17 research outputs found

    Associação da relação entre a diferença venoarterial de CO2 e a diferença arteriovenosa de O2 com mortalidade em pacientes com sepse sem choque

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    Atualmente, a Sepse é responsável por cerca de 40% dos óbitos em Unidades de Terapia Intensiva. Melhores desfechos são vistos quando sua propedêutica se baseia em rápido diagnóstico e acurado manejo de disfunções orgânicas. Inúmeras são as variáveis descritas para auxiliar no manejo desta condição, dentre elas: lactato, saturação venosa central de oxigênio e índices derivados do gás carbônico. A relação entre as diferenças venoarterial de CO2 e arteriovenosa de O2 já foi previamente descrita como marcador de mortalidade em pacientes com choque séptico. Todavia, sua acurácia em pacientes sem instabilidade hemodinâmica instaurada ainda não está claramente definida. Dessa forma, o primeiro estudo desta tese consiste em uma Revisão Sistemática visando analisar o valor prognóstico da relação entre as diferenças venoarterial de CO2 e arteriovenosa de O2 em pacientes com diagnóstico de Sepse. Essa revisão incluiu treze estudos e um total de 940 pacientes. Concluiu que, apesar de limitações fisiológicas inerentes ao cálculo da relação e relacionadas a aspectos metodológicos dos estudos incluídos (observacionais com pequeno tamanho amostral), a relação pode ser um bom marcador prognóstico no cenário de alterações hemodinâmicas agudas em pacientes sépticos. O segundo estudo consiste em coorte que incluiu 81 pacientes, visando avaliar a acurácia da relação entre as diferenças venoarterial de CO2 e arteriovenosa de O2 na predição de mortalidade em pacientes sépticos, sem choque, admitidos em Unidades de Terapia Intensiva. O estudo mostrou associação da relação com mortalidade hospitalar nos pacientes sépticos sem instabilidade hemodinâmica, com poder discriminatório maior do que variáveis tradicionalmente utilizadas

    Avaliação da associação entre responsividade a fluido e falha no desmame da ventilação mecânica

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    Introdução: A ventilação mecânica (VM) é terapêutica imprescindível para pacientes em insuficiência respiratória. Entretanto, pode associar-se a efeitos adversos e falhas de extubação acarretam aumentos de morbimortalidade. Disfunção cardíaca induzida por desconexão de VM está relacionada a falhas de desmame. Um estado de independência de pré-carga parece estar associado a esta disfunção e falha de extubação. Objetivo: Investigar associação entre estado da pré-carga cardíaca e falha de desmame de VM. Métodos: Coorte prospectiva, multicêntrica, com pacientes aptos a testes de respiração espontânea. Por ecocardiografia e cálculo de velocidade integral-tempo (VTI), mensurou-se incrementos de índice cardíaco, após passive leg raising, e avaliou-se incidência do desfecho composto: falha de extubação, uso de ventilação não-invasiva (VNI) ou diuréticos. Resultados: Dos 31 pacientes pré-carga independentes, 58,1% apresentaram o desfecho composto (p=0,035), com variação de VTI de 4.9%, menor que os pré-carga dependentes (p=0.003). Conclusão: Pacientes pré-carga independentes apresentam maior incidência de intercorrências após extubação.Introduction: Mechanical Ventilation (MV) is an invaluable therapeutic strategy in patients with respiratory insufficiency. It’s associated with adverse effects and extubation failure can increase morbimortality. Weaning-induced cardiac disfunction is associated with this scenario. A state of preload dependency is related to such phenomenon and MV weaning failure. Objective: To investigate the association between preload dependency and MV weaning failure. Methods: Prospective cohort with patients during spontaneous breathing trials. Using echocardiography and velocity time-integral (VTI) calculation, we evaluated increases in cardiac index after passive leg raising maneuver and the incidence of a composite endpoint: extubation failure, non-invasive ventilation and diuretics use. Results: Out of 31 preload independent patients, 58.1% had the composite endpoint (p=0.035), with a VTI variation of 4.9%, lower than the preload dependent ones (p=0.003). Conclusion: Preload independent patients have a higher incidence of distress after extubation

    Avaliação da associação entre responsividade a fluido e falha no desmame da ventilação mecânica

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    Introdução: A ventilação mecânica (VM) é terapêutica imprescindível para pacientes em insuficiência respiratória. Entretanto, pode associar-se a efeitos adversos e falhas de extubação acarretam aumentos de morbimortalidade. Disfunção cardíaca induzida por desconexão de VM está relacionada a falhas de desmame. Um estado de independência de pré-carga parece estar associado a esta disfunção e falha de extubação. Objetivo: Investigar associação entre estado da pré-carga cardíaca e falha de desmame de VM. Métodos: Coorte prospectiva, multicêntrica, com pacientes aptos a testes de respiração espontânea. Por ecocardiografia e cálculo de velocidade integral-tempo (VTI), mensurou-se incrementos de índice cardíaco, após passive leg raising, e avaliou-se incidência do desfecho composto: falha de extubação, uso de ventilação não-invasiva (VNI) ou diuréticos. Resultados: Dos 31 pacientes pré-carga independentes, 58,1% apresentaram o desfecho composto (p=0,035), com variação de VTI de 4.9%, menor que os pré-carga dependentes (p=0.003). Conclusão: Pacientes pré-carga independentes apresentam maior incidência de intercorrências após extubação.Introduction: Mechanical Ventilation (MV) is an invaluable therapeutic strategy in patients with respiratory insufficiency. It’s associated with adverse effects and extubation failure can increase morbimortality. Weaning-induced cardiac disfunction is associated with this scenario. A state of preload dependency is related to such phenomenon and MV weaning failure. Objective: To investigate the association between preload dependency and MV weaning failure. Methods: Prospective cohort with patients during spontaneous breathing trials. Using echocardiography and velocity time-integral (VTI) calculation, we evaluated increases in cardiac index after passive leg raising maneuver and the incidence of a composite endpoint: extubation failure, non-invasive ventilation and diuretics use. Results: Out of 31 preload independent patients, 58.1% had the composite endpoint (p=0.035), with a VTI variation of 4.9%, lower than the preload dependent ones (p=0.003). Conclusion: Preload independent patients have a higher incidence of distress after extubation

    Protocolo para transporte intra-hospitalar de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Walter Cantídio

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    Em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) temos pacientes graves e com necessidade de transferências para hospitais de maior complexidade ou transporte intra-hospitalar para realizar exames e procedimentos externos ao setor de origem. O transporte pode gerar instabilidade e grandes riscos para o paciente. Este trabalho objetivou organizar e propor um protocolo para transporte intra-hospitalar dos pacientes da UTI do Hospital Universitário Walter Cantídio. Foram utilizados protocolos citados em artigos e adotados em serviços hospitalares de vários países, com adaptações à realidade do serviço e à disponibilidade de corpo técnico e de equipamentos. Um checklist foi desenvolvido, tentando garantir ao máximo a segurança no transporte dos pacientes. O protocolo conta também com lista de perguntas para revisão ativa das condições clínicas do paciente e dos equipamentos necessários à ação. O cuidado intensivo do paciente grave durante transporte deve ser assegurado como na Unidade de Terapia Intensiva. Esse protocolo assistencial busca padronizar e sistematizar a conduta do serviço, melhorar o atendimento ao paciente e minimizar a variação da prática. Aquisição de conhecimento pela equipe, melhoria da comunicação entre membros, coordenação do cuidado e monitoramento dos resultados são estimulados através desse protocolo proposto

    Ischemic and Hemorrhagic Stroke Among Critically Ill Patients With Coronavirus Disease 2019: An International Multicenter Coronavirus Disease 2019 Critical Care Consortium Study

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    OBJECTIVES: Stroke has been reported in observational series as a frequent complication of coronavirus disease 2019, but more information is needed regarding stroke prevalence and outcomes. We explored the prevalence and outcomes of acute stroke in an international cohort of patients with coronavirus disease 2019 who required ICU admission. DESIGN: Retrospective analysis of prospectively collected database. SETTING: A registry of coronavirus disease 2019 patients admitted to ICUs at over 370 international sites was reviewed for patients diagnosed with acute stroke during their stay. PATIENTS: Patients older than 18 years old with acute coronavirus disease 2019 infection in ICU.None. MEASUREMENTS AND MAIN RESULTS: Of 2,699 patients identified (median age 59 yr; male 65%), 59 (2.2%) experienced acute stroke: 0.7% ischemic, 1.0% hemorrhagic, and 0.5% unspecified type. Systemic anticoagulant use was not associated with any stroke type. The frequency of diabetes, hypertension, and smoking was higher in patients with ischemic stroke than in stroke-free and hemorrhagic stroke patients. Extracorporeal membrane oxygenation support was more common among patients with hemorrhagic (56%) and ischemic stroke (16%) than in those without stroke (10%). Extracorporeal membrane oxygenation patients had higher cumulative 90-day probabilities of hemorrhagic (relative risk = 10.5) and ischemic stroke (relative risk = 1.7) versus nonextracorporeal membrane oxygenation patients. Hemorrhagic stroke increased the hazard of death (hazard ratio = 2.74), but ischemic stroke did not-similar to the effects of these stroke types seen in noncoronavirus disease 2019 ICU patients. CONCLUSIONS: In an international registry of ICU patients with coronavirus disease 2019, stroke was infrequent. Hemorrhagic stroke, but not ischemic stroke, was associated with increased mortality. Further, both hemorrhagic stroke and ischemic stroke were associated with traditional vascular risk factors. Extracorporeal membrane oxygenation use was strongly associated with both stroke and death.</p

    Stroke in critically ill patients with respiratory failure due to COVID-19: disparities between low-middle and high-income countries

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    Purpose: We aimed to compare the incidence of stroke in low-and middle-income countries (LMICs) versus high-income countries (HICs) in critically ill patients with COVID-19 and its impact on in-hospital mortality. Methods: International observational study conducted in 43 countries. Stroke and mortality incidence rates and rate ratios (IRR) were calculated per admitted days using Poisson regression. Inverse probability weighting (IPW) was used to address the HICs vs. LMICs imbalance for confounders. Results: 23,738 patients [20,511(86.4 %) HICs vs. 3,227(13.6 %) LMICs] were included. The incidence stroke/1000 admitted-days was 35.7 (95 %CI = 28.4–44.9) LMICs and 17.6 (95 %CI = 15.8–19.7) HICs; ischemic 9.47 (95 %CI = 6.57–13.7) LMICs, 1.97 (95 %CI = 1.53, 2.55) HICs; hemorrhagic, 7.18 (95 %CI = 4.73–10.9) LMICs, and 2.52 (95 %CI = 2.00–3.16) HICs; unspecified stroke type 11.6 (95 %CI = 7.75–17.3) LMICs, 8.99 (95 %CI = 7.70–10.5) HICs. In regression with IPW, LMICs vs. HICs had IRR = 1.78 (95 %CI = 1.31–2.42, p < 0.001). Patients from LMICs were more likely to die than those from HICs [43.6% vs 29.2 %; Relative Risk (RR) = 2.59 (95 %CI = 2.29–2.93), p < 0.001)]. Patients with stroke were more likely to die than those without stroke [RR = 1.43 (95 %CI = 1.19–1.72), p < 0.001)]. Conclusions: Stroke incidence was low in HICs and LMICs although the stroke risk was higher in LMICs. Both LMIC status and stroke increased the risk of death. Improving early diagnosis of stroke and redistribution of healthcare resources should be a priority. Trial registration: ACTRN12620000421932 registered on 30/03/2020
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