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    Notificação da infecção pelo HIV em gestantes: estimativas a partir de um estudo nacional

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    OBJECTIVE: To estimate the coverage of the reporting of cases of HIV-infected pregnant women, to estimate the increase in the coverage of the reporting with the routine search of data in other Brazilian health information systems, and to identify missed opportunities for identification of HIV-infected pregnant women in Brazilian maternity hospitals. METHODS: This is a descriptive study on the linkage of Brazilian databases with primary data from the “Nascer no Brasil” study and secondary database collection from national health information systems. The “Nascer no Brasil” is a national-based study carried out in 2011–2012 with 23,894 pregnant women, which identified HIV-infected pregnant women using prenatal and medical records. We searched for cases of HIV-infected pregnant women identified in the “Nascer no Brasil” study in the Information System of Notifiable Diseases, the Control System for Laboratory Tests of the National CD4+/CD8+ Lymphocyte Count and HIV Viral Load Network, and the Logistics Control System for Medications. We used the OpenRecLink software for the linkage of databases. We estimated the notification coverage, with the respective confidence interval, of the evaluated Brazilian health information systems. RESULTS: We estimated the coverage of the reporting of HIV-infected pregnant women in the Information System of Notifiable Diseases as 57.1% (95%CI 42.9–70.2), and we located 89.3% of the HIV-infected pregnant women (95%CI 81.2–94.2) in some of the Brazilian health information systems researched. The search in other national health information systems would result in an increase of 57.1% of the reported cases. We identified no missed opportunities for the diagnosis of HIV+ in pregnant women in the maternity hospitals evaluated by the “Nascer no Brasil” study. CONCLUSIONS: The routine search for information in other Brazilian health information systems, a procedure carried out by the Ministry of Health for cases of AIDS in adults and children, should be adopted for cases of HIV in pregnancy.OBJETIVO: Estimar a cobertura de notificação de casos de infecção pelo HIV em gestantes, o aumento na cobertura de notificação a ser obtido pela busca rotineira de dados em outros sistemas de informação nacionais, e identificar oportunidades perdidas de identificação de gestantes HIV+ em maternidades brasileiras. MÉTODOS: Estudo descritivo, de relacionamento de base de dados de estudo nacional com coleta primária de dados (estudo “Nascer no Brasil”), e de base de dados secundários de sistemas de informação nacionais. O estudo “Nascer no Brasil” é um estudo de base nacional, realizado em 2011–2012, com 23.894 puérperas, que identificou gestantes infectadas pelo HIV, utilizando registros em cartão de pré-natal e prontuário. Casos de gestantes com infecção pelo HIV identificadas no estudo “Nascer no Brasil” foram pesquisadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+ e Carga Viral, e Sistema de Controle Logístico de Medicamentos. Utilizou-se o software OpenRecLink para relacionamento das bases de dados. Foi estimada a cobertura de notificação, com respectivo intervalo de confiança, dos sistemas de informação nacionais avaliados. RESULTADOS: A cobertura de notificação de HIV em gestantes no Sistema de Informação de Agravos de Notificação foi estimada em 57,1% (IC95% 42,9–70,2), e 89,3% das gestantes HIV+ (IC95% 81,2–94,2) foram localizadas em algum dos sistemas de informação nacionais pesquisados. A busca em outros sistemas de informação nacionais resultaria em aumento de 57,1% dos casos notificados. Não foram identificadas oportunidades perdidas de diagnóstico de gestantes HIV+ nas maternidades avaliadas pelo estudo “Nascer no Brasil”. CONCLUSÕES: A busca rotineira de informação em outros sistemas de informação nacionais, procedimento utilizado pelo Ministério da Saúde para casos de Aids em adultos e em crianças, deve ser adotado para os casos de infecção pelo HIV na gestação

    Prevalência de sífilis na gestação e testagem pré-natal: Estudo Nascer no Brasil

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    OBJECTIVE Determine the coverage rate of syphilis testing during prenatal care and the prevalence of syphilis in pregnant women in Brazil. METHODS This is a national hospital-based cohort study conducted in Brazil with 23,894 postpartum women between 2011 and 2012. Data were obtained using interviews with postpartum women, hospital records, and prenatal care cards. All postpartum women with a reactive serological test result recorded in the prenatal care card or syphilis diagnosis during hospitalization for childbirth were considered cases of syphilis in pregnancy. The Chi-square test was used for determining the disease prevalence and testing coverage rate by region of residence, self-reported skin color, maternal age, and type of prenatal and child delivery care units. RESULTS Prenatal care covered 98.7% postpartum women. Syphilis testing coverage rate was 89.1% (one test) and 41.2% (two tests), and syphilis prevalence in pregnancy was 1.02% (95%CI 0.84;1.25). A lower prenatal coverage rate was observed among women in the North region, indigenous women, those with less education, and those who received prenatal care in public health care units. A lower testing coverage rate was observed among residents in the North, Northeast, and Midwest regions, among younger and non-white skin-color women, among those with lower education, and those who received prenatal care in public health care units. An increased prevalence of syphilis was observed among women with < 8 years of education (1.74%), who self-reported as black (1.8%) or mixed (1.2%), those who did not receive prenatal care (2.5%), and those attending public (1.37%) or mixed (0.93%) health care units. CONCLUSIONS The estimated prevalence of syphilis in pregnancy was similar to that reported in the last sentinel surveillance study conducted in 2006. There was an improvement in prenatal care and testing coverage rate, and the goals suggested by the World Health Organization were achieved in two regions. Regional and social inequalities in access to health care units, coupled with other gaps in health assistance, have led to the persistence of congenital syphilis as a major public health problem in Brazil.OBJETIVO Analisar a cobertura de testagem para sífilis durante a assistência pré-natal e estimar a prevalência de sífilis na gestação. MÉTODOS Coorte nacional de base hospitalar, realizada no Brasil, de 2011 a 2012, com 23.894 mulheres. Foram utilizados dados obtidos na entrevista com a puérpera, no prontuário hospitalar e nos cartões de pré-natal. Foram considerados casos de sífilis na gestação todas as gestantes com resultado de sorologia reagente no cartão ou diagnóstico de sífilis durante a internação para o parto. Prevalência de sífilis e coberturas de testagem foram analisadas segundo região de residência, cor da pele, escolaridade, idade materna e tipo de serviço de assistência pré-natal e ao parto, com utilização do teste estatístico Qui-quadrado. RESULTADOS Houve cobertura pré-natal de 98,7% das mulheres, cobertura de testagem para sífilis de 89,1% (um exame) e 41,2% (dois exames), bem como prevalência de sífilis na gestação de 1,02% (IC95% 0,84;1,25). Menor cobertura pré-natal foi observada na região Norte, em indígenas, em mulheres com menor escolaridade e naquelas atendidas em serviços públicos. Coberturas mais baixas de testagem ocorreram em residentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, Sul em mulheres não brancas, mais jovens, de menor escolaridade e atendidas em serviços públicos. Maior prevalência de sífilis foi estimada em mulheres com menos de oito anos de escolaridade (1,74%), que se declararam pretas (1,8%) ou pardas (1,2%), mulheres sem pré-natal (2,5%) e naquelas atendidas em serviços públicos (1,37%) ou mistos (0,93%). CONCLUSÕES A prevalência estimada de sífilis na gestação foi semelhante à encontrada no último Estudo-Sentinela Parturiente realizado em 2006. Houve ampliação da cobertura pré-natal e de testagem, com alcance das metas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde em duas regiões. Desigualdades regionais e sociais no acesso aos serviços de saúde, aliadas a outras falhas na assistência, para a persistência da sífilis congênita como importante problema de saúde pública no País

    Análise espacial da morbimortalidade materna em usuárias do Sistema Único de Saúde no Município do Rio de Janeiro, Brasil, 2014-2016

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    O objetivo deste estudo é analisar a morbimortalidade materna de mulheres atendidas em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Município do Rio de Janeiro, Brasil, no período de 2014 a 2016. Foi realizado estudo ecológico, por meio da coleta de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Para analisar a razão de mortalidade materna (RMM), foram utilizados dados do SIM. Para investigar a morbidade materna, adotaram-se critérios da Organização Mundial da Saúde para estimar as razões de near miss materno e de condições potencialmente ameaçadoras à vida. Dados do SINASC foram usados para número de nascidos vivos e caracterização demográfica, social e de acesso a serviço de pré-natal. Para avaliar a associação espacial entre os indicadores RMM, razões de near miss materno e condições potencialmente ameaçadoras à vida e os indicadores demográficos, sociais, obstétricos e de acesso obtidos no SINASC, foi calculado o índice de Moran bivariado com nível de 0,05 de significância, por meio do programa GeoDa. No período analisado, a RMM no Município do Rio de Janeiro foi de 94,16/100 mil nascidos vivos, a razão de near miss materno de 28,21/1.000 nascidos vivos e a razão de condições potencialmente ameaçadoras à vida de 34,31/1.000 nascidos vivos. Casos de condições potencialmente ameaçadoras à vida foram utilizados pela primeira vez neste estudo e apresentaram diagnósticos de internação e procedimentos realizados mais condizentes com o perfil de mortalidade materna no Município do Rio de Janeiro. Houve associação significativa entre RMM e percentual de nascidos vivos no SUS, razão de condições potencialmente ameaçadoras à vida e percentual de nascidos vivos no SUS e razão de condições potencialmente ameaçadoras à vida e ser solteira

    Baby-Friendly Hospital Initiative and exclusive breastfeeding during hospital stay

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    OBJECTIVE: To estimate the prevalence of exclusive breastfeeding during maternity hospital stay (outcome) and to analyze the association between delivery in a Baby-Friendly Hospital (BFH) and the outcome. The hypothesis is that accreditation to this program improves exclusive breastfeeding during maternity hospital stay. Exclusive breastfeeding is essential in reducing neonatal morbidity and mortality. METHODS: This study is based on secondary data collected by the “Birth in Brazil: National Survey into Labour and Birth”, a population-based study, conducted with 21,086 postpartum women, from February 1, 2011, to October 31, 2012, in 266 hospitals from all five Brazilian regions. Face-to-face interviews were conducted mostly within the first 24 hours after birth, regarding individual and gestational characteristics, prenatal care, delivery, newborn’s characteristics, and breastfeeding at birth. A theoretical model was created, allocating the exposure variables in three levels based on their proximity to the outcome. This hierarchical conceptual model was applied to perform a multiple logistic regression (with 95%CI and p &lt; 0.05). RESULTS: In this study, 76.0% of the babies were exclusively breastfed from birth until the interview. Babies born in public (AOR = 1.73; 95%CI: 1.10–2.87), mixed (AOR = 2.48; 95%CI: 1.35–4.53) and private (AOR = 5.54; 95%CI: 2.38–12.45) BFHs were more likely to be exclusively breastfed during maternity hospital stay than those born in non–BFHs, as well as those born by vaginal birth (AOR = 2.16; 95%CI: 1.79–2.61), with adolescent mothers (AOR = 1.83; 95%CI: 1.47–2.26) or adults up to 34 years old (AOR =1 .31; 95%CI: 1.13–1.52), primiparous women (AOR = 1.51; 95%CI: 1.34–1.70), and mothers living in the Northern region of Brazil (AOR = 1.99; 95%CI: 1.14–3.49). CONCLUSIONS: The Baby-Friendly Hospital Initiative promotes exclusive breastfeeding during hospital stay regarding individual and hospital differences

    Congenital syphilis: a sentinel event in antenatal care quality

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    OBJETIVO: Analisar a assistência pré-natal na prevenção da transmissão vertical da sífilis. MÉTODOS: Estudo transversal representativo para as gestantes de baixo risco atendidas em unidades de saúde do município do Rio de Janeiro, RJ, período de 2007 a 2008. A identificação de gestantes com diagnóstico de sífilis na gestação foi feita por meio de entrevistas, verificação do cartão de pré-natal e busca de casos notificados em sistemas públicos de informação em saúde. Os casos de sífilis congênita foram identificados por meio de busca nos sistemas de informação em saúde: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do SUS. RESULTADOS: Foram identificados 46 casos de sífilis na gestação e 16 casos de sífilis congênita com uma prevalência estimada de 1,9% (IC95% 1,3;2,6) de sífilis na gestação e de 6/1.000 (IC95% 3;12/1.000) de sífilis congênita. A taxa de transmissão vertical foi de 34,8% e três casos foram fatais, um abortamento, um óbito fetal e um óbito neonatal, com proporções elevadas de baixo peso e prematuridade. A trajetória assistencial das gestantes mostrou falhas na assistência, como início tardio do pré-natal, ausência de diagnóstico na gravidez e ausência de tratamento dos parceiros. CONCLUSÕES: Estratégias inovadoras, que incorporem melhorias na rede de apoio diagnóstico, são necessárias para enfrentamento da sífilis na gestação, no manejo clínico da doença na gestante e seus parceiros e na investigação dos casos como evento sentinela da qualidade da assistência pré-natal.OBJETIVO: Analizar la asistencia pre-natal en la prevención de la transmisión vertical de la sífilis. MÉTODOS: Estudio transversal representativo para las gestantes de bajo riesgo atendidas en unidades de salud del municipio de Rio de Janeiro, Sureste de Brasil, período de 2007 a 2008. La identificación de gestantes con diagnóstica de sífilis en la gestación fue realizada por medio de entrevistas, verificación de la tarjeta de pre-natal y búsqueda de casos notificados en sistemas públicos de información en salud. Los casos de sífilis congénita se identificaron por medio de búsqueda en los sistemas de información en salud: Sistema de Información de Agravios de Notificación (SINAN), Sistema de Información sobre Mortalidad (SIM) y Sistema de Informaciones Hospitalarios (SIH) del SUS. RESULTADOS: Se identificaron 46 casos de sífilis en la gestación y 16 casos de sífilis congénita con una prevalencia estimada de 1,9% (IC95% 1,3;2,6) de sífilis en la gestación y de 6/1.000 (IC95% 3;12/1.000) de sífilis congénita. La tasa de transmisión vertical fue de 34,8% y tres casos fueron fatales, un aborto, un óbito fetal y un óbito neonatal, con proporciones elevadas de bajo peso y prematuridad. La trayectoria asistencial de las gestantes mostró fallas en la asistencia, como inicio tardío del pre-natal, ausencia de diagnóstico en el embarazo y ausencia de tratamiento de las parejas. CONCLUSIONES: Estrategias innovadoras son necesarias para enfrentar la sífilis en la gestación, que incorporen mejorías en la red de apoyo diagnóstico, en el manejo clínico de la enfermedad en la gestante y sus parejas y en la investigación de los casos como evento centinela de la calidad de la asistencia pre-natal.OBJECTIVE: To evaluate antenatal care in reducing the vertical transmission of syphilis. METHODS: A cross-sectional study was designed to be representative of low-risk pregnancies in women cared for at the Brazilian Unified Health System (SUS) network in the city of Rio de Janeiro, from November 2007 to July 2008. Pregnant women diagnosed with syphilis were identified through interviews, checking their antenatal care card and searching for reported cases in the public health information systems. Cases of congenital syphilis were sought at the disease reporting system (Sinan), the Mortality Information System (SIM) and the SUS's Hospital Information System (SIH). RESULTS: Syphilis was identified in 46 of the pregnancies, and 16 cases of congenital syphilis were identified, resulting in a prevalence of 1.9% (95%CI 1.3;2.6) of syphilis in pregnancy and an incidence of 6/1,000 (95%CI 3;12/1,000) of congenital syphilis. The vertical transmission rate was 34.8% with three cases resulting in death (1 abortion, 1 stillborn and 1 neonatal death) and high proportions of prematurity and low birth weight. The healthcare pathway of those women revealed flaws in the care they received, such as late entry to antenatal care, syphilis remaining undiagnosed during pregnancy and lack of treatment for the partner. CONCLUSIONS: Innovative strategies are needed to improve the outcomes of syphilis in pregnancy, including improving the laboratory network, the quality of care delivered to the pregnant women and their sexual partners and, most important of all, investigating every case of congenital syphilis as a sentinel event in the quality of antenatal care

    Assistência pré-natal na rede pública do Brasil

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    OBJECTIVE: To verify regional inequalities regarding access and quality of prenatal and birth care in Brazilian public health services and associated perinatal outcomes. METHODS: Birth in Brazil was a national hospital-based survey conducted between 2011 and 2012, which included 19,117 women with public-funded births. Regional differences in socio-demographic and obstetric characteristics, as well as differences in access and quality of prenatal and birth care were tested by the χ2 test. The following outcomes were assessed: spontaneous preterm birth, provider-initiated preterm birth, low birth weight, intrauterine growth restriction, Apgar in the 5th min &lt; 8, neonatal and maternal near miss. Multiple and non-conditional logistic regressions were used for the analysis of the associated perinatal outcomes, with the results expressed in adjusted odds ratio and 95% confidence interval. RESULTS: Regional inequalities regarding access and quality of prenatal and birth care among users of public services are still evident in Brazil. Pilgrimage for birth associated with all perinatal outcomes studied, except for intrauterine growth restriction. The odds ratios ranged between 1.48 (95%CI 1.23–1.78) for neonatal near miss and 1.62 (95%CI 1.27–2.06) for provider-initiated preterm birth. Among women with clinical or obstetric complications, pilgrimage for birth associated with provider-initiated preterm birth and with Apgar in the 5th min &lt; 8, odds ratio of 1.98 (95%CI 1.49–2.65) and 2.19 (95%CI 1.31–3.68), respectively. Inadequacy of prenatal care associated with spontaneous preterm birth in both groups of women, with or without clinical or obstetric complications. CONCLUSION: Improvements in the quality of prenatal care, appropriate coordination and comprehensive care at the time of birth have a potential to reduce prematurity rates and, consequently, infant morbidity and mortality rates in the country.OBJETIVO: Verificar desigualdades regionais no acesso e na qualidade da atenção ao pré-natal e ao parto nos serviços públicos de saúde no Brasil e a sua associação com a saúde perinatal. MÉTODOS: Nascer no Brasil foi uma pesquisa nacional de base hospitalar realizada entre 2011 e 2012, que incluiu 19.117 mulheres com pagamento público do parto. Diferenças regionais nas características sociodemográficas e obstétricas, bem como as diferenças no acesso e qualidade do pré-natal e parto foram testadas pelo teste do χ2 . Foram avaliados os desfechos: prematuridade espontânea, prematuridade iniciada por intervenção obstétrica, baixo peso ao nascer, crescimento intrauterino restrito, Apgar no 5º min &lt; 8, near miss neonatal e near miss materno. Para a análise dos desfechos perinatais associados, foram utilizadas regressões logísticas múltiplas e não condicionais, com resultados expressos em odds ratio ajustada e intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: As desigualdades regionais ainda são evidentes no Brasil, no que diz respeito ao acesso e qualidade do atendimento pré-natal e ao parto entre as usuárias dos serviços públicos. A peregrinação para o parto se associou a todos os desfechos perinatais estudados, exceto para crescimento intrauterino restrito. As odds ratios variaram de 1,48 (IC95% 1,23–1,78) para near miss neonatal a 1,62 (IC95% 1,27–2,06) para prematuridade iniciada por intervenção obstétrica. Entre as mulheres com alguma complicação clínica ou obstétrica, a peregrinação se associou ainda mais com a prematuridade iniciada por intervenção e com Apgar no 5º min &lt; 8, odds ratio de 1,98 (IC95% 1,49–2,65) e 2,19 (IC95% 1,31–3,68), respectivamente. A inadequação do pré-natal se associou à prematuridade espontânea em ambos os grupos de mulheres. CONCLUSÃO: Melhorar a qualidade do pré-natal, a coordenação e a integralidade do atendimento no momento do parto têm um impacto potencial nas taxas de prematuridade e, consequentemente, na redução das taxas de morbimortalidade infantil no país

    Prevalence and risk factors related to preterm birth in Brazil

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    Abstract Background The rate of preterm birth has been increasing worldwide, including in Brazil. This constitutes a significant public health challenge because of the higher levels of morbidity and mortality and long-term health effects associated with preterm birth. This study describes and quantifies factors affecting spontaneous and provider-initiated preterm birth in Brazil. Methods Data are from the 2011–2012 “Birth in Brazil” study, which used a national population-based sample of 23,940 women. We analyzed the variables following a three-level hierarchical methodology. For each level, we performed non-conditional multiple logistic regression for both spontaneous and provider-initiated preterm birth. Results The rate of preterm birth was 11.5 %, (95 % confidence 10.3 % to 12.9 %) 60.7 % spontaneous - with spontaneous onset of labor or premature preterm rupture of membranes - and 39.3 % provider-initiated, with more than 90 % of the last group being pre-labor cesarean deliveries. Socio-demographic factors associated with spontaneous preterm birth were adolescent pregnancy, low total years of schooling, and inadequate prenatal care. Other risk factors were previous preterm birth (OR 3.74; 95 % CI 2.92–4.79), multiple pregnancy (OR 16.42; 95 % CI 10.56–25.53), abruptio placentae (OR 2.38; 95 % CI 1.27–4.47) and infections (OR 4.89; 95 % CI 1.72–13.88). In contrast, provider-initiated preterm birth was associated with private childbirth healthcare (OR 1.47; 95 % CI 1.09–1.97), advanced-age pregnancy (OR 1.27; 95 % CI 1.01–1.59), two or more prior cesarean deliveries (OR 1.64; 95 % CI 1.19–2.26), multiple pregnancy (OR 20.29; 95 % CI 12.58–32.72) and any maternal or fetal pathology (OR 6.84; 95 % CI 5.56–8.42). Conclusion The high proportion of provider-initiated preterm birth and its association with prior cesarean deliveries and all of the studied maternal/fetal pathologies suggest that a reduction of this type of prematurity may be possible. The association of spontaneous preterm birth with socially-disadvantaged groups reaffirms that the reduction of social and health inequalities should continue to be a national priority
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