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O uso de canabinóides em pacientes com dor oncológica: uma revisão integrativa de literatura
Introdução: A dor é um dos sintomas de maior impacto na qualidade de vida de pacientes oncológicos, afetando, na forma moderada a grave, mais de 70% dos pacientes com doença avançada. Esse problema tem acometido um número progressivo de pessoas devido às características demográficas e ao avanço das abordagens para a doença oncológica. O tratamento atual para alívio da dor é por vezes insuficiente, e demanda aprimoramento terapêutico. Objetivo: Descrever e resumir os principais estudos existentes sobre o efeito dos canabinóides em pacientes com dor relacionada ao câncer. Resultados: Foram identificados 303 estudos e excluídos 43 duplicados. Após a leitura do título e resumo foram excluídos 212 artigos. 48 trabalhos foram selecionados para triagem do texto completo. Ao fim do processo de seleção, 14 estudos foram selecionados e 9 foram incluídos na revisão. Discussão: Em geral, nos Estudo Clínicos Randomizados (ECRs), utilizaram-se Nabiximols, que possuem uma proporção de THC:CBD de aproximadamente 1:1. Nos estudos que revisaram de forma retrospectiva o uso de cannabis observou-se que houve grande variação quanto às apresentações, forma de uso e posologia, não sendo possível afirmar que a cannabis e os canabinóides sejam eficazes na redução da dor nessa população. Os efeitos adversos apresentados ou relatados foram principalmente relacionados ao sistema gastrointestinal e neurológico, de leve a moderada intensidade. Conclusão: Os resultados apresentados nesta revisão indicam a necessidade de mais estudos de qualidade para definir as possibilidades terapêuticas da cannabis medicinal e seus derivados, além do perfil de tolerabilidade e segurança
Síndrome dos ovários policísticos na adolescência: um relato de caso
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma disfunção endócrina que ocorre em mulheres em idade fértil, sendo caracterizada pela presença de hiperandrogenismo - que leva à acne e ao hirsutismo - e anovulação crônica. Sua ocorrência na adolescência é considerável, e pelo impacto que causa na vida das mulheres desta faixa etária, é de suma importância o diagnóstico correto e em momento oportuno, além do tratamento orientado para as manifestações e demandas de cada paciente. Esse artigo propõe descrever uma ocorrência de SOP em uma adolescente de 18 anos com sintomas de hiperandrogenismo associados a desregulação de ciclo menstrual, e realizar revisão de literatura relevante para proporcionar o entendimento do caso e as condutas realizadas
Intramedullary tumors in children: analysis of 24 operated cases Tumores intramedulares em crianças: análise de 24 casos operados
Intramedullary tumors are rare. The authors reviewed 24 cases operated between 1996 and 2006. The study assessed the clinical characteristics and surgical results based upon the neurological function. METHOD: Medical records of patients with intramedullary astrocytoma and ependymoma were reviewed. The minimal follow up time was 6 months and, at the end of this period, a comparative analysis of the neurological function was performed based using the McCormick scale score. RESULTS: Most patients had astrocytoma (75%). Male gender was more prevalent (58.3%). The most common type of tumor was graded as I or II, and in three cases these were malignant. The total resection of the tumor was achieved in 20.8% of the cases. The statistical analysis did not show a statistically significant difference between preoperative and postoperative grades at McCormick scale. CONCLUSION: The authors concluded that microsurgery to intramedullary tumors did not significantly alter the neurological function after six months.Os tumores intramedulares são doenças raras. Os autores analisaram 24 casos operados entre 1996 e 2006. O estudo analisou as características clínicas e o resultado da cirurgia quanto à função neurológica. MÉTODO: Foram analisados pacientes com astrocitomas e ependimomas intramedulares. O tempo mínimo de acompanhamento foi de 6 meses e ao final deste período foi realizada a avaliação comparativa da variação do estado neurológico baseado na escala de McCormick. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era de astrocitoma (75%). O gênero masculino foi mais prevalente (58,3%). A maioria dos tumores era de grau I ou II, 3 casos eram malignos. A ressecção total do tumor ocorreu em 20,8% dos casos. A avaliação estatística demonstrou que não houve diferença significativa entre o estado neurológico na escala de McCormick pré-operatória e pós-operatória. CONCLUSÕES: Os autores concluem que a microcirurgia para ressecção dos tumores intramedulares não ocasionou variação funcional significativa nos pacientes após seis meses da cirurgia