em amostras mais representativas. / Multiple sclerosis (MS) causes impairment of executive functions that is sometimes underdiagnosed due to the lack of short-lived and straightforward instruments. Since the neuropsychological assessment of these patients is crucial for the correct therapeutic referral, it is pertinent to create and validate appropriate instruments. Purpose: The aim was to study the psychometric properties of the Frontal Assessment Battery (FAB) in a sample of Portuguese MS patients. Method: The clinical subsample (SAC) comprised 68 patients with MS, and the non-clinical subsample (SANC) comprised 81 individuals from the general population with no diagnosed neurological diseases. The neuropsychological assessment consisted of the FAB, Stroop Torga Test (TST), Montreal Cognitive Assessment (MoCA-E), Phonetic Verbal Fluency Test (TFVF), and Rey Complex Figure (FCR). Twenty-nine SAC subjects were reevaluated within four to eight weeks. Results: In SAC, FAB's internal consistency was low (Cronbach's a = 0,64), with moderate correlations in four subscales. Temporal validity was moderate (r = 0,36) and with a tendency to statistically significant (p < 0,058), with correlations between moderate and high in four subscales. Convergent validity showed a high correlation with MoCA-E (r = 0,58; p < 0,001) and TFVF (r = 0,63; p < 0,001), and a moderate correlation with TST (r between 34 and 35; p < 0,01). Diagnostic accuracy revealed an AUC value of 0,74 (p < 0,01), with a sensitivity of 71,5%, a specificity of 75,0%, and a cutoff point of 15,5 to detect executive dysfunction in MS patients. The FAB and the Lexical Fluency and Luria Motor Series subscales significantly differentiated the subsamples (p < 0,05; g: 0,33-0,48). FAB scores varied by education in both subsamples (SAC: F = 5,46; p < 0,001. SANC: F = 7,75; p < 0,001). Conclusion: FAB is a valid battery for assessing frontal lobe functions in MS patients. Replication of this study in more representative samples is recommended

    Propriedades Psicométricas do Montreal Cognitive Assessment numa Amostra da População Portuguesa com Esclerose Múltipla

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    Introdução: A Esclerose Múltipla (EM), é uma doença neurodegenerativa na qual o comprometimento cognitivo apresenta uma elevada prevalência. Assim, é importante alargar os estudos neuropsicológicos existentes a outros contextos. Objetivo: Determinar as propriedades psicométricas do Montreal Cognitive Assessment (MoCA) numa amostra de doentes com EM. Método: Num estudo transversal, os dados foram recolhidos através do MoCA, Bateria de Avaliação Frontal (FAB), Teste Stroop Torga (TST), Teste de Fluências Verbais Fonémicas (TFVF) e pela Figura Complexa de Rey-Osterrieth (FCR-O) numa amostra de pessoas com EM (n = 68) e de pessoas sem doenças neurológicas diagnosticadas (n = 81). Vinte e nove sujeitos foram reavaliados com intervalo de quatro a oito semanas. Resultados: Na subamostra clínica, a consistência interna revelou-se adequada (α Cronbach = 0,75). O valor teste-reteste foi adequado (r = 0,79), com correlações moderadas nas subescalas, à exceção da orientação. Correlações moderadas com a FAB-total (r = 0,52; p < 0,01), com a FCRO-Cópia (r = 0,58; p < 0,01), FCRO-3minutos (r = 0,61; p < 0,01), FCRO-20minutos (r = 0,62; p < 0,01), TFVF (r = 0,51; p < 0,01) e com o TS-C Tempo (r = -4,48; p < 0,01) atestaram a sua validade convergente. A título preliminar, a análise da precisão diagnóstica revelou uma AUC de 0,97, sensibilidade de 95,1%, especificidade de 100% e um ponto de corte de 16,5. As pontuações do MoCA variaram com a idade e escolaridade. Conclusão: O MoCA é um instrumento válido, sensível e preciso, na avaliação do comprometimento cognitivo em sujeitos com EM. Os dados normativos apresentados neste estudo aumentam a precisão e a confiança na aplicação clínica do MoCA no contexto de instituições particulares de solidariedade social. Ainda assim, aconselha-se a replicação do estudo em amostras mais representativas. / Background: Multiple sclerosis (MS) is a neurodegenerative disease in which cognitive impairment has a high prevalence. Thus, it is important to broaden existing studies in other contexts. Aim: The present study aimed to determine the psychometric properties of the Montreal Cognitive Assessment (MoCA) in a sample of MS patients. Method: In a cross-sectional design, data were collected by using MoCA, Frontal Assessment Battery (FAB), Stroop Torga Test (TST), Phonemic Verbal Fluency Test (TFVF) and Rey-Osterrieth Complex Figure (FCR-O) in a sample of people with MS (n = 68) and without diagnosed neurological diseases (n = 81). Twenty-nine subjects were reevaluated every four to eight weeks. Results: In the clinical subsample, the internal consistency was adequate (α Cronbach = 0.75). The test-retest value was adequate (r = 0.79), with moderate correlations in the subscales, except for orientation. Convergent validity revealed moderate correlations with total FAB (r = 0.52; p < 0.01), with FCRO Copy (r = 0.58; p < 0.01), FCRO 3 minutes (r = 0, 61; p < 0.01), FCRO-20 minutes (r = 0.62; p < 0.01), TFVF (r = 0.51; p < 0.01) and with TSC Time (r = -4.48; p < 0.01). Provisional analysis of diagnostic accuracy revealed an AUC of 0.97, sensitivity of 95.1%, specificity of 100% and a cutoff of 16.5. MoCA scores varied according to age and education. Conclusion: MoCA is a valid, sensitive, and accurate instrument for assessing cognitive impairment in subjects with MS. Normative data provided in this study improve the accuracy and confidence in the clinical application of the MoCA in the context of private institutions of social solidarity. However, replication of the study in more representative samples is advised

    A Impulsividade e a Alexitimia como Preditores da Agressividade na Idade Avançada: estudo numa amostra de idosos institucionalizados

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    Objetivo: O crescente envelhecimento da população e a sua consequente institucionalização pede por um maior investimento da comunidade científica nesta faixa etária. Ao se ter uma melhor compreensão dos fatores decorrentes da institucionalização, espera-se mitigar o dano potencialmente causado ao próprio ou ao outro nestes contextos. Deste modo, propusemo-nos a analisar o impacto da impulsividade e da alexitimia na agressividade em idosos institucionalizados. Para este efeito, examinaram-se as relações entre agressividade, alexitimia e impulsividade e comparou-se um grupo de controlo de idosos da comunidade com um grupo de idosos institucionalizados. Método: Foram avaliados com recurso ao BPAQ-SF (Buss-Perry Aggression Questionnaire – Short Form), TAS-20 (Twenty-Item Toronto Alexithymia Scale) e BIS-15 (Barratt’s Impulsiveness Scale-15 items) trezentos e vinte e seis participantes [Idade: 60-96 anos (M ± DP = 75,12 ± 8,79); 63,2% mulheres], dos quais 117 estavam inseridos em estruturas de apoio social a idosos e 209 pertenciam à comunidade. Resultados: A agressividade autopercecionada não diferiu entre o grupo de idosos e de institucionalizados. Os níveis de alexitimia foram mais altos em idosos institucionalizados. Idosos residentes em áreas urbanas demonstraram maiores níveis de agressividade. No grupo de idosos institucionalizados, a agressividade, alexitimia e impulsividade correlacionaram-se e a alexitimia foi melhor preditor de agressividade do que a impulsividade. Conclusão: Este estudo complementa estudos anteriores abordando um grupo de idosos pouco estudado e ao demonstrar a influência da alexitimia e impulsividade na agressividade em idosos institucionalizados. Este estudo também sugere que intervenções com abordagem na alexitimia e impulsividade poderão mitigar a prevalência de eventuais incidentes agressivos em situações de institucionalização. / Objective: The ever-growing aging of the population and consequent institutionalization presses for greater investment by the scientific community in the older adult age group. Having a better understanding of the factors arising from institutionalization might allow us to mitigate some of the harm caused to the self or others in nursing home contexts. Thus, we set out to analyze the impact of impulsivity and alexithymia in institutionalized older adults' aggressiveness. To accomplish this, we examined the relationship between aggressiveness, alexithymia, and impulsiveness, and we also compared a control group of community older adults with a group of institutionalized older adults. Method: Three-hundred and twenty-six participants [Age: 60-96 years (M ± SD = 75.12 ± 8.79); 63.2% women], including 117 from long-term care homes and 209 from the community, were assessed through BPAQ-SF (Buss-Perry Aggression Questionnaire – Short Form), TAS- 20 (Twenty-Item Toronto Alexithymia Scale), and BIS-15 (Barratt's Impulsiveness Scale-15 items) Results: Reported aggression did not differ between institutionalized and community participants. Alexithymic levels were higher among institutionalized adults. Older residents of urban areas reported higher aggressiveness. In the institutionalized group, aggressiveness, alexithymia, and impulsiveness were correlated, and alexithymia predicted aggressiveness better than impulsiveness. Conclusion: This study complements previous studies by addressing a poorly studied group of older adults and demonstrating the impact of alexithymia and impulsivity in the institutionalized older adult's aggressiveness. This study also suggests that intervention strategies focused on alexithymia and impulsiveness might help mitigate the prevalence of eventual aggressive incidents in institutional settings
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