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Crianças e jovens e a preparação do “craque”
Os dirigentes do futebol brasileiro nunca se preocuparam com a formação dos treinadores das categorias de base. Para treinar crianças e adolescentes, a opção preferida era aproveitar ex-jogadores que precisavam continuar trabalhando para sobreviver. Entretanto, a grande experiência adquirida como profissional de futebol foi, e continua sendo, insuficiente para compreender o processo de crescimento e desenvolvimento nessa fase da vida. A frágil arquitetura que sustenta empresários ambiciosos, comissão técnica leiga e mal remunerada e garotos sonhadores, mas sem embasamento físico, técnico e emocional, nasce fadada ao insucesso. Estamos vinte anos atrasados em relação ao modelo europeu, em que a formação especializada de treinadores com competência para identificar e formar talentos é uma preocupação permanente das federações de futebol.The managers of Brazilian football have never bothered to train coaches for the grassroots leagues. To train children and teenagers, they have preferred to use former players needing to keep working to survive. However, possessing a vast experience as a professional football player has never been enough for one to understand the process of growth and development at this stage of life. The fragile architecture that supports ambitious agents, non-professional and underpaidstaff and dreaming boys, and which has no physical, technical or emotional support, is born doomed to failure. We are twenty years behind the European model, in which the specialized training of coaches capable of identifying and training new talents is a permanent concern of football federations
Análise da ocorrência temporal dos gols no Campeonato Brasileiro 2011
Resumo A proposta do presente estudo consiste em verificar a ocorrência temporal dos gols do Campeonato Brasileiro de 2011. Foram analisados 1.017 gols nas 380 partidas da competição. O tempo de jogo foi dividido em períodos pré-definidos de 15 minutos, além dos acréscimos de cada tempo. Os resultados mostram a maior frequência de gols na segunda etapa e que dentro desse período as maiores ocorrências de gols aconteceram a partir dos 60 minutos de jogo. A análise estatística aponta para diferenças significativas no número de gols marcados entre os períodos 0-15 min. x 60-75 min. (p = 0,001) e entre 0-15 min. x 75-90 min. (p = 0,002). O estudo conclui que no Campeonato Brasileiro de 2011 mais gols foram marcados nos 30 minutos finais da segunda etapa, que há maior ocorrência de gols nos acréscimos do segundo tempo em relação ao primeiro e que a separação dos acréscimos do tempo normal de jogo influenciou a classificação temporal dos gols