2 research outputs found

    Realidades amazónicas. Navegaçao interna e transcontinental sulamericana

    No full text
    Na primeira parte deste primeiro estudo amazonico, denominado "navegação interna e transcontinental sulamericana" — que por razoes obvias não se limita apenas á rede fluvial amazónica, senão inclui também as suas vizinhas — relatamos as causas que nos inspiraram em sua elaboração como seja, a grande dadiva da Natureza em presentear o Continente Sulamericano com uma riqueza potamografica sem par no mundo, bem como o seu estado de inaproveitamento atual. Passamos a demonstrar com dados técnicos as grandes vantagens dos transportes hidroviarios como sendo os mais económicos entre todos e, que este tipo de transporte absolutamente não é desatualizado pelo moderno automobilismo, como urna propaganda tendenciosa quer fazer crer ao nosso Continente . Por fim, apresentamos argumentos especiais para mostrar que nenhum continente precisa tanto e nenhum é tao apto para o grande desenvolvimento hidroviário como o sulamericano. A segunda parte do presente estudo amazónico, começa relatando o passado da utilização das nossas hidrovias, desde o inicio da conquista, passando pela época das missões, penetrações e bandeiras e, por fim, pela época da consolidação das conquistas, para dar depois, urna descrição detalhada do estado atual das principais redes fluviais interligadas e aperfeiçoáveis pelo homem nestas suas interligações e por isto consideradas por nós como realmente única rede hidrográfica sulamericana ininterrupta, isto é, da Amazonica no centro e suas visinhas orenoquense para o Norte e Platina para o Sul. Relatamos inclusive, os dados de suas navegabilidades, os mais atualizados no momento. Por fim, una vez mais evocamos as grandes possibilidades que estão reservadas neste ímpar mundo fluvial, já agora citando pessoas de grande renome que lutaram arduamente por seu aproveitamento. A terceira parte se trata das grandes interligações naturais entre as bacias Orenoquense-Amazonica pelo Cassiquiare e demais "agua emendadas", assim como entre Amazonica-Platina pelas "aguas emendadas" e "vazadouros", isto é, rios sem declive nem correnteza, que se ligam entre elas. Nesta parte tratamos da hidrovia de contorno, que contornando o Grande Planalto Brasileiro tao extenso quanto a Europa de mozaico, através de um interior remoto e não aproveitado, poderia ligar por via fluvial o Atlantico Equatorial, (foz do rio Amazonas) com o Atlantico Sul (foz do Rio de la Plata). Damos a descrição das varias obras de engenharia que se precisaria para tornar realidade esta colossal hidrovia interna, que sem as suas inúmeras ramificações, em si só, alcançaria quási 8000 km de comprimento. Passamos em seguida a tratar de hidrovia de grande (ou duplo) contorno que contornaria ao envés de somente a Grande Planalto Brasileiro, mas também, o Planalto Guiano, ambos ao mesmo tempo, por um percurso de quási 10.000 km através do interior mais remoto e atrazado do Continente, com a criação de apenas aproximadamente 5 km de hidrovia artificial, sendo todo o resto desta gigantesca linha de navegação interna, rio natural... Na quarta parte damos a relação das obras já feitas para estas duas hidrovias de contorno e das que ainda faltam, mencionando apenas as da secção Madeira-Mamore-Paraguai, visto que na parte anterior as demais já foram tratadas e, descrevendo as que deveriam ser realisadas, referentes á parte "Rio Negro" — "Orenoco Medio", incluindo o Cassiquiare. Por fim passamos á terceira alternativa, que seria a hidrovia transcontinental norte-sul ou tronco central Caribe-Prata, com a construção de um "apéndice", o Canal Caribe-Orenoco, á Hidrovia de Grande Contorno, que significaria também urna linha de navegação interna de quási 10.000 km., a quarta parte da maior circunferência da Terra, o Equador . . . A quinta parte trata dos Grandes cruzamentos setentrional e meridional desta hidrovia tronco, que seriam o rio Amazonas na parte boreal e o rio Parana, do lado oriental, e o Bermejo canalizado do lado ocidental, na parte austral do "tronco norte-sul". Já que a navegabilidade do rio Amazonas foi tratada detalhadamente na segunda parte, aqui nos limitamos a descrever a navegação presente e futura do Rio Paraná, artéria principal, "Corda Mater" das planícies e "Linha Mestra" do planalto (Grande Planalto Brasileiro) da bacia Platina, com todas as suas famosas represas já construídas, em construção, ou projetadas, para o aproveitamento hidroelétrico e hidroviário. Tratamos também do braço ocidental deste cruzamento, o Bermejo que seria canalisado e o levaria até o pé dos Andes argentinos, isto é, Tucumano-Bolivianos (como seria o Salado também quando canalizado), como igualmente o Amazonas e seus afluentes, assim como os afluentes do Orenoco (Meta etc.) até o pé dos Andes da zona tropical (Bolivia, Perú, Equador, Colombia e Venezuela). No fim desta parte damos urna visão geral das ramificações principais terra a dentro, que como se fosse urna rede ferroviária projetada com perfeição. leva ou levaria a todas as partes do colossal interior desde grande continente, assim como, das suas quatro saídas que terá para o oceano... A sexta parte se refere, a urna faixa "Oceanica" interior a 1500 km, terra-a-dentro, criável pelas hidrovias descritas, que poderiam levar a um grande desenvolvimento o interior sulamericano abandonado e atrasado por seu estado afastado da orla oceanica pelas desmesuradas distancias terrestres, como aconteceu nesta casta marítima, transferindo os processos desenvolvimentistas, hoje unilateralmente Atlantico (e Pacifico, assim como Caribe) para este interior. Ao mesmo tempo ressaltamos o papel destas hidrovias existentes e a criar com a eliminação de certos obstáculos, na integração natural de todo este e em sua maior parte que é a Amazonia. Assim sendo, esta sexta parte é a "conclusão" do presente estudo Amazonico, e ao mesmo tempo urna "introdução" antecipada para a continuidade de nossos próximos estudos sobre esta infindável região, que seguirão para a publicação nesse Boletim. Em nosso estudo apresentamos sempre urna atenção toda especial também para o quadro energético como complementação do aspeto hidroviário —aliás, este ultimo consideramos em muitos casos apenas como "subproduto" do primeiro— visto que, se trata de um assunto cada dia mais importante para a humanidade pela escassez energética, prevista para o fim do seculo, enquanto que as inesgotáveis reservas hidroelétricas de nossos rios sulamericanos ainda permanecem pouco exploradas e na colossal bacia hidrográfica do Amazonas na prática totalmente inexploradas. se limita apenas á rede fluvial amazónica, senao incluí tambem as suas vizinhas — relatamos as causas que nos inspiraram em sua elaboracao como seja, a grande dadiva da Natureza em presentear o Continente Sulamericano com uma riqueza potamografica sem par no mundo, bem como o seu estado de inaproveitamento atual. Passamos a demonstrar com dados técnicos as grandes vantagens dos transportes hidroviarios como sendo os mais económicos entre todos e, que este tipo de transporte absolutamente nao é desatualizado pelo moderno automobilismo, como urna propaganda tendenciosa quer fazer crer ao nosso Continente . Por fim, apresentamos argumentos especiáis para mostrar que nenhum continente precisa tanto e nenhum é tao apto para o grande desenvolvimento hidroviario como o sulamericano. A segunda parte do presente estudo amazónico, comeca relatando o passado da utilisacao das nossas hidrovias, desde o inicio da conquista, passando pela época das missoes, penetracoes e bandeiras e, por fim, pela época da consolidacao das conquistas, para dar depois, urna descricao detalhada do estado atual das principáis redes fluviais interligadas e aperfeicoaveis pelo homem nestas suas interligacoes e por isto consideradas por nós como realmente única rede hidrográfica sulamericana ininterrupta, isto é, da Amazonica no centro e suas visinhas orenoquense para o Norte e Platina para o Sul. Relatamos inclusive, os dados de suas navegabilidades, os mais atualizados no momento. Por fim, una vez mais evocamos as grandes possibilidades que estao reservadas neste impar mundo fluvial, já agora citando pessoas de grandes renome que lutaram arduamente por seu aproveitsmento . A terceira parte se trata das grandes interligacoes naturais entre as bacías Orenoquense-Amazonica pelo Cassiquiare e demais "agua emendadas", assim como entre Amazonica-Platina pelas "aguas emendadas" e "vazadouros", isto é, rios sem declive nem correnteza, que se ligam entre elas. Nesta parte tratamos da hidrovia de contorno, que contornando o Grande Plan Alto Brasileiro tao extenso quanto a Europa de mozaico, através de um interior remoto e nao aproveitado, poderia ligar por via fluvial o Atlántico Equatorial, (fóz do rio Amazonas) com o Atlántico Sul (fóz do Rio de la Plata). Damos a descricao das varias obras de engenharia que se precisaría para tornar realidade esta colossal hidrovia interna, que sem as suas inumeras ramificacoes, em si so, alcancaria quasi 8000 km de comprimento. Passamos em seguida a tratar de hidrovia de grande (ou duplo) contorno que contornaria ao envez de somente a Grande Planalto Brasileiro, mas tambem, o Planalto Guiano, ambos ao mesmo tempo, por um percurso de quasi 10.000 km através do interior mais remoto e atrazado do Continente, com a criacao de apenas aproximadamente 5 km de hidrovia artificial, sendo todo o resto desta gigantesca linha de navegacao interna, rio natural... Na quarta parte damos a relacao das obras já feitas para estas duas hidrovias de contorno e das que aínda faltam, mencionando apenas as da secao Madeira-Mamore-Paraguai, visto que na parte anterior as demais já foram tratadas e, descrevendo as que deveriam ser realisadas, referentes á parte "Rio Negro" — "Orenoco Medio", incluindo o Cassiquiare. Por fim passamos á terceira alternativa, que seria a hidrovia transcontinental norte-sul ou tronco central Caribe-Prata, com a construcao de um "apéndice", o Canal Caribe-Orenoco, á Hidrovia de Grande Contorno, que significaria tambem urna linha de navegacao interna de quasi 10.000 km., a quarta parte da maior circunferencia da Terra, o Equador . . . A quinta parte trata dos Grandes cruzamentos sententrionale meridional desta hidrovia tronco, que seriam o rio Amazonas na parte boreal e o rio Parana, do lado oriental, e o Bermejo canalizado do lado ocidental, na parte austral do "tronco norte-sul". Já que a navegabilidade do rio Amazonas foi tratada detalhadamente na segunda parte, aqui nos limitamos a descrever a navegacao presente e futura do Rio Paraná, arteria principal, "Corda Mater" das planicies e "Linha Mestra" do planalto (Grande Planalto Brasileiro) da bacia Platina, com todas as suas famosas represas já construidas, em construcao, ou projetadas, para o aproveitamento hidroeletrico e hidroviario . Trata- mos tamben do braco ocidental deste cruzamento, o Bermejo que seria canalisado e o levaria até o pé dos Andes argentinos, isto é, Tucumano-Bolivianos (como seria o Salado tambem quando canalizado), como igualmente o Amazonas e seus afluentes, assim como os afluentes do Orenoco (Meta etc.) até o pé dos Andes da zona tropical (Bolivia, Perú, Equador, Colombia e Venezuela). No fim desta parte damos urna visao geral das ramificacoes principáis terra a dentro, que como se fosse urna rede ferroviaria projetada com perfeicao. leva ou levaría a todas as partes do colossal interior desde grande continente, assim como, das suas quatro saídas que terá para o océano... A sexta parte se refere, a urna faixa "Oceanica" interior a 1500 km, terra-a-dentro, criavel pelas hidrovias descritas, que poderiam levar a um grande desenvolvimento o interior sulamericano abandonado e atrasado por seu estado aíastado da orla oceánica pelas desmesuradas distancias terrestres, como aconteceu nesta casta marítima, transferindo os processos desenvolvimentistas, hoje unilateralmente Atlantico (e Pacifico, assim como Caribe) para este interior. Ao mesmo tempo ressaltamos o papel destas hidrovias existentes e a criar com a eliminacao de certos obstáculos, na integracao natural de todo este e em sua maior parte que é a Amazonia. Assim sendo, esta sexta parte é a "conclusao" do presente estudo Amazonico, e ao mesmo tempo urna "introducao" antecipada para a continuidade de nossos próximos estudos sobre esta infindavel regiao, que seguirao para a publicacao nesse Boletim. Em nosso estudo apresentamos sempre urna atencao toda especial tamben para o quadro energético como complementacao do aspeto hidroviario — aliás, este ultimo consideramos em muitos casos apenas como "subproduto" do primeiro — visto que, se trata de um assunto cada dia mais importante para a humanidade pela escassez energética, prevista para o fim do seculo, enquanto que as inesgotaveis reservas hidroeletricas de nossos rios sulamericanos aínda permanecen pouco exploradas e na colossal bacía hidrográfica do Amazonas na prática totalmente inexploradas.In the first part of this first study of the Amazon, called "South american internal and transcontinental navigation" — which by obvious reasons is not limited to the watershed of the Amazon, but also includes the neighbouring rivers — we detail the causes which led us to its elaboration, i.e. the great gift of Nature to present the South American Continent a potamographic abundance without equal in the world as well as its present state of non-utilization. We demonstrate with technical data the great advantages of water transport — the most economic of all transports — and that this type of transport has not become obsolete by the modern road transport, as a tendencious propaganda wants to make it believe in our Continent. Finally, we present special arguments to show that no other continent needs so much the great development of waterways as South America and none has such possibilities for this development. The second part of the present Study of the Amazon begins with a detailed account of the past of the utilization of our waterways since the beginning of the Conquest, continued by the age of the missions, penetrations and "bandeiras" and finally by the age of the consolidation of the conquests, to present thereafter a detailed description of the present state of the 3 main watersheds which are connected between themselves, considered by us as a really unique net of uninterrupted waterways, i.e. that of the Amazon in the middle as well as those of ist neighbours, the Orinoco in the North and the River Plate in the South. We give a detailed account of the latest data of their navigabilities. Finally, we emphasize again the great possibilities of this river world without equal, quoting important people who pointed out the necessity of its utilization. The third part deals with the great natural connections between the bassins of the Orinoco and the Amazon by the river Cassiquiare and other rivers as well as between the bassins of the Amazon and the River Plate by rivers without any declivity or current. In this part we deal with the circular waterway which, turning round the Great Brazilian Plain, as big as "mosaic" Europe, could connect through a remote and unutilized in- land by rivers the Equatorial Atlantic (mouth of the Amazon) with the South Atlantic (mouth of the River Plate). We describe several works of engineering which would be necessary in order to turn this gigantic waterway a reality, a waterway which in itself, without its many branches, would have a length of almost 8.000 kilometres. We are going to deal then with the Waterway of the great (or double) circuit which would not only turn round the Great Brazilian Plain, but also the plateau of Guyana, both at the same time, through a course of almost 10.000 kilometres in the farthest ond most backward part of the Continent, with the construction of only about 5 kilometres of artificial waterway. All the rest of this gigantic inland waterway are natural rivers, In the fourth part there is an account of the works already accomplished for these two circular waterways and of those still to be made. Hare we only mention the works at the section Madeira — Mamore — Paraguay, since the other sections have been dealt with in the former part. We also talk about the works to be done at the section Rio Negro — middle Orinoco, including the Cassiquiare ; finally, we are dealing with the third alternative, the North-South Transcontinental Waterway or Caribbean — River Plate central trunk, with the construction of an "appendix", the Caribbean - Orinoco Canal, to the Waterway of the great Circuit. This would also mean an inland waterway of almost 10.000 kilometres, a fourth part of the greatest circumference of the Earth, the Equator. The fifth part deals with the Great Northern and Southern crossings of this trunk waterway : these would be the Amazon in the northern part as well as the Parana at the eastern side and the Bermejo at the western side of the southern part of the "North-South trunk". Since the navigability of the Amazon River has been dealt with in its details in the second part, here we only describe the present and future navigation on the Parana River, main artery of the Lowlands, the Great Brazilian Plain, in one word of the whole River Plate Bassin, with all its famous dams already built, in building, and projected, for the use of shipping and hydroelectric energy. We also deal with the western branch of this crossing, the Bermejo which would be canalized as far as the foot of the Argentinian Andes (Tucumano — Bolivianos, and also the Salado as soon as it is canalized), equally to the Amazon River and its affluents as well as the affluents of the Orinoco (Meta, etc.) which would lead as ar as the foot of the Andes in the tropical zone (Bolivia, Perú, Ecuador, Colombia and Venezuela). At the end of this part we give a general view of the main inland branches which — as if it were a perfectly projected railway net — leads or would lead to all parts ci the gigantic inland of this big continent and to its four exits to the Ocean. In the sixth part we deal with an internal "oceanic" belt at 1 . 500 kilometres from the coast, to be created by the waterways already described, which would lead to a great development of the abandoned South American inland, backward because of its great distance from the Ocean coast ; a development already in progress in the coastal regions. Thus, this progress — which today is only an Atlantic, Pacific, and Caribbean progress — could arrive in the inland. At the same time we emphasize the importance of these waterways that either already exist or are to be created with the elimination of certain obstacles, in the natural integration of all this inland whose greatest part is the "Amazonia". Thus, this sixth part is the conclusion of the present study about the Amazon, and at the same time an anticipated Introduction for the continuity of our next studies of this endless region, which will be published in this Bulletin. In our study we always emphasize the factor of energy, complementary to that of the waterways (by the way, in many cases we consider this latter as a "subproduct" of the first) in view that this is a subject of ever growing importance for mankind because of the scarceity of energy foreseen for the end of this century, while the inexhaustible hydroelectric reserves of our South American rivers are still very little exploited. As a matter of fact, they are totally unexploited in the Amazon bassin.Dans la première partie de cette étude "Navigation intérieure et transcontinentale en Amérique du Sud" — qui, pour d'évidentes raisons ne se limite pas au réseau fluvial amazonien mais s'intéresse aussi aux fleuves voisins — l'A. expose les raisons qui l'ont conduit à ce travail, en particulier l'importance de cet énorme réseau sans équivalent dans le monde et qui, jusqu'à présent, est resté inutilisé. Il démontre ensuite avec des données techniques les grands avantages des transports fluviaux très économiques. Ce type de transport n'est absolument pas dépassé par le transport moderne par route qu'une propagande tendancieuse tend à présenter comme le facteur de développement sur ce continent. Enfin l'A. donne des arguments particuliers qui démontrent le grand développement des voies d'eau en Amérique du Sud et suggèrent les possibilités d'utilisation. La seconde partie de l'étude commence par rappeler le passé de l'utilisation des voies d'eau depuis le début de la conquête en passant par les époques des missions, des expéditions et des "bandeiras", de la consolidation de la conquête. L'A. fait une description détaillée de la situation actuelle des trois principales voies d'eau qui, connectées entre elles, formeraient une seule voie ininterrompue reliant l'Amazone au centre à l'Orénoque au Nord et au Rio de la Plata au Sud. Les conditions de navigabilité les plus actualisées sont également indiquées, ainsi que les grandes possibilités de cet axe fluvial unique au monde pour lequel plusieurs personnalités se sont illustrées en le défendant. La troisième partie traite des grandes liaisons naturelles entre les bassins de l'Orénoque et de l'Amazone par le Cassiquiare et d'autres rivières, ainsi qu'entre l'Amazone et le Rio de la Plata. L'A. présente ici la voie d'eau de contournement qui, en évitant le plateau brésilien, aussi étendu que l'Europe, et à l'intérieur d'un territoire non encore utilisé, pourrait relier l'Atlantique équatorial à l'Atlantique Sud. L'A. indique plusieurs grands travaux qu'il faudrait entreprendre afin de rendre effective cette gigantesque voie qui, avec ses diverses ramifications, atteindrait environ 8000 km. L'A. décrit ensuite la voie d'eau de grand contournement qui passerait à l'Ouest des plateaux brésilien et guyanais, à travers la zone la plus inconnue du continent. Cette voie de 10000 km serait réalisable en creu
    corecore