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    Violência sexual na infância e transtornos mentais: uma revisão sistemática e metanálise sobre a relação entre ambos e suas repercussões clínicas e psicossociais

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    Introdução: A violência contra crianças e adolescentes se configura como um processo endêmico e global. Quando não é fatal, o abuso sexual infantil (ASI) pode ter graves consequências adversas graves ao longo da vida com alterações profundas no funcionamento físico, psicológico e social. Objetivo: Investigar a relação entre abuso sexual na infância e o desencadeamento de transtornos mentais e identificar as principais repercussões negativas clínicas e psicossociais. Método: Foi elaborado um protocolo de revisão sistemática e metanálise, por meio do qual foram consultadas as bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs. Os critérios de exclusão foram estudos que foram publicados há mais de 5 anos, população-alvo em que não houve a descrição de que a violência ocorreu na infância, em que a descrição de adoecimento mental foi anterior ao episódio de violência e estudos de menor evidência científica ou de baixa qualidade. Resultados: Foram incluídos 28 estudos nesta revisão. Os principais itens relacionados ao desencadeamento de adoecimento mental foram: o abuso ter ocorrido entre 12 e 16 anos, em múltiplas ocasiões, perpetrado por alguém da família ou conhecido próximo, ser do sexo feminino, outras formas de maus-tratos infantis associados, história familiar de transtorno mental, associação com abuso sexual na vida adulta. Os principais transtornos mentais relatados após um ASI foram: depressão, TEPT, abuso de substâncias, transtornos de personalidade e de ansiedade. Comportamento suicida, comportamento sexual relacionado ao aumento do risco de HIV/ ISTs e baixa autoestima também foram significativos. Outras repercussões encontradas foram: maior uso do sistema de saúde, uso de psicotrópicos e envolvimento criminal. Nas vítimas masculinas, foram vistos os maiores índices de TEPT, Depressão maior, abuso de substâncias, envolvimento criminal e maior necessidade de cuidados em saúde em comparação às vítimas femininas. A metanálise revelou uma razão de chances de ocorrer depressão após um ASI de 1,69 [1,34-2,13], qui² P < 0,0001 e i² 93%. Conclusão: Há diversas repercussões negativas e significativas ao longo da vida em vítimas de ASI, o que mostra a necessidade de cuidados continuados em saúde para essa população. A capacitação de profissionais de saúde e o reconhecimento dos primeiros sinais de vitimização são necessidades urgentes para as políticas de saúde nacionais. Espera-se que novas pesquisas sobre esse relevante tema sejam desenvolvidas e publicadas, especialmente em nosso país

    Coping religioso/espiritual em estudantes de medicina de uma universidade do Distrito Federal

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    Desde a preparação para o vestibular e durante a graduação, os estudantes de medicina convivem com adversidades que proporcionam redução na sua qualidade de vida. Estudos reconhecem que as crenças dos alunos impactam positivamente no relacionamento com a equipe e com os pacientes, mas há poucos estudos sobre a interferência do Coping Religioso/Espiritual (CRE) na qualidade de vida destes estudantes. Trata-se de um estudo semi-qualitativo baseado na escala Likert, transversal, observacional, no qual foi avaliada a relação entre qualidade de vida e o CRE utilizado por estudantes de medicina de um Centro Universitário no Distrito Federal, realizado entre outubro de 2019 e outubro de 2020. Foram utilizados os questionários WHOQOL-Brief para avaliar a qualidade de vida e RCOPE-Brief para avaliar o CRE. Os dados de 230 questionários foram processados no programa SSPS-IBM versão 22.0. Foi utilizado o nível de significância estatística de 5% e utilizou-se testes de Shapiro-Wilks, Mann-Whitney, Qui-Quadrado e Correlação de Sperman. Participaram 230 estudantes com uma média de idade de 23,08 ± 3,99 (18 - 45 anos). Foi observado que a religiosidade está presente em 81,8% da amostra, a maioria faz parte de religiões ligadas ao Cristianismo e frequentam instituições religiosas semanalmente. Os alunos apresentaram um valor de moderado a alto de CRE positivo e baixos valores de CRE negativo. O domínio psicológico apresentou a menor média, seguido do domínio físico da qualidade de vida. Não foi observada diferença significativa da qualidade de vida geral quando separada pelos anos do curso. Estudantes que possuíam maior tendência a apresentar um CRE total baixo, que é relacionado ao uso maior do CRE negativo, estavam associados à baixa qualidade de vida e acadêmicos com maior inclinação a apresentar um CRE total alto, que é relacionado ao uso maior do CRE positivo, estavam associados a uma boa qualidade de vida. Conclui-se que o CRE apresentado pelos estudantes têm associação com todos os domínios da sua qualidade de vida. E, caso o estudante apresente preferencialmente o CRE Negativo, sua qualidade de vida pode se alterar em maiores proporções

    Coping religioso/espiritual em estudantes de medicina de uma universidade do Distrito Federal

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    Desde a preparação para o vestibular e durante a graduação, os estudantes de medicina convivem com adversidades que proporcionam redução na sua qualidade de vida. Estudos reconhecem que as crenças dos alunos impactam positivamente no relacionamento com a equipe e com os pacientes, mas há poucos estudos sobre a interferência do Coping Religioso/Espiritual (CRE) na qualidade de vida destes estudantes. Trata-se de um estudo semi-qualitativo baseado na escala Likert, transversal, observacional, no qual foi avaliada a relação entre qualidade de vida e o CRE utilizado por estudantes de medicina de um Centro Universitário no Distrito Federal, realizado entre outubro de 2019 e outubro de 2020. Foram utilizados os questionários WHOQOL-Brief para avaliar a qualidade de vida e RCOPE-Brief para avaliar o CRE. Os dados de 230 questionários foram processados no programa SSPS-IBM versão 22.0. Foi utilizado o nível de significância estatística de 5% e utilizou-se testes de Shapiro-Wilks, Mann-Whitney, Qui-Quadrado e Correlação de Sperman. Participaram 230 estudantes com uma média de idade de 23,08 ± 3,99 (18 - 45 anos). Foi observado que a religiosidade está presente em 81,8% da amostra, a maioria faz parte de religiões ligadas ao Cristianismo e frequentam instituições religiosas semanalmente. Os alunos apresentaram um valor de moderado a alto de CRE positivo e baixos valores de CRE negativo. O domínio psicológico apresentou a menor média, seguido do domínio físico da qualidade de vida. Não foi observada diferença significativa da qualidade de vida geral quando separada pelos anos do curso. Estudantes que possuíam maior tendência a apresentar um CRE total baixo, que é relacionado ao uso maior do CRE negativo, estavam associados à baixa qualidade de vida e acadêmicos com maior inclinação a apresentar um CRE total alto, que é relacionado ao uso maior do CRE positivo, estavam associados a uma boa qualidade de vida. Conclui-se que o CRE apresentado pelos estudantes têm associação com todos os domínios da sua qualidade de vida. E, caso o estudante apresente preferencialmente o CRE Negativo, sua qualidade de vida pode se alterar em maiores proporções
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