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    Uma promenade nos trópicos: os barões do café sob as palmeiras-imperiais, entre o Rio de Janeiro e São Paulo

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    This paper proposes to discuss the transformation of urban landscapes in the Paraíba River Valley as members of the coffee elite emerged in this area and a specific landscape configuration was projected there based on the use of imperial palms (Roystonea oleracea). Chronologically speaking, the paper covers a period from 1808 to 1911; with regard to space, it focuses on the stretch between Rio de Janeiro and São Paulo, with a closer look at the case of the city of Lorena (SP), so as to encompass all the changes that took place in this region from the introduction to the decline of coffee growing as an economic activity. The urban changes during this period were accompanied by the advent and consolidation of landscapes typical of the society of coffee growers: streets lined with palm trees, a token of their close connections with the royal court, a display of their adherence to "Frenchified customs". Such configurations were used to characterize public areas and raise them to the same status as the new buildings that gradually replaced those built in colonial style. The paper is structured around three key moments, namely: the introduction of imperial palms in Rio de Janeiro and their association with the idea of nobility and rank, and consequently with neoclassical architecture, which was brought to the colony by the 1816 French Mission; the dissemination of the use of imperial palms as a landscaping resource typical of public spaces from the royal court to the capital of São Paulo, particularly by the coffee barons during the second period of monarchic rule; and, finally, the hypothesis that the use of imperial palms to embellish public areas in São Paulo may have been introduced by a Lorena citizen associated with the coffee elite, albeit later, when Brazil was already a republic.O presente trabalho propõe-se a discutir a transformação da paisagem urbana das cidades vale-paraibanas, a partir do estabelecimento de uma elite ligada à cultura do café nessa região e do surgimento de uma configuração paisagística específica, apoiada na utilização da palmeira-imperial (Roystonea oleracea). Seu recorte cronológico abrange o período entre 1808 e 1911, enquanto espacialmente seu foco direciona-se para o eixo Rio de Janeiro-São Paulo, com estudo mais aproximado do caso da cidade de Lorena, São Paulo, de modo a cobrir as transformações aí ocorridas desde a chegada do café até o esgotamento dessa cultura. Acompanhando as transformações urbanas do período, surgiram e consolidaram-se exemplos paisagísticos próprios da sociedade do café: ruas arborizadas com renques de palmeiras, a demonstrar a proximidade com a Corte, a sinalizar os novos "modos afrancesados". Utilizaram-se tais configurações com o propósito de qualificar os logradouros públicos, a fim de equipará-los aos novos edifícios que substituíam aqueles da tradição colonial. O texto desenvolve-se em três momentos principais: a introdução da palmeira-imperial no Rio de Janeiro, sua vinculação à idéia de nobreza e classe, e conseqüente aproximação com a arquitetura neoclássica trazida pela Missão Francesa de 1816; a difusão de sua utilização como recurso paisagístico qualificador dos espaços públicos desde a Corte até a capital paulista, principalmente pelo baronato do Segundo Império; e, finalmente, a possibilidade de sua introdução nos espaços públicos paulistanos ter sido viabilizada por um lorenense, vinculado à elite cafeeira, embora já sob a República
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