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Práticas de cuidado em saúde mental na estratégia saúde da família: uma revisão de literatura
Introdução: o crescimento da demanda por serviços de saúde mental na população implica no desafio da oferta do cuidado no âmbitoda Atenção Básica (AB). Objetivo: compreender como se efetiva o cuidado em saúde mental na AB, a partir das práticas das equipesde Saúde da Família no contexto do sistema de saúde brasileiro. Metodologia: trata-se de uma revisão da literatura, realizada na basede dados LILACS. Foram incluídos os artigos de pesquisas nacionais, que objetivassem analisar ou avaliar as práticas das equipes daEstratégia Saúde da Família (ESF) no cuidado em saúde mental, e estivessem disponíveis em texto completo. Após a aplicação doscritérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 22 artigos para a análise. Resultados: os estudos apontaram que o cuidado em saúdemental ofertado na ESF ainda é muito precário e fragmentado, restrito a algumas categorias profissionais e relacionado geralmente aocontrole do uso de medicamentos. A assistência ofertada se caracteriza como pontual, descontínua e descontextualizada da vivênciae da realidade dos usuários em sofrimento psíquico. Percebe-se preocupação ainda muito voltada para a doença e os sintomas, emdetrimento do sujeito, das suas reais necessidades e demandas. Conclusão: as práticas em saúde mental desenvolvidas no âmbito daAB ainda são fragmentadas, desarticuladas e descontextualizadas, não havendo continuidade do cuidado nem preocupação com osujeito, apesar dos avanços em relação à escuta, acolhimento e vínculo
EFEITO DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN
A força muscular respiratória em crianças e adolescentes com Síndrome de Down é comprometida pela hipotonia generalizada que os acometem. Analisar os efeitos da fisioterapia aquática na força muscular respiratória em crianças e adolescentes com síndrome de Down. Estudo de intervenção, quasi-experimental, com amostra constituída de oito crianças e adolescentes diagnosticados com SD e média de idade de 12 anos (± 3,8). Foram realizadas 10 sessões de fisioterapia aquática, com 50 minutos de duração cada, em piscina com água aquecida. A força muscular respiratória foi avaliada a partir da pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx) com auxílio do manuvacuômetro, sendo obtido seus valores antes do primeiro atendimento e após o último. Analisou-se ainda a saturação periférica de oxigênio e frequência cardíaca. Para comparação das médias antes e depois da intervenção foi utilizado o Teste T pareado. Amostra de indivíduos predominantemente do sexo feminino (75,0%), pardos (75,0%) e residentes em zona urbana (87,5%). A comparação da PImáx e PEmáx antes e após as 10 sessões de fisioterapia aquática evidenciou melhora da força muscular inspiratória e expiratória, sendo tais diferenças estatisticamente significantes (valor de p0,01). Também foram notadas melhorias na frequência cardíaca e saturação de oxigênio (valor de p0,05) com a intervenção. Destaca-se neste estudo que a fisioterapia aquática parece ser um recurso terapêutico eficiente para o fortalecimento da musculatura respiratória e melhora dos sinais vitais de crianças e adolescentes de com diagnóstico de Síndrome de Down
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DE HEMOCOMPONENTES NA HEMORREDE DO DISTRITO FEDERAL
Este estudo analisou a distribuição de hemocomponentes nas agências transfusionais da Hemorrede do Distrito Federal, a partir do índice de descarte/expurgo, por vencimento, de bolsas de concentrado de hemácias. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa e descritiva, a partir do Sistema de Gerenciamento do Ciclo do Sangue. Foram analisados descartes no período de 2013 a 2015 de 16 agências transfusionais. A análise estatística descreveu as frequências absolutas e relativas além do cálculo de medianas (Md), primeiro quartil (Q1) e terceiro quartil (Q3). Compõem o estudo as seguintes variáveis: total de bolsas de concentrado de hemácias; percentual de bolsas em cada serviço em relação ao total distribuído; quantidade de bolsas descartadas por vencimento; proporção de bolsas descartadas em relação ao total recebido em cada serviço. Alguns serviços indicaram um alto índice de descarte e outros apresentaram índices estáveis ou com tendência a discreta redução. O índice de descarte por vencimento não coincidiu com o quantitativo de bolsas distribuídas, revelando fortes possibilidades de descarte atrelado à má gestão do estoque ou a fragilidades na definição de critérios de solicitação das bolsas, desvinculando-as das necessidades reais e potenciais da população coberta pelas agências estudadas. É necessário aprimorar a gestão da distribuição e estoque, para racionalizar a oferta e as perdas de bolsas na maioria das agências transfusionais. Recomendam-se avaliações periódicas das demandas, inclusive nas agências que apresentaram altos índices de descarte persistentes, de modo a readequar a oferta e racionalizar a distribuição de bolsas
Proposta metodológica para redistribuição de óbitos por causas garbage nas estimativas de mortalidade para Doenças Crônicas Não Transmissíveis
Objective: to propose a method for improving mortality estimates from non-communicable chronic diseases (NCD), including the redistribution of garbage causes in the municipalities of Brazil. Methods: Information Mortality System (SIM) data was used in the three-year periods from 2010 to 2012 and 2015 to 2017, with comparison of age standardized rates before and after correction of NCDs (cardiovascular, chronic respiratory, diabetes and neoplasms). The treatment for data correction included missing data, under-registration and causes of garbage redistribution (CG). The trienniums and Bayesian method were used to estimate mortality rates by improving the fluctuation caused by small numbers at the municipal level. Results: The CG redistribution stage showed greater weight in the corrections, about 40% in 2000 and about 20% from 2007, with stabilization from this year.. Throughout the historical series, the quality of information on causes of death has improved in Brazil, with heterogeneous results being observed among the municipalities. Conclusions: methodological studies that propose the correction and improvement of the SIM are essential for monitoring the mortality rates due to NCDs at regional levels. The methodological proposal applied, for the first time in real data from Brazilian municipalities, is challenging and deserves further improvements. Despite the improvement in the data, the use of rates with raw data is not recommended, as the treatment in the data, the method used in this study for the treatment of raw data showed a great impact on the final estimates.Objetivo: propor método para melhoria das estimativas de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), incluindo a redistribuição de causas garbage nos municípios Brasileiros. Métodos: foram utilizados os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) nos triênios de 2010-2012 e 2015-2017, comparadas com as taxas padronizadas por idade, antes e após correção das DCNT (cardiovasculares, respiratória crônicas, diabetes e neoplasias). O tratamento para correção dos dados abordou dados faltantes, sub-registro e redistribuição de causas garbage (CG). Foram utilizados triênios e método bayesiano para estimar as taxas de mortalidade diminuindo o efeito da flutuação provocada pelos pequenos números no nível municipal. Resultados: a etapa de redistribuição CG mostrou maior peso nas correções, cerca de 40% em 2000 e cerca de 20% a partir de 2007, com estabilização a partir deste ano. Ao longo da série histórica a qualidade da informação sobre causas de morte melhorou no Brasil, sendo observados resultados heterogêneos nos municípios. Observou-se clusters com as maiores proporções de correção nas regiões Nordeste e Norte. O diabetes foi a causa com maior proporção de acréscimo (mais de 40% em 2000). Conclusões: estudos metodológicos que propõem correção e melhoria do SIM são essenciais para o monitoramento das taxas de mortalidade por DCNT em níveis regionais. A proposta metodológica aplicada, pela primeira vez em dados reais de municípios brasileiros, é desafiadora e merece maiores aprimoramentos. Apesar da melhora nos dados, o método utilizado neste estudo para o tratamento dos dados brutos mostrou um grande impacto nas estimativas finais
Organização e oferta da assistência fisioterapêutica em resposta a pandemia da COVID-19 no Brasil
The recovery of people affected by COVID-19 is a process that continues beyond the acute condition of infection by Sars-CoV-2. The impairment of several body systems can cause functional impacts and demand continuous Physical Therapy assistance both in outpatient care and in Primary Health Care (PHC). In this essay, we seek to discuss the challenges of organizing and offering Physical Therapy assistance in response to the COVID-19 pandemic in Brazil. The analysis was summarized in four dimensions: distribution of physical therapists in the country; offering physical therapy assistance in PHC and outpatient care; and provision of physical therapy care via telehealth. It is concluded that there is inequity in the regional distribution of physical therapists in Brazil; functional rehabilitation depends on the PHC's response capacity, which is threatened by the ongoing disruption process; there is a shortage of rehabilitation services that precedes the pandemic, and may not respond satisfactorily to the demands of the current epidemiological context; it is necessary to articulate the outpatient physiotherapy and PHC teams; telehealth, although a resource and an opportunity to increase the population's access to functional rehabilitation, requires caution; the physiotherapist plays a crucial role in the entire COVID-19 care continuum.A recuperação das pessoas acometidas pela COVID-19 é um processo que continua para além do quadro agudo da infecção pelo Sars-CoV-2. O comprometimento de diversos sistemas corporais pode acarretar impactos funcionais e demandar assistência fisioterapêutica contínua tanto na atenção ambulatorial quanto na Atenção Primária à Saúde (APS). Neste ensaio, busca-se discutir os desafios da organização e da oferta de assistência fisioterapêutica em resposta a pandemia da COVID-19 no Brasil. A análise foi sumarizada em quatro dimensões: distribuição de fisioterapeutas no país; oferta da assistência fisioterapêutica na APS e na atenção ambulatorial; e oferta de atenção fisioterapêutica por Telessaúde. Conclui-se haver iniquidade na distribuição regional de fisioterapeutas no Brasil; a reabilitação funcional depende da capacidade de resposta da APS, a qual se encontra ameaçada pelo processo de desestruturação em curso; existe um déficit de serviços de reabilitação que antecede a pandemia, e pode não responder satisfatoriamente às demandas do atual contexto epidemiológico; faz-se necessária a articulação entre as equipes de fisioterapia ambulatorial e da APS; a telessaúde embora seja um recurso e uma oportunidade para ampliar o acesso da população à reabilitação funcional exige cautela; o fisioterapeuta possui papel crucial em todo o continuum de cuidados da COVID-19
Prevalência e fatores associados à incapacidade funcional em idosos residentes na zona rural
Introdução: A avaliação da capacidade funcional e da autopercepção de saúde podem ser consideradas importantes marcadores de condição de saúde do idoso no contexto de envelhecimento populacional da população brasileira. Objetivo: Descrever a prevalência de incapacidade funcional e a sua associação com a autopercepção de saúde e demais características em idosos residentes na zona rural. Metodologia: Estudo transversal, do tipo inquérito domiciliar, realizado com 95 idosos residentes na zona rural de um município da Região Nordeste do Brasil. Os dados foram coletados por meio de questionário padronizado, respondido pelo participante em seu próprio domicílio. Foram utilizados procedimentos da estatística descritiva e realizada análise bivariada usando o Teste Qui-Quadrado de Pearson e sendo calculada a Razão de Prevalência como medida de associação. Foi adotado para análise e interpretação dos dados nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: A maioria dos sujeitos investigados era do sexo feminino (57,9%), com idade entre 60 e 79 anos (75,8%), 47,4% eram hipertensos e 8,4% cardiopatas. A autopercepção de saúde negativa foi relatada por 57,9% dos idosos e a prevalência de incapacidade funcional foi 13,7%. Foi evidenciada associações estatisticamente significantes entre incapacidade funcional e hipertensão (RP=3,63; IC95%: 1,07-12,36) e cardiopatia (RP=4,78. IC95%:1,89-12,10), não sendo observada significância estatística entre incapacidade e autopercepção de saúde (RP=0,86; IC95%:0,31-2,37). Conclusão: Tais resultados apontam para importância da manutenção da independência funcional dos idosos, sendo os achados potencialmente úteis e válidos para o planejamento e elaboração de políticas de atenção à saúde dos idoso
Evaluation of patient safety culture in the pediatric intensive therapy unit in a public hospital / Avaliação da cultura de segurança do paciente em unidade de terapia intensiva pediátrica em hospital público
Objetivo: avaliar a segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Método: estudo transversal realizado com 50 profissionais de uma equipe multiprofissional em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica em hospital público do interior da Bahia. Utilizou-se instrumento com variáveis sociodemográficas e profissionais e o questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) adaptado para o Brasil. Realizou-se análise descritiva, classificando as dimensões em áreas de força ou críticas para a segurança do paciente. Resultados: dentre as dimensões de segurança do paciente analisadas nesse estudo, destacaram-se positivamente “Aprendizado organizacional” (60,0%) e “Trabalho em equipe no âmbito das unidades”. Conclusão: a identificação de potencialidades e fragilidades é importante ferramenta para o alcance de uma cultura de segurança positiva e desenvolvimento de ações seguras em saúde.
Evaluation of patient safety culture in the pediatric intensive therapy unit in a public hospital / Avaliação da cultura de segurança do paciente em unidade de terapia intensiva pediátrica em hospital público
Objetivo: avaliar a segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Método: estudo transversal realizado com 50 profissionais de uma equipe multiprofissional em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica em hospital público do interior da Bahia. Utilizou-se instrumento com variáveis sociodemográficas e profissionais e o questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) adaptado para o Brasil. Realizou-se análise descritiva, classificando as dimensões em áreas de força ou críticas para a segurança do paciente. Resultados: dentre as dimensões de segurança do paciente analisadas nesse estudo, destacaram-se positivamente “Aprendizado organizacional” (60,0%) e “Trabalho em equipe no âmbito das unidades”. Conclusão: a identificação de potencialidades e fragilidades é importante ferramenta para o alcance de uma cultura de segurança positiva e desenvolvimento de ações seguras em saúde.
Evaluation of patient safety culture in the pediatric intensive therapy unit in a public hospital / Avaliação da cultura de segurança do paciente em unidade de terapia intensiva pediátrica em hospital público
Objetivo: avaliar a segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Método: estudo transversal realizado com 50 profissionais de uma equipe multiprofissional em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica em hospital público do interior da Bahia. Utilizou-se instrumento com variáveis sociodemográficas e profissionais e o questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) adaptado para o Brasil. Realizou-se análise descritiva, classificando as dimensões em áreas de força ou críticas para a segurança do paciente. Resultados: dentre as dimensões de segurança do paciente analisadas nesse estudo, destacaram-se positivamente “Aprendizado organizacional” (60,0%) e “Trabalho em equipe no âmbito das unidades”. Conclusão: a identificação de potencialidades e fragilidades é importante ferramenta para o alcance de uma cultura de segurança positiva e desenvolvimento de ações seguras em saúde.
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS RELACIONADAS À SAÚDE DA CRIANÇA NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA BRASILEIRA
Introdução: As políticas públicas são essenciais para reduzir a morbimortalidade infantil. Este estudo descreve a evolução das políticas relacionadas à atenção à criança no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, implementadas desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: Revisão narrativa da literatura com base nos principais marcos regulatórios com influência direta ou indireta na Atenção à Saúde da Criança (ACS) na APS, publicados entre 1990 e 2017. Resultados: Foram analisados 31 documentos oficiais, organizados em uma linha do tempo e classificados em três categorias: I) Normas do SUS e da APS; II) diretrizes para os serviços de saúde materno-infantil no âmbito da APS; e, III) políticas intersetoriais. Conclusão:A evolução das políticas de CSC no Brasil é marcada por uma série de conquistas em prol da ampliação dos direitos sociais e da garantia do direito à saúde que ampliou o acesso aos serviços de saúde e contribuiu para a melhoria das condições de vida e de vida das crianças. No entanto, as desigualdades sociais e os desafios no acesso e qualidade da atenção na APS são persistentes, com retrocessos causados pela implementação de medidas de austeridade desde 2016.Introdução: Políticas públicas são fundamentais para a redução da morbimortalidade na infância. O presente estudo descreve uma evolução política relacionada à Atenção Primária à Saúde da Criança no âmbito da Atenção Primária Saúde (APS) no Brasil, desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: Revisão narrativa da literatura com base nos principais marcos normativos com influência na Atenção à Saúde da Criança no âmbito da APS, publicados entre 1990 e 2017. Resultados: Foram analisados 31 documentos oficiais, distribuídos numa linha do tempo, classificados em: I) normatização do SUS e da APS; II) orientação aos serviços de saúde materno-infantil no âmbito da APS e III) políticas intersetoriais. Conclusão: A evolução das políticas pensadas no Brasil está marcada para serviços e como soluções da série de direitos sociais e como possibilidades de vistas da vida. Porém, além das desigualdades sociais, desafios no acesso e na qualidade do cuidado na APS se fazem persistentes, com retrocessos são persistentes agravados com a capacidade de trabalhar1 em medidas de austeridade curso desde 206