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    MULTIPLICAÇÃO, USO EM AULAS PRÁTICAS, PESQUISAS E DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTES DE VARIEDADES CRIOULAS DE FEIJÃO COMUM

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    O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma das culturas de maior importância nutricional, econômica e cultural no Brasil. A cultura é tradicionalmente cultivada por agricultores familiares em pequenas áreas sem que sejam feitos grandes investimentos tecnológicos. O cultivo na maioria das vezes é realizado com sementes próprias, onde a cada ano uma parte da produção é reservada para o plantio da safra seguinte. As variedades crioulas de feijão comum são amplamente utilizadas pela agricultura familiar devido a sua rusticidade e resistência contra pragas e doenças. Apesar da relativa facilidade existente em multiplicar populações de feijão comum, muitos agricultores não possuem o hábito de compartilhar suas sementes com outros agricultores e nem caracterizá-las de forma correta, o que de certa forma acaba se tornando um risco para a variedade, que poderá ser perdida a qualquer momento, e junto com ela ocorre a perda de combinações gênicas que muitas vezes são únicas e fundamentais para viabilizar o sistema produtivo em ambientes ecologicamente restritivos. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo fortalecer a rede de conservação de variedades crioulas de feijão comum por meio da multiplicação de sementes, realização de um dia de campo, disponibilização de sementes novas para a condução de aulas práticas, desenvolvimento de pesquisas e distribuição de amostras a agricultores, estudantes, servidores e demais interessados em sua multiplicação. Na safra 2021/2022, foram implantadas áreas demonstrativas com 36 diferentes variedades de feijão comum, na área experimental do curso de Agronomia do IFC - Concórdia. Cada variedade foi multiplicada numa área de 30 m². Durante a multiplicação das variedades foram avaliados alguns caracteres agronômicos como hábito de crescimento, ciclo, resistência às principais doenças e o potencial produtivo. Durante o estádio reprodutivo, foi realizado um dia de campo na área de multiplicação das variedades visando apresentar as principais características aos participantes (agricultores, alunos e servidores do IFC). A partir de um resumo das características mais importantes, associado a imagens das variedades, foi elaborada uma cartilha, a qual foi distribuída aos interessados junto a amostras de sementes durante a feira de sementes que foi realizada durante a Tecnoeste de 2022. Por meio desta estratégia, o trabalho contribuiu para o fortalecimento da rede de conservação de sementes de feijão comum, garantindo que mais produtores tenham acesso às sementes com adaptações específicas ao sistema particular de cultivo dos pequenos agricultores, que quando cultivadas em suas propriedades possam suprir as demandas alimentícias da família e que ainda possa se tornar fonte de renda por meio da comercialização do excedente da produção. Além disso, promoveu maior interação da escola (IFC – Concórdia) com a sociedade, por meio da transferência de conhecimento (dia de campo e cartilha) e de produtos (sementes de feijão)

    MONITORIA ACADÊMICA INTERDISCIPLINAR NO CURSO DE AGRONOMIA

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    A monitoria consiste em uma atividade complementar para os alunos, além de oferecer ao monitor uma vivência diferenciada quanto as questões educacionais. O programa da monitoria é um apoio aos alunos que querem aprofundar seus conhecimentos, solucionar dúvidas e dificuldades em relação aos conteúdos trabalhados em sala de aula. O presente projeto tem como objetivo fortalecer o processo de aprendizado dos orientados, estreitar a relação professor-aluno-instituição e contribuir para a formação de recursos humanos na área de ensino nas disciplinas de Fisiologia Vegetal, Plantas de Lavoura II, Uso Manejo e Conservação do Solo, Tecnologia e Produção de Sementes e Mudas e Culturas Anuais de Inverno do curso superior de Agronomia do Instituto Federal Catarinense (IFC) - Campus Concórdia. Por meio deste projeto são atendidos alunos dessas cinco disciplinas do curso de Agronomia do IFC no período de março a novembro de 2022. O atendimento foi realizado de forma presencial no laboratório de sementes do IFC - Concórdia e por meio do Google Meet® em horário noturno. Além disso foram preparados materiais utilizados em aulas práticas para a disciplina de Tecnologia e Produção de Sementes e Mudas para facilitar o entendimento de como proceder com os equipamentos e ferramentas do laboratório. Para o entendimento do Software “Terraço 4.1” e “Hidro Terraço 1.0”, são realizados atendimentos em grupos, individuais via Google Meet® e presencial, explicando como é feita a construção dos terraços. Ainda será elaborado um material didático com a demonstração da fenologia de algumas culturas na disciplina de Culturas Anuais de Inverno e, além disso, o auxílio e acompanhamento na implantação dos projetos de campo dos acadêmicos nas disciplinas de Culturas Anuais de Inverno, Plantas de Lavoura II e de Fisiologia Vegetal. Os assuntos são reforçados e abordados em aula através desses materiais complementares, instigando a curiosidade e a criatividade dos alunos, facilitando deste modo o entendimento

    AVALIAÇÃO DA SEVERIDADE DO CRESTAMENTO BACTERIANO COMUM EM FEIJOEIRO EM CONDIÇÕES DE CAMPO

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    A cultura do feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma das culturas mais produzidas e consumidas no Brasil. Além do aspecto econômico, esse grão tem grande relevância como componente cultural e alimentício, sendo considerado um dos pilares da dieta brasileira. Entretanto as doenças podem ser consideradas como fatores limitantes da produtividade do feijão, visto que a cultura é vulnerável a vários organismos fitopatogênicos. O Crestamento Bacteriano Comum (CBC), cujo agente causal é a bactéria Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, é uma das mais danosas doenças da cultura. O CBC causa prejuízos na produção em razão da sua ampla distribuição pelas regiões produtoras de feijão pelo país e ao seu difícil controle. Dentre as medidas de controle o uso de variedades resistentes vem sendo a estratégia mais sustentável e econômica, pois é de fácil adoção pelos agricultores em razão de seu baixo custo e por ser ecologicamente segura. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo identificar variedades de feijão comum resistentes ao crestamento bacteriano comum em condições de campo na região do Oeste Catarinense. Os ensaios foram conduzidos, na safra de 2020/2021, na área experimental do IFC no município de Concórdia, SC, com 12 tratamentos, sendo 10 variedades locais coletadas junto a agricultores da região e duas variedades comerciais (SCS 204 Predileto e SCS 205 Riqueza). O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com três repetições. Para determinar a severidade da doença, foram realizadas seis avaliações de severidade em intervalos de sete dias, a partir da manifestação inicial dos sintomas das doenças. As variedades foram classificadas como resistentes, moderadamente resistentes e suscetíveis aos patógenos avaliados. A partir das notas atribuídas a severidade da doença, foi calculada a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD). Os valores de AACPD foram submetidos a ANOVA e, em seguida, suas médias foram comparadas pelo teste Scott-Knott (p<0,05). Diferenças significativas foram verificadas entre os tratamentos para a variável AACPD. O resultado revelou diferenças significativas entre os tratamentos, permitindo separar as variedades em três grupos, sendo 8 variedades (Feijão Rosa, Baje Terra, Taquara, Feijão Chuva, Mulato, IFC 5, AF 5, V1 Vermelho) classificadas como resistentes, 1 variedade (Copinha) com moderada resistência e 3 variedades (SCS 204 Predileto, Chimbinha, SCS 205 Riqueza) classificadas como suscetíveis ao Crestamento Bacteriano Comum. Vale destacar que as duas variedades comerciais encontram-se dentro do grupo considerado suscetível ao patógeno. O estudo demostra que as variedades locais possuem adaptações específicas às suas condições de cultivo, adaptações estas que somadas a resistência ao crestamento bacteriano comum do feijoeiro, proporcionam maior estabilidade produtiva a agricultura familiar. O estudo permitiu identificar variedades com grau superior de resistência ao patógen

    BANCO ATIVO DE GERMOPLASMA: UMA ESTRATÉGIA PARA FORTALECER A REDE DE CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE VARIEDADES CRIOULAS DE FEIJÃO COMUM

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    O feijão comum (Phaseolus vulgaris) é uma das principais culturas produzidas e consumidas no Brasil. A importância desse grão está atrelada a questões econômicas, nutricionais e culturais, sendo cultivado em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul predominantemente pela agricultura familiar. A diversidade de variedades cultivadas pelos agricultores se deve a rusticidade, tal como resistência a pragas, doenças e baixa necessidade de manejo. Entretanto, existem alguns riscos de perda dessas composições genéticas, pois a troca de sementes entre agricultores é praticamente inexistente, além disso, os agricultores normalmente guardam para a safra seguinte pequenas quantidades de sementes com baixa qualidade e em condições inadequadas de armazenamento. Visando a preservação desses genótipos de feijoeiro que ainda são cultivados pelos agricultores, o presente trabalho teve por objetivo fortalecer a rede de conservação de variedades crioulas de feijão comum, por meio da multiplicação, catalogação e distribuição das sementes a agricultores, alunos e servidores do IFC - Concórdia. Para a condução do trabalho, foram utilizadas sementes de variedades de feijão comum obtidas por meio de doações feitas por agricultores da região oeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul, na safra 2019/20. A implantação da área de multiplicação foi feita na área experimental do curso de Agronomia do IFC – Concórdia, na safra de 2020/21, sendo utilizadas 36 populações de feijão comum. A condução foi feita sob cultivo mínimo, sendo realizado o controle de plantas daninhas, pragas e doenças à medida que estas apresentaram riscos de dano econômico para a cultura. Durante o ciclo da cultura, foram observadas e identificadas populações com maior grau de resistência as principais doenças, além da avaliação de caracteres morfológicos, como o hábito de crescimento, ciclo, altura da planta e característica de desfolha. A partir dessas informações foi produzido um folder que será distribuído aos interessados na multiplicação das sementes. Durante o desenvolvimento das plantas foi realizado um dia de campo com os alunos das disciplinas de Botânica e Fitopatologia do curso de Agronomia. Após a colheita e beneficiamento, sementes serão distribuídas a alunos e servidores interessados em sua multiplicação. Durante a Tecnoeste de 2022, também serão distribuídas sementes dessas variedades multiplicadas aos visitantes, no estande da Agronomia. Acredita-se que estas estratégias sejam de grande valia para auxiliar na conservação dessas variedades de feijão ainda mantidas pela agricultura familiar e ainda fortalecer a rede de conservação da variabilidade genética regional utilizada na alimentação humana
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