19 research outputs found

    Electroencephalographic evolution in women with medically refractary epilepsy

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    We reviewed 444 EEGs of 62 women with medically refractary epilepsy, followed up for at least 5 years and that had 5 or more EEGs. According to our definitions we found 18 patients (29%) with frequent seizures, 16 (25.8%) with very frequent seizures, 16 (25.8%) with controlled seizures and 12 (19.3%). with occasional seizures. Four patients (6.5%) always showed normal EEGs, 30 (48.4%) had normal and abnormal EEGs and 28 (45.2%) only abnormal EEGs. Among the patients who had only normal EEGs, two had all seizures controlled, one had occasional seizures and one had frequent seizures. Among the patients who had normal and abnormal EEGs, 10 had controlled seizures, 5 had occasional seizures, 9 had frequent seizures and 6 had very frequent seizures. In the group of patients with always abnormal EEGs, 4 had controlled seizures, 6 had occasional seizures, 8 had frequent seizures, and 10 had very frequent seizures. In relation to the last EEG, it was normal in 7 (43.7%) of 16 patients with controlled seizures, in 3 (25%) of 12 patients with occasional seizures and in 7 (38.9%) of 18 patients with frequent seizures, and in none of the patients with very frequent seizures. The patients who had only normal EEGs seem to have a better outcome than those with abnormal EEGs. We observed that the last EEG was normal in 43.7% of the patients with controlled seizures. These data may suggest a relative importance of the EEG considering the long-term prognosis regarding seizure control.Foram revistos 444 traçados eletrencefalográfícos realizados durante o acompanhamento de 62 mulheres do Ambulatório de Epilepsia Catamenial do Hospital das Clínicas da UNICAMP com diagnóstico de epilepsia de difícil controle, que compareceram a esse ambulatório regularmente por um período mínimo de cinco anos. Dos 350 (78,84%) traçados anormais, 273 mostraram atividade epileptiforme e 77 anormalidades não-epileptiformes. Segundo definições adotadas em relação à frequência das crises, encontramos 18 pacientes (29%) que apresentavam crises frequentes, 16 (25,8%) com crises muito frequentes, 12 (19,3%) com crises esporádicas e 16 (25,8%) com crises que se tornaram controladas durante o período de acompanhamento. Em relação aos achados de EEG, quatro pacientes (6,5%) mostraram EEGs sempre normais, 30 (48,4%) tiveram EEGs normais e anormais e 28 (45,2%) apenas EEGs anormais. Entre aquelas cujos EEGs sempre foram normais, duas estavam com crises controladas, uma com crises esporádicas e uma com crises frequentes. Das 30 pacientes com EEGs normais e anormais, 10 estavam controladas, 5 tinham crises esporádicas, 9 tinham crises frequentes e 6 tinham crises muito frequentes. No grupo de pacientes com EEGs sempre anormais, 4 estavam controladas, 6 tinham crises esporádicas, 8 tinham crises frequentes e 10 tinham crises muito frequentes. Em relação ao último EEG, ele foi normal em 7 (43,7%) das 16 pacientes que estavam controladas, em 3 (25%) das 12 pacientes com crises esporádicas, em 7 (38,9%) das 18 pacientes com crises frequentes e em nenhuma das pacientes com crises muito frequentes. Os pacientes que persistem com EEGs normais parecem ter melhor evolução que aqueles que persistem com EEGs anormais. Pela análise deste estudo, pode-se sugerir um papel relativo do EEG quanto ao prognóstico a longo prazo no controle das crises epilépticas, pois as pacientes que persistiram com EEGs normais aparentemente tiveram evolução clínica mais favorável que aquelas que persistiram com os EEGs alterados.38438

    Disfunção sexual na epilepsia: identificando variáveis psicológicas

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    In order to evaluate the psychological variables that affect sexual dysfunction (SD) in epilepsy, where compared 60 epileptics (Group 1) with 60 healthy individuals (Group 2), through the State-Trait Anxiety Inventory (Spielberger et al., 1970), Beck Depression Inventory (Beck, 1974) and Sexual Behavior Interview (Souza, 1995). Sexual dysfunction (SD), anxiety and depression were found more frequently in Group 1 than in Group 2 and were not related to sex. Variables such as the onset duration and frequency of seizures as well as the use to medication were not associated with SD. Temporal lobe epilepsy was related to SD (p = 0.035) but not to anxiety or depression. Anxiety and depression were related to SD in both groups. Perception in controlling the seizures was closely related to anxiety (p = 0) and depression (p = 0.009). We conclude that psychological factors play an important role in the alteration of sexual behavior in epileptics and that suitable attention must be given to the control of these variables.Com o objetivo de avaliar variáveis psicológicas que afetam a disfunção sexual (DS) na epilepsia comparou-se, 60 epilépticos (Grupo 1) com 60 indivíduos saudáveis (Grupo 2), usando o Inventário de Ansiedade - Traço e Estado (Spielberger e al. 1970), o Inventário de Depressão Beck (Beck, 1974) e Entrevista de Comportamento Sexual (Souza, 1995). Disfunção sexual, ansiedade e depressão foram mais frequentes no Grupo 1 que no Grupo 2 e não foram relacionadas à variável sexo. Variáveis como início, duração, frequência de crises e medicação não foram associadas a DS. Epilepsia de lobo temporal foi relacionada a DS (p=0,035) mas não com ansiedade e depressão. DS foi associada com ansiedade e depressão em ambos os grupos. Percepção de controle das crises foi significativamente relacionada com ansiedade (p=0) e depressão (p=0,009). Concluimos que fatores psicológicos têm importante papel na alteração do comportamento sexual em epilépticos e merece especial consideração.21422

    Hipossexualidade interictal em homens com epilepsia

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    The purpose of this study was to compare the serum levels of androgens between hyposexual and non-hyposexual patients with epilepsy. Adult male patients with epilepsy were investigated. Serum levels of testosterone (T) and free-T, estradiol, and sex hormone binding globulin (SHBG) were measured and the free androgen index (FAI) was calculated. While there were no differences between hyposexual and non-hyposexual patients in the serum levels of T, free-T, and estradiol, or to the FAI, the serum levels of SHBG were significantly higher in hyposexual patients than in non-hyposexual patients. Thus, the effects of increased SHBG upon serum levels of testosterone biologically active in patients with epilepsy and hyposexuality were not detected by the methods used in this study. Four (44%) of nine hyposexual patients who were re-evaluated after two years follow-up improved sexual performance. Thus, clinical treatment that results in good seizure control may improve sexual performance in some patients with epilepsy.O objetivo deste estudo foi comparar os níveis séricos de andrógenos e estradiol entre pacientes do sexo masculino com e sem hipossexualidade. Níveis séricos de testosterona e testosterona porção livre, estradiol e globulina ligadora de hormônio sexual (SHBG) foram dosados e calculado o índice de andrógeno livre (FAI). Não houve diferença significante de testosterona, porção livre de testosterona, estradiol e de FAI nos pacientes com e sem hipossexualidade. Os níveis de SHBG foram significantemente maiores nos pacientes hipossexuais quando comparados com os pacientes sem hipossexualidade. Deste modo, os efeitos da SHBG aumentada nos níveis séricos de testosterona biologicamente ativa, em pacientes com epilepsia e hipossexualidade, não foram detectados pelo método usado neste estudo. Quatro (44%) pacientes, reavaliados após dois anos de seguimento, tiveram melhora significativa do desempenho sexual. Portanto, o tratamento medicamentoso, com melhor controle das crises epilépticas, pode melhorar o comportamento sexual de alguns pacientes com epilepsia.232

    INÍCIO DE CRISES EPILÉPTICAS NA MENARCA

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    Nove pacientes com início das crises epilépticas coincidindo com a menarca foram avaliadas. Duas tinham crises generalizadas e 7 crises com início parcial. O exame físico e neurológico foram normais em todas, exceto em uma que tinha estenose aórtica. O EEG mostrou ondas agudas focais nas regiões temporais em 4 pacientes, ondas lentas intermitentes generalizadas em uma e foi normal nas outras 4. Sete das 9 pacientes que tiveram a primeira crise na menarca apresentavam exacerbação das crises epilépticas no período peri-menstrual, o que poderia sugerir estarem estas pacientes mais sujeitas a aumento na frequência das crises nesse período em ciclos subsequentes. Este achado necessita de estudo mais amplo para confirmação e pode contribuir para melhor orientação terapêutica nessas mulheres

    Epileptic seizures starting in menarche

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    Nine patient whose epileptic seizures had began in the menarche phase were studied. Two of these patients had generalized seizures and seven partial seizures with or without generalization. The physical and neurologic exam was normal in all patients except one who had aortic stenosis. The EEG showed focal spikes in temporal regions in four patients, intermitent generalized slow waves in one and was normal in four patients. Seven of these patients complained of increasing of the seizure frequency near to the menstrual period. Data registered are discussed. It is concluded that the observation of a larger number of patients is necessary to confirm these data.Nove pacientes com início das crises epilépticas coincidindo com a menarca foram avaliadas. Duas tinham crises generalizadas e 7 crises com início parcial. O exame físico e neurológico foram normais em todas, exceto em uma que tinha estenose aórtica. O EEG mostrou ondas agudas focais nas regiões temporais em 4 pacientes, ondas lentas intermitentes generalizadas em uma e foi normal nas outras 4. Sete das 9 pacientes que tiveram a primeira crise na menarca apresentavam exacerbação das crises epilépticas no período peri-menstrual, o que poderia sugerir estarem estas pacientes mais sujeitas a aumento na frequência das crises nesse período em ciclos subsequentes. Este achado necessita de estudo mais amplo para confirmação e pode contribuir para melhor orientação terapêutica nessas mulheres.43443

    Cursive and gelastic manifestations of epilepsy

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    Seven cases of cursive and two cases of gelastic manifestations of epileptic seizures are presented. The cases were documented with computerized tomography and electroencephalography (EEG). Most of pacients with cursive seizures showed temporal lobe epileptiform discharge in EEG. The authors discuss the theme in relation to pathophysiology and conclude that they are not a homogeneous group according to prognosis and nosology. Every case presented complex parcial seizures with or without tonic-clonic seizures.Os autores descrevem dois pacientes com manifestações gelásticas e sete pacientes com manifestações cursivas de crises epilépticas, documentadas com eletrencefalograma intercrítico e tomografia computadorizada craniana. Todos os pacientes apresentavam crises parciais complexas seguidas ou não de crises tô-nico-clônicas generalizadas. Discutem o tema a respeito da fisiopatologia e questionam a importância nosológica destas formas de epilepsias.39740

    Partial seizures in non-cetotic hyperglycemia

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    The cases of three patients with focal seizure associated to non-cetotic hyperglycemia are reported. Two patients presented motor epilepsy partialis continua (EPC). One case showed EPC as the first clinical manifestation of diabetes mellitus. Neurological exam was normal in all patients. CT and CSF were normal in the cases they were evaluated. Scalp EEG registered during a focal seizure revealed a bilateral temporal spiky activity. Glycemia levels were 455, 660 and 439mg/dl. Two patients presented hyponatremia simultaneously. No patiets had beneficit with phenytoin or diazepan, and one patient got worse after them. Seizure control occurred after insulin and electrolytic treatment. It is important to diagnose this type of condition to avoid changes of non-cetotic hyperglycemia syndrome in a hypero3-molarity and coma state, disturbance which brings a higher mortality.Os casos de três pacientes com crises focais associadas a hiperglicemia não cetótica (HNC) são relatados. Os dois primeiros tiveram epilepsia parcial contínua (EPC) motora. No primeiro paciente a EPC foi a manifestação inicial do diabetes mellitus. O exame neurológico mostrou-se normal em todos os pacientes. TC de crânio e exame do LCR foram normais, quando realizados. O EEG, durante a EPC em um caso, mostrou atividade critica epileptiforme nas regiões temporais bilateralmente, a despeito da manifestação clínica ser unilateral. Os níveis glicêmicos foram de 455, 660 e 439 mg/dl. Dois pacientes apresentavam hiponatremia concomitante. Nenhum dos pacientes respondeu à hidantalização ou ao uso de benzodiazepínicos; em um deles houve acentuação das crises após sua administração. O controle das crises só ocorreu com insulinoterapia e correção hidroeletrolítica. O reconhecimento da HCN como causa de EPC, sem lesão estrutural evidenciável, é de grande importância no sentido de orientar a terapêutica adequada para o controle das crises e de evitar evolução para síndrome de HNC com hiperosmolaridade e alteração de consciência, o que leva a mortalidade significante.44744
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