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    Pilar de Goiás: a vila entre a memória, a história e a materialidade

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    This article seeks to understand the interface established between historical archeology, history and the national policy of protection of historical, artistic, architectural and archaeological heritage - through the legal instrument of tipping - materialized in the case of the city of Pilar de Goiás, in the state of Goiás. This protection, begun in the 1950s, occurred in a conceptually and technically fragile way, led to a series of problems and challenges in the fields of history and archeology, especially in the preservation of this same national patrimony. The eighteenth-century mining town went through innumerable “gold bullfights” followed by mining abandonment and population decline (every time the metal fountains were exhausted). This process, initiated in the colonial period and still in progress, favored the construction of a series of memories that complicate the more objective interpretation of the profile of this colonial village. In the present work we seek to understand these processes and how the scientific researches - and even the policies for the patrimony - were informed in the memory, creating a somewhat confusing scenario regarding the colonial past of Pilar de Goiás. The historiography, we propose an interpretation about Pilar de Goiás based on a very plastic society, plural and multifaceted economy. This procedure, far from the grandiose and excessively grounded interpretations of the search for what would be a “mining society”, helps us to understand the processes involved in colonial occupation and the construction of networks of commerce, transit, and urbanization of the central portion of the Colony.Este artigo busca compreender a interface estabelecida entre a arqueologia histórica, a história e a política nacional de proteção do patrimônio histórico, artístico, arquitetônico e arqueológico - através do instrumento legal de tombamento - materializada no caso da cidade de Pilar de Goiás, no estado de Goiás. Essa proteção, iniciada na década de 1950, ocorrida de modo conceitual e tecnicamente frágil, acarretou uma série de problemas e desafios para os campos da história e da arqueologia, sobretudo no tocante à preservação desse mesmo patrimônio nacional. A vila mineradora setecentista passou por inúmeras “corridas do ouro” seguidas de abandono das lavras e decréscimo populacional (toda vez que se esgotavam as fontes do metal). Tal processo, iniciado em período colonial e ainda em andamento, favoreceu a construção de uma série de memórias que complicam a interpretação mais objetiva do perfil dessa vila colonial. No presente trabalho buscamos compreender esses processos e como as pesquisas científicas - e mesmo as políticas para o patrimônio - informaram-se na memória, criando um cenário algo confuso a respeito do passado colonial de Pilar de Goiás. Diante disso, e recorrendo aos documentos históricos e à historiografia, propomos uma interpretação a respeito de Pilar de Goiás, fundamentada em uma sociedade muito plástica, plural e de economia multifacetada. Procedimento que, distante das interpretações grandiosas e excessivamente fundamentadas na busca daquilo que seria uma “sociedade mineradora”, auxilia-nos a compreender os processos envolvidos na ocupação colonial e na construção de redes de comércio, de trânsito e de urbanização da parcela central da Colônia
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