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Narrativas de Comunidades Aprendentes em Educação Ambiental
Apresentamos a síntese de cinco pesquisas desenvolvidas pela Comunidade Aprendente em Educação Ambiental, Ciências e Matemática, da Universidade Federal do Rio Grande. Este Grupo de Pesquisa-formação integra docentes da educação básica e do ensino superior que, pela escrita narrativa, leitura crítica e re-escrita das suas ações aprendem a ser e a se tornam uma comunidade. Os metatextos obtidos pela Análise Textual Discuriva são narrativas sobre a constituição de educadores ambientais que desenvolveram o sentimento de pertencimento, visando criticar modelos sociais baseados em hierarquias e individualismos, com o intuito de aprender a ser e a se tornar uma comunidade
Inventar é (re) existir: a produção de sentidos na constituição de professores educadores ambientais
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental, Instituto de Educação, 2008.Esta pesquisa apresenta os sentidos emergentes da interface entre o aprofundamento teórico do conceito de resistência e as experiências profissionais de um grupo composto por quatro professores educadores ambientais em formação permanente. Dentre os professores participantes, dois possuem formação inicial em Química, um em Biologia e o outro em Geografia, sendo que todos possuem envolvimento acadêmico direto com a Educação Ambiental. Para comunicar os resultados da pesquisa, foram produzidas quatro narrativas ficcionais, onde a teoria serviu de sustentação para a trama baseada nos (auto) relatos (orais e escritos) dos professores e na convivência do pesquisador com o grupo. A metodologia utilizada foi baseada nos discursos de pesquisa narrativa, na qual o objetivo de estudo é a experiência dos participantes e esta é estudada e comunicada também de modo narrativo. Em relação ao aprofundamento do conceito de resistência, buscou-se firmar um diálogo com a literatura, ressaltando a polissemia desse conceito. A aposta foi a de não conceber as resistências enquanto limite do/no outro, mas como movimentos relacionais de constituição dos sujeitos, movimentos estes intrínsecos aos espaços de (trans)formação. Logo, é a partir das resistências e com elas que se estabelecem diálogos problematizadores, levando em consideração os contextos dos sujeitos e suas histórias. As narrativas ficcionais explicitam, justamente, esta positividade das resistências, fazendo da ficção uma possibilidade de experimentação da realidade. As histórias resultaram de uma interpretação do pesquisador dos sentidos emergentes no contexto da pesquisa e contou com a participação direta dos professores. Quanto a estes, destacou-se a intensificação do sentido de pertencimento deles ao campo da Educação Ambiental, bem como o fortalecimento desse grupo enquanto uma comunidade. Como se deu em espaços formativos, esta pesquisa também teve um papel político na constituição do pesquisador, já que através dessa experiência pode (re)significar seu papel enquanto pesquisador e professor educador ambiental em formação. Disso resultou a proposição de que as ações de pesquisa e formação em Educação Ambiental nos espaços formais são mais intensas quando o pesquisador e/ou formador se encontra imerso
no contexto, sendo parte intrínseca daquilo que deseja transformar. As narrativas ficcionais visam um leitor-professor em constituição na interface com campo da Educação Ambiental e podem ser utilizadas para promover debates em espaços formativos afins.This research presents the emergent senses of the interface between the theoretical
deepening of the concept resistance and the professional experiences gained by a group of four teachers/environmental educators in an in-service program. Two of them have graduated in Chemistry, one in Biology and one in Geography; all of them are directly involved in Environmental Education. To communicate the results of the research, four fictional narratives were produced; theory has supported the plot based on the teachers’ (self) reports (both oral and written) and on the researcher’s contact with the group. The methodology was based on the discourses of narrative research, in which the objective of the study is the participants’ experience; it is studied and also communicated through
narrative. Regarding the deepening of the concept of resistance, the aim was to develop a dialogue with the literature, emphasizing the polysemy of this concept. The idea was not to conceive resistance as if it were a limit concerning the others, but as relational movements - intrinsic to spaces of (trans)formation - that constitute the subjects. Thus, problematizing dialogues are developed from and with resistance, taking into account the subjects’ contexts and stories. In fact, fictional narratives expose the positivity of the resistance, turning fiction into the possibility of experimenting reality. The stories resulted from the researcher’s interpretation of the emergent senses in the context of the research; the teachers also participated in this process. Their sense of belonging to the field of Environmental Education was intensified, as well as the strengthening of this group as a community. Since this research was carried out in spaces for teacher education, it also played a political role in the researcher’s constitution; s/he can (re)signify her/his role as a researcher and as a teacher/environmental educator through this experience. Therefore, it can be proposed that actions concerning research and education in Environmental Education in formal spaces are more intense when the researcher and/or educator is immersed in the context, being an intrinsic part of what s/he wants to change. The fictional narratives are aimed at a reader-teacher who is constituted in the interface with the field of Environmental Education and can be used to promote debates in similar education spaces