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Tabela 11
A distribuição dos diversos tipos de vegetação existentes na planície fluvial do rio Paraná, nas proximidades de Porto Rico (PR), é influenciada por diversos fatores, entre os quais a área ocupada pela água. Por sua vez, as áreas inundadas são controladas pelos níveis fluviométricos apresentados pelo rio Paraná e pelo seu afluente, o rio Ivinheima. Contudo, as características hidrodinâmicas do rio Paraná foram modificadas pela barragem de Porto Primavera, terminada ao final de 1998. O objetivo deste trabalho é verificar as relações entre o nível fluviométrico do rio Paraná e do rio Ivinheima com a área ocupada pela água e pelos diversos tipos de vegetação e, secundariamente, avaliar as transformações proporcionadas pela barragem de Porto Primavera sobre estas relações. Para isso, foram utilizadas 15 imagens LANDSAT 5/TM da órbita 223, ponto 076, das quais 10 obtidas no período entre 2001 e 2009 e cinco no período entre 1985 e 1994. As imagens foram registradas, tiveram a área de estudo recortada e foram submetidas à classificação por meio do uso de MLME e de Árvore de Decisão. As classes utilizadas foram água, vegetação higrófila, vegetação herbácea (e arbustiva), vegetação arbórea e solo exposto. Depois de classificadas, cada classe teve a sua área medida e os resultados para cada data foram correlacionados aos respectivos níveis fluviométricos do rio Paraná e do rio Ivinheima. Os resultados demonstraram que depois da barragem a área de água na planície e a soma da área de vegetação herbácea e solo exposto são controladas pela ação conjunta dos dois rios, que também influencia a área de vegetação higrófila. A área máxima de água na planície em vazante é de 24,8 km2 e a partir dos níveis de 3,91 m (rio Paraná) e 1,57 m (rio Ivinheima) ela é ampliada de acordo com o aumento destes valores, podendo ser inteiramente coberta a partir de 8,73 m e 5,15 m. Antes da barragem, a área de água era controlada pelo rio Paraná e a área de vegetação herbácea era controlada pela soma dos níveis dos dois rios, enquanto a área de vegetação higrófila era influenciada pelo nível do rio Paraná. A área máxima de água em vazante era de 23,4 km2 e a partir de 4,24 m (rio Paraná) ela aumentava proporcionalmente de acordo com o nível do rio, até ser completamente coberta a 7,81 m. Os resultados obtidos demonstraram que a barragem de Porto Primavera modificou as relações existentes entre os níveis fluviométricos e a área ocupada pelos corpos de água, pela vegetação higrófila e pela vegetação herbácea e arbustiva na planície. A influência dos canais tornou-se maior nas fases iniciais da inundação, mas diminuiu nas fases mais avançadas
AÇÃO ANTRÓPICA, ALTERAÇÕES NOS GEOSSISTEMAS, VARIABILIDADE CLIMÁTICA: CONTRIBUIÇÃO AO PROBLEMA
Este artigo aborda as preocupantes alterações nos atributos naturais dos geossistemas a partir das intervenções mais intensas na busca dos recursos naturais para satisfazer a crescente demanda comandada pelos sistemas socioeconômicos em curso. Procurou-se fazer uma comparação na velocidade de ocupação e alterações comandadas pelo homem na zona temperada e na tropical da Terra e, conseqüentemente, as alterações que esses geossistemas apresentam em função da posição astronômica e do equilíbrio térmico. Assim como as respostas que possam desencadear na dinâmica geral da atmosfera — a entropia e as suas conseqüências no clima. Propõe-se uma discussão que considera uma nova razão para um novo conhecimento do fenômeno climático, frente as eminentes variabilidades desencadeadas a partir das ações antropogenéticas
ESTIMATING THE SUSPENDED SEDIMENT CONCENTRATION IN THE UPPER PARANÁ RIVER USING LANDSAT 5 DATA: DATA RETRIEVAL ON A LARGE TEMPORAL SCALE AND ANALYSIS OF THE EFFECTS OF DAMMING
The suspended sediment concentration SSC of the Upper Paraná River (Brazil) was strongly affected by the Porto Primavera Dam, but assessing the effects of the dam is complicated by the absence of a series of continuous SSC data. This paper aims to produce satellite estimates of SSC for the Upper Paraná River to partially address the temporal gaps in the existing SSC database and to evaluate the effects of the dam on this variable. For this aim, a total of 164 Landsat TM-5 images were processed: 29 for model generation, supported by SSC data from in situ gauging stations, and 135 for SSC retrieval. By using surface reflectance values, three models were obtained: (A) for water dominated by inorganic particles, (B) for clear waters (mixed spectral response of inorganic particles and phytoplankton) and (C) for very clear water conditions. The mean and variance of the SSC was 24.2 and 15.82 mg/l, respectively, before the construction of the Porto Primavera dam and 4.91 and 3.7 mg/l, respectively, after the completion of the dam. Additionally, the Porto Primavera dam modified the seasonal SSC pattern of the Upper Paraná Rive
ANÁLISE DE PADRÕES E DE ANOMALIAS DE DRENAGEM DA PORÇÃO MÉDIA DA BACIA DO RIO TIBAGI (PR)
A porção média da bacia do rio Tibagi está localizada entre os municípios de Tibagi (PR) e Telêmaco Borba (PR). A região compreende a borda planáltica da Bacia Sedimentar do Paraná e é o local por onde se projeta parte do eixo do Arco de Ponta Grossa. O objetivo principal desta pesquisa é a análise dos tipos de padrões e a identificação de anomalias de drenagem e de seus significados. A análise da rede de drenagem desta área permitiu identificar um predomínio de 68% do padrão treliça e subtipos, o que sugere que os rios possuem um forte controle estrutural por parte das falhas da Zona de Falha Curitiba-Maringá, alinhadas no sentido NW-SE e um sistema secundário de falhas e juntas no sentido NE-SW. A baixa sinuosidade para rios de primeira e segunda ordem, a angularidade média da rede de canais (maioria 90º), o predomínio de lineações e a tropia bidirecional também são fortes indicativos deste tipo de controle. A densidade de drenagem maior para as vertentes dos canais principais sugere um aprofundamento das vertentes em um processo de ascensão. As anomalias de drenagem identificadas (inflexões, alinhamentos, curvas fluviais comprimidas, planícies e terraços assimétricos) estão relacionadas ao cruzamento de segmentos retilíneos e aos diques de diabásio. A análise da rede e de suas propriedades também permitiu setorizar áreas com controles distintos, como no reverso da escarpa, onde predomina o controle da atitude das camadas da Formação Furnas e da reentrância do Arco de Ponta Grossa.</p
AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO DE BARRAS FLUVIAIS DO RIO PARANÁ POR MEIO DE IMAGENS CBERS/CCD
A formação do reservatório de Porto Primavera cortou o suprimento de sedimentos do rio Paraná. O primeiro efeito a ser observado foi a redução da carga suspensa e a seguir a progressiva retirada das formas de leito do rio. As barras fluviais são as formas ativas que menos foram afetadas, mas todas elas deslocam-se para jusante e a avaliação de sua velocidade de deslocamento é um parâmetro que deve ser conhecido para uma adequada avaliação das transformações que o canal está sofrendo. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar a velocidade de deslocamento de quatro barras fluviais situadas entre a ilha Óleo Cru (SP) e a ilha Floresta (MS). Foram utilizadas imagens orbitais (CBERS 2 CCD) obtidas no período entre 2004 e 2007, a uma razão de três imagens por ano. Por meio do programa SPRING, as imagens foram georreferenciadas, a área do canal foi recortada. A partir das informações da banda 2 (0,45 - 0,52 μm) a posição de cada barra foi definida e incorporada ao banco de dados. A comparação entre a posição da parte jusante de cada barra em cada data permitiu a avaliação do deslocamento ocorrido em cada intervalo de tempo. Os resultados permitiram observar que a velocidade média de deslocamento das quatro barras foi de 25,5 m/mês, com uma variabilidade temporal considerável, já que os valores médios ficaram situados entre 11 e 43 m/mês. A velocidade de deslocamento das barras não foi afetada pela cominuição a que estão submetidas tampouco pelo gradiente do leito, mas em duas delas foi obtida correlação positiva com a descarga máxima, enquanto que em outras duas a correlação foi negativa. Os resultados permitem concluir que a movimentação das barras é controlada por fatores hidrodinâmicos locais
Interações dinâmicas entre os materiais do leito de um canal secundário com o canal principal no trecho multicanal do Alto Rio Paraná, Brasil.
Neste trabalho foram avaliadas as características dos sedimentos de fundo de um canal secundário - o canal Cortado - e interpretadas de acordo com a dinâmica dos canais principais do sistema multicanal do rio Paraná. Os dados hidrodinâmicos e dos materias do leito foram tomados em seção transversal, durante um ciclo hidrodinâmico. Os resultados mostraram predominância de areias médias com bom selecionamento durante todas as amostragens, porém, as areias finas e grossas mostraram com freqüência inversa ao que se esperava pelos parâmetros da geometria hidráulica. Esse fato pode ser explicado porque, durante a cheia, há passagem de formas de leito provenientes do canal principal do rio Paraná, com predominância de areias médias e areias finas. Tais formas sobrepõe-se aos sedimentos mais grosseiros do leito, aumentando sua freqüência, e, durante o período de abaixamento das águas, os termos mais finos podem ser paulatinamente removidos, levando à concentração dos grãos de maior diâmetro
A PARTICIPAÇÃO DOS SISTEMAS ATMOSFÉRICOS ATUANTES NA BACIA DO RIO PARANÁ NO PERÍODO 1980 A 2003
The geographical climatology can contribute with the sciences that search fortheir study objects in the physical environment, especially nowadays and with asituation of global climatic changes. In order to characterize the climate on theWestern slope of Upper Paraná River, the climatic dynamics from 1980 to 2003were studied. By using rhythmic analysis and the air masses dynamics, it wasdetermined the average participation time of the actuating atmospheric systemand the percentage shared by convective and frontal types of rain. The resultsturned it possible to establish a strip limit for the two rain types. It was notedthat, in places with smaller latitudes, in the hottest months, besides theprevailing action of low atmospheric pressure systems, convective rains are also predominant. As latitude increases, the participation of high pressure systemsand frontal rains also increase. It were also noted that the low pressure systemsare increasing their participation share, along with convective rains
Dinâmica das vazões reguladas pelas usinas de Porto Primavera e Rosana, na região do Pontal do Paranapanema, no período 1999-2003
This work aims to analyse the behavior of the discharges of Paraná and Paranapanema Rivers, in the Pontal do Paranapanema region, to the period posterior to the Hydropower Dam Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera) closure. To do it, fluviometric records from the dams of Porto Primavera and Rosana are used, plus the hydrological series from Porto São José – CESP gauging station. The metodology used consist in a analysis of daily discharges hydrograms, that combine the records from both dams and the gauging station. The results had showed that the usines are interfering intensement in the discharges of Pontal do Paranapanema region. Almost all the time, the Porto Primavera dam contributes with 83% of the total discharge mesured downstream, while Rosana contribute with 17%. In some special cases, the discharge of Rosana dam can represent more then 50% of the measured discharge at Porto São José gauging station
Caracterização hidrológica e geomorfológica dos afluentes da Bacia do Rio Araguaia
O conhecimento do comportamento hidrológico e geomorfológico da bacia do Araguaia têm avançado significativamente nos últimos anos. Porém, dados essenciais para o entendimento do sistema e para o planejamento de recursos hídricos, como são as estimativas de aportes líquidos anuais dos tributários não foram obtidos. Neste artigo se organizou uma regionalização baseada na geologia e geomorfologia dominantes das bacias dos afuentes, se caracterizou o funcionamento hidrológico geral dos mesmos e com as 11 estações dos tributários disponíveis para toda a bacia se calculou uma curva de correlação entre as variáveis área de drenagem e vazão. Devido à falta de estações fluviométricas no baixo curso dos afluentes, se estimaram os aportes líquidos médios anuais dos mesmos por meio da utilização de área de drenagem na foz dos tributários. Foram calculados posteriormente, os aportes correspondentes para a alta, média e baixa bacia. Estes valores estimados da curva foram confrontados com os dados existentes nas principais estações hidrológicas localizadas no canal principal do Araguaia (9 estações). O Alto curso tem uma representatividade de 10,4% do fluxo da bacia. O médio Araguaia contribui com 77,5% da descarga total e o baixo Araguaia contribui com 12,06% da vazão da bacia. A respeito da entrada por margens, os afluentes da margem esquerda contribuem com 179.363,88 km2 e uma vazÃo média anual de 2.785,13 m3/s enquanto os da margem direita aportam 3.223,28 m3/s de vazão média anual drenando uma totalidade de 204.635,56 km2.</span
DIAGNÓSTICO DOS EFEITOS CAUSADOS PELAS CHEIAS EXCEPCIONAIS DE 1982/1983 SOBRE A PLANÍCIE INUNDACIONAL DO ALTO RIO PARANÁ (PR-MS)
As Planícies de Inundações são complexos ecossistemas com a dinâmica adaptada ou tolerante a solos inundados, ou que periodicamente sejam inundados, e que tem papel fundamental no controle de inundações, manutenções de aqüíferos, ciclagem de nutrientes, controle da erosão e sedimentação, além de abrigar uma biota característica, onde se incluem muitas espécies de animais e plantas de interesse e importância para o homem. Estudos dedicados à planície de inundações são de valiosa importância, pois esses complexos paisagísticos abrigam diversos sistemas e subsistemas biológicos e físicos que guardam particularidades ambientais. O presente trabalho objetiva um monitoramento da planície de inundação do alto rio Paraná, por meio do sensoriamento remoto orbital, destacando os eventos de grandes cheias ocorridas no inicio da década de 1980, consideradas as maiores do século XX, e enfatizando os impactos de tal evento nas formações vegetais. A cheia de 1982/1983 foi a maior e a mais prolongada já registrada no rio Paraná. Seus efeitos causaram a inundação de toda a calha fluvial e atingiu parte do terraço baixo, estabelecendo uma ampla conexão superficial. Apesar da magnitude do evento, seus efeitos ainda foram pouco estudados. A metodologia utilizada consistiu na aplicação do algoritmo de classificação supervisionada Battacharya em cenas Landsat-2/MSS do ano de 1981 (anterior à cheia) e em cenas Landsat-5/TM do ano de 1985 (posterior à cheia) bem como analise dos dados de vazão do rio para as datas anteriores e posteriores as cheias. Os resultados demonstram que entre 1981 e 1985 ocorreu um aumento da área ocupada pelo solo exposto (de 6% para 50 % da área estudada) e pelos corpos de água (de 24% para 26 %), e uma redução das áreas de vegetação arbórea (de 12 para 7 %), de vegetação arbustiva (de 12 para 7 %) e de vegetação higrófila (de 46 para 10 %). O aumento da área de solo exposto ocorreu graças ao baixo nível das águas que teria afetado a vegetação higrófila, à permanência da cheia de 1985, que teria afetado a vegetação arbustiva, e à ocupação antrópica, que teria avançado sobre a vegetação arbórea. O aumento da área dos corpos de água somente pode ser explicado por meio de uma alteração morfológica provocada pela cheia de 1982/1983, visto que o nível das águas do rio Paraná era mais baixo na passagem de 1981 (3,38 m em 23/11, na estação de Porto São José) do que na passagem de 1985 (2,94 m em 30/07). O estudo demonstrou que a cheia de 1982/1983 provocou modificações morfológicas na planície, e que as áreas ocupadas por vegetação higrófila e por vegetação arbustiva variam conforme o nível das águas do sistema
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