12 research outputs found

    ATLANTIC EPIPHYTES: a data set of vascular and non-vascular epiphyte plants and lichens from the Atlantic Forest

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    Epiphytes are hyper-diverse and one of the frequently undervalued life forms in plant surveys and biodiversity inventories. Epiphytes of the Atlantic Forest, one of the most endangered ecosystems in the world, have high endemism and radiated recently in the Pliocene. We aimed to (1) compile an extensive Atlantic Forest data set on vascular, non-vascular plants (including hemiepiphytes), and lichen epiphyte species occurrence and abundance; (2) describe the epiphyte distribution in the Atlantic Forest, in order to indicate future sampling efforts. Our work presents the first epiphyte data set with information on abundance and occurrence of epiphyte phorophyte species. All data compiled here come from three main sources provided by the authors: published sources (comprising peer-reviewed articles, books, and theses), unpublished data, and herbarium data. We compiled a data set composed of 2,095 species, from 89,270 holo/hemiepiphyte records, in the Atlantic Forest of Brazil, Argentina, Paraguay, and Uruguay, recorded from 1824 to early 2018. Most of the records were from qualitative data (occurrence only, 88%), well distributed throughout the Atlantic Forest. For quantitative records, the most common sampling method was individual trees (71%), followed by plot sampling (19%), and transect sampling (10%). Angiosperms (81%) were the most frequently registered group, and Bromeliaceae and Orchidaceae were the families with the greatest number of records (27,272 and 21,945, respectively). Ferns and Lycophytes presented fewer records than Angiosperms, and Polypodiaceae were the most recorded family, and more concentrated in the Southern and Southeastern regions. Data on non-vascular plants and lichens were scarce, with a few disjunct records concentrated in the Northeastern region of the Atlantic Forest. For all non-vascular plant records, Lejeuneaceae, a family of liverworts, was the most recorded family. We hope that our effort to organize scattered epiphyte data help advance the knowledge of epiphyte ecology, as well as our understanding of macroecological and biogeographical patterns in the Atlantic Forest. No copyright restrictions are associated with the data set. Please cite this Ecology Data Paper if the data are used in publication and teaching events. © 2019 The Authors. Ecology © 2019 The Ecological Society of Americ

    Floristics and structure of the vascular epiphytic component in the forest of the reserve of the Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira", São Paulo, SP.

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    Neste trabalho são estudadas epífitas, aqui consideradas como plantas vasculares usualmente encontradas sobre outras, sem parasitá-las, durante alguma fase do ciclo de vida. O local de estudos, a reserva da Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira" (aproximadamente 46o43’W, 23o33’S), em São Paulo-SP, é uma ilha de mata secundária em ambiente urbano e representa uma das poucas áreas cobertas por floresta na região. O clima em São Paulo é Cwa, com temperatura média anual de 19,2oC e precipitação de 1207 mm. As famílias de epífitas representadas são Polypodiaceae (9 espécies), Bromeliaceae (8), Orchidaceae (6), Moraceae (5), Araceae (4), Cactaceae (3), Piperaceae (1), Blechnaceae (1) e Araliaceae (1), totalizando 38 espécies, 3 delas exóticas. As epífitas representam 12% do total de espécies vasculares citadas para a reserva. Esta riqueza em espécies é maior do que seria esperada, dada a pequena pluviosidade local. Estão representadas todas as principais formas de vida epifíticas conhecidas. A estrutura do componente epifítico foi estudada em uma área contígua de 2000 m2 no interior da reserva, sobre todas as árvores de perímetro do caule a 1,30 m de altura (PAP) > 40 cm. As árvores foram mapeadas e espécie, altura, PAP e presença ou ausência de lianas foram registradas para cada uma delas. Dos 86 indivíduos arbóreos, 29 são de Alchornea sidifolia, 10 de Croton floribundus e 8 de Piptadenia gonoacantha, as espécies mais abundantes. Pterocarpus rohrii, Rollinia sylvatica e Myrcia tenuivenosa são citações novas para a reserva. Foram reconhecidas 2 subáreas na área amostrada, com base no estádio sucessional das árvores, evidenciando o caráter de mosaico da vegetação. Análises de distribuição de freqüências de DAP indicam o declínio das espécies mais abundantes e prevêem profundas alterações na estrutura da floresta. Foi feito um censo total dos indivíduos epifíticos com mais de 15 cm de comprimento presentes sobre todas as árvores amostradas. Foi considerado como indivíduo cada colônia, ou grupo compacto de plantas distintamente separado de outros da mesma espécie. Foram encontrados 380 indivíduos, sobre 58 árvores (67% do total). Para cada um deles foram registrados altura de fixação, diâmetro do substrato, inclinação, região da árvore (fuste; alta, média e baixa copa), tipo de substrato (bifurcação, cavidade e casca) e espécie. Análises detalhadas de distribuição ao longo das variáveis foram feitas para as 5 espécies mais abundantes: Microgramma squamulosa(75 indivíduos), Rhipsalis baccifera (67), Pleopeltis astrolepis (57), Aechmea bromeliifolia (52) e Polypodium hirsutissimum (45). O tamanho da árvore é positivamente correlacionado com a quantidade de epífitas que suporta. Há grandes variações entre as espécies arbóreas neste sentido. P. rohrii e Casearia sylvestris são as que suportam maiores quantidades de epífitas por indivíduo. As variáveis ligadas à árvore (espécie, DAP, estádio sucessional,subárea, presença ou ausência de lianas) parecem não influir na composição epifítica sobre ela. As epífitas apresentam ampla distribuição vertical e ao longo de diâmetros de substrato, com grande sobreposição entre as espécies e conseqüente ausência de estratificação. A. bromeliifolia apresentou preferência de estabelecimento em cavidades. A baixa copa e o fuste são as regiões das árvores com maior quantidade de epífitas. De forma geral, as epífitas têm preferência por alturas médias dentro da floresta (ca. 8 m), diâmetros grandes (10-30 cm), inclinações horizontais a médias e positivas. R. baccifera demonstrou preferência por P. rohrii como suporte; P. hirsutissimum e P. astrolepis, por A. sidifolia. M. squamulosa é a espécie de maior dispersão considerando-se todas as variáveis.This work assesses floristics and structure of epiphytes, here defined as vascular plants usually found living on others, without parasitizing them, during at least a part of their life cycles. The study site, the reserve of the Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira" (nearly 46o43’W, 23o33’S), in São Paulo-SP (Brazil), is a secondary forested area isolated in urban environment and represents one of the few forested areas in this city. The climate type is Köppen’s Cwa, the mean annual temperature is 19,2 oC and the mean annual precipitation is 1207 mm. Polypodiaceae (9 species), Bromeliaceae (8), Orchidaceae (6), Moraceae (5), Araceae (4), Cactaceae (3), Piperaceae (1), Blechnaceae(1) and Araliaceae (1) are the families of epiphytes found at the study site, making up 38 species, 3 of them being exotic. Epiphytes are 12% of the vascular plant species cited for the reserve. This species richness is larger than expected in face of the little mean annual precipitation. All main epiphytic life forms are represented. The structure of the epiphyte community upon all the trees with girth of trunk at the height of 1,30 m (GBH) with more than 40 cm was studied in a 2000 m2 plot inside the reserve. The trees’ location inside the plot was mapped and species, height, GBH and presence/absence of lianas were recorded for each of them. From 86 trees, 29 were of Alchornea sidifolia, 10 of Croton floribundus and 8 of Piptadenia gonoacantha, the most abundant species. Pterocarpus rohrii, Rollinia sylvatica and Myrcia tenuivenosa are cited for the first time for the reserve. Two different subareas could be distinguished inside the plot as to the successional stage of the trees, an evidence for the mosaic character of the vegetation. DBH frequency distributions predict the decline of the most abundant species populations and consequent deep changes in the structure of the forest. A total census of the epiphytic stands more than 15 cm long was made upon all sampled trees. A stand was defined as a compact group of plants well separated from conspecifics. 380 stands were found, on 58 trees(67% of total). For each stand, height of attachment, branch or trunk diameter, inclination, height zone (trunk, lower, middle or upper crown), type of substrate (hole, fork or bark) and epiphyte species were recorded. The five more abundant species were analysed as to the distribution along the variables. They were: Microgramma squamulosa (75 stands), Rhipsalis baccifera (67), Pleopeltis astrolepis (57), Aechmea bromeliifolia (52) and Polypodium hirsutissimum (45). Tree height and DBH were positively correlated with number of stands and number of epiphyte species. There is great variability between tree species in these aspects. P. rohrii and Casearia sylvestris are the species with highest numbers of stands per tree. Tree characteristics such as species, DBH, successional stage, successional vegetation stage and presence/absence of lianas don’t seem to have influence on epiphyte composition on them. Epiphytes show broad vertical and diameter distributions. Species’ vertical and diameter distributions overlap largely and, as a consequence, there is no distinct stratification. A. bromeliifolia showed preference for establishment in holes. Lower crown and trunk were the zones with the largest number of stands. Epiphytes as a whole show preference for middle heights in the forest (ca. 8 m), large diameters (10-30 cm), horizontal to middle and positive inclinations. R. baccifera showed preference for P. rohrii as support tree; P. hirsutissimum and P. astrolepis showed preference for A. sidifolia. M. squamulosa is the most ubiquituous epiphytic analyzed species

    Floristics and structure of the vascular epiphytic component in the forest of the reserve of the Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira", São Paulo, SP.

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    Neste trabalho são estudadas epífitas, aqui consideradas como plantas vasculares usualmente encontradas sobre outras, sem parasitá-las, durante alguma fase do ciclo de vida. O local de estudos, a reserva da Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira" (aproximadamente 46o43W, 23o33S), em São Paulo-SP, é uma ilha de mata secundária em ambiente urbano e representa uma das poucas áreas cobertas por floresta na região. O clima em São Paulo é Cwa, com temperatura média anual de 19,2oC e precipitação de 1207 mm. As famílias de epífitas representadas são Polypodiaceae (9 espécies), Bromeliaceae (8), Orchidaceae (6), Moraceae (5), Araceae (4), Cactaceae (3), Piperaceae (1), Blechnaceae (1) e Araliaceae (1), totalizando 38 espécies, 3 delas exóticas. As epífitas representam 12% do total de espécies vasculares citadas para a reserva. Esta riqueza em espécies é maior do que seria esperada, dada a pequena pluviosidade local. Estão representadas todas as principais formas de vida epifíticas conhecidas. A estrutura do componente epifítico foi estudada em uma área contígua de 2000 m2 no interior da reserva, sobre todas as árvores de perímetro do caule a 1,30 m de altura (PAP) > 40 cm. As árvores foram mapeadas e espécie, altura, PAP e presença ou ausência de lianas foram registradas para cada uma delas. Dos 86 indivíduos arbóreos, 29 são de Alchornea sidifolia, 10 de Croton floribundus e 8 de Piptadenia gonoacantha, as espécies mais abundantes. Pterocarpus rohrii, Rollinia sylvatica e Myrcia tenuivenosa são citações novas para a reserva. Foram reconhecidas 2 subáreas na área amostrada, com base no estádio sucessional das árvores, evidenciando o caráter de mosaico da vegetação. Análises de distribuição de freqüências de DAP indicam o declínio das espécies mais abundantes e prevêem profundas alterações na estrutura da floresta. Foi feito um censo total dos indivíduos epifíticos com mais de 15 cm de comprimento presentes sobre todas as árvores amostradas. Foi considerado como indivíduo cada colônia, ou grupo compacto de plantas distintamente separado de outros da mesma espécie. Foram encontrados 380 indivíduos, sobre 58 árvores (67% do total). Para cada um deles foram registrados altura de fixação, diâmetro do substrato, inclinação, região da árvore (fuste; alta, média e baixa copa), tipo de substrato (bifurcação, cavidade e casca) e espécie. Análises detalhadas de distribuição ao longo das variáveis foram feitas para as 5 espécies mais abundantes: Microgramma squamulosa(75 indivíduos), Rhipsalis baccifera (67), Pleopeltis astrolepis (57), Aechmea bromeliifolia (52) e Polypodium hirsutissimum (45). O tamanho da árvore é positivamente correlacionado com a quantidade de epífitas que suporta. Há grandes variações entre as espécies arbóreas neste sentido. P. rohrii e Casearia sylvestris são as que suportam maiores quantidades de epífitas por indivíduo. As variáveis ligadas à árvore (espécie, DAP, estádio sucessional,subárea, presença ou ausência de lianas) parecem não influir na composição epifítica sobre ela. As epífitas apresentam ampla distribuição vertical e ao longo de diâmetros de substrato, com grande sobreposição entre as espécies e conseqüente ausência de estratificação. A. bromeliifolia apresentou preferência de estabelecimento em cavidades. A baixa copa e o fuste são as regiões das árvores com maior quantidade de epífitas. De forma geral, as epífitas têm preferência por alturas médias dentro da floresta (ca. 8 m), diâmetros grandes (10-30 cm), inclinações horizontais a médias e positivas. R. baccifera demonstrou preferência por P. rohrii como suporte; P. hirsutissimum e P. astrolepis, por A. sidifolia. M. squamulosa é a espécie de maior dispersão considerando-se todas as variáveis.This work assesses floristics and structure of epiphytes, here defined as vascular plants usually found living on others, without parasitizing them, during at least a part of their life cycles. The study site, the reserve of the Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira" (nearly 46o43W, 23o33S), in São Paulo-SP (Brazil), is a secondary forested area isolated in urban environment and represents one of the few forested areas in this city. The climate type is Köppens Cwa, the mean annual temperature is 19,2 oC and the mean annual precipitation is 1207 mm. Polypodiaceae (9 species), Bromeliaceae (8), Orchidaceae (6), Moraceae (5), Araceae (4), Cactaceae (3), Piperaceae (1), Blechnaceae(1) and Araliaceae (1) are the families of epiphytes found at the study site, making up 38 species, 3 of them being exotic. Epiphytes are 12% of the vascular plant species cited for the reserve. This species richness is larger than expected in face of the little mean annual precipitation. All main epiphytic life forms are represented. The structure of the epiphyte community upon all the trees with girth of trunk at the height of 1,30 m (GBH) with more than 40 cm was studied in a 2000 m2 plot inside the reserve. The trees location inside the plot was mapped and species, height, GBH and presence/absence of lianas were recorded for each of them. From 86 trees, 29 were of Alchornea sidifolia, 10 of Croton floribundus and 8 of Piptadenia gonoacantha, the most abundant species. Pterocarpus rohrii, Rollinia sylvatica and Myrcia tenuivenosa are cited for the first time for the reserve. Two different subareas could be distinguished inside the plot as to the successional stage of the trees, an evidence for the mosaic character of the vegetation. DBH frequency distributions predict the decline of the most abundant species populations and consequent deep changes in the structure of the forest. A total census of the epiphytic stands more than 15 cm long was made upon all sampled trees. A stand was defined as a compact group of plants well separated from conspecifics. 380 stands were found, on 58 trees(67% of total). For each stand, height of attachment, branch or trunk diameter, inclination, height zone (trunk, lower, middle or upper crown), type of substrate (hole, fork or bark) and epiphyte species were recorded. The five more abundant species were analysed as to the distribution along the variables. They were: Microgramma squamulosa (75 stands), Rhipsalis baccifera (67), Pleopeltis astrolepis (57), Aechmea bromeliifolia (52) and Polypodium hirsutissimum (45). Tree height and DBH were positively correlated with number of stands and number of epiphyte species. There is great variability between tree species in these aspects. P. rohrii and Casearia sylvestris are the species with highest numbers of stands per tree. Tree characteristics such as species, DBH, successional stage, successional vegetation stage and presence/absence of lianas dont seem to have influence on epiphyte composition on them. Epiphytes show broad vertical and diameter distributions. Species vertical and diameter distributions overlap largely and, as a consequence, there is no distinct stratification. A. bromeliifolia showed preference for establishment in holes. Lower crown and trunk were the zones with the largest number of stands. Epiphytes as a whole show preference for middle heights in the forest (ca. 8 m), large diameters (10-30 cm), horizontal to middle and positive inclinations. R. baccifera showed preference for P. rohrii as support tree; P. hirsutissimum and P. astrolepis showed preference for A. sidifolia. M. squamulosa is the most ubiquituous epiphytic analyzed species

    Analysis of arboreal vegetation and conservation at the Forest Reserve of the Cidade Universitária \"Armando de Salles Oliveira\", São Paulo, SP, Brazil

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    Este trabalho analisa aspectos, em diversas escalas temporais e espaciais, da estrutura e dinâmica da comunidade arbórea na Reserva da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (CUASO) (23º33\' S, 46º43\' W), em São Paulo, SP. A partir dos dados obtidos são sugeridas ações de manejo para fins de conservação da comunidade arbórea no local. A Reserva é uma mancha de floresta secundária com cerca de 10 ha de área. O histórico (1930-1994) das modificações da paisagem no entorno (330 ha) da Reserva é descrito, e evidencia o processo de urbanização ocorrido no período, com conseqüente diminuição de área coberta por vegetação herbácea e aumento da área coberta por construções. As áreas florestadas sofreram declínio e posterior recuperação parcial. Cerca de 40% da Reserva tem vegetação com mais de 70 anos de idade, e 22% são áreas com menos de 27 anos de idade, localizadas próximo às bordas. Foi realizado o mapeamento, medição de DAP e identificação de todas as 1157 árvores com DAP &gt; 25 cm em 8,58 ha (Área 1, a área total da Reserva com exceção do lago e uma porção de 1,5 ha dominada por Eucalyptus sp.) e de todas as 1270 árvores com DAP &gt; 9,5 cm em 2 ha (Área 2) no interior da Reserva. Na Área 1 foram encontradas 91 espécies (10,9% exóticas) e índice de Shannon H\' = 3,34 nats/ind., com 33,7% das espécies sendo representadas por apenas um indivíduo. Espécies exóticas e nativas introduzidas estão, em geral, restritas às porções próximas à borda, com exceção de Archontophoenix cunninghamiana. Não existem áreas na Reserva a mais de 110 m de distância da borda, devido ao seu tamanho e formato. Análises de correspondência mostram variação importante na comunidade (DAP &gt; 25 cm) com a distância da borda até cerca de 50 m, mas sugerem maior importância da idade da vegetação na determinação da composição da comunidade. Na Área 2, foram encontradas 103 espécies (10,7% exóticas) e H\' = 3,54 nats/ind. Foram descritas as mudanças na estrutura e composição da comunidade arbórea (DAP &#8805; 15,9 cm) ocorridas entre 1992 e 1997 em uma área de 100 x 50 m no interior da Reserva. Densidade e área basal da comunidade total aumentaram consideravelmente no período; diversidade e equabilidade permaneceram praticamente as mesmas, mas diversidade e equabilidade de espécies nativas diminuíram. Entre as árvores com DAP &#8805; 9,5 cm, em uma área de 2,1 ha, A. cunninghamiana foi a espécie com maior densidade, com 305 indivíduos (22,5% do total). A espécie mostra preferência por estabelecimento em locais sombreados. A análise da estrutura de tamanhos indica um aumento futuro da densidade relativa da espécie. Dois levantamentos com 2,5 anos de intervalo (DAP &#8805; 9,5 cm) mostraram a morte de três dos 154 indivíduos iniciais e o recrutamento de mais 89, levando a um crescimento populacional de 19,4 %.ano-1, muito elevado. CUAKIA, um gap model derivado de KIAMBRAM, foi parametrizado para simular o estado atual da floresta na Reserva. O modelo previu uma fase sucessional inicial dominada por Piptadenia gonoacantha, seguida por uma fase de dominância de Croton floribundus e Alchornea spp. e, posteriormente, por Ficus insipida e outras espécies de dossel tolerantes à sombra e de grande longevidade. A distribuição espacial de árvores em múltiplas escalas espaciais foi analisada usando a função L (modificação de K de Ripley) e g uni e bivariada. O conjunto de indivíduos com DAP &gt; 25 cm apresentou distribuição regular em pequenas escalas (r 25 cm showed uniform distribution at small scales (r < 6 m) and clumped distribution at bigger scales (17 m < r < 115 m). Almost all species showed clumped distribution at some scale. The results suggest competition at small scales and seed dispersal limitation as the main determinants of the patterns found. The data from the mapping of trees with dbh &gt; 25 cm were used to divide the Reserve into areas covered with relatively homogeneous vegetation. Correspondence analysis was used to ordinate circular plots (r = 10 m) laid out on a regular 10 m-interval grid. Scores of each plot were mapped and this mapping was used to define nine management zones inside the Reserve. One of the zones is almost exclusively occupied by Eucalyptus sp.. Others are dominated by exotics or trees which were planted in the Reserve. We suggest the introduction of native species and the control of exotics, especially A. cunninghamiana, inside the Reserve and in its surroundings

    Analysis of arboreal vegetation and conservation at the Forest Reserve of the Cidade Universitária \"Armando de Salles Oliveira\", São Paulo, SP, Brazil

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    Este trabalho analisa aspectos, em diversas escalas temporais e espaciais, da estrutura e dinâmica da comunidade arbórea na Reserva da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (CUASO) (23º33\' S, 46º43\' W), em São Paulo, SP. A partir dos dados obtidos são sugeridas ações de manejo para fins de conservação da comunidade arbórea no local. A Reserva é uma mancha de floresta secundária com cerca de 10 ha de área. O histórico (1930-1994) das modificações da paisagem no entorno (330 ha) da Reserva é descrito, e evidencia o processo de urbanização ocorrido no período, com conseqüente diminuição de área coberta por vegetação herbácea e aumento da área coberta por construções. As áreas florestadas sofreram declínio e posterior recuperação parcial. Cerca de 40% da Reserva tem vegetação com mais de 70 anos de idade, e 22% são áreas com menos de 27 anos de idade, localizadas próximo às bordas. Foi realizado o mapeamento, medição de DAP e identificação de todas as 1157 árvores com DAP &gt; 25 cm em 8,58 ha (Área 1, a área total da Reserva com exceção do lago e uma porção de 1,5 ha dominada por Eucalyptus sp.) e de todas as 1270 árvores com DAP &gt; 9,5 cm em 2 ha (Área 2) no interior da Reserva. Na Área 1 foram encontradas 91 espécies (10,9% exóticas) e índice de Shannon H\' = 3,34 nats/ind., com 33,7% das espécies sendo representadas por apenas um indivíduo. Espécies exóticas e nativas introduzidas estão, em geral, restritas às porções próximas à borda, com exceção de Archontophoenix cunninghamiana. Não existem áreas na Reserva a mais de 110 m de distância da borda, devido ao seu tamanho e formato. Análises de correspondência mostram variação importante na comunidade (DAP &gt; 25 cm) com a distância da borda até cerca de 50 m, mas sugerem maior importância da idade da vegetação na determinação da composição da comunidade. Na Área 2, foram encontradas 103 espécies (10,7% exóticas) e H\' = 3,54 nats/ind. Foram descritas as mudanças na estrutura e composição da comunidade arbórea (DAP &#8805; 15,9 cm) ocorridas entre 1992 e 1997 em uma área de 100 x 50 m no interior da Reserva. Densidade e área basal da comunidade total aumentaram consideravelmente no período; diversidade e equabilidade permaneceram praticamente as mesmas, mas diversidade e equabilidade de espécies nativas diminuíram. Entre as árvores com DAP &#8805; 9,5 cm, em uma área de 2,1 ha, A. cunninghamiana foi a espécie com maior densidade, com 305 indivíduos (22,5% do total). A espécie mostra preferência por estabelecimento em locais sombreados. A análise da estrutura de tamanhos indica um aumento futuro da densidade relativa da espécie. Dois levantamentos com 2,5 anos de intervalo (DAP &#8805; 9,5 cm) mostraram a morte de três dos 154 indivíduos iniciais e o recrutamento de mais 89, levando a um crescimento populacional de 19,4 %.ano-1, muito elevado. CUAKIA, um gap model derivado de KIAMBRAM, foi parametrizado para simular o estado atual da floresta na Reserva. O modelo previu uma fase sucessional inicial dominada por Piptadenia gonoacantha, seguida por uma fase de dominância de Croton floribundus e Alchornea spp. e, posteriormente, por Ficus insipida e outras espécies de dossel tolerantes à sombra e de grande longevidade. A distribuição espacial de árvores em múltiplas escalas espaciais foi analisada usando a função L (modificação de K de Ripley) e g uni e bivariada. O conjunto de indivíduos com DAP &gt; 25 cm apresentou distribuição regular em pequenas escalas (r 25 cm showed uniform distribution at small scales (r < 6 m) and clumped distribution at bigger scales (17 m < r < 115 m). Almost all species showed clumped distribution at some scale. The results suggest competition at small scales and seed dispersal limitation as the main determinants of the patterns found. The data from the mapping of trees with dbh &gt; 25 cm were used to divide the Reserve into areas covered with relatively homogeneous vegetation. Correspondence analysis was used to ordinate circular plots (r = 10 m) laid out on a regular 10 m-interval grid. Scores of each plot were mapped and this mapping was used to define nine management zones inside the Reserve. One of the zones is almost exclusively occupied by Eucalyptus sp.. Others are dominated by exotics or trees which were planted in the Reserve. We suggest the introduction of native species and the control of exotics, especially A. cunninghamiana, inside the Reserve and in its surroundings
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